SÃO PAULO, 31 de maio (Reuters) - A colheita de café na região da Cooxupé, a maior cooperativa cafeeira do mundo, no sul de Minas Gerais, começou por volta do dia 15 de maio, mas o volume do produto recebido ainda é pequeno.
"Entrou muito pouco café da safra nova na cooperativa," afirmou o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa, em entrevista a jornalistas antes do 4o Fórum & Coffee Dinner, promovido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Antes de chegar à cooperativa, o café precisa ser seco e beneficiado. Além disso, muitos produtores ainda não iniciaram a sua colheita, esperando um melhor amadurecimento do grão visando a qualidade.
A Cooxupé, neste ano de baixa do ciclo bianual do arábica, prevê uma safra 30 por cento menor em sua área de atuação na comparação com a temporada passada.
A cooperativa, entretanto, espera receber entre 3,6 e 3,8 milhões de sacas neste ano, contra 4,4 milhões de sacas em 2010. A queda seria em torno de 15 por cento, mas Costa destaca que deverá ser um recebimento maior do que no último ano de baixa, disse ele sem dar mais detalhes.
"A qualidade vai ser boa, houve uma florada só, a safra será homogênea, não está chovendo (na colheita)," afirmou, destacando a boa expectativa com a nova safra, embora ela seja menor.
"Está dando um percentual alto de cerejas," acrescentou.
PREÇOS INCENTIVAM
Segundo Costa, os bons preços registrados no mercado permitem que os produtores busquem produzir um café de melhor qualidade, o que deve favorecer as vendas do produto brasileiro no mercado internacional.
"Faz com que os produtores invistam em maquinários, mecanização, isso é muito positivo."
Questionado se ele vê expansão de área diante dos bons preços, ele respondeu: "Certamente vai ter...."
Mas ele disse ser difícil prever qual será a expansão.
"O café com esse preço é um bom negócio. Tem profissionais liberais, médicos, comerciantes que querem diversificar", comentou, lembrando que a cotação atual, em torno de 500 reais por saca, é atrativa para esses eventuais investidores.
Ele observou, entretanto, que a formação de preços no mercado internacional depende, além dos fundamentos, da situação financeira internacional.
No que depender dos fundamentos, a situação é boa para o produtor, com a demanda crescendo mais rapidamente que a produção.
Sobre questões climáticas que podem interferir nos preços, ele avaliou que os riscos de geadas atualmente são menores, já que os cafezais brasileiros migraram para regiões mais quentes.
"Se vier geada, não vai ser tão devastadora como foi no passado."
(Reportagem de Roberto Samora, Edição de Marcelo Teixeira)
terça-feira, 31 de maio de 2011
Unicafé prevê recuperação da exportação após recuo em 2010
Agência Estado
O exportador Jair Coser, da Unicafé, informou que a sua empresa deve retomar este ano o nível de exportação de 2009, quando embarcou cerca de 2,1 milhões de sacas de 60 quilos. Em 2010, a Unicafé exportou perto de 1,6 milhão de sacas. Coser participa nesta terça, dia 31, do 4º Fórum do Café, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), em São Paulo.
Segundo o exportador, a Unicafé perdeu espaço no mercado por questão tributária, em particular o PIS/Cofins, que reduzia a competitividade ante concorrentes.
– Uma medida provisória deverá ser assinada em breve para garantir isonomia no setor – prevê.
Atualmente, exportadores tradicionais, sem outros tipos de atividade, recolhem o PIS/Cofins, mas não têm como se beneficiar do crédito. Um exportador que tenha outra atividade, como torrefação, por exemplo, pode se valer do crédito do PIS/Cofins para abater outros tributos.
O exportador lamenta, ainda, a situação do câmbio, com o real fortalecido ante o dólar.
– Deixaremos de ser grande exportador para virarmos grande importador. Será um desastre – afirma.
De acordo com ele, as cotações das commodities agrícolas sobem, mas não será para sempre.
– Lamentavelmente, exportamos apenas produto primário – diz.
Com relação à produção de café, Coser informa que o futuro está no Brasil. Ele cita que o consumo global da bebida cresce 2,5% ao ano.
– Em dez anos precisaremos de 25 milhões de sacas. Só o Brasil tem condições de suprir essa demanda – garante.
Preço
O vice-presidente da empresa japonesa Ueshima Coffee (UCC), Masaro Ueshima, maior importador de café da Ásia, diz que apesar da alta dos preços do grão, o Brasil ainda é competitivo em relação a outros países produtores. A UCC importa anualmente cerca de um milhão de sacas de café do Brasil, de altíssima qualidade, volume que tem se mantido estável nos últimos anos.
O grão nacional representa perto de 40% do total comprado pela empresa japonesa. Ueshima ressalta, no entanto, que existe preocupação com a alta das cotações internacionais do café.
– O consumidor tende a substituir o produto por outros tipos de bebida – explicou ele, que também participa hoje do Cecafé.
De acordo com Ueshima, a qualidade do café brasileiro tem correspondido às necessidades dos japoneses.
– O Japão é rigoroso [em termos de qualidade] e o café brasileiro tem melhorado cada vez mais – afirmou.
O presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Coouxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa, comentou que cerca de 30% do café utilizado pela Nespresso em suas cápsulas tem como origem o Brasil. A norte-americana Starbucks, maior rede de cafeterias do mundo, cada vez mais compõe seus blends com café brasileiro.
O exportador Jair Coser, da Unicafé, informou que a sua empresa deve retomar este ano o nível de exportação de 2009, quando embarcou cerca de 2,1 milhões de sacas de 60 quilos. Em 2010, a Unicafé exportou perto de 1,6 milhão de sacas. Coser participa nesta terça, dia 31, do 4º Fórum do Café, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), em São Paulo.
Segundo o exportador, a Unicafé perdeu espaço no mercado por questão tributária, em particular o PIS/Cofins, que reduzia a competitividade ante concorrentes.
– Uma medida provisória deverá ser assinada em breve para garantir isonomia no setor – prevê.
Atualmente, exportadores tradicionais, sem outros tipos de atividade, recolhem o PIS/Cofins, mas não têm como se beneficiar do crédito. Um exportador que tenha outra atividade, como torrefação, por exemplo, pode se valer do crédito do PIS/Cofins para abater outros tributos.
O exportador lamenta, ainda, a situação do câmbio, com o real fortalecido ante o dólar.
– Deixaremos de ser grande exportador para virarmos grande importador. Será um desastre – afirma.
De acordo com ele, as cotações das commodities agrícolas sobem, mas não será para sempre.
– Lamentavelmente, exportamos apenas produto primário – diz.
Com relação à produção de café, Coser informa que o futuro está no Brasil. Ele cita que o consumo global da bebida cresce 2,5% ao ano.
– Em dez anos precisaremos de 25 milhões de sacas. Só o Brasil tem condições de suprir essa demanda – garante.
Preço
O vice-presidente da empresa japonesa Ueshima Coffee (UCC), Masaro Ueshima, maior importador de café da Ásia, diz que apesar da alta dos preços do grão, o Brasil ainda é competitivo em relação a outros países produtores. A UCC importa anualmente cerca de um milhão de sacas de café do Brasil, de altíssima qualidade, volume que tem se mantido estável nos últimos anos.
O grão nacional representa perto de 40% do total comprado pela empresa japonesa. Ueshima ressalta, no entanto, que existe preocupação com a alta das cotações internacionais do café.
– O consumidor tende a substituir o produto por outros tipos de bebida – explicou ele, que também participa hoje do Cecafé.
De acordo com Ueshima, a qualidade do café brasileiro tem correspondido às necessidades dos japoneses.
– O Japão é rigoroso [em termos de qualidade] e o café brasileiro tem melhorado cada vez mais – afirmou.
O presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Coouxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa, comentou que cerca de 30% do café utilizado pela Nespresso em suas cápsulas tem como origem o Brasil. A norte-americana Starbucks, maior rede de cafeterias do mundo, cada vez mais compõe seus blends com café brasileiro.
Boletim Diario cafe
Hemcorp
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 339,80 com 2,65 de alta, totalizando um volume de 1.663 contratos. Não negociou nenhum spread no dia de hoje. Observamos arbitragem de Set/Set de -12,60 a -10,50; Set/Dez -16,50 a -15,00. O mercado de Café na BMF na parte da manha deu continuidade a alta de ontem, atingindo a máxima a 342,50, onde tivemos o mercado de NY mais tomador pela madrugada dando suporte na abertura de BMF. Mas como acabou não dando seqüência encontramos um pouco de realização de comprados, fazendo o mercado perder parte da alta, e encerrando o dia com alta maior do que NY, devido a queda do dólar em relação a outras moedas.
O Mercado físico de café trabalhou o dia com poucos negócios e mantendo as mesmas ofertas de ontem. Para cafés Safra 10/11 deR$520,00 a R$ 530,00, com 10% a 15% de catação, e para cafés com 15% a 20% de catação R$ 510,00 a 520,00.
O mercado de café para o vencimento Julho/11 encerrou cotado a 264,60, com 90 pontos de alta, e range entre 263,50 e 268,40. Iniciando a sessão desta terça-feira em movimento de correção à última semana (dado que ontem as bolsas americanas não trabalharam em virtude do feriado Memorial Day), a cotação do café atuou predominantemente em tendência de alta, quando então, acompanhando o positivo e generalizado movimento dos mercados externos, perfez a máxima do dia a 268,40, porém ainda respeitando a máxima do movimento anterior de 270,30. Sem darcontinuidade a tal movimento de apreciação, parcialmente atribuída a não confirmação de um frio mais intenso no inicio de junho (como havia citado um relatório da Somar na semana anterior), vendas em escala foram sendo observadas, pressionando a commodity rapidamente para seu principal suporte de 265,00, onde então mostrou leve consolidação. Perto de seu fechamento, maiores volumes de vendas novamente pressionaram o grão para seu nível de fechamento anterior, registrando a mínima do dia a 263,50, porém, com certa defesa de compras, encerrou o dia cotado a 264,60. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 280,00 / 268,20 e 233,20 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de maio(entre os dias 01 e 27) somam 1.960.583 sacas, uma variação negativa de 6,3% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Julho/11 encerrou cotado a 2602, com 8 pontos de alta, num range de 2593 e 2611.
Hemcorp
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 339,80 com 2,65 de alta, totalizando um volume de 1.663 contratos. Não negociou nenhum spread no dia de hoje. Observamos arbitragem de Set/Set de -12,60 a -10,50; Set/Dez -16,50 a -15,00. O mercado de Café na BMF na parte da manha deu continuidade a alta de ontem, atingindo a máxima a 342,50, onde tivemos o mercado de NY mais tomador pela madrugada dando suporte na abertura de BMF. Mas como acabou não dando seqüência encontramos um pouco de realização de comprados, fazendo o mercado perder parte da alta, e encerrando o dia com alta maior do que NY, devido a queda do dólar em relação a outras moedas.
O Mercado físico de café trabalhou o dia com poucos negócios e mantendo as mesmas ofertas de ontem. Para cafés Safra 10/11 deR$520,00 a R$ 530,00, com 10% a 15% de catação, e para cafés com 15% a 20% de catação R$ 510,00 a 520,00.
O mercado de café para o vencimento Julho/11 encerrou cotado a 264,60, com 90 pontos de alta, e range entre 263,50 e 268,40. Iniciando a sessão desta terça-feira em movimento de correção à última semana (dado que ontem as bolsas americanas não trabalharam em virtude do feriado Memorial Day), a cotação do café atuou predominantemente em tendência de alta, quando então, acompanhando o positivo e generalizado movimento dos mercados externos, perfez a máxima do dia a 268,40, porém ainda respeitando a máxima do movimento anterior de 270,30. Sem darcontinuidade a tal movimento de apreciação, parcialmente atribuída a não confirmação de um frio mais intenso no inicio de junho (como havia citado um relatório da Somar na semana anterior), vendas em escala foram sendo observadas, pressionando a commodity rapidamente para seu principal suporte de 265,00, onde então mostrou leve consolidação. Perto de seu fechamento, maiores volumes de vendas novamente pressionaram o grão para seu nível de fechamento anterior, registrando a mínima do dia a 263,50, porém, com certa defesa de compras, encerrou o dia cotado a 264,60. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 280,00 / 268,20 e 233,20 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de maio(entre os dias 01 e 27) somam 1.960.583 sacas, uma variação negativa de 6,3% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Julho/11 encerrou cotado a 2602, com 8 pontos de alta, num range de 2593 e 2611.
Market coffee international today
Market coffee international today
Colombians, UGQ, were offered FOB, against the relevant months “C,” for June/July shipment from 16¢ over, and offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 22¢ over.
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 25¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 2¢ under the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 12¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 16¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for June shipment from 16¢ to 14¢ under July “C,” and offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for June shipment from 3¢ to 6¢ over July London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June crossing from 7¢ over July “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 5¢ over the relevant months “C.” High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 8¢ to 9¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $9 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $15 to $16 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $27 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $32 over the relevant months “C.” Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $12 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $15 to $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from equal to to $1 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $5 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment, per 46 kilos, from $2 under the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June shipment from 15¢ over July London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Colombians, UGQ, were offered FOB, against the relevant months “C,” for June/July shipment from 16¢ over, and offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 22¢ over.
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 25¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 2¢ under the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 12¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 16¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for June shipment from 16¢ to 14¢ under July “C,” and offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for June shipment from 3¢ to 6¢ over July London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June crossing from 7¢ over July “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 5¢ over the relevant months “C.” High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 8¢ to 9¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $9 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $15 to $16 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $27 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $32 over the relevant months “C.” Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $12 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $15 to $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from equal to to $1 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $5 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment, per 46 kilos, from $2 under the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June shipment from 15¢ over July London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
EXPORTAÇÕES MUNDIAIS ATINGEM 9,7 MILHÕES DE SACAS EM ABRIL - OIC
EXPORTAÇÕES MUNDIAIS ATINGEM 9,7 MILHÕES DE SACAS EM ABRIL - OIC
As exportações mundiais de café cresceram 16,7% para 62,7
milhões de sacas de 60 quilos nos primeiros sete meses da safra 2010/11, ante
as 53,7 milhões de sacas embarcadas no mesmo período da safra anterior,
segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC).
As exportações somente no mês de abril totalizaram 9,7 milhões de
sacas, acima das 7,7 milhões de sacas exportadas em abril 2010. Deste montante,
4,2 milhões de sacas eram de robusta e 673.218 sacas eram de grãos
colombianos suaves.
Conforme a OIC, os embarques do Brasil, principal produtor mundial de
café, totalizaram 2,7 milhões de sacas no mês passado, elevando o total
exportado nesta safra para 21 milhões de sacas. Isto se compara com as 17,7
milhões de sacas exportadas nos sete primeiros meses do ciclo anterior,
2010/11.
Já o Vietnã, exportou 2,4 milhões de sacas em abril, trazendo as
exportações totais para 11 milhões de sacas, acréscimo de 20,1% ante ao ano
anterior. Porém, os embarques totais da Indonésia, outro importante país
produtor de robusta, caíram para 3,1 milhões de sacas nesta safra, ante as 3,9
milhões de sacas exportadas no ciclo até abril de 2010. As informações
partem de agências internacionais de notícias.
As exportações mundiais de café cresceram 16,7% para 62,7
milhões de sacas de 60 quilos nos primeiros sete meses da safra 2010/11, ante
as 53,7 milhões de sacas embarcadas no mesmo período da safra anterior,
segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC).
As exportações somente no mês de abril totalizaram 9,7 milhões de
sacas, acima das 7,7 milhões de sacas exportadas em abril 2010. Deste montante,
4,2 milhões de sacas eram de robusta e 673.218 sacas eram de grãos
colombianos suaves.
Conforme a OIC, os embarques do Brasil, principal produtor mundial de
café, totalizaram 2,7 milhões de sacas no mês passado, elevando o total
exportado nesta safra para 21 milhões de sacas. Isto se compara com as 17,7
milhões de sacas exportadas nos sete primeiros meses do ciclo anterior,
2010/11.
Já o Vietnã, exportou 2,4 milhões de sacas em abril, trazendo as
exportações totais para 11 milhões de sacas, acréscimo de 20,1% ante ao ano
anterior. Porém, os embarques totais da Indonésia, outro importante país
produtor de robusta, caíram para 3,1 milhões de sacas nesta safra, ante as 3,9
milhões de sacas exportadas no ciclo até abril de 2010. As informações
partem de agências internacionais de notícias.
RELATÓRIO SOBRE SEMINÁRIO BMF/CAFÉ/2011
RELATÓRIO SOBRE SEMINÁRIO BMF/CAFÉ/2011
Prezados Companheiros,
Estive no Seminário da BMF e assisti a palestra de café ministrada pelo conhecido Broker que trabalha em N.York Rodrigo Costa. Participou também o Otávio Pires que hoje é responsável pela área de café da Louis Dreyfus e o Celso Vegro como mediador.
Novidades!? Não, porém conjecturas e suposições sim.
Estoques mais baixos de toda história deste mercado. Café de maio/2010 para cá está em terceiro lugar em valorização (commodities) Fundos Globais era 90 trilhões estão segundo o Bairclays com 415 tri! Commodities são utilizadas como proteção da inflação provocada pelo derrame de dólares efetuado pelos Estados Unidos conseqüentemente está valorização é relativa.
O mundo cresceu, aumentou a necessidade de alimentos na China, Índia, Rússia etc.. A velocidade do aumento de produção dos grãos se deve basicamente 25% pelo aumento da produtividade e 75% pelo aumento da área plantada.
Portanto por estes fatores enquanto os Estados Unidos não começarem a aumentar os juros lá este dólar deve permanecer desvalorizado e com isto os importadores precisarão de mais dólares para comprar a mercadoria.
Aquela mudança de patamar do café ocorrida em maio/junho... de 2010 de 1,35 para 1,65 por libra na Bolsa de N.York na minha opinião foi devido a Operação Broca que começou a moralizar o PIS e COFINS (9,25%) que fez com que os preços em dólar tiveram que subir para compensar o não uso deste artifício para dar desconto ao Importador.
O importador não acreditando na alta e achando que o Brasil iria dar 57/8 milhões de
sacas cairam do cavalo e estão até hoje em situação desconfortável sem cobertura creio em 9 milhões de sacas apesar de o Rodrigo ter se desviado desta observação.
Com a crise os americanos começaram a fazer café em casa e descobriram que conseguiam fazer um sabor melhor,melhorando a qualidade.
O Brasil ocupou espaço dos Colombianos e Centrais e o blended foi mudado. Neste momento os Centrais estão embarcando aí uns 3 milhões de sacas que não vão refrescar muito e os Certificados na Bolsa de N.York chegaram aos mais baixos níveis. Compradores estão comprando da mão para a boca! E aí sugiro também vendermos da mão para a boca! A Safra 2011/12 mundial falam em 130/5 milhões de sacas sendo 74/77 de arábica e 56/58 de robusta . Segundo o Rodrigo em maio chegaremos a um estoque diria que negativo!! -2 ou 4 milhões.Os estoques são baixos nas origens e baixos no destino. Assim se a produção do Brasil é 44 do Vietnan é 21(dizem que as lavouras estão velhas mas com a melhoria dos tratos,adubação de melhor qualidade Etc..) ele ainda poderia colher mais uns 2 e tal e assim cobriria o furo da necessidade.
RESUMINDO.
1- Papel aceita tudo e sempre se dá um jeitinho na estatística,consumo Etc...para não ferrar o importador, agora o produtor pode ser explorado!
2- Conforme previ o ano passado nesta época este ano deverá ocorrer durante os próximos 3/4 meses o importador tentando comprar o máximo para depois dar uma parada para esperar a florada e dizer que vai dar 60/70 milhões de sacas e aí tentar já começar o terrorismo para comprar do produtor café para 2012 o máximo que ele conseguir.
3- Reparem que o mercado sempre trabalhou sem carrego ou seja taxa negativa,o mês presente mais caro que o da frente e isto significa dificuldade de cobertura e aí é que quero mostrar que o comprador lá só está fazendo rolar os contratos sem conseguir a mercadoria suficiente até por que a grana também encurtou pois ele esta margeando na Bolsa e nas mãos dos fundos certo!
4- Houve dificuldade o ano passado devido a varias floradas fazer o Fine Cup pelos exportadores e a realidade é que a qualidade dos cafés no Exterior está defasada ou fora daquilo que eles precisam.
5-Os Exportadores junto ao distribuidores de nosso café lá fora vão tentar se defender e o produtor está com as cartas e agora meus amigos é controlar a ansiedade ou seja se os fundos estão abaixando a posição comprada por outro lado mais uma vez acho que a produção mundial está inchada e aí estão blefando na esperança de que estes preços que aí estão já tem esta expectativa toda de aperto embutida.(entressafra apertada). Até entrar o café em 2012 muita areia vai passar debaixo da ponte. Teremos o pico de preço entre fevereiro e maio de 2012. Isto dependendo de como o produtor fizer a sua venda, pois se eles comprarem todo nosso café e verem que não há mais! Eles saem e ficam a espera de café em julho/2012.
6- O mercado está numa situação vulnerável, ou seja, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Se fizerem muito cereja o que não acredito pela maturação rápida e de uma
Vez diminui os cafés naturais finos.
7- Vamos as dúvidas do produtor : 1- Devo aumentar a minha área de plantio? Somente nas seguintes condições:
A- Tiver desapertado, com as dívidas totalmente equacionadas.
B – Área nova que permita este novo plantio. C- Só 15% da área atual e para substituir a mais velha (se ela estiver com mais de 10 anos ou quando este novo plantio entrar em produção aquela estiver com mais de 10 anos) Aí lá na frente arranca a velha e fica com a nova e assim sucessivamente.Ou seja renovação! Com critério.
C- Caso contrário se estou na Montanha com lavoura velha se eu estiver com dívidas procure saldá-las e só depois se tiver outras áreas estudarei plantar ou se capitalizar!
D- Venda para 2012 .Só fazer em Dez/Janeiro para entrega em julho/agosto/setembro até 30% do café bom ou seja se vou colher 1000 sacas eu tiro 300 sacas(varreção e catação) portanto vou vender 210 sacas(30% de 700) depois de colhido posso sair da varrição e catação e o saldo vou negociar em parcelas.Estas vendas devem ser feitas em DÓLARES e não em reais!
E- Quanto ao cereja lutem pelo ágio! Pois o mercado está carente deste café! Sair fora das dívidas é a maneira que se tem de mandar no negócio caso contrário é melhor sair dele para que ele não mande em você!
F- Brigar, cobrar e exigir como cidadão contribuinte seus direitos junto ao Governo e a
maior prova disto foi a vitória no Congresso na lei do Código Florestal.
G- Valorize seu Sindicato e sua Cooperativa,seja solidário e participativo,procure se informar, se atualizar e aproveitar o momento!
H- Cuidado com os cálculos de produção seja bem profissional, calcule seu custo e suas
necessidades até para armar a estratégia mais correta.
Atenciosamente,
Fernando Souza Barros Jr
Diretor Executivo para Assuntos Econômicos - SINCAL
Prezados Companheiros,
Estive no Seminário da BMF e assisti a palestra de café ministrada pelo conhecido Broker que trabalha em N.York Rodrigo Costa. Participou também o Otávio Pires que hoje é responsável pela área de café da Louis Dreyfus e o Celso Vegro como mediador.
Novidades!? Não, porém conjecturas e suposições sim.
Estoques mais baixos de toda história deste mercado. Café de maio/2010 para cá está em terceiro lugar em valorização (commodities) Fundos Globais era 90 trilhões estão segundo o Bairclays com 415 tri! Commodities são utilizadas como proteção da inflação provocada pelo derrame de dólares efetuado pelos Estados Unidos conseqüentemente está valorização é relativa.
O mundo cresceu, aumentou a necessidade de alimentos na China, Índia, Rússia etc.. A velocidade do aumento de produção dos grãos se deve basicamente 25% pelo aumento da produtividade e 75% pelo aumento da área plantada.
Portanto por estes fatores enquanto os Estados Unidos não começarem a aumentar os juros lá este dólar deve permanecer desvalorizado e com isto os importadores precisarão de mais dólares para comprar a mercadoria.
Aquela mudança de patamar do café ocorrida em maio/junho... de 2010 de 1,35 para 1,65 por libra na Bolsa de N.York na minha opinião foi devido a Operação Broca que começou a moralizar o PIS e COFINS (9,25%) que fez com que os preços em dólar tiveram que subir para compensar o não uso deste artifício para dar desconto ao Importador.
O importador não acreditando na alta e achando que o Brasil iria dar 57/8 milhões de
sacas cairam do cavalo e estão até hoje em situação desconfortável sem cobertura creio em 9 milhões de sacas apesar de o Rodrigo ter se desviado desta observação.
Com a crise os americanos começaram a fazer café em casa e descobriram que conseguiam fazer um sabor melhor,melhorando a qualidade.
O Brasil ocupou espaço dos Colombianos e Centrais e o blended foi mudado. Neste momento os Centrais estão embarcando aí uns 3 milhões de sacas que não vão refrescar muito e os Certificados na Bolsa de N.York chegaram aos mais baixos níveis. Compradores estão comprando da mão para a boca! E aí sugiro também vendermos da mão para a boca! A Safra 2011/12 mundial falam em 130/5 milhões de sacas sendo 74/77 de arábica e 56/58 de robusta . Segundo o Rodrigo em maio chegaremos a um estoque diria que negativo!! -2 ou 4 milhões.Os estoques são baixos nas origens e baixos no destino. Assim se a produção do Brasil é 44 do Vietnan é 21(dizem que as lavouras estão velhas mas com a melhoria dos tratos,adubação de melhor qualidade Etc..) ele ainda poderia colher mais uns 2 e tal e assim cobriria o furo da necessidade.
RESUMINDO.
1- Papel aceita tudo e sempre se dá um jeitinho na estatística,consumo Etc...para não ferrar o importador, agora o produtor pode ser explorado!
2- Conforme previ o ano passado nesta época este ano deverá ocorrer durante os próximos 3/4 meses o importador tentando comprar o máximo para depois dar uma parada para esperar a florada e dizer que vai dar 60/70 milhões de sacas e aí tentar já começar o terrorismo para comprar do produtor café para 2012 o máximo que ele conseguir.
3- Reparem que o mercado sempre trabalhou sem carrego ou seja taxa negativa,o mês presente mais caro que o da frente e isto significa dificuldade de cobertura e aí é que quero mostrar que o comprador lá só está fazendo rolar os contratos sem conseguir a mercadoria suficiente até por que a grana também encurtou pois ele esta margeando na Bolsa e nas mãos dos fundos certo!
4- Houve dificuldade o ano passado devido a varias floradas fazer o Fine Cup pelos exportadores e a realidade é que a qualidade dos cafés no Exterior está defasada ou fora daquilo que eles precisam.
5-Os Exportadores junto ao distribuidores de nosso café lá fora vão tentar se defender e o produtor está com as cartas e agora meus amigos é controlar a ansiedade ou seja se os fundos estão abaixando a posição comprada por outro lado mais uma vez acho que a produção mundial está inchada e aí estão blefando na esperança de que estes preços que aí estão já tem esta expectativa toda de aperto embutida.(entressafra apertada). Até entrar o café em 2012 muita areia vai passar debaixo da ponte. Teremos o pico de preço entre fevereiro e maio de 2012. Isto dependendo de como o produtor fizer a sua venda, pois se eles comprarem todo nosso café e verem que não há mais! Eles saem e ficam a espera de café em julho/2012.
6- O mercado está numa situação vulnerável, ou seja, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Se fizerem muito cereja o que não acredito pela maturação rápida e de uma
Vez diminui os cafés naturais finos.
7- Vamos as dúvidas do produtor : 1- Devo aumentar a minha área de plantio? Somente nas seguintes condições:
A- Tiver desapertado, com as dívidas totalmente equacionadas.
B – Área nova que permita este novo plantio. C- Só 15% da área atual e para substituir a mais velha (se ela estiver com mais de 10 anos ou quando este novo plantio entrar em produção aquela estiver com mais de 10 anos) Aí lá na frente arranca a velha e fica com a nova e assim sucessivamente.Ou seja renovação! Com critério.
C- Caso contrário se estou na Montanha com lavoura velha se eu estiver com dívidas procure saldá-las e só depois se tiver outras áreas estudarei plantar ou se capitalizar!
D- Venda para 2012 .Só fazer em Dez/Janeiro para entrega em julho/agosto/setembro até 30% do café bom ou seja se vou colher 1000 sacas eu tiro 300 sacas(varreção e catação) portanto vou vender 210 sacas(30% de 700) depois de colhido posso sair da varrição e catação e o saldo vou negociar em parcelas.Estas vendas devem ser feitas em DÓLARES e não em reais!
E- Quanto ao cereja lutem pelo ágio! Pois o mercado está carente deste café! Sair fora das dívidas é a maneira que se tem de mandar no negócio caso contrário é melhor sair dele para que ele não mande em você!
F- Brigar, cobrar e exigir como cidadão contribuinte seus direitos junto ao Governo e a
maior prova disto foi a vitória no Congresso na lei do Código Florestal.
G- Valorize seu Sindicato e sua Cooperativa,seja solidário e participativo,procure se informar, se atualizar e aproveitar o momento!
H- Cuidado com os cálculos de produção seja bem profissional, calcule seu custo e suas
necessidades até para armar a estratégia mais correta.
Atenciosamente,
Fernando Souza Barros Jr
Diretor Executivo para Assuntos Econômicos - SINCAL
Juan Valdez Eyes China as Colombia Coffee Farmers Steer Asians From Tea
Juan Valdez Eyes China as Colombia Coffee Farmers Steer Asians From Tea
Colombia, known for coffee farmer Juan Valdez and his donkey sidekick Conchita, is looking to steer new generations of Chinese consumers to pick up a latte instead of tea.
Colombia’s National Coffee Growers Federation is hosting experts from China for tastings this week and created a logo to promote the brand in the Asian nation, the group’s Chief Executive Officer Luis Munoz said. The logo includes a phonetic spelling of the fictional farmer’s first name, followed by Chinese characters meaning “imperial,” “aroma” and “savor” as Colombia targets an “exponentially growing” market, he said.
“The culture is thousands of years old,” Munoz said in a May 26 interview at the group’s headquarters in Bogota. “It’s clear the market has new generations” open to drinking coffee and not just tea, he said.
Colombia, the world’s second-largest grower of arabica coffee, as well as Nestle Corp. and Starbucks Corp. (SBUX), are eyeing new customers in China as an expanding economy spurs consumer spending and retail sales. Seattle-based Starbucks, the world’s largest coffee-shop operator, plans to more than triple its outlets on mainland China to 1,500 by 2015 as average profitability at stores there outpaces the U.S.
Purchases by younger Chinese are fueling demand for arabica coffee by 10 percent to 15 percent a year, according to an industry group known as China Coffee Association Beijing. Mild arabica beans are favored by brewers of specialty drinks such as Starbucks.
Supply and Demand
While consumption of commodities in China has led to higher prices for oil, coal and copper, the market for Colombian coffee in the Asian nation is “very small” and won’t tip the balance between supply and demand, Munoz said.
China’s imports of coffee will rise to 450,000 bags in the 2010 crop year from 425,000 a year earlier, according to U.S. Agriculture Department figures. Each bag weighs 60 kilograms, or 132 pounds.
Colombia is making inroads in Asia as it seeks to more than double its output this decade after the price of coffee touched a 14-year high in May. China, Japan, Korea and Australia bought about 17 percent of Colombia’s crop last year of 8.9 million bags of arabica coffee, according to Munoz.
“We are bringing Colombian coffee to markets that once were far away,” he said. “Asia will grow enormously.”
China ranks first among 22 emerging Asian economies as the nation most likely to maintain fast growth over the next five years, according to the Bloomberg Economic Momentum Index for Developing Asia.
14-Year High
Arabica coffee jumped to $3.089 on May 3, the highest since May 1997, in part as storms cut Colombia’s April harvest.
Arabica for July delivery rose 3.25 cents, or 1.2 percent, to $2.6695 a pound at 11:05 a.m. on ICE Futures U.S. in New York.
The federation, which represents the majority of Colombia’s more than 550,000 coffee growers, forecasts 2011 production of 9.5 million bags, and output may jump to 18 million bags in 2020, according to Munoz. Next year, growers will harvest as much as 11 million bags, according to the federation.
In 2009, the crop fell to a 33-year low of 7.8 million bags as adverse weather damaged plants.
Brazil is the largest producer of arabica coffee.
Colombia, known for coffee farmer Juan Valdez and his donkey sidekick Conchita, is looking to steer new generations of Chinese consumers to pick up a latte instead of tea.
Colombia’s National Coffee Growers Federation is hosting experts from China for tastings this week and created a logo to promote the brand in the Asian nation, the group’s Chief Executive Officer Luis Munoz said. The logo includes a phonetic spelling of the fictional farmer’s first name, followed by Chinese characters meaning “imperial,” “aroma” and “savor” as Colombia targets an “exponentially growing” market, he said.
“The culture is thousands of years old,” Munoz said in a May 26 interview at the group’s headquarters in Bogota. “It’s clear the market has new generations” open to drinking coffee and not just tea, he said.
Colombia, the world’s second-largest grower of arabica coffee, as well as Nestle Corp. and Starbucks Corp. (SBUX), are eyeing new customers in China as an expanding economy spurs consumer spending and retail sales. Seattle-based Starbucks, the world’s largest coffee-shop operator, plans to more than triple its outlets on mainland China to 1,500 by 2015 as average profitability at stores there outpaces the U.S.
Purchases by younger Chinese are fueling demand for arabica coffee by 10 percent to 15 percent a year, according to an industry group known as China Coffee Association Beijing. Mild arabica beans are favored by brewers of specialty drinks such as Starbucks.
Supply and Demand
While consumption of commodities in China has led to higher prices for oil, coal and copper, the market for Colombian coffee in the Asian nation is “very small” and won’t tip the balance between supply and demand, Munoz said.
China’s imports of coffee will rise to 450,000 bags in the 2010 crop year from 425,000 a year earlier, according to U.S. Agriculture Department figures. Each bag weighs 60 kilograms, or 132 pounds.
Colombia is making inroads in Asia as it seeks to more than double its output this decade after the price of coffee touched a 14-year high in May. China, Japan, Korea and Australia bought about 17 percent of Colombia’s crop last year of 8.9 million bags of arabica coffee, according to Munoz.
“We are bringing Colombian coffee to markets that once were far away,” he said. “Asia will grow enormously.”
China ranks first among 22 emerging Asian economies as the nation most likely to maintain fast growth over the next five years, according to the Bloomberg Economic Momentum Index for Developing Asia.
14-Year High
Arabica coffee jumped to $3.089 on May 3, the highest since May 1997, in part as storms cut Colombia’s April harvest.
Arabica for July delivery rose 3.25 cents, or 1.2 percent, to $2.6695 a pound at 11:05 a.m. on ICE Futures U.S. in New York.
The federation, which represents the majority of Colombia’s more than 550,000 coffee growers, forecasts 2011 production of 9.5 million bags, and output may jump to 18 million bags in 2020, according to Munoz. Next year, growers will harvest as much as 11 million bags, according to the federation.
In 2009, the crop fell to a 33-year low of 7.8 million bags as adverse weather damaged plants.
Brazil is the largest producer of arabica coffee.
DJ - Coffee Surge Hinges On Brazil Frost Potential
DJ - Coffee Surge Hinges On Brazil Frost Potential
With more than one-third of speculative buyers shaken out of
the arabica coffee market during the massive selloff earlier this month, all
eyes are on the weather in top-grower Brazil to push prices higher. Brazilian
forecasters at Somar say "atmospheric neutrality" on the heels of La Nina could
clear the way for intense cold in the center/south regions in July and August,
just when the harvest is picking up speed. Like with most commodities, a
weather premium is likely to start building up way before the fact.
With more than one-third of speculative buyers shaken out of
the arabica coffee market during the massive selloff earlier this month, all
eyes are on the weather in top-grower Brazil to push prices higher. Brazilian
forecasters at Somar say "atmospheric neutrality" on the heels of La Nina could
clear the way for intense cold in the center/south regions in July and August,
just when the harvest is picking up speed. Like with most commodities, a
weather premium is likely to start building up way before the fact.
Icap vê Brasil e China como prioridades na estratégia mundial
Icap vê Brasil e China como prioridades na estratégia mundial
Inflação, instabilidade no mercado brasileiro e mudanças na política monetária
nacional, nada disso assusta a maior corretora do mundo, a britânica Icap, que
chegou ao Brasil há cerca de dois anos e meio e aposta suas fichas na
continuidade do crescimento estável do país, uma das duas prioridades da
instituição no mundo. A avaliação é de Michael Spencer, presidente mundial da
corretora e que visita o país pela primeira vez. Ele falou com exclusividade ao
Valor.
A operação no Brasil ainda não é lucrativa, e Spencer não revela o prazo
esperado para que o resultado comece a se inverter. No entanto, informa que o
principal foco das operações internacionais da corretora está na China e no
Brasil. "Estamos de olho nos mercados emergentes".
No entanto, ele destaca que só o Brasil terá a operação com pessoa física. No
restante do mundo, os negócios da Icap são com grandes investidores
institucionais, como fundos de pensão. A corretora é uma das maiores do mundo
em transações eletrônicas. "Quando compramos a corretora no Brasil, ela já
realizava as operações de varejo, mantivemos o negócio e estamos estudando seu
resultado", explica Spencer.
Fundada em 1986, a Icap, chegou ao Brasil em 2008 depois de adquirir a
corretora local Arkhe, por US$ 17 milhões. E decidiu se instalar no Rio de
Janeiro, na contramão de todo o mercado financeiro, que nos últimos anos,
abandonou a cidade e migrou para São Paulo. "Viemos para cá antes da notícia da
realização da Olimpíada porque já acreditávamos que o Rio seria um centro
econômico importante", afirma Spencer, que participa da Rio Investor Day.
A corretora minimiza os problemas com a inflação, que têm afastado muitos
investidores estrangeiros da bolsa brasileira. "Os motivos para a inflação no
Brasil são positivos, se é que podemos considerar inflação positiva", diz Alan
Gandelman, diretor-executivo da Icap no Brasil. Os salários estão aumentando,
as pessoas estão comprando, por isso há inflação, afirma. "Se olharmos India,
com inflação de 9%, China, com 5%, e até a Alemanha com 4%, os motivos aqui são
bem diferentes", compara.
O executivo diz que o governo está aplicando as medidas corretas para proteger
o país e que a instabilidade atual é normal e passageira. "A tendência no
Brasil é de crescimento sustentável". O único temor do executivo é de que a
memória inflacionária faça que pequenos empresários reajustem seus preços pelo
passado. "Mas não há fundamentos para que a inflação retorne a níveis elevados".
Para Gandelman, mesmo que o Brasil aumente as barreiras para os investimentos
estrangeiros especulativos no mercado financeiro brasileiro, a corretora
crescerá. "De qualquer forma, nosso negócio é tanto para compra, quanto para a
venda". afirma.
Ele diz não temer a atual redução de investidores no mercado (em abril, houve a
quarta queda consecutiva da participação das pessoas físicas, de 22,62% em
março para 21,16%). "Isto também é passageiro, devido ao atual momento de
incertezas".
Segundo Gandelman, a corretora atua em duas frentes para aumentar seu portfólio
de investidores: ganhar mercado tirando clientes da concorrência e
principalmente tentando atrair novos investidores com educação financeira. "A
bolsa é um investimento de longo prazo para todos, hoje são 600 mil
investidores, mas existem cinco milhões em potencial, segundo dados da Bovespa".
Questionado se não teme que ingerências governamentais sobre as companhias,
assim como sobre os fundos de pensões, possam atrapalhar seus negócios,
Gandelman acrescenta que sua intenção principal não é apenas fazer negócios com
a Petrobras ou a Vale, mas também com as mais variadas empresas do mercado.
"São muitas as companhias que se instalam aqui no Rio para prestar serviços
para estas grandes empresas", diz.
O executivo, no entanto, faz questão de ressaltar que tanto o escritório do Rio
quanto o de São Paulo têm a mesma importância. Ao todo, hoje, a empresa conta
com 2.600 funcionários no país. Desde que se instalou no Brasil, a Icap já
atingiu o terceiro lugar no ranking geral das corretoras da bolsa, segundo
Gandelman.
"Na BMF estamos em segundo, na Bovespa em oitavo, em home broker, em sétimo, em
bonds variando entre primeiro e segundo, e em commodities somos os primeiros",
diz. A estratégia inicial foi agressiva, uma campanha a lá Casas Bahia: você
paga quanto quiser de corretagem. "Hoje não somos nem a mais cara, nem a mais
barata, crescemos aqui porque somos a maior corretora do mundo".
Inflação, instabilidade no mercado brasileiro e mudanças na política monetária
nacional, nada disso assusta a maior corretora do mundo, a britânica Icap, que
chegou ao Brasil há cerca de dois anos e meio e aposta suas fichas na
continuidade do crescimento estável do país, uma das duas prioridades da
instituição no mundo. A avaliação é de Michael Spencer, presidente mundial da
corretora e que visita o país pela primeira vez. Ele falou com exclusividade ao
Valor.
A operação no Brasil ainda não é lucrativa, e Spencer não revela o prazo
esperado para que o resultado comece a se inverter. No entanto, informa que o
principal foco das operações internacionais da corretora está na China e no
Brasil. "Estamos de olho nos mercados emergentes".
No entanto, ele destaca que só o Brasil terá a operação com pessoa física. No
restante do mundo, os negócios da Icap são com grandes investidores
institucionais, como fundos de pensão. A corretora é uma das maiores do mundo
em transações eletrônicas. "Quando compramos a corretora no Brasil, ela já
realizava as operações de varejo, mantivemos o negócio e estamos estudando seu
resultado", explica Spencer.
Fundada em 1986, a Icap, chegou ao Brasil em 2008 depois de adquirir a
corretora local Arkhe, por US$ 17 milhões. E decidiu se instalar no Rio de
Janeiro, na contramão de todo o mercado financeiro, que nos últimos anos,
abandonou a cidade e migrou para São Paulo. "Viemos para cá antes da notícia da
realização da Olimpíada porque já acreditávamos que o Rio seria um centro
econômico importante", afirma Spencer, que participa da Rio Investor Day.
A corretora minimiza os problemas com a inflação, que têm afastado muitos
investidores estrangeiros da bolsa brasileira. "Os motivos para a inflação no
Brasil são positivos, se é que podemos considerar inflação positiva", diz Alan
Gandelman, diretor-executivo da Icap no Brasil. Os salários estão aumentando,
as pessoas estão comprando, por isso há inflação, afirma. "Se olharmos India,
com inflação de 9%, China, com 5%, e até a Alemanha com 4%, os motivos aqui são
bem diferentes", compara.
O executivo diz que o governo está aplicando as medidas corretas para proteger
o país e que a instabilidade atual é normal e passageira. "A tendência no
Brasil é de crescimento sustentável". O único temor do executivo é de que a
memória inflacionária faça que pequenos empresários reajustem seus preços pelo
passado. "Mas não há fundamentos para que a inflação retorne a níveis elevados".
Para Gandelman, mesmo que o Brasil aumente as barreiras para os investimentos
estrangeiros especulativos no mercado financeiro brasileiro, a corretora
crescerá. "De qualquer forma, nosso negócio é tanto para compra, quanto para a
venda". afirma.
Ele diz não temer a atual redução de investidores no mercado (em abril, houve a
quarta queda consecutiva da participação das pessoas físicas, de 22,62% em
março para 21,16%). "Isto também é passageiro, devido ao atual momento de
incertezas".
Segundo Gandelman, a corretora atua em duas frentes para aumentar seu portfólio
de investidores: ganhar mercado tirando clientes da concorrência e
principalmente tentando atrair novos investidores com educação financeira. "A
bolsa é um investimento de longo prazo para todos, hoje são 600 mil
investidores, mas existem cinco milhões em potencial, segundo dados da Bovespa".
Questionado se não teme que ingerências governamentais sobre as companhias,
assim como sobre os fundos de pensões, possam atrapalhar seus negócios,
Gandelman acrescenta que sua intenção principal não é apenas fazer negócios com
a Petrobras ou a Vale, mas também com as mais variadas empresas do mercado.
"São muitas as companhias que se instalam aqui no Rio para prestar serviços
para estas grandes empresas", diz.
O executivo, no entanto, faz questão de ressaltar que tanto o escritório do Rio
quanto o de São Paulo têm a mesma importância. Ao todo, hoje, a empresa conta
com 2.600 funcionários no país. Desde que se instalou no Brasil, a Icap já
atingiu o terceiro lugar no ranking geral das corretoras da bolsa, segundo
Gandelman.
"Na BMF estamos em segundo, na Bovespa em oitavo, em home broker, em sétimo, em
bonds variando entre primeiro e segundo, e em commodities somos os primeiros",
diz. A estratégia inicial foi agressiva, uma campanha a lá Casas Bahia: você
paga quanto quiser de corretagem. "Hoje não somos nem a mais cara, nem a mais
barata, crescemos aqui porque somos a maior corretora do mundo".
Agricultura corporativa` ganha espaço no país
`Agricultura corporativa` ganha espaço no país
Não é de hoje que os mercados de terra e de produção agrícola em geral
atravessam um processo de concentração no país. Nos últimos anos, porém, esse
movimentou ganhou uma nova roupagem e agentes diferentes. Agricultores
tradicionais, incluindo os de grande porte, passaram a conviver com
concorrentes nacionais e estrangeiros fincados desde a origem em pilares
corporativos e discursos baseados em profissionalização, governança,
sustentabilidade e retorno do capital.
Alguns desses "players" não têm vínculos diretos anteriores com o campo,
enquanto outros vêm de segmentos próximos. Mas todos estão de olho ou na
valorização imobiliária em si das terras brasileiras, cujos preços estão em
níveis recordes, e na agregação de valor a essas terras com a produção de
alimentos, tendo em vista a tendência de crescimento da demanda internacional.
Não há números oficiais sobre a área agricultável total que já está nas mãos
desses grupos de empresas, algumas já de grande porte e outras em processo de
expansão. Mas, baseados nos projetos mais conhecidos, é consenso entre
especialistas que o movimento ainda crescerá muito mais, a depender das
discussões em torno do novo Código Florestal e dos limites às aquisições de
terras por estrangeiros. Marcos Fava Neves, ex-coordenador do PENSA/USP e
criador do centro de pesquisas e projetos Markestrat, por exemplo, estima que a
área desses grupos deverá ao menos dobrar de tamanho até 2020.
Levantamento do Valor mostra que cerca de 1,3 milhão de hectares já foram
ocupados por grupos com essas características com grãos, fibras e até culturas
perenes. Entre eles estão a SLC Agrícola, maior companhia agrícola do Brasil,
que pode ser incluída na lista não por ser um "novo" player, já que têm décadas
de plantio nas costas, mas pelo que agregou a seu negócio com a criação da Land
Co, uma companhia especializada na compra e na venda de terras. Na mesma linha
está a Radar, criada pela gigante sucroalcooleira Cosan.
O montante de terras sob o tutela dessas corporações poderá avançar para 1,5
milhão de hectares se forem consideradas as áreas do Grupo Vanguarda, do
empresário rural Otaviano Pivetta, que poderão ser incorporadas pela Brasil
Ecodiesel. A própria Ecodiesel foi "reinventada" e ganhou força no mercado de
terras e produção após passar ao controle do grupo do investidor espanhol
Enrique Bañuelos. Recentemente o conselho da Brasil Ecodiesel rejeitou proposta
de incorporação do Vanguarda, mas o assunto segue vivo. Em 2010, a Ecodiesel
tornou-se protagonista na "agricultura corporativa" ao assumir o controle dos
ativos do Grupo Maeda, de quem incorporou 94 mil hectares cultivados. A
companhia pode elevar essa área para 320 mil hectares se concretizar o negócio
com o Grupo Vanguarda.
Uma das maiores indústrias têxteis do país, a Coteminas surpreendeu ao anunciar
no mês passado sua aliança com grupos de expertise em produção e
comercialização de grãos. A empresa quer desbravar oportunidades no mercado de
terras no Brasil e criou a Cantagalo, na qual detém 50% de participação. A
companhia tem meta ambiciosa de sair do zero para cultivar 150 mil hectares em
terras próprias, entre grãos e fibras, em dois a três anos.
Muitas dessas empresas já detinham grandes áreas de terras antes do boom
imobiliário no campo. Por isso, diz Fava Neves, participaram de um dos melhores
momentos da valorização imobiliária rural do país. "Em 1987, um hectare custava
4 sacas de soja no oeste baiano. Em 1998, essa relação subiu para 15 sacas e
neste ano está em 400 sacas". Mas, apesar de toda a alta, o movimento vai
continuar. "Em uma escala de zero a dez, o movimento de valorização está no
nível 6", afirma.
Obviamente, diz Neves, uma região madura e disputada como Ribeirão Preto (SP),
por exemplo, está perto do nível 9 nessa escala. "Por isso, essas empresas
estão atuando em novas fronteiras como Piauí, Maranhão, Tocantins, além de área
de Mato Grosso e Bahia que ainda não perderam seu potencial imobiliário".
Assim, esse modelo corporativo tem na terra um pilar estratégico relevante.
Nesse ponto talvez esteja a principal diferença entre essa "agricultura
corporativa" em formação e as empresas agrícolas criada e conduzidas por
grandes produtores rurais. É o caso do Bom Futuro, do maior produtor de soja e
algodão do país, Eraí Maggi, que tem na produção agrícola - mais do que na
posse da terra - o foco de seu negócio. "Para a produção de alimentos, o modelo
de arrendamento é mais rentável. O de aquisição de terras só tem sentido
econômico nessas áreas onde há margens significativas para valorização
imobiliária", diz Maggi.
Independentemente das diferenças dos dois modelos, ambos tendem a deixar o
campo mais profissionalizado - o que significa, em tese, mais governança e
respeito às práticas ambientais e trabalhistas. A Insolo é uma das que reforçam
seu compromisso nessas frentes. A empresa, que partiu para esse modelo depois
que seu controle foi adquirido pela família Iochpe, chegou a encarar problemas
fundiários no Piauí, berço de seu avanço, no fim do ano passado, mas já tem
decisão favorável à sua expansão na Justiça federal.
Segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, a profissionalização do
setor faz parte de uma onda iniciada no início da década de 90. A economia
brasileira era fechada e protecionista e, entre 1990 e 1996 isso mudou
radicalmente. A abertura econômica gerou a primeira onda de exclusão.
"Estima-se que cerca de 200 mil produtores perderam tudo", lembra Rodrigues.
Não é de hoje que os mercados de terra e de produção agrícola em geral
atravessam um processo de concentração no país. Nos últimos anos, porém, esse
movimentou ganhou uma nova roupagem e agentes diferentes. Agricultores
tradicionais, incluindo os de grande porte, passaram a conviver com
concorrentes nacionais e estrangeiros fincados desde a origem em pilares
corporativos e discursos baseados em profissionalização, governança,
sustentabilidade e retorno do capital.
Alguns desses "players" não têm vínculos diretos anteriores com o campo,
enquanto outros vêm de segmentos próximos. Mas todos estão de olho ou na
valorização imobiliária em si das terras brasileiras, cujos preços estão em
níveis recordes, e na agregação de valor a essas terras com a produção de
alimentos, tendo em vista a tendência de crescimento da demanda internacional.
Não há números oficiais sobre a área agricultável total que já está nas mãos
desses grupos de empresas, algumas já de grande porte e outras em processo de
expansão. Mas, baseados nos projetos mais conhecidos, é consenso entre
especialistas que o movimento ainda crescerá muito mais, a depender das
discussões em torno do novo Código Florestal e dos limites às aquisições de
terras por estrangeiros. Marcos Fava Neves, ex-coordenador do PENSA/USP e
criador do centro de pesquisas e projetos Markestrat, por exemplo, estima que a
área desses grupos deverá ao menos dobrar de tamanho até 2020.
Levantamento do Valor mostra que cerca de 1,3 milhão de hectares já foram
ocupados por grupos com essas características com grãos, fibras e até culturas
perenes. Entre eles estão a SLC Agrícola, maior companhia agrícola do Brasil,
que pode ser incluída na lista não por ser um "novo" player, já que têm décadas
de plantio nas costas, mas pelo que agregou a seu negócio com a criação da Land
Co, uma companhia especializada na compra e na venda de terras. Na mesma linha
está a Radar, criada pela gigante sucroalcooleira Cosan.
O montante de terras sob o tutela dessas corporações poderá avançar para 1,5
milhão de hectares se forem consideradas as áreas do Grupo Vanguarda, do
empresário rural Otaviano Pivetta, que poderão ser incorporadas pela Brasil
Ecodiesel. A própria Ecodiesel foi "reinventada" e ganhou força no mercado de
terras e produção após passar ao controle do grupo do investidor espanhol
Enrique Bañuelos. Recentemente o conselho da Brasil Ecodiesel rejeitou proposta
de incorporação do Vanguarda, mas o assunto segue vivo. Em 2010, a Ecodiesel
tornou-se protagonista na "agricultura corporativa" ao assumir o controle dos
ativos do Grupo Maeda, de quem incorporou 94 mil hectares cultivados. A
companhia pode elevar essa área para 320 mil hectares se concretizar o negócio
com o Grupo Vanguarda.
Uma das maiores indústrias têxteis do país, a Coteminas surpreendeu ao anunciar
no mês passado sua aliança com grupos de expertise em produção e
comercialização de grãos. A empresa quer desbravar oportunidades no mercado de
terras no Brasil e criou a Cantagalo, na qual detém 50% de participação. A
companhia tem meta ambiciosa de sair do zero para cultivar 150 mil hectares em
terras próprias, entre grãos e fibras, em dois a três anos.
Muitas dessas empresas já detinham grandes áreas de terras antes do boom
imobiliário no campo. Por isso, diz Fava Neves, participaram de um dos melhores
momentos da valorização imobiliária rural do país. "Em 1987, um hectare custava
4 sacas de soja no oeste baiano. Em 1998, essa relação subiu para 15 sacas e
neste ano está em 400 sacas". Mas, apesar de toda a alta, o movimento vai
continuar. "Em uma escala de zero a dez, o movimento de valorização está no
nível 6", afirma.
Obviamente, diz Neves, uma região madura e disputada como Ribeirão Preto (SP),
por exemplo, está perto do nível 9 nessa escala. "Por isso, essas empresas
estão atuando em novas fronteiras como Piauí, Maranhão, Tocantins, além de área
de Mato Grosso e Bahia que ainda não perderam seu potencial imobiliário".
Assim, esse modelo corporativo tem na terra um pilar estratégico relevante.
Nesse ponto talvez esteja a principal diferença entre essa "agricultura
corporativa" em formação e as empresas agrícolas criada e conduzidas por
grandes produtores rurais. É o caso do Bom Futuro, do maior produtor de soja e
algodão do país, Eraí Maggi, que tem na produção agrícola - mais do que na
posse da terra - o foco de seu negócio. "Para a produção de alimentos, o modelo
de arrendamento é mais rentável. O de aquisição de terras só tem sentido
econômico nessas áreas onde há margens significativas para valorização
imobiliária", diz Maggi.
Independentemente das diferenças dos dois modelos, ambos tendem a deixar o
campo mais profissionalizado - o que significa, em tese, mais governança e
respeito às práticas ambientais e trabalhistas. A Insolo é uma das que reforçam
seu compromisso nessas frentes. A empresa, que partiu para esse modelo depois
que seu controle foi adquirido pela família Iochpe, chegou a encarar problemas
fundiários no Piauí, berço de seu avanço, no fim do ano passado, mas já tem
decisão favorável à sua expansão na Justiça federal.
Segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, a profissionalização do
setor faz parte de uma onda iniciada no início da década de 90. A economia
brasileira era fechada e protecionista e, entre 1990 e 1996 isso mudou
radicalmente. A abertura econômica gerou a primeira onda de exclusão.
"Estima-se que cerca de 200 mil produtores perderam tudo", lembra Rodrigues.
Setor de alimentos está sempre na dianteira
Setor de alimentos está sempre na dianteira
O segmento de alimentação foi o que mais cresceu no mercado de franquias em
2010, em comparação a 2009, com um salto de quase 40% no faturamento das redes.
A receita do setor passou de R$ 10,9 bilhões para R$ 15,2 bilhões. De acordo
com pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), houve ainda um
incremento de 79 novas marcas no ano - agora são 427. O número de unidades
aumentou de 10,5 mil para 12 mil lojas. Há oportunidades de negócios, a partir
de R$ 140 mil, em nichos como refeições balanceadas, culinária chinesa e
pizzarias. Quiosques de cervejas importadas estão entre as novidades.
Franqueado da Seletti Culinária Saudável em Belo Horizonte (MG) desde o final
do ano passado, Bruno Prado investiu R$ 450 mil para abrir o restaurante de 18
funcionários. Hoje, já pensa em expansão. "Pesquisas revelam que 51% dos
brasileiros fazem refeições fora de casa e há uma demanda crescente por
alimentação saudável", justifica. A estimativa de faturamento para o primeiro
ano de operação é de R$ 1 milhão. "Nos próximos cinco anos, pretendo abrir mais
quatro lojas em Belo Horizonte, para fortalecer a marca e reduzir custos."
Há quatro anos no mercado de gastronomia, a Seletti iniciou o franqueamento no
ano passado. Conta com sete unidades em operação e a meta é alcançar 150 lojas
no Brasil, até 2020. A expectativa para 2011 é fechar o ano com 30 pontos,
segundo Luis Felipe Campos, idealizador da rede.
Há 17 anos no mercado e há três no sistema de franquias, a pizzaria delivery
Didio Pizza reúne nove unidades e vai inaugurar duas novas lojas no próximo
mês. No ano passado, obteve um faturamento de R$ 8,4 milhões. Um dos
franqueados, Hycham Mohamed Ali, abriu um ponto há dois meses em São Paulo
(SP), com 13 funcionários. "Investi mais de R$ 140 mil e devo faturar R$ 70 mil
ao mês", afirma. A loja entrega até 150 pizzas nos finais de semana.
Segundo Ali, o fato de funcionar como uma franquia não diminuiu a carga de
responsabilidade. "O trabalho é árduo". Mesmo assim, em janeiro de 2012, o
empresário pretende inaugurar uma segunda unidade.
Também incluídas no setor de alimentação, as redes de venda de bebidas
comemoram resultados. A novata Mr. Beer Cervejas iniciou o franqueamento em
junho de 2010, mas já coleciona 17 quiosques e uma loja de rua. "A previsão é
terminar 2011 com 50 unidades", garante o sócio Rodolfo Alves, que espalhou
pontos no Rio, São Paulo, Paraná e Brasília.
O treinamento do franqueado inclui aulas sobre mais de 100 tipos de cervejas
importadas e artesanais, vendidas nos quiosques. O investimento total no
negócio é de R$ 90 mil, com prazo de retorno entre 18 e 24 meses. Segundo
Alves, o faturamento médio por unidade vai de R$ 30 mil a R$ 50 mil.
Com um investimento de R$ 250 mil e uma equipe de nove funcionários, o
empresário Pedro de Melo Moura inaugurou no ano passado uma franquia Rei do
Mate no Manaíra Shopping Center, em João Pessoa (PB). Em oito meses, faturou
R$ 315 mil.
A rede tem 291 lojas em todo o país e a expectativa é finalizar o ano com 30
novos contratos. "Como tenho apenas um ano de operação, ainda estou trabalhando
para que o retorno financeiro seja breve".
A expectativa do empreendedor é aumentar a receita em 20%, em 2011. "Antes de
fechar o contrato, conversei com outros franqueados para saber como era a
franqueadora em relação a prazos, relacionamento, custos, produtos e retorno
financeiro", diz Moura, que escolheu o negócio durante a feira de franquias ABF
Franchising Expo, no ano passado, em São Paulo (SP).
Este ano, outras redes de alimentação oferecem oportunidades no evento, que
acontece a partir do dia 08 de junho, na capital paulista. A rede de culinária
chinesa Lig-Lig, com 45 lojas, procura investidores em São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Mato
Grosso e Pará. O investimento médio em cada unidade é de R$ 220 mil, fora o
ponto comercial.
Com 120 restaurantes no Brasil e uma unidade no Paraguai, a Vivenda do Camarão
inaugura em junho o segundo ponto no exterior, na República Dominicana. No
mercado interno, os planos de expansão contemplam principalmente os Estados do
Nordeste e do Sul.
A veterana Giraffas, com 30 anos de atuação, acaba de implantar a 350 unidade
e se prepara para entrar no mercado americano, com um ponto em Miami. Outras
redes, como Koni Store, de comida japonesa, e Yoguland, de venda de frozen
yogurt, também oferecem oportunidades de negócios em todo o Brasil.
O segmento de alimentação foi o que mais cresceu no mercado de franquias em
2010, em comparação a 2009, com um salto de quase 40% no faturamento das redes.
A receita do setor passou de R$ 10,9 bilhões para R$ 15,2 bilhões. De acordo
com pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), houve ainda um
incremento de 79 novas marcas no ano - agora são 427. O número de unidades
aumentou de 10,5 mil para 12 mil lojas. Há oportunidades de negócios, a partir
de R$ 140 mil, em nichos como refeições balanceadas, culinária chinesa e
pizzarias. Quiosques de cervejas importadas estão entre as novidades.
Franqueado da Seletti Culinária Saudável em Belo Horizonte (MG) desde o final
do ano passado, Bruno Prado investiu R$ 450 mil para abrir o restaurante de 18
funcionários. Hoje, já pensa em expansão. "Pesquisas revelam que 51% dos
brasileiros fazem refeições fora de casa e há uma demanda crescente por
alimentação saudável", justifica. A estimativa de faturamento para o primeiro
ano de operação é de R$ 1 milhão. "Nos próximos cinco anos, pretendo abrir mais
quatro lojas em Belo Horizonte, para fortalecer a marca e reduzir custos."
Há quatro anos no mercado de gastronomia, a Seletti iniciou o franqueamento no
ano passado. Conta com sete unidades em operação e a meta é alcançar 150 lojas
no Brasil, até 2020. A expectativa para 2011 é fechar o ano com 30 pontos,
segundo Luis Felipe Campos, idealizador da rede.
Há 17 anos no mercado e há três no sistema de franquias, a pizzaria delivery
Didio Pizza reúne nove unidades e vai inaugurar duas novas lojas no próximo
mês. No ano passado, obteve um faturamento de R$ 8,4 milhões. Um dos
franqueados, Hycham Mohamed Ali, abriu um ponto há dois meses em São Paulo
(SP), com 13 funcionários. "Investi mais de R$ 140 mil e devo faturar R$ 70 mil
ao mês", afirma. A loja entrega até 150 pizzas nos finais de semana.
Segundo Ali, o fato de funcionar como uma franquia não diminuiu a carga de
responsabilidade. "O trabalho é árduo". Mesmo assim, em janeiro de 2012, o
empresário pretende inaugurar uma segunda unidade.
Também incluídas no setor de alimentação, as redes de venda de bebidas
comemoram resultados. A novata Mr. Beer Cervejas iniciou o franqueamento em
junho de 2010, mas já coleciona 17 quiosques e uma loja de rua. "A previsão é
terminar 2011 com 50 unidades", garante o sócio Rodolfo Alves, que espalhou
pontos no Rio, São Paulo, Paraná e Brasília.
O treinamento do franqueado inclui aulas sobre mais de 100 tipos de cervejas
importadas e artesanais, vendidas nos quiosques. O investimento total no
negócio é de R$ 90 mil, com prazo de retorno entre 18 e 24 meses. Segundo
Alves, o faturamento médio por unidade vai de R$ 30 mil a R$ 50 mil.
Com um investimento de R$ 250 mil e uma equipe de nove funcionários, o
empresário Pedro de Melo Moura inaugurou no ano passado uma franquia Rei do
Mate no Manaíra Shopping Center, em João Pessoa (PB). Em oito meses, faturou
R$ 315 mil.
A rede tem 291 lojas em todo o país e a expectativa é finalizar o ano com 30
novos contratos. "Como tenho apenas um ano de operação, ainda estou trabalhando
para que o retorno financeiro seja breve".
A expectativa do empreendedor é aumentar a receita em 20%, em 2011. "Antes de
fechar o contrato, conversei com outros franqueados para saber como era a
franqueadora em relação a prazos, relacionamento, custos, produtos e retorno
financeiro", diz Moura, que escolheu o negócio durante a feira de franquias ABF
Franchising Expo, no ano passado, em São Paulo (SP).
Este ano, outras redes de alimentação oferecem oportunidades no evento, que
acontece a partir do dia 08 de junho, na capital paulista. A rede de culinária
chinesa Lig-Lig, com 45 lojas, procura investidores em São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Mato
Grosso e Pará. O investimento médio em cada unidade é de R$ 220 mil, fora o
ponto comercial.
Com 120 restaurantes no Brasil e uma unidade no Paraguai, a Vivenda do Camarão
inaugura em junho o segundo ponto no exterior, na República Dominicana. No
mercado interno, os planos de expansão contemplam principalmente os Estados do
Nordeste e do Sul.
A veterana Giraffas, com 30 anos de atuação, acaba de implantar a 350 unidade
e se prepara para entrar no mercado americano, com um ponto em Miami. Outras
redes, como Koni Store, de comida japonesa, e Yoguland, de venda de frozen
yogurt, também oferecem oportunidades de negócios em todo o Brasil.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
CONSUMO DE CAFÉ CRESCE NO BRASIL, MAS PRODUÇÃO FICA ESTAGNADA
CONSUMO DE CAFÉ CRESCE NO BRASIL, MAS PRODUÇÃO FICA ESTAGNADA
O mercado de café vive uma situação de desequilíbrio, segundo especialistas no setor. O consumo e a exportação do Brasil crescem, mas a produção não aumenta no mesmo ritmo. Além disso, os estoques mundiais são cada vez menores. Nessa terça, dia 24, foi aberta em Santos, litoral paulista, uma exposição que mostra um pouco deste momento, considerado pelos especialistas, de incertezas para setor.
Numa visita ao museu do café em Santos, pode ser conhecido um pouco da história desta produção, que já representou a principal economia do Brasil. Como era o trabalho na lavoura, como eram feitos os negócios com café. O prédio do museu se destaca no centro histórico da cidade. Atrai turistas, que na cafeteria da entrada, podem até apreciar o cafezinho brasileiro.
A gente tem um público habitual, e esse público, que consome o nosso café, às vezes não dimensiona a importância que ele tem atualmente em termos gerais diz a diretora técnica do Museu do Café, Marilia Bonas.
Quem visitar o museu do café nestes próximos dias vai conhecer mais que história. O pessoal organizou uma exposição sobre o mercado do café atualmente. A ideia é ressaltar a importância do produto no dia a dia do brasileiro e mais que isto, na economia do país. Segundo analistas, a exposição tem base numa estatística preocupante.
A verdade é que há um equilíbrio muito precário entre a produção no Brasil, o mundo e o consumo mundial afirma o analista de mercado Eduardo Carvalhaes Filho.
Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o Brasil é responsável por 35% do café produzido no planeta. Exporta 33 milhões de sacas por ano para consumidores do primeiro mundo, e embolsa US$ 5,7 bilhões. No mercado interno, a indústria comemora o aumento de consumo, cerca 5% ao ano. A previsão para 2011 é de mais de 20 milhões de sacas, o que significa que cada brasileiro vai beber em torno de 85 litros de café este ano.
Outro dado da divulgado, é que não há Estado brasileiro que não produza café. Minas Gerais, em maior quantidade, chega a 25 milhões de sacas. Depois vem o Espírito Santo e São Paulo.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira deve chegar a 45 milhões de sacas neste ano, seis milhões a mais que em 2009, quando também ocorreu o chamado ciclo de produção mais baixa. Segundo Carvalhaes, o ritmo de crescimento da produção não acompanhou a demanda nos últimos anos, e os estoques mundiais estão acabando.
Nos países produtores praticamente não existe mais estoque. E nos países consumidores os estoques estão muito baixos. Não chegam para três meses de consumo informa.
Carvalhaes também é diretor de uma corretora de café. Ele conta que viu, no último ano, a cotação do produto dobrar na bolsa de Nova York. Saiu do US$1,50 por libra peso para US$ 3.
A tendência é de bons preços para o café. A safra pode ser um pouco maior, o consumo um pouco menor. Nós temos que prestar muita atenção na economia do mundo. A tendência tanto em 2011 quanto em 2012 é de alta nos preços do café esclarece.
A possível escassez de café não chega a preocupar a indústria. O diretor executivo da Abic, Natan Herszkowicz, acredita que os preços altos podem causar um efeito positivo no campo, estimulando a produção no ano que vem com cafés de melhor qualidade.
Os melhores cafés vão ter que ser disputados. Disputa significa preço maior. Vai levar quem pagar mais. O brasileiro vai continuar tomando café a cada dia. Em média, 95% da população acima dos 15 anos toma café todo dia, e o que a gente deseja é que o Brasil continue sendo o país onde mais cresce o consumo de café no mundo.
A exposição no Museu do Café começou nesta terça, dia Nacional do Café, e vai até o dia 24 de junho.
Fonte: Diário Agrícoloa
O mercado de café vive uma situação de desequilíbrio, segundo especialistas no setor. O consumo e a exportação do Brasil crescem, mas a produção não aumenta no mesmo ritmo. Além disso, os estoques mundiais são cada vez menores. Nessa terça, dia 24, foi aberta em Santos, litoral paulista, uma exposição que mostra um pouco deste momento, considerado pelos especialistas, de incertezas para setor.
Numa visita ao museu do café em Santos, pode ser conhecido um pouco da história desta produção, que já representou a principal economia do Brasil. Como era o trabalho na lavoura, como eram feitos os negócios com café. O prédio do museu se destaca no centro histórico da cidade. Atrai turistas, que na cafeteria da entrada, podem até apreciar o cafezinho brasileiro.
A gente tem um público habitual, e esse público, que consome o nosso café, às vezes não dimensiona a importância que ele tem atualmente em termos gerais diz a diretora técnica do Museu do Café, Marilia Bonas.
Quem visitar o museu do café nestes próximos dias vai conhecer mais que história. O pessoal organizou uma exposição sobre o mercado do café atualmente. A ideia é ressaltar a importância do produto no dia a dia do brasileiro e mais que isto, na economia do país. Segundo analistas, a exposição tem base numa estatística preocupante.
A verdade é que há um equilíbrio muito precário entre a produção no Brasil, o mundo e o consumo mundial afirma o analista de mercado Eduardo Carvalhaes Filho.
Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o Brasil é responsável por 35% do café produzido no planeta. Exporta 33 milhões de sacas por ano para consumidores do primeiro mundo, e embolsa US$ 5,7 bilhões. No mercado interno, a indústria comemora o aumento de consumo, cerca 5% ao ano. A previsão para 2011 é de mais de 20 milhões de sacas, o que significa que cada brasileiro vai beber em torno de 85 litros de café este ano.
Outro dado da divulgado, é que não há Estado brasileiro que não produza café. Minas Gerais, em maior quantidade, chega a 25 milhões de sacas. Depois vem o Espírito Santo e São Paulo.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira deve chegar a 45 milhões de sacas neste ano, seis milhões a mais que em 2009, quando também ocorreu o chamado ciclo de produção mais baixa. Segundo Carvalhaes, o ritmo de crescimento da produção não acompanhou a demanda nos últimos anos, e os estoques mundiais estão acabando.
Nos países produtores praticamente não existe mais estoque. E nos países consumidores os estoques estão muito baixos. Não chegam para três meses de consumo informa.
Carvalhaes também é diretor de uma corretora de café. Ele conta que viu, no último ano, a cotação do produto dobrar na bolsa de Nova York. Saiu do US$1,50 por libra peso para US$ 3.
A tendência é de bons preços para o café. A safra pode ser um pouco maior, o consumo um pouco menor. Nós temos que prestar muita atenção na economia do mundo. A tendência tanto em 2011 quanto em 2012 é de alta nos preços do café esclarece.
A possível escassez de café não chega a preocupar a indústria. O diretor executivo da Abic, Natan Herszkowicz, acredita que os preços altos podem causar um efeito positivo no campo, estimulando a produção no ano que vem com cafés de melhor qualidade.
Os melhores cafés vão ter que ser disputados. Disputa significa preço maior. Vai levar quem pagar mais. O brasileiro vai continuar tomando café a cada dia. Em média, 95% da população acima dos 15 anos toma café todo dia, e o que a gente deseja é que o Brasil continue sendo o país onde mais cresce o consumo de café no mundo.
A exposição no Museu do Café começou nesta terça, dia Nacional do Café, e vai até o dia 24 de junho.
Fonte: Diário Agrícoloa
Semana de tempo seco, com geadas na região cafeeira ao amanhecer
informações do SOMAR, INMET e IAPAR
Uma fraca massa de ar polar que avançou pelo oceano, foi responsável por temperaturas mais baixas em parte da Região Sudeste. Nos próximos dias, a massa de ar polar enfraquece e o frio da madrugada diminui. Na sexta-feira, uma frente fria avança pelo oceano, mas novamente só traz chuva para a faixa leste do Sudeste, durante o fim de semana.
A massa de ar frio permanece atuando no estado do Paraná, nesta terça-feira. As temperaturas continuam baixas no começo da manhã, em parte pela presença da massa de ar frio que ainda predomina na região, mas também devido a perda radiativa de calor junto a superfície.
PARANA
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, no SUL e REGIÃO CENTRAL, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
São previstas geadas de fraca intensidade na Região Metropolitana de Curitiba, Lapa, Norte Pioneiro, Ivaiporã, Campo Mourão e Sudoeste paranaense. Também são previstas formação de geadas de intensidade moderada nas regiões de Castro, Telêmaco Borba, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava e Palmas, para as próximas 24 horas.
Minas Gerais
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, em áreas isoladas do SUL, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
SAO PAULO
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de declínio da temperatura com formação de geada, na SERRA DA MANTIQUEIRA, ao amanhecer do(s) dia(s) 29/05/2011 e 30/05/2011.
RIO GRANDE DO SUL
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, na SERRA DO NORDESTE, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
SANTA CATARINA
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, no PLANALTO SUL e PLANALTO NORTE, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
Previsão do tempo para a região Sudeste
segunda, 30 de maio de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVA NO ESPÍRITO SANTO, CENTRO E NORTE DO RIO DE JANEIRO. PODE CHOVER NO NORDESTE DE SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS PARCIALMENTE NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
terça, 31 de maio de 2011
NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVAS ISOLADAS NO ESPÍRTIO SANTO. PODE GEAR NO VALE DO PARANAPANEMA EM SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL E COM NÉVOA SECA EM MINAS GERAIS.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 4°C
quarta, 01 de junho de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM CHUVA EM ÁREAS ISOLADAS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 5°C
quinta, 02 de junho de 2011
CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO, PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVAS NO ESPÍRITO SANTO E CENTRO NORTE DO RIO DE JANEIRO. DEMAIS ÁREAS DO RIO DE JANEIRO, PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
Uma fraca massa de ar polar que avançou pelo oceano, foi responsável por temperaturas mais baixas em parte da Região Sudeste. Nos próximos dias, a massa de ar polar enfraquece e o frio da madrugada diminui. Na sexta-feira, uma frente fria avança pelo oceano, mas novamente só traz chuva para a faixa leste do Sudeste, durante o fim de semana.
A massa de ar frio permanece atuando no estado do Paraná, nesta terça-feira. As temperaturas continuam baixas no começo da manhã, em parte pela presença da massa de ar frio que ainda predomina na região, mas também devido a perda radiativa de calor junto a superfície.
PARANA
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, no SUL e REGIÃO CENTRAL, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
São previstas geadas de fraca intensidade na Região Metropolitana de Curitiba, Lapa, Norte Pioneiro, Ivaiporã, Campo Mourão e Sudoeste paranaense. Também são previstas formação de geadas de intensidade moderada nas regiões de Castro, Telêmaco Borba, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava e Palmas, para as próximas 24 horas.
Minas Gerais
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, em áreas isoladas do SUL, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
SAO PAULO
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de declínio da temperatura com formação de geada, na SERRA DA MANTIQUEIRA, ao amanhecer do(s) dia(s) 29/05/2011 e 30/05/2011.
RIO GRANDE DO SUL
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, na SERRA DO NORDESTE, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
SANTA CATARINA
As condições meteorológicas são favoráveis à formação de geada, no PLANALTO SUL e PLANALTO NORTE, ao amanhecer do(s) dia(s) 31/05/2011.
Previsão do tempo para a região Sudeste
segunda, 30 de maio de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVA NO ESPÍRITO SANTO, CENTRO E NORTE DO RIO DE JANEIRO. PODE CHOVER NO NORDESTE DE SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS PARCIALMENTE NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
terça, 31 de maio de 2011
NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVAS ISOLADAS NO ESPÍRTIO SANTO. PODE GEAR NO VALE DO PARANAPANEMA EM SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL E COM NÉVOA SECA EM MINAS GERAIS.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 4°C
quarta, 01 de junho de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM CHUVA EM ÁREAS ISOLADAS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 5°C
quinta, 02 de junho de 2011
CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO, PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVAS NO ESPÍRITO SANTO E CENTRO NORTE DO RIO DE JANEIRO. DEMAIS ÁREAS DO RIO DE JANEIRO, PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
CÓDIGO FLORESTAL - O projeto sai da Câmara conforme queriam os ruralistas, e Dilma promete vetar os pontos mais polêmicos
POR GERSON FREITAS JR. | CARTA CAPITAL
A votação das controversas mudanças no Código Florestal rachou a base aliada e impôs ao governo Dilma sua primeira derrota na Câmara dos Deputados. Os congressistas aprovaram não só o texto básico do relator Aldo Rebelo, apoiado "com ressalvas" pelo Planalto, mas também a Emenda 164, que a presidenta classificou como "vergonhosa" e prometeu vetar.
A vitória dos ruralistas foi acachapante. O relatório teve 474 votos a favor e apenas 63 contra. Navotação do destaque, foram 273 contra 182.0 resultado não surpreendeu. A aprovação, tanto do relatório quanto da emenda, era dada como certa já nas primeiras horas da terça-feira 24. A única dúvida era se o governo aceitaria a derrota ou abortaria a votação, como fez duas semanas antes. Fragilizado pelo escândalo do vertiginoso enriquecimento de Antonio Palocci, o Planalto não viu outra saída senão aceitar os fatos.
Visivelmente constrangido, o líder do Partido dos Trabalhadores, Paulo Teixeira, recomendou o voto no relatório de Rebelo. "O projeto ainda tem problemas sérios, mas avançou muito em relação à proposta inicial", justificou minutos antes do pleito. E, embora não tenha liberado a bancada, disse que o partido "entenderia" eventuais dissidências. Ao todo, 35 de 81 deputados.
No outro lado, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, comandou a rebelião da base contra o governo. O partido do vice, Michel Temer, votou em peso a favor do relatório e da Emenda 164, da qual foi um dos signatários. O governo promete alterar o projeto no Senado. O Planalto quer incluir na proposta a recomposição obrigatória de 20% de todas as áreas de preservação permanente, como topos de morros e margens de rios, e penas adicionais aos agricultores que reincidirem em agressões ao meio ambiente. "Vamos deixar claro que o governo tem uma proposta alternativa", disse Cândido Vaccarezza, o líder governista na Câmara.
O Planalto espera que a discussão no Senado ocorra com mais serenidade. A avaliação é de que, na Câmara, o embate entre ruralistas e ambientalistas extrapolou em muito o tom desejável e arruinou qualquer possibilidade de acordo. Por isso, Dilma deverá reeditar o decreto que isenta de multa os proprietários de terra que desmataram ilegalmente, a fim de dar mais tempo aos senadores. O decreto atual vence em 11 de junho. O valor das multas a serem aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Humanos Naturais e Renováveis (Ibama) e ainda não pagas até 22 de julho de 2008 extrapola a casa dos 2,4 bilhões de reais. Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas respondem por 85% desse valor.
"O Congresso não deve votar com uma faca no pescoço. Não havendo condição de se chegar a um acordo antes desse prazo, o governo já sinalizou que prorrogará o decreto", afirma Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, José Sarney, declarou que o projeto deverá ser apreciado "sem atropelo" por ao menos três comissões: Constituição e Justiça, Meio Ambiente e Agricultura.
Segundo o líder do governo na casa, Romero Jucá, a relatoria do projeto ficará por conta do presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), parlamentar de confiança do Planalto.
Caso não consiga reverter o resultado obtido na Câmara, Dilma prometeu vetar os pontos mais críticos ou mesmo todo o texto do Código Florestal. Embora seja uma prerrogativa constitucional do presidente da República, a medida poderia abrir uma crise entre os poderes logo no primeiro ano de mandato. Para evitar esse desgaste, o governo vai trabalhar para garantir a fidelidade de sua ampla base aliada no Senado.
Na Câmara, a votação do Código Florestal voltou a colocar em xeque a relação entre o governo e o PMDB. Em seu discurso, Eduardo Alves tentou negar a conclusão óbvia de que ajudava a derrotar o governo. "Não sou um aliado do governo Dilma. Eu sou o governo Dilma." Logo em seguida, inflamado, desafiou o Planalto. "Esta é a hora de esta Casa (a Câmara) se afirmar. Isto aqui é um poder", afirmou, sob aplausos efusivos da oposição. "Eduardo Alves fez um discurso histórico de defesa do Parlamento", elogiou o colegaACM Neto. Alves, vale lembrar, é candidato à presidência da Câmara, cargo pretendido também por Aldo Rebelo.
Em sua tentativa de defender o Planalto, Vaccarezza saiu-se de maneira desastrosa. Após afirmar, corretamente, que é o presidente quem fala pelo governo em um regime presidencialista, o petista caiu em desgraça ao afirmar que o Congresso "corre risco quando vota contra o governo". Foi a senha para que os parlamentares transformassem a votação da Emenda 164 em um ato de independência da Câmara contra uma suposta ingerência do Executivo. Após a derrota, o líder governista disse que a relação com o PMDB não foi abalada com o episódio. "É uma página virada."
A Emenda 164 é o ponto mais crítico do novo Código Florestal. Proposta por parlamentares do PMDB, revoga o artigo 8° do texto relatado por Aldo Rebelo. Com esse artigo, o governo federal havia assegurado o direito de regulamentar, por decreto, quais APPs poderiam continuar a ser usadas pela agricultura e quais deveriam ser recompostas. O objetivo era distinguir áreas de preservação utilizadas por culturas há muitos anos, como as de café em Minas Gerais, daquelas que foram desmatadas ilegalmente, após a vigência do Código Florestal. Com a emenda, caberá aos estados fazer a distinção.
O governo federal desconfia da capacidade dos estados de fazer cumprir a lei. O que impediria que unidades da federação como o Mato Grosso, dominado por representantes do agronegócio, de liberar o plantio de soja em áreas de preservação permanente sob o artifício do "interesse social"? Na prática, argumentam os ambientalistas, a medida consolida todas as ocupações irregulares e anistia os desmatadores.
Por outro lado, argumenta o deputado Moreira Mendes (PPS), líder da frente parlamentar agropecuária, a prerrogativa de regulamentar as exceções por decreto transformaria a questão em moeda de troca política para o governo federal. "O governo quer é aprovar um código restritivo, que é o que conta para quem vê de fora, e depois liberar as ocupações no varejo." Para Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara, a proposta governista é "autoritária", pois "submete a sobrevivência de culturas centenárias à caneta do governo".
De todo modo, a grande ameaça do novo Código é moral. Ao anistiar os proprietários de terra que desmataram ilegalmente, o Brasil passa mensagem de que o crime compensa. "O produtor que sempre seguiu a lei, que manteve as áreas de preservação permanente e reserva legal, vai chegar à conclusão de que errou", afirma Teixeira. Tal percepção seria a principal causa da disparada no ritmo de desmatamento da Amazônia, apontada pelos satélites do Inpe, nos últimos meses.
A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), argumenta que não faz sentido falar em anistia se os produtores terão de aderir a um plano de regularização que prevê a recomposição (parcial) das áreas devastadas. "Além disso, a lei não abre qualquer brecha para quem desmatou após julho de 2008. Estes vão ter de se entender com a Justiça."
Para se verem livres das penalidades por crimes ambientais, os produtores em situação irregular terão de aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), conduzido pela União em conjunto com os estados, no prazo de até um ano após a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deve acontecer em até 90 dias após a publicação da futura lei.
Quem aderir ao PRA terá de assinar um termo de adesão e compromisso que vai especificar os procedimentos de recuperação ambiental. Cumpridos os termos, as punições são extintas. Contudo, o precedente justifica a desconfiança de que, passados alguns anos e descumpridas as ordens do PRA, os produtores rurais voltem a apelar ao argumento da "segurança jurídica" para conseguir um novo perdão.
No mais, o relatório votado contém avanços importantes em relação às primeiras versões apresentadas por Rebelo. O governo conseguiu garantir a manutenção das áreas de reserva legal e preservação permanente previstos no código atual. Ou seja, a nova legislação não autoriza novos desmatamentos em relação àqueles que já seriam permitidos atualmente. A flexibilização vale apenas para aqueles que terão de recompor áreas derrubadas. Em outras palavras, o novo Código Florestal não autoriza a devastação da Amazônia, como sugere a retórica ambientalista.
A discussão sobre as mudanças no Código Florestal foi, desde o início, um campo aberto para argumentos falaciosos e delirantes. No dia da votação, a senadora Kátia Abreu chegou a afirmar que as ONGs de defesa ao meio ambiente agiam como a máfia italiana ou as milícias cariocas "ao extorquir empresários sob a ameaça de desmoralização pública". Espera-se que, no Senado, o debate tenha a lucidez que o tema exige.
A votação das controversas mudanças no Código Florestal rachou a base aliada e impôs ao governo Dilma sua primeira derrota na Câmara dos Deputados. Os congressistas aprovaram não só o texto básico do relator Aldo Rebelo, apoiado "com ressalvas" pelo Planalto, mas também a Emenda 164, que a presidenta classificou como "vergonhosa" e prometeu vetar.
A vitória dos ruralistas foi acachapante. O relatório teve 474 votos a favor e apenas 63 contra. Navotação do destaque, foram 273 contra 182.0 resultado não surpreendeu. A aprovação, tanto do relatório quanto da emenda, era dada como certa já nas primeiras horas da terça-feira 24. A única dúvida era se o governo aceitaria a derrota ou abortaria a votação, como fez duas semanas antes. Fragilizado pelo escândalo do vertiginoso enriquecimento de Antonio Palocci, o Planalto não viu outra saída senão aceitar os fatos.
Visivelmente constrangido, o líder do Partido dos Trabalhadores, Paulo Teixeira, recomendou o voto no relatório de Rebelo. "O projeto ainda tem problemas sérios, mas avançou muito em relação à proposta inicial", justificou minutos antes do pleito. E, embora não tenha liberado a bancada, disse que o partido "entenderia" eventuais dissidências. Ao todo, 35 de 81 deputados.
No outro lado, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, comandou a rebelião da base contra o governo. O partido do vice, Michel Temer, votou em peso a favor do relatório e da Emenda 164, da qual foi um dos signatários. O governo promete alterar o projeto no Senado. O Planalto quer incluir na proposta a recomposição obrigatória de 20% de todas as áreas de preservação permanente, como topos de morros e margens de rios, e penas adicionais aos agricultores que reincidirem em agressões ao meio ambiente. "Vamos deixar claro que o governo tem uma proposta alternativa", disse Cândido Vaccarezza, o líder governista na Câmara.
O Planalto espera que a discussão no Senado ocorra com mais serenidade. A avaliação é de que, na Câmara, o embate entre ruralistas e ambientalistas extrapolou em muito o tom desejável e arruinou qualquer possibilidade de acordo. Por isso, Dilma deverá reeditar o decreto que isenta de multa os proprietários de terra que desmataram ilegalmente, a fim de dar mais tempo aos senadores. O decreto atual vence em 11 de junho. O valor das multas a serem aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Humanos Naturais e Renováveis (Ibama) e ainda não pagas até 22 de julho de 2008 extrapola a casa dos 2,4 bilhões de reais. Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas respondem por 85% desse valor.
"O Congresso não deve votar com uma faca no pescoço. Não havendo condição de se chegar a um acordo antes desse prazo, o governo já sinalizou que prorrogará o decreto", afirma Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados. O presidente do Senado, José Sarney, declarou que o projeto deverá ser apreciado "sem atropelo" por ao menos três comissões: Constituição e Justiça, Meio Ambiente e Agricultura.
Segundo o líder do governo na casa, Romero Jucá, a relatoria do projeto ficará por conta do presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), parlamentar de confiança do Planalto.
Caso não consiga reverter o resultado obtido na Câmara, Dilma prometeu vetar os pontos mais críticos ou mesmo todo o texto do Código Florestal. Embora seja uma prerrogativa constitucional do presidente da República, a medida poderia abrir uma crise entre os poderes logo no primeiro ano de mandato. Para evitar esse desgaste, o governo vai trabalhar para garantir a fidelidade de sua ampla base aliada no Senado.
Na Câmara, a votação do Código Florestal voltou a colocar em xeque a relação entre o governo e o PMDB. Em seu discurso, Eduardo Alves tentou negar a conclusão óbvia de que ajudava a derrotar o governo. "Não sou um aliado do governo Dilma. Eu sou o governo Dilma." Logo em seguida, inflamado, desafiou o Planalto. "Esta é a hora de esta Casa (a Câmara) se afirmar. Isto aqui é um poder", afirmou, sob aplausos efusivos da oposição. "Eduardo Alves fez um discurso histórico de defesa do Parlamento", elogiou o colegaACM Neto. Alves, vale lembrar, é candidato à presidência da Câmara, cargo pretendido também por Aldo Rebelo.
Em sua tentativa de defender o Planalto, Vaccarezza saiu-se de maneira desastrosa. Após afirmar, corretamente, que é o presidente quem fala pelo governo em um regime presidencialista, o petista caiu em desgraça ao afirmar que o Congresso "corre risco quando vota contra o governo". Foi a senha para que os parlamentares transformassem a votação da Emenda 164 em um ato de independência da Câmara contra uma suposta ingerência do Executivo. Após a derrota, o líder governista disse que a relação com o PMDB não foi abalada com o episódio. "É uma página virada."
A Emenda 164 é o ponto mais crítico do novo Código Florestal. Proposta por parlamentares do PMDB, revoga o artigo 8° do texto relatado por Aldo Rebelo. Com esse artigo, o governo federal havia assegurado o direito de regulamentar, por decreto, quais APPs poderiam continuar a ser usadas pela agricultura e quais deveriam ser recompostas. O objetivo era distinguir áreas de preservação utilizadas por culturas há muitos anos, como as de café em Minas Gerais, daquelas que foram desmatadas ilegalmente, após a vigência do Código Florestal. Com a emenda, caberá aos estados fazer a distinção.
O governo federal desconfia da capacidade dos estados de fazer cumprir a lei. O que impediria que unidades da federação como o Mato Grosso, dominado por representantes do agronegócio, de liberar o plantio de soja em áreas de preservação permanente sob o artifício do "interesse social"? Na prática, argumentam os ambientalistas, a medida consolida todas as ocupações irregulares e anistia os desmatadores.
Por outro lado, argumenta o deputado Moreira Mendes (PPS), líder da frente parlamentar agropecuária, a prerrogativa de regulamentar as exceções por decreto transformaria a questão em moeda de troca política para o governo federal. "O governo quer é aprovar um código restritivo, que é o que conta para quem vê de fora, e depois liberar as ocupações no varejo." Para Duarte Nogueira, líder do PSDB na Câmara, a proposta governista é "autoritária", pois "submete a sobrevivência de culturas centenárias à caneta do governo".
De todo modo, a grande ameaça do novo Código é moral. Ao anistiar os proprietários de terra que desmataram ilegalmente, o Brasil passa mensagem de que o crime compensa. "O produtor que sempre seguiu a lei, que manteve as áreas de preservação permanente e reserva legal, vai chegar à conclusão de que errou", afirma Teixeira. Tal percepção seria a principal causa da disparada no ritmo de desmatamento da Amazônia, apontada pelos satélites do Inpe, nos últimos meses.
A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), argumenta que não faz sentido falar em anistia se os produtores terão de aderir a um plano de regularização que prevê a recomposição (parcial) das áreas devastadas. "Além disso, a lei não abre qualquer brecha para quem desmatou após julho de 2008. Estes vão ter de se entender com a Justiça."
Para se verem livres das penalidades por crimes ambientais, os produtores em situação irregular terão de aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), conduzido pela União em conjunto com os estados, no prazo de até um ano após a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deve acontecer em até 90 dias após a publicação da futura lei.
Quem aderir ao PRA terá de assinar um termo de adesão e compromisso que vai especificar os procedimentos de recuperação ambiental. Cumpridos os termos, as punições são extintas. Contudo, o precedente justifica a desconfiança de que, passados alguns anos e descumpridas as ordens do PRA, os produtores rurais voltem a apelar ao argumento da "segurança jurídica" para conseguir um novo perdão.
No mais, o relatório votado contém avanços importantes em relação às primeiras versões apresentadas por Rebelo. O governo conseguiu garantir a manutenção das áreas de reserva legal e preservação permanente previstos no código atual. Ou seja, a nova legislação não autoriza novos desmatamentos em relação àqueles que já seriam permitidos atualmente. A flexibilização vale apenas para aqueles que terão de recompor áreas derrubadas. Em outras palavras, o novo Código Florestal não autoriza a devastação da Amazônia, como sugere a retórica ambientalista.
A discussão sobre as mudanças no Código Florestal foi, desde o início, um campo aberto para argumentos falaciosos e delirantes. No dia da votação, a senadora Kátia Abreu chegou a afirmar que as ONGs de defesa ao meio ambiente agiam como a máfia italiana ou as milícias cariocas "ao extorquir empresários sob a ameaça de desmoralização pública". Espera-se que, no Senado, o debate tenha a lucidez que o tema exige.
Frio continua no Paraná, com risco para formação de geadas no sul da região cafeeira
Frio continua no Paraná, com risco para formação de geadas no sul da região cafeeira
Com informações do INMET e IAPAR
O frio continua no Paraná, com risco para formação de geadas. Com destaque no centro-sul e Região Metropolitana de Curitiba onde a intensidade deve variar de moderada a forte, nas próximas 24 horas.
No sul da região cafeeira é previsto formação de geadas de fraca intensidade em locais de baixadas e em pontos isolados.
Em Minas Gerais as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de baixa umidade relativa do ar, , em torno de 30% no Noroeste e Norte do estado, no período entre os dias 28/05/2011 e 29/05/2011.
Previsão do tempo para a região Sudeste
segunda, 30 de maio de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVA NO ESPÍRITO SANTO, CENTRO E NORTE DO RIO DE JANEIRO. PODE CHOVER NO NORDESTE DE SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS PARCIALMENTE NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
terça, 31 de maio de 2011
NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVAS ISOLADAS NO ESPÍRTIO SANTO. PODE GEAR NO VALE DO PARANAPANEMA EM SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL E COM NÉVOA SECA EM MINAS GERAIS.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 4°C
quarta, 01 de junho de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM CHUVA EM ÁREAS ISOLADAS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 5°C
quinta, 02 de junho de 2011
CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO, PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVAS NO ESPÍRITO SANTO E CENTRO NORTE DO RIO DE JANEIRO. DEMAIS ÁREAS DO RIO DE JANEIRO, PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
Com informações do INMET e IAPAR
O frio continua no Paraná, com risco para formação de geadas. Com destaque no centro-sul e Região Metropolitana de Curitiba onde a intensidade deve variar de moderada a forte, nas próximas 24 horas.
No sul da região cafeeira é previsto formação de geadas de fraca intensidade em locais de baixadas e em pontos isolados.
Em Minas Gerais as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de baixa umidade relativa do ar, , em torno de 30% no Noroeste e Norte do estado, no período entre os dias 28/05/2011 e 29/05/2011.
Previsão do tempo para a região Sudeste
segunda, 30 de maio de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVA NO ESPÍRITO SANTO, CENTRO E NORTE DO RIO DE JANEIRO. PODE CHOVER NO NORDESTE DE SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS PARCIALMENTE NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
terça, 31 de maio de 2011
NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVAS ISOLADAS NO ESPÍRTIO SANTO. PODE GEAR NO VALE DO PARANAPANEMA EM SÃO PAULO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL E COM NÉVOA SECA EM MINAS GERAIS.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 4°C
quarta, 01 de junho de 2011
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM CHUVA EM ÁREAS ISOLADAS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPÍRITO SANTO. DEMAIS ÁREAS COM NEBULOSIDADE VARIÁVEL.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 5°C
quinta, 02 de junho de 2011
CLARO A PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO, PASSANDO A ENCOBERTO COM CHUVAS NO ESPÍRITO SANTO E CENTRO NORTE DO RIO DE JANEIRO. DEMAIS ÁREAS DO RIO DE JANEIRO, PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 32°C MIN.: 6°C
domingo, 29 de maio de 2011
Mais uma semana sem direção.
Mais uma semana sem direção.
O mercado do café teve mais uma semana com sentimentos mistos, ora o mercado mostrava-se comprador ora mostrava-se vendedor. Uma condição típica de consolidação onde realmente estes tipos de sentimentos confundem nossas analises e até operações do mercado.
Esperar uma correção em queda dentro de um quadro de estoques baixos e na entrada do inverno brasileiro, sendo que o clima tem sido um dos fortes fatores para a valorização do commodities seria extremamente arriscado, portanto vender na bolsa sem uma confirmação técnica fica difícil.
O mercado tentou recuar não emplacando preços abaixo de 260.00 e na tentativa de romper 270.00 à ponta vendedora apareceu fazendo que o mercado recua-se.
Estamos dentro deste range por enquanto entre 260.00 e 270.00, na proximidade destes valores temos trade com stops curto.
A entrada da safra brasileira traz novas especulações, vimos grandes instituições financeiras como ABN conseguir encontrar sobra astronômica de café arábica, um total de 690.000 sacas de café frente um consumo de 130 milhões de sacas de café, outras entidades como a agencia safras também mandaram revisões nas previsões da produção.
Este excepcional excedente de mercadoria previsto, que com certeza devera ter também uma excepcional qualidade, nos mostra que o quadro para a indústria é realmente preocupante.
Na mão da indústria cafeeira existe um belo abacaxi para se descascar, estão com um ano de ciclo baixo no país que é o maior fornecedor de matéria prima do mundo, o Brasil, problemas climáticos no segundo maior produtor de arábica do mundo, a Colômbia, e um crescimento no consumo nunca visto antes na historia junta-se a isto os menores estoques da historia não somente em números absolutos como também estatisticamente, entre a produção e o consumo.
Na ultima década tivemos preços baixos para o produtor que não fez investimentos para aumento de área plantada, melhorou se a qualidade e a produtividade o que deu uma ordenação entre consumo e produção, mas com o avanço de economias de paises em desenvolvimento este quadro mudou, e mesmo que as grandes potencias tenham entrado em crise a demanda por café aumentou deixando a indústria em xeque.
Toda indústria precisa de matéria prima, e se possível barata, mas estamos agora para descobrir o que seria barato e o que seria caro para o mercado como um todo.
Quando vemos que o café na bolsa de Nova Iorque chega a custar 10% mais barato que o físico acredita assim que o mercado ainda não encontrou o ponto , quando sabemos que a indústria precisa para os próximos dez anos , um investimento para que haja um crescimento de pelo menos 80% da área plantada brasileira, e que os produtores ainda carregam dividas da ultima década, e que só a indústria levou o premio para casa, sabemos que o mercado ainda tem que se mostrar atrativo e seguro para a classe produtora para tal investimento.
Os produtores brasileiros trabalham sem seguros climáticos e nem de mercado, onde só ele paga os prejuízos do setor, portanto me parece um bom momento para que haja um acordo de parceria para a continuidade da cadeia.
A direção do mercado será dada pela harmonia de um entendimento do mercado caso contrario, esta década será paga a conta pela ponta que precisar da matéria prima.
Tecnicamente estamos em uma consolidação, temos duas analises gráficas diferentes em tempos gráficos que nos dão analises contrarias uma da outra.
No gráfico diário temos uma bear flag que flâmula na parte inferior do gráfico, que o seu rompimento que seria 254.00 reflete o mercado para 230.00, no gráfico semanal tem um fundo duplo não rompido ainda e o fechamento na sexta feira nos trouxe no estudo de candlestick um harami, o que mostra um possível teste de topo em 308.9, o que poucos acreditam, com a saída dos fundos do mercado sistematicamente há 3 semanas podemos entender que eles estariam líquidos e uma entrada poderia o mercado voltar a subir.
Com os preços de café fino mais barato são encontrados nas bolsas Ice e Bmf não acredito que os estoques baixos e o inverno brasileiro uma correção mais aguda venha acontecer no momento, portanto acredito no teste de topo, mas os dois cenários estão abertos.
Vamos aguardar para ver o que ira acontecer, uma boa semana a todos e que Deus os abençoe.
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
O mercado do café teve mais uma semana com sentimentos mistos, ora o mercado mostrava-se comprador ora mostrava-se vendedor. Uma condição típica de consolidação onde realmente estes tipos de sentimentos confundem nossas analises e até operações do mercado.
Esperar uma correção em queda dentro de um quadro de estoques baixos e na entrada do inverno brasileiro, sendo que o clima tem sido um dos fortes fatores para a valorização do commodities seria extremamente arriscado, portanto vender na bolsa sem uma confirmação técnica fica difícil.
O mercado tentou recuar não emplacando preços abaixo de 260.00 e na tentativa de romper 270.00 à ponta vendedora apareceu fazendo que o mercado recua-se.
Estamos dentro deste range por enquanto entre 260.00 e 270.00, na proximidade destes valores temos trade com stops curto.
A entrada da safra brasileira traz novas especulações, vimos grandes instituições financeiras como ABN conseguir encontrar sobra astronômica de café arábica, um total de 690.000 sacas de café frente um consumo de 130 milhões de sacas de café, outras entidades como a agencia safras também mandaram revisões nas previsões da produção.
Este excepcional excedente de mercadoria previsto, que com certeza devera ter também uma excepcional qualidade, nos mostra que o quadro para a indústria é realmente preocupante.
Na mão da indústria cafeeira existe um belo abacaxi para se descascar, estão com um ano de ciclo baixo no país que é o maior fornecedor de matéria prima do mundo, o Brasil, problemas climáticos no segundo maior produtor de arábica do mundo, a Colômbia, e um crescimento no consumo nunca visto antes na historia junta-se a isto os menores estoques da historia não somente em números absolutos como também estatisticamente, entre a produção e o consumo.
Na ultima década tivemos preços baixos para o produtor que não fez investimentos para aumento de área plantada, melhorou se a qualidade e a produtividade o que deu uma ordenação entre consumo e produção, mas com o avanço de economias de paises em desenvolvimento este quadro mudou, e mesmo que as grandes potencias tenham entrado em crise a demanda por café aumentou deixando a indústria em xeque.
Toda indústria precisa de matéria prima, e se possível barata, mas estamos agora para descobrir o que seria barato e o que seria caro para o mercado como um todo.
Quando vemos que o café na bolsa de Nova Iorque chega a custar 10% mais barato que o físico acredita assim que o mercado ainda não encontrou o ponto , quando sabemos que a indústria precisa para os próximos dez anos , um investimento para que haja um crescimento de pelo menos 80% da área plantada brasileira, e que os produtores ainda carregam dividas da ultima década, e que só a indústria levou o premio para casa, sabemos que o mercado ainda tem que se mostrar atrativo e seguro para a classe produtora para tal investimento.
Os produtores brasileiros trabalham sem seguros climáticos e nem de mercado, onde só ele paga os prejuízos do setor, portanto me parece um bom momento para que haja um acordo de parceria para a continuidade da cadeia.
A direção do mercado será dada pela harmonia de um entendimento do mercado caso contrario, esta década será paga a conta pela ponta que precisar da matéria prima.
Tecnicamente estamos em uma consolidação, temos duas analises gráficas diferentes em tempos gráficos que nos dão analises contrarias uma da outra.
No gráfico diário temos uma bear flag que flâmula na parte inferior do gráfico, que o seu rompimento que seria 254.00 reflete o mercado para 230.00, no gráfico semanal tem um fundo duplo não rompido ainda e o fechamento na sexta feira nos trouxe no estudo de candlestick um harami, o que mostra um possível teste de topo em 308.9, o que poucos acreditam, com a saída dos fundos do mercado sistematicamente há 3 semanas podemos entender que eles estariam líquidos e uma entrada poderia o mercado voltar a subir.
Com os preços de café fino mais barato são encontrados nas bolsas Ice e Bmf não acredito que os estoques baixos e o inverno brasileiro uma correção mais aguda venha acontecer no momento, portanto acredito no teste de topo, mas os dois cenários estão abertos.
Vamos aguardar para ver o que ira acontecer, uma boa semana a todos e que Deus os abençoe.
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
Food inflation favors corporate strongmen
Food inflation favors corporate strongmen
Lisa Lee - The author is a Reuters Breakingviews columnist. The opinions expressed are her own.
Fickle weather, decreasing farmland and more mouths are pushing up prices of wheat and other important ingredients and soft commodities. Companies feeding the hungry masses are running out of places to slash costs and increasingly being forced to pass the inflation on to customers to avoid smaller profits. Big brands and proactive market leaders, like McDonald’s and Pepsi, stand to survive the storm best.
Some early evidence seems to favor the brave. J M Smucker has been leading the way hiking the price of Folgers coffee. A jar that sold for $4 a year ago now costs $5.20, a 30 percent increase. Rival Kraft typically has taken longer to raise prices in this category, but Smucker’s shares have performed better despite — or maybe because of — the aggressive moves.
Pepsi also shocked markets earlier this year when it jacked up forecasts for commodity inflation to roughly double what rivals like Coca-Cola were expecting. But competitors have slowly come around, and in the meantime Pepsi shares have outperformed theirs.
The cost adversity also puts market leaders in position to throw their weight around. McDonald’s, for example, plans to invest $1 billion over the next few years to remodel some 5,000 restaurants. A nicer atmosphere might help ease the pain of a pricier Big Mac. In the past, such redesigns have increased sales of established stores by 6-7 percent. Smaller rivals may not have such capital to invest to mask their costlier meals.
History also favors the titans. During the last big global food inflation, in 2007-08, General Mills hiked prices and still gained impressive market share. With brands like Cheerios and Lucky Charms, the company surged from 16 percent of U.S. cereal sales to 26 percent in a year, according to research firm IBISWorld.
With the economy only wheezing back to life and jobs still hard to come by, consumers may not have as much of an appetite for higher prices as they had in previous downturns. But the companies big enough and bold enough to tackle the issue head on seem nevertheless to have an edge in tough times.
Lisa Lee - The author is a Reuters Breakingviews columnist. The opinions expressed are her own.
Fickle weather, decreasing farmland and more mouths are pushing up prices of wheat and other important ingredients and soft commodities. Companies feeding the hungry masses are running out of places to slash costs and increasingly being forced to pass the inflation on to customers to avoid smaller profits. Big brands and proactive market leaders, like McDonald’s and Pepsi, stand to survive the storm best.
Some early evidence seems to favor the brave. J M Smucker has been leading the way hiking the price of Folgers coffee. A jar that sold for $4 a year ago now costs $5.20, a 30 percent increase. Rival Kraft typically has taken longer to raise prices in this category, but Smucker’s shares have performed better despite — or maybe because of — the aggressive moves.
Pepsi also shocked markets earlier this year when it jacked up forecasts for commodity inflation to roughly double what rivals like Coca-Cola were expecting. But competitors have slowly come around, and in the meantime Pepsi shares have outperformed theirs.
The cost adversity also puts market leaders in position to throw their weight around. McDonald’s, for example, plans to invest $1 billion over the next few years to remodel some 5,000 restaurants. A nicer atmosphere might help ease the pain of a pricier Big Mac. In the past, such redesigns have increased sales of established stores by 6-7 percent. Smaller rivals may not have such capital to invest to mask their costlier meals.
History also favors the titans. During the last big global food inflation, in 2007-08, General Mills hiked prices and still gained impressive market share. With brands like Cheerios and Lucky Charms, the company surged from 16 percent of U.S. cereal sales to 26 percent in a year, according to research firm IBISWorld.
With the economy only wheezing back to life and jobs still hard to come by, consumers may not have as much of an appetite for higher prices as they had in previous downturns. But the companies big enough and bold enough to tackle the issue head on seem nevertheless to have an edge in tough times.
CAFÉ NA BM&F REFLETE FÍSICO DEMANDO INTERNAMENTE
CAFÉ NA BM&F REFLETE FÍSICO DEMANDO INTERNAMENTE
O dólar americano voltou a escorregar durante a semana com notícias negativas vindo da maior economia do planeta. Mais uma vez o mercado imobiliário mostrou números de vendas abaixo do esperado, e entre alguns outros indicadores importantes foram divulgados pedidos de bens duráveis menores e crescimento do PIB do primeiro trimestre reduzido, dado o preço alto das commodities que impactaram os gastos dos consumidores.
A queda do dólar se deu não apenas contra o Euro e a principal cesta de moedas, mas também contra o Real brasileiro que encerrou a semana a R$ 1.5945, menor nível desde o começo de maio.
O café em Nova Iorque negociou entre US$ 258.90 e US$ 270.30 centavos por libra nos últimos 5 dias, fechando o período com ganhos de US$ 6.02 por saca para a posição de julho. Em Londres o robusta ganhou menos, US$ 3.06 por saca para o mesmo mês, entretanto em São Paulo a BM&F se mostrou bem firme, com uma alta de US$ 11.25 por saca no contrato de setembro. Por que será isto?
Se olharmos para o mercado físico brasileiro podemos entender um pouco, dado os níveis de preço que tem sido negociado cafés de safra-nova. O problema entretanto parece mais uma vez ser o reflexo daqueles que estão “short-basis” nos seus livros, ou seja vendidos em diferencial para exportação e tendo que cobrir seus embarques de cafés-finos. Ainda que a safra 10/11 tenha sido grande, os produtores aproveitaram para vender seus cafés a preços atrativos, sabiamente, e com isso os estoques nas mãos da produção são pequenos – o que não necessariamente é o mesmo caso para os estoques nas mãos dos outros agentes que compõe a cadeia (na origem). Com isso o café BM&F, acaba sendo uma alternativa “menos-custosa”, pois negocia próximo de US$ 10 centavos de desconto, comparado com o físico que tem a reposição em torno de “even” (ou com leve prêmio dependendo do momento de fixação).
O efeito da valorização do Real brasileiro também pode ser um “culpado”, mas o fato é que a situação do mercado interno brasileiro é peculiar pela falta de cafés melhores não-comprometidos, e com isso a principal origem fornecedora de café no mundo preocupa os baixistas de plantão.
Do outro lado da equação, as indústrias tem buscado coberturas relativamente mais baratas de cafés-suaves, nada em volume significativo, mas por ora esperam melhor disponibilidade de Brasil para começarem suas compras para o período a partir de setembro. No ínterim uma nova rodada de aumento de preços do torrado e moído foi anunciado nos Estados Unidos, 11% de aumento pela 2ª maior torrefadora do país.
Na semana um dos destaques foi o seminário de excelente qualidade promovido pela BM&F em São Paulo (e gratuito!), o qual agradeço a oportunidade de ter sido um dos palestrantes. O professor José Roberto Mendonça de Barros mais uma vez deu uma aula para os participantes, como sempre palestrando de uma forma extremamente agradável e de fácil entendimento para o público diversificado. Na pauta, em que abordou a macroeconomia, os dados apresentados reforçam a crença de um melhor momento da economia americana, dos problemas dos países do sul da Europa e da perspectiva de que os juros dos Estados Unidos continuem nos mesmos patamares até 2012.
Creio que caso os efeitos macroeconômicos não se alterem tanto, e o dólar tenha oscilações dentro dos patamares vistos recentemente, o quadro fundamental do café parece que não deve sofrer fortes solavancos. A firmeza dos diferenciais de Brasil, que deve se manter até meados de julho, pode eventualmente ajudar o terminal a não ceder muito, mas ao mesmo tempo não me parece que tenha força para ajudar a bolsa a fazer novas altas – ou seja, novas quedas do atual preço do terminal vão significar um “basis” ainda mais forte (diferencial apertando).
Segunda-feira dia 30 de maio é feriado por aqui, Dia da Memória (aos combatentes mortos em guerra), e em Londres é feriado bancário. Na terça-feira estarei no Coffee Dinner em São Paulo, depois sigo para o interior para fazer uma apresentação sobre o mercado de café à convite de uma cooperativa. A curta semana não parece que trará grandes novidades, e não há sinais técnicos que neste momento impeçam os fundos de continuarem a vender suas posições, desta forma podemos experimentar novas baixas. Aos produtores que precisam vender café para pagar a colheita, a firmeza dos preços no mercado interno devem ser aproveitadas.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa
O dólar americano voltou a escorregar durante a semana com notícias negativas vindo da maior economia do planeta. Mais uma vez o mercado imobiliário mostrou números de vendas abaixo do esperado, e entre alguns outros indicadores importantes foram divulgados pedidos de bens duráveis menores e crescimento do PIB do primeiro trimestre reduzido, dado o preço alto das commodities que impactaram os gastos dos consumidores.
A queda do dólar se deu não apenas contra o Euro e a principal cesta de moedas, mas também contra o Real brasileiro que encerrou a semana a R$ 1.5945, menor nível desde o começo de maio.
O café em Nova Iorque negociou entre US$ 258.90 e US$ 270.30 centavos por libra nos últimos 5 dias, fechando o período com ganhos de US$ 6.02 por saca para a posição de julho. Em Londres o robusta ganhou menos, US$ 3.06 por saca para o mesmo mês, entretanto em São Paulo a BM&F se mostrou bem firme, com uma alta de US$ 11.25 por saca no contrato de setembro. Por que será isto?
Se olharmos para o mercado físico brasileiro podemos entender um pouco, dado os níveis de preço que tem sido negociado cafés de safra-nova. O problema entretanto parece mais uma vez ser o reflexo daqueles que estão “short-basis” nos seus livros, ou seja vendidos em diferencial para exportação e tendo que cobrir seus embarques de cafés-finos. Ainda que a safra 10/11 tenha sido grande, os produtores aproveitaram para vender seus cafés a preços atrativos, sabiamente, e com isso os estoques nas mãos da produção são pequenos – o que não necessariamente é o mesmo caso para os estoques nas mãos dos outros agentes que compõe a cadeia (na origem). Com isso o café BM&F, acaba sendo uma alternativa “menos-custosa”, pois negocia próximo de US$ 10 centavos de desconto, comparado com o físico que tem a reposição em torno de “even” (ou com leve prêmio dependendo do momento de fixação).
O efeito da valorização do Real brasileiro também pode ser um “culpado”, mas o fato é que a situação do mercado interno brasileiro é peculiar pela falta de cafés melhores não-comprometidos, e com isso a principal origem fornecedora de café no mundo preocupa os baixistas de plantão.
Do outro lado da equação, as indústrias tem buscado coberturas relativamente mais baratas de cafés-suaves, nada em volume significativo, mas por ora esperam melhor disponibilidade de Brasil para começarem suas compras para o período a partir de setembro. No ínterim uma nova rodada de aumento de preços do torrado e moído foi anunciado nos Estados Unidos, 11% de aumento pela 2ª maior torrefadora do país.
Na semana um dos destaques foi o seminário de excelente qualidade promovido pela BM&F em São Paulo (e gratuito!), o qual agradeço a oportunidade de ter sido um dos palestrantes. O professor José Roberto Mendonça de Barros mais uma vez deu uma aula para os participantes, como sempre palestrando de uma forma extremamente agradável e de fácil entendimento para o público diversificado. Na pauta, em que abordou a macroeconomia, os dados apresentados reforçam a crença de um melhor momento da economia americana, dos problemas dos países do sul da Europa e da perspectiva de que os juros dos Estados Unidos continuem nos mesmos patamares até 2012.
Creio que caso os efeitos macroeconômicos não se alterem tanto, e o dólar tenha oscilações dentro dos patamares vistos recentemente, o quadro fundamental do café parece que não deve sofrer fortes solavancos. A firmeza dos diferenciais de Brasil, que deve se manter até meados de julho, pode eventualmente ajudar o terminal a não ceder muito, mas ao mesmo tempo não me parece que tenha força para ajudar a bolsa a fazer novas altas – ou seja, novas quedas do atual preço do terminal vão significar um “basis” ainda mais forte (diferencial apertando).
Segunda-feira dia 30 de maio é feriado por aqui, Dia da Memória (aos combatentes mortos em guerra), e em Londres é feriado bancário. Na terça-feira estarei no Coffee Dinner em São Paulo, depois sigo para o interior para fazer uma apresentação sobre o mercado de café à convite de uma cooperativa. A curta semana não parece que trará grandes novidades, e não há sinais técnicos que neste momento impeçam os fundos de continuarem a vender suas posições, desta forma podemos experimentar novas baixas. Aos produtores que precisam vender café para pagar a colheita, a firmeza dos preços no mercado interno devem ser aproveitadas.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa
sábado, 28 de maio de 2011
Choques nos termos de troca e a demanda agregada
Choques nos termos de troca e a demanda agregada
Qual o verdadeiro peso dos fatores externos para explicar o comportamento da
economia brasileira? Olhando para o período pós-crise, por exemplo, se
convencionou explicar a forte recuperação como fruto das políticas anticíclicas
executadas pelo governo. Outra avaliação comum é atribuir a demanda interna
como verdadeiro motor da economia. Enquanto todos entendem que fatores externos
têm sido importantes, o fato de que a corrente de comércio se encontre abaixo
de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) parece ser prova de que é no mercado
interno que encontramos os fatores dinâmicos da nossa economia.
Essa visão da economia brasileira, defendida com igual ênfase tanto pelos
ortodoxos como desenvolvimentistas, está errada. Apesar dos acalorados debates
entre essas correntes, ambas mantêm igual crença no mito de que a força da
economia brasileira surge do mercado interno. Tanto o discurso ortodoxo, que vê
nos excessos fiscais e monetários a causa principal dos problemas
inflacionários, como o discurso desenvolvimentista, que vê nesses mesmos
fatores a razão pelo alto crescimento, erram em não entender que são os fatores
externos que explicam o que temos de bom (maior demanda e crescimento) e de
ruim (maior inflação e câmbio apreciado) na economia brasileira.
A melhor métrica do impacto de fatores externos sobre a economia hoje é a
tendência dos termos de troca, e como esses afetam tanto a demanda como a
oferta agregada por uma variedade de canais. A alta dos preços de commodities
foi desde 2003 importante para melhorar a posição externa do país. Apesar de
alguma melhora nos termos de troca desde 2003, foi somente em 2007 que os
preços das exportações começaram a subir de maneira mais consistente que os
preços das nossas importações, movimento que acelerou depois da crise. De fato,
a diferença entre os preços das exportações e os preços das importações se
encontra hoje mais de 25 vezes maior que a média dessa diferença desde 2000.
Tal movimento representa um fortíssimo incremento de riqueza para o Brasil que
se irradia pela economia. O maior preço das nossas exportações eleva tanto a
renda atual das empresas como o preço das ações.
Só se optarmos por poupar e investir vamos ter no mercado interno uma duradoura
fonte de desenvolvimento
O índice Bovespa, por exemplo, subiu mais de 350% desde 2006 em dólar
americano. Essa grande alta na riqueza nacional gera vários efeitos. Do lado do
consumo, sabemos que este sobe com o aumento da percepção de riqueza, ou "renda
permanente". Do lado dos investimentos, temos na alta dos preços das
exportações o principal fator que levou os níveis do investimento estrangeiro
direto (IED) subir de US$ 18 bilhões em 2006 para US$ 48,4 bilhões em 2010; e
os fluxos de carteiras de US$ 9 bilhões para US$ 63 bilhões no mesmo período.
Tal fluxo, para uma economia com baixa taxa de poupança (média de 17,3% do PIB
desde 2006) tem sido vital para sustentar crescentes níveis de importações sem
pressionar o balanço de pagamentos: o "quantum", ou quantidade, importada desde
2006 subiu 94% enquanto o quantum de exportações aumentou somente 4,4%, o que
ajudou a diminuir o efeito inflacionário da expansão da demanda agregada
durante esse período. Importação de bens de capital é hoje a maior categoria
dessa pauta, representando 22,6% do total.
A queda relativa dos preços desses bens em relação às commodities tem permitido
um maior incremento da capacidade instalada neste período de forte crescimento.
Tudo isso explica a economia consegue crescer nos níveis atuais sem romper a
restrição externa (financiamento do déficit em conta corrente) ou interna
(aumento descontrolado da inflação).
Há outros efeitos que não devem ser menosprezados. A melhora da nossa posição
externa nesses anos, representada, por exemplo, pela alta das reservas do Banco
Central de US$ 54 bilhões em 2006 para US$ 330 bilhões hoje, permite a queda de
volatilidade na economia que gera forte redução nos prêmios de risco,
permitindo a expansão do mercado de crédito. E, finalmente, o governo na sua
função fiscal é um sócio privilegiado de todo esse processo, com suas receitas
subindo de R$ 555 bilhões em 2006 para R$ 853 bilhões em 2010, permitindo um
proporcional aumento dos seus gastos.
Enquanto o efeito do aumento dos termos de troca tem reconhecido papel na
valorização do real, seu lugar na determinação da demanda e, portanto, no nível
de juros merece igual atenção. Em recente estudo mostramos como se pode, com
resultados estatísticos similares, substituir o hiato do produto em uma função
de Taylor com o "hiato dos termos de troca" para explicar o nível da Selic
desde 2006. De fato mostramos como um aumento de 1% no "hiato" da relação de
trocas leva a Selic a subir 0,17%. Esse resultado mostra como o choque externo
tem sido o fator determinante para a economia.
Essa demonstração tem, em nossa opinião, varias consequências para a política
econômica. Primeiro, se a mudança nos termos de troca é a causa exógena do
aumento da demanda agregada, o subsequente aumento no nível de juros e câmbio
são necessários ajustes de equilíbrio. Qualquer tentativa de impedir esses
ajustes via, por exemplo, intervenções no mercado de câmbio, terá efeito
temporário e resultado infrutífero, causando inevitável efeito compensatório no
equilíbrio geral via aumento da inflação.
De fato, a única forma de impedir uma maior pressão sobre o câmbio e a taxa de
juros seria diminuir a pressão sobre a demanda por outros meios, como um menor
nível de gastos fiscais e exuberância do crédito. A preocupante perda de
competitividade do setor de manufaturados deve ser compensada via medidas
microeconômicas, como a maior tributação do excedente de renda dos setores de
commodities. Também temos que estar cientes que todos os mecanismos descritos
acima que nos levaram à atual abundância podem se reverter. Somente se optarmos
por não consumir, mas poupar e investir que vamos poder realmente criar as
condições para que haja no mercado interno uma duradoura fonte de
desenvolvimento econômico.
Tony Volpon é diretor do Nomura Securities International, Inc.
Qual o verdadeiro peso dos fatores externos para explicar o comportamento da
economia brasileira? Olhando para o período pós-crise, por exemplo, se
convencionou explicar a forte recuperação como fruto das políticas anticíclicas
executadas pelo governo. Outra avaliação comum é atribuir a demanda interna
como verdadeiro motor da economia. Enquanto todos entendem que fatores externos
têm sido importantes, o fato de que a corrente de comércio se encontre abaixo
de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) parece ser prova de que é no mercado
interno que encontramos os fatores dinâmicos da nossa economia.
Essa visão da economia brasileira, defendida com igual ênfase tanto pelos
ortodoxos como desenvolvimentistas, está errada. Apesar dos acalorados debates
entre essas correntes, ambas mantêm igual crença no mito de que a força da
economia brasileira surge do mercado interno. Tanto o discurso ortodoxo, que vê
nos excessos fiscais e monetários a causa principal dos problemas
inflacionários, como o discurso desenvolvimentista, que vê nesses mesmos
fatores a razão pelo alto crescimento, erram em não entender que são os fatores
externos que explicam o que temos de bom (maior demanda e crescimento) e de
ruim (maior inflação e câmbio apreciado) na economia brasileira.
A melhor métrica do impacto de fatores externos sobre a economia hoje é a
tendência dos termos de troca, e como esses afetam tanto a demanda como a
oferta agregada por uma variedade de canais. A alta dos preços de commodities
foi desde 2003 importante para melhorar a posição externa do país. Apesar de
alguma melhora nos termos de troca desde 2003, foi somente em 2007 que os
preços das exportações começaram a subir de maneira mais consistente que os
preços das nossas importações, movimento que acelerou depois da crise. De fato,
a diferença entre os preços das exportações e os preços das importações se
encontra hoje mais de 25 vezes maior que a média dessa diferença desde 2000.
Tal movimento representa um fortíssimo incremento de riqueza para o Brasil que
se irradia pela economia. O maior preço das nossas exportações eleva tanto a
renda atual das empresas como o preço das ações.
Só se optarmos por poupar e investir vamos ter no mercado interno uma duradoura
fonte de desenvolvimento
O índice Bovespa, por exemplo, subiu mais de 350% desde 2006 em dólar
americano. Essa grande alta na riqueza nacional gera vários efeitos. Do lado do
consumo, sabemos que este sobe com o aumento da percepção de riqueza, ou "renda
permanente". Do lado dos investimentos, temos na alta dos preços das
exportações o principal fator que levou os níveis do investimento estrangeiro
direto (IED) subir de US$ 18 bilhões em 2006 para US$ 48,4 bilhões em 2010; e
os fluxos de carteiras de US$ 9 bilhões para US$ 63 bilhões no mesmo período.
Tal fluxo, para uma economia com baixa taxa de poupança (média de 17,3% do PIB
desde 2006) tem sido vital para sustentar crescentes níveis de importações sem
pressionar o balanço de pagamentos: o "quantum", ou quantidade, importada desde
2006 subiu 94% enquanto o quantum de exportações aumentou somente 4,4%, o que
ajudou a diminuir o efeito inflacionário da expansão da demanda agregada
durante esse período. Importação de bens de capital é hoje a maior categoria
dessa pauta, representando 22,6% do total.
A queda relativa dos preços desses bens em relação às commodities tem permitido
um maior incremento da capacidade instalada neste período de forte crescimento.
Tudo isso explica a economia consegue crescer nos níveis atuais sem romper a
restrição externa (financiamento do déficit em conta corrente) ou interna
(aumento descontrolado da inflação).
Há outros efeitos que não devem ser menosprezados. A melhora da nossa posição
externa nesses anos, representada, por exemplo, pela alta das reservas do Banco
Central de US$ 54 bilhões em 2006 para US$ 330 bilhões hoje, permite a queda de
volatilidade na economia que gera forte redução nos prêmios de risco,
permitindo a expansão do mercado de crédito. E, finalmente, o governo na sua
função fiscal é um sócio privilegiado de todo esse processo, com suas receitas
subindo de R$ 555 bilhões em 2006 para R$ 853 bilhões em 2010, permitindo um
proporcional aumento dos seus gastos.
Enquanto o efeito do aumento dos termos de troca tem reconhecido papel na
valorização do real, seu lugar na determinação da demanda e, portanto, no nível
de juros merece igual atenção. Em recente estudo mostramos como se pode, com
resultados estatísticos similares, substituir o hiato do produto em uma função
de Taylor com o "hiato dos termos de troca" para explicar o nível da Selic
desde 2006. De fato mostramos como um aumento de 1% no "hiato" da relação de
trocas leva a Selic a subir 0,17%. Esse resultado mostra como o choque externo
tem sido o fator determinante para a economia.
Essa demonstração tem, em nossa opinião, varias consequências para a política
econômica. Primeiro, se a mudança nos termos de troca é a causa exógena do
aumento da demanda agregada, o subsequente aumento no nível de juros e câmbio
são necessários ajustes de equilíbrio. Qualquer tentativa de impedir esses
ajustes via, por exemplo, intervenções no mercado de câmbio, terá efeito
temporário e resultado infrutífero, causando inevitável efeito compensatório no
equilíbrio geral via aumento da inflação.
De fato, a única forma de impedir uma maior pressão sobre o câmbio e a taxa de
juros seria diminuir a pressão sobre a demanda por outros meios, como um menor
nível de gastos fiscais e exuberância do crédito. A preocupante perda de
competitividade do setor de manufaturados deve ser compensada via medidas
microeconômicas, como a maior tributação do excedente de renda dos setores de
commodities. Também temos que estar cientes que todos os mecanismos descritos
acima que nos levaram à atual abundância podem se reverter. Somente se optarmos
por não consumir, mas poupar e investir que vamos poder realmente criar as
condições para que haja no mercado interno uma duradoura fonte de
desenvolvimento econômico.
Tony Volpon é diretor do Nomura Securities International, Inc.
Grupo Pão de Açúcar nega negociação
Grupo Pão de Açúcar nega negociação
Diante das notícias de estudos para uma possível fusão entre as duas maiores
supermercadistas do país, o Grupo Pão de Açúcar divulgou um comunicado ontem
informando que "não é parte em qualquer negociação com o Carrefour e não
contratou qualquer assessor financeiro com esse fim".
O comunicado menciona que o grupo francês Casino informou ao Pão de Açúcar "que
desconhecia qualquer negociação até a sua veiculação pela mídia e que não
autorizou qualquer terceiro a representar seus interesses". Mas a mensagem
deixa uma brecha para possíveis conversas, quanto diz que "o acionista Abilio
Diniz informou que está sempre em busca de alternativas para o crescimento da
Companhia e que não há nenhum fato ou ato que justificasse uma divulgação ao
mercado".
Diante das notícias de estudos para uma possível fusão entre as duas maiores
supermercadistas do país, o Grupo Pão de Açúcar divulgou um comunicado ontem
informando que "não é parte em qualquer negociação com o Carrefour e não
contratou qualquer assessor financeiro com esse fim".
O comunicado menciona que o grupo francês Casino informou ao Pão de Açúcar "que
desconhecia qualquer negociação até a sua veiculação pela mídia e que não
autorizou qualquer terceiro a representar seus interesses". Mas a mensagem
deixa uma brecha para possíveis conversas, quanto diz que "o acionista Abilio
Diniz informou que está sempre em busca de alternativas para o crescimento da
Companhia e que não há nenhum fato ou ato que justificasse uma divulgação ao
mercado".
Sem ter seqüência de compras, café tem dia de retração na ICE
Sem ter seqüência de compras, café tem dia de retração na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com quedas, depois de testar o nível de 270,00 centavos e não conseguir dar prosseguimento às aquisições. Em um dia que tinha um bom suporte do mercado externo — com recuperação das commodities e queda considerável do dólar —, o café se mostrou forte na primeira parte do dia e registrou uma valorização considerável, que permitiu o rompimento dos 270,00 centavos. No entanto, nessa área as vendas especulativas voltaram a ser observadas e as perdas se consolidaram, ainda que não de forma acentuada, com as cotações se mantendo distante da zona de suporte mais considerável, que seria próximo de 256,00 centavos por libra.
Operadores destacaram que muitos players estão atentos ao clima no Brasil. No entanto, no curto prazo, não são esperadas novas ondas de frio que pudessem fazer com que os termômetros recuassem mais consideravelmente, o que desestimulou ações especulativas mais incisivas com base no viés climático. Tecnicamente, o mercado está num "meio termo", após ter recuado para baixo de algumas médias móveis, como de 20 e 40 dias. No entanto, ele ainda se situa acima das médias móveis mais longas, o que permite alguma sustentação. Nesse contexto, o nível de 256,75-256,00 centavos é um referencial interessante, já que acima dele o mercado tem ainda alguma força e pode reverter as perdas recentes. No entanto, com esse nível rompido, a tendência natural seria buscar os 230,00 centavos por libra.
Nesta sexta, o after-hours conseguiu uma recuperação parcial e o julho encerrou com uma baixa de 100 pontos a menos que a do intraday. o encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve perda de 190 pontos com 263,70 centavos, sendo a máxima em 270,30 e a mínima em 262,35 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação negativa de 190 pontos, com a libra a 266,80 centavos, sendo a máxima em 273,20 e a mínima em 266,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou baixa de 6 dólares, com 2.594 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 4 dólares, com 2.632 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por dois comportamentos distintos. Na primeira parte do dia, ganhos consideráveis foram verificados, no entanto, a força altista foi totalmente limitada no nível de 270,00 centavos. A segunda parte, por sua vez, foi caracterizada por algumas vendas modestas, que não tiveram condições de levar o julho a romper as mínimas da quinta. "Detectamos vendedores mais fortes no patamar de 270,00 centavos, mas nas baixas tivemos algumas novas aquisições e os torrefadores voltaram a ofertar", disse um trader.
O mercado de café deverá ter um superávit de 4,76 milhões de sacas em 2011/2012, menos que na metade do ano safra, quando a perspectiva era de 10,53 milhões de sacas, informou o banco ABN Amro. A produção de arábica deve ter queda de 5%, para 80,97 milhões de sacas, com o maior produtor mundial, o Brasil, tendo um ano de ciclo de oferta inferior. O superávit desse tipo de café deverá ser de 690 mil sacas, já que a demanda sobe para 80,29 milhões de sacas, contra 79,50 milhões de sacas em 2010/2011. No segmento de robusta se espera uma oferta de 4,07 milhões de sacas superior à demanda. Entretanto, o mercado vê um potencial para um recuo na disponibilidade desse produto. "Os estoques de robusta deverão cair significativamente, já que torrefadores que tradicionalmente preferem o arábica efetuaram uma pequena mudança nos seus blends e estão usando o robusta", indicou o banco. Para o ABN, o Brasil deve ter uma produção de 43,5 milhões de sacas, ao passo que a safra da Colômbia deve variar entre 9 e 9,5 milhões de sacas. O Vietnã, por sua, vez, deve ter um incremento de 1,5 milhão de sacas em sua safra, atingindo 21,5 milhões de sacas, ao passo que a Indonésia, devido a problemas climáticos, deverá ter uma retração de 18% em sua produção, com 6,75 milhões de sacas.
As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 26, somaram 1.808.479 sacas, contra 2.091.407 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.995 sacas indo para 1.665.807 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.422 lotes, com as opções tendo 4.107 calls e 2.206 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 270,30, 270,50, 271,00, 271,50, 272,00, 272,50, 273,00, 273,50, 274,00, 274,50 e 274,90-275,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 262,35, 262,15, 262,00, 261,50, 261,00, 260,50, 260,10-260,00, 259,50, 259,00, 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00 e 256,50 centavos por libra.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com quedas, depois de testar o nível de 270,00 centavos e não conseguir dar prosseguimento às aquisições. Em um dia que tinha um bom suporte do mercado externo — com recuperação das commodities e queda considerável do dólar —, o café se mostrou forte na primeira parte do dia e registrou uma valorização considerável, que permitiu o rompimento dos 270,00 centavos. No entanto, nessa área as vendas especulativas voltaram a ser observadas e as perdas se consolidaram, ainda que não de forma acentuada, com as cotações se mantendo distante da zona de suporte mais considerável, que seria próximo de 256,00 centavos por libra.
Operadores destacaram que muitos players estão atentos ao clima no Brasil. No entanto, no curto prazo, não são esperadas novas ondas de frio que pudessem fazer com que os termômetros recuassem mais consideravelmente, o que desestimulou ações especulativas mais incisivas com base no viés climático. Tecnicamente, o mercado está num "meio termo", após ter recuado para baixo de algumas médias móveis, como de 20 e 40 dias. No entanto, ele ainda se situa acima das médias móveis mais longas, o que permite alguma sustentação. Nesse contexto, o nível de 256,75-256,00 centavos é um referencial interessante, já que acima dele o mercado tem ainda alguma força e pode reverter as perdas recentes. No entanto, com esse nível rompido, a tendência natural seria buscar os 230,00 centavos por libra.
Nesta sexta, o after-hours conseguiu uma recuperação parcial e o julho encerrou com uma baixa de 100 pontos a menos que a do intraday. o encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve perda de 190 pontos com 263,70 centavos, sendo a máxima em 270,30 e a mínima em 262,35 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação negativa de 190 pontos, com a libra a 266,80 centavos, sendo a máxima em 273,20 e a mínima em 266,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou baixa de 6 dólares, com 2.594 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 4 dólares, com 2.632 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por dois comportamentos distintos. Na primeira parte do dia, ganhos consideráveis foram verificados, no entanto, a força altista foi totalmente limitada no nível de 270,00 centavos. A segunda parte, por sua vez, foi caracterizada por algumas vendas modestas, que não tiveram condições de levar o julho a romper as mínimas da quinta. "Detectamos vendedores mais fortes no patamar de 270,00 centavos, mas nas baixas tivemos algumas novas aquisições e os torrefadores voltaram a ofertar", disse um trader.
O mercado de café deverá ter um superávit de 4,76 milhões de sacas em 2011/2012, menos que na metade do ano safra, quando a perspectiva era de 10,53 milhões de sacas, informou o banco ABN Amro. A produção de arábica deve ter queda de 5%, para 80,97 milhões de sacas, com o maior produtor mundial, o Brasil, tendo um ano de ciclo de oferta inferior. O superávit desse tipo de café deverá ser de 690 mil sacas, já que a demanda sobe para 80,29 milhões de sacas, contra 79,50 milhões de sacas em 2010/2011. No segmento de robusta se espera uma oferta de 4,07 milhões de sacas superior à demanda. Entretanto, o mercado vê um potencial para um recuo na disponibilidade desse produto. "Os estoques de robusta deverão cair significativamente, já que torrefadores que tradicionalmente preferem o arábica efetuaram uma pequena mudança nos seus blends e estão usando o robusta", indicou o banco. Para o ABN, o Brasil deve ter uma produção de 43,5 milhões de sacas, ao passo que a safra da Colômbia deve variar entre 9 e 9,5 milhões de sacas. O Vietnã, por sua, vez, deve ter um incremento de 1,5 milhão de sacas em sua safra, atingindo 21,5 milhões de sacas, ao passo que a Indonésia, devido a problemas climáticos, deverá ter uma retração de 18% em sua produção, com 6,75 milhões de sacas.
As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 26, somaram 1.808.479 sacas, contra 2.091.407 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.995 sacas indo para 1.665.807 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.422 lotes, com as opções tendo 4.107 calls e 2.206 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 270,30, 270,50, 271,00, 271,50, 272,00, 272,50, 273,00, 273,50, 274,00, 274,50 e 274,90-275,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 262,35, 262,15, 262,00, 261,50, 261,00, 260,50, 260,10-260,00, 259,50, 259,00, 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00 e 256,50 centavos por libra.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Senadores planejam lei florestal mais rígida
Senadores planejam lei florestal mais rígida
Possíveis relatores querem alterar anistia a desmate; Aldo Rebelo critica cientistas
Cotados para as relatorias do Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) já trabalham para mudar pontos polêmicos no texto aprovado pela Câmara.
Luiz Henrique quer alterar a anistia aos desmatadores, enquanto Rollemberg tem na mira as regras para que os Estados participem de regularização ambiental. Luiz Henrique deve fechar o texto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). O peemedebista adotou um discurso alinhado com os ambientalistas. "Não quero deixar margem para anistiar quem degradou as áreas para enriquecimento ilícito."
O governo rejeita a anistia. O texto da Câmara legaliza todas as atividades agrícolas em APPs (Áreas de Preservação Permanente), como várzeas e topos de morros, mantidas até julho de 2008.
Ligado aos ambientalistas, Rollemberg quer reduzir o poder dos Estados na regularização ambiental. A ideia é que o governo federal estabeleça as regras e que os Estados só tenham autonomia para ampliar áreas protegidas.
Pelo texto da Câmara, os Estados terão a prerrogativa de criar seus programas de regularização, o que faz o governo temer mais desmate.
LOBBY
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) acusou ontem parte dos pesquisadores da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) de serem financiados pelo "lobby ambientalista" formado por organizações como Greenpeace e WWF.
"A SBPC, quando foi convocada pela comissão especial da Câmara, negou-se a comparecer", disse.
"Quando procurada pelo lobby ambientalista, que paga a alguns dos pesquisadores -paga, porque eu sei-, a SPBC resolveu se manifestar", completou o deputado.
"O lobby ambientalista internacional instalado no Brasil se habituou durante 20 anos a usurpar o direito da Câmara de legislar." O deputado classificou também a imprensa estrangeira como desinformada.
"Países que fazem guerra e não preservam nada da sua vegetação nativa vêm criticar o país que mais preserva no mundo?", questionou.
Responder Encaminhar Convidar NetcaféBR pa
Possíveis relatores querem alterar anistia a desmate; Aldo Rebelo critica cientistas
Cotados para as relatorias do Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) já trabalham para mudar pontos polêmicos no texto aprovado pela Câmara.
Luiz Henrique quer alterar a anistia aos desmatadores, enquanto Rollemberg tem na mira as regras para que os Estados participem de regularização ambiental. Luiz Henrique deve fechar o texto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado). O peemedebista adotou um discurso alinhado com os ambientalistas. "Não quero deixar margem para anistiar quem degradou as áreas para enriquecimento ilícito."
O governo rejeita a anistia. O texto da Câmara legaliza todas as atividades agrícolas em APPs (Áreas de Preservação Permanente), como várzeas e topos de morros, mantidas até julho de 2008.
Ligado aos ambientalistas, Rollemberg quer reduzir o poder dos Estados na regularização ambiental. A ideia é que o governo federal estabeleça as regras e que os Estados só tenham autonomia para ampliar áreas protegidas.
Pelo texto da Câmara, os Estados terão a prerrogativa de criar seus programas de regularização, o que faz o governo temer mais desmate.
LOBBY
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) acusou ontem parte dos pesquisadores da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) de serem financiados pelo "lobby ambientalista" formado por organizações como Greenpeace e WWF.
"A SBPC, quando foi convocada pela comissão especial da Câmara, negou-se a comparecer", disse.
"Quando procurada pelo lobby ambientalista, que paga a alguns dos pesquisadores -paga, porque eu sei-, a SPBC resolveu se manifestar", completou o deputado.
"O lobby ambientalista internacional instalado no Brasil se habituou durante 20 anos a usurpar o direito da Câmara de legislar." O deputado classificou também a imprensa estrangeira como desinformada.
"Países que fazem guerra e não preservam nada da sua vegetação nativa vêm criticar o país que mais preserva no mundo?", questionou.
Responder Encaminhar Convidar NetcaféBR pa
Desemprego fica estável, mas rendimento já caiu 5,1%
Desemprego fica estável, mas rendimento já caiu 5,1%
O desemprego ficou praticamente estável em abril, na comparação com março, mas
o rendimento médio real caiu 1,8% em termos reais, retomando a tendência de
queda iniciada no último trimestre do ano passado e interrompida em janeiro e
março. Desde outubro de 2010, o rendimento já encolheu 5,1%. Os dados
divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostraram uma taxa de desocupação de 6,4%, a menor para um mês de abril desde o
início da série, em 2002 - quase igual aos 6,5% de março.
A comparação com o mês anterior aponta uma redução de mil pessoas - considerada
estabilidade pelo IBGE - na população desocupada, que atingiu 1,537 milhão de
pessoas no mês passado. A população ocupada também se mostrou estável
estatisticamente, com um aumento de 34 mil pessoas frente a março. "O mercado
mostra estabilidade na desocupação em razão de não terem sido gerado postos
suficientes para atender a demanda de 1,5 milhão de desocupados", ressaltou
Cimar Azeredo, gerente da PME.
Na comparação com abril de 2010, o rendimento médio real de abril estava 1,8%
maior, atingindo R$ 1.540,00. O sinal amarelo está na comparação com março, com
a queda de 1,8%. "Temos que olhar o rendimento para saber se é apenas pontual
ou se a queda no poder de compra vai persistir", disse Azeredo, acrescentando
que a perda no rendimento não foi fruto da entrada de pessoas no mercado de
trabalho, já que esse número entre março e abril não foi significativo. A
redução do rendimento entre março e abril foi puxada pela indústria, comércio e
serviços prestados às empresas.
O técnico do IBGE lembrou ainda que o emprego com carteira assinada no setor
privado também se manteve estável, mas com tendência de alta, com a criação de
64 mil postos formais entre março e abril. "No mês, embora a alta da carteira
assinada não seja significativa, apresenta forte tendência de crescimento",
disse Azeredo.
Se as comparações com março mostram um mercado de trabalho em compasso de
espera, a relação com igual período do ano anterior apresenta um desempenho
significativamente superior em 2011. Além de a taxa de desocupação ter recuado
de forma mais significativa nessa comparação, com queda de 0,9 ponto
percentual, o nível de ocupação - percentual de pessoas ocupadas no universo
daqueles com 10 anos ou mais de idade - atingiu 53,4%, contra 52,9% em igual
mês do ano passado. "Essa evolução é muito positiva e mostra a força da
economia sobre o mercado de trabalho", destacou Azeredo.
A população ocupada também mostra força em relação ao ano passado, com
crescimento de 2,3%, equivalente a 492 mil pessoas, entre abril de 2010 e o mês
passado. Esse crescimento na ocupação contribuiu ainda para uma redução
significativa da população desocupada, com recuo de 10,1%, ou 173 mil pessoas a
menos procurando trabalho.
Esse movimento de melhora no mercado de trabalho na comparação anual foi
acompanhado também do incremento da qualidade do emprego. Os postos formais
gerados no setor privado subiram 6,8% - com 686 mil novas vagas formais -
frente a abril do ano passado. No mês passado, os funcionários formais de
empresas privadas somaram 10,803 milhões nas seis regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE.
O bom momento entre 2010 e 2011 também é atestado pela média da desocupação,
que passou de 7,4% nos quatro primeiros meses do ano passado para 6,4% entre
janeiro e abril deste ano.
Responder Encaminhar Convidar NetcaféBR para bater
O desemprego ficou praticamente estável em abril, na comparação com março, mas
o rendimento médio real caiu 1,8% em termos reais, retomando a tendência de
queda iniciada no último trimestre do ano passado e interrompida em janeiro e
março. Desde outubro de 2010, o rendimento já encolheu 5,1%. Os dados
divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostraram uma taxa de desocupação de 6,4%, a menor para um mês de abril desde o
início da série, em 2002 - quase igual aos 6,5% de março.
A comparação com o mês anterior aponta uma redução de mil pessoas - considerada
estabilidade pelo IBGE - na população desocupada, que atingiu 1,537 milhão de
pessoas no mês passado. A população ocupada também se mostrou estável
estatisticamente, com um aumento de 34 mil pessoas frente a março. "O mercado
mostra estabilidade na desocupação em razão de não terem sido gerado postos
suficientes para atender a demanda de 1,5 milhão de desocupados", ressaltou
Cimar Azeredo, gerente da PME.
Na comparação com abril de 2010, o rendimento médio real de abril estava 1,8%
maior, atingindo R$ 1.540,00. O sinal amarelo está na comparação com março, com
a queda de 1,8%. "Temos que olhar o rendimento para saber se é apenas pontual
ou se a queda no poder de compra vai persistir", disse Azeredo, acrescentando
que a perda no rendimento não foi fruto da entrada de pessoas no mercado de
trabalho, já que esse número entre março e abril não foi significativo. A
redução do rendimento entre março e abril foi puxada pela indústria, comércio e
serviços prestados às empresas.
O técnico do IBGE lembrou ainda que o emprego com carteira assinada no setor
privado também se manteve estável, mas com tendência de alta, com a criação de
64 mil postos formais entre março e abril. "No mês, embora a alta da carteira
assinada não seja significativa, apresenta forte tendência de crescimento",
disse Azeredo.
Se as comparações com março mostram um mercado de trabalho em compasso de
espera, a relação com igual período do ano anterior apresenta um desempenho
significativamente superior em 2011. Além de a taxa de desocupação ter recuado
de forma mais significativa nessa comparação, com queda de 0,9 ponto
percentual, o nível de ocupação - percentual de pessoas ocupadas no universo
daqueles com 10 anos ou mais de idade - atingiu 53,4%, contra 52,9% em igual
mês do ano passado. "Essa evolução é muito positiva e mostra a força da
economia sobre o mercado de trabalho", destacou Azeredo.
A população ocupada também mostra força em relação ao ano passado, com
crescimento de 2,3%, equivalente a 492 mil pessoas, entre abril de 2010 e o mês
passado. Esse crescimento na ocupação contribuiu ainda para uma redução
significativa da população desocupada, com recuo de 10,1%, ou 173 mil pessoas a
menos procurando trabalho.
Esse movimento de melhora no mercado de trabalho na comparação anual foi
acompanhado também do incremento da qualidade do emprego. Os postos formais
gerados no setor privado subiram 6,8% - com 686 mil novas vagas formais -
frente a abril do ano passado. No mês passado, os funcionários formais de
empresas privadas somaram 10,803 milhões nas seis regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE.
O bom momento entre 2010 e 2011 também é atestado pela média da desocupação,
que passou de 7,4% nos quatro primeiros meses do ano passado para 6,4% entre
janeiro e abril deste ano.
Responder Encaminhar Convidar NetcaféBR para bater
"Lobby ambientalista faz propaganda falsa sobre o relatório"
"Lobby ambientalista faz propaganda falsa sobre o relatório"
A seguir os principais trechos da entrevista do relator do Código Florestal na
Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao Valor:
Valor: O projeto aprovado pela Câmara anistia desmatadores?
Aldo Rebelo: A anistia que existe no Brasil, que eu não concordo que seja
anistia porque não é perdão, é a adotada pelo governo. Está em vigor, assinada
pelo presidente Lula e o ministro Carlos Minc. É o Decreto 7.029, que suspende
as multas e as autuações por desmatamento em reserva legal e em APPs. O governo
suspendeu essas multas e, na prática, suspendeu a legislação que exige reserva
legal e recomposição de APP, porque sabe que 100% das propriedades não têm como
atender essas exigências. O que faço é copiar esse decreto, suspendendo as
multas, mas suspendendo o prazo de prescrição dessas multas para que o
agricultor tenha condições de ter reserva legal e APP e, depois disso, tenha
suas multas convertidas em serviços ambientais. Se ele não atender à
legislação, as multas com os respectivos prazos passam a correr normalmente.
Valor: Mas, comparando aos crimes comuns, isso não é trocar uma pena de regime
fechado por serviços comunitários?
Aldo: Não. Nesse caso, não há perdão da multa. Apenas, como no decreto do
governo, que deve ser reeditado, há a suspensão da prescrição dessa multa para
que o agricultor possa se regularizar e atender à legislação.
Valor: Mas o produtor pagará a multa do próprio bolso?
Aldo: O pagamento dele será a recomposição da área de reserva legal que ele
não tenha ou de APP que ocupou fora da legislação. Então, vai ter que pagar por
recompor a área que precisa reflorestar ou a área de APP. Mesmo levando em
conta que, em muitos casos, quando ele ocupou essas áreas, não cometeu nenhuma
ilegalidade e, às vezes, ocupou mediante estímulo do próprio governo.
Valor: É um prêmio a desmatamentos passados?
Aldo: Não. A data de 2008 é a do primeiro decreto. Ele é mais amplo do que meu
projeto de lei. O segundo decreto traz a data para dezembro de 2009. Portanto,
estamos usando uma data anterior. E assumimos um compromisso, e recuei na
moratória a pedido do governo, de vedar qualquer tipo de novo desmatamento a
partir dessa legislação.
"Os ruralistas aceitaram a mediação da maioria da Câmara e dos partidos. O
lobby ambientalista não aceitou"
Valor: E estimula novas derrubadas?
Aldo: É impossível. Vedamos a possibilidade de novos desmatamentos, a não ser
os já previstos.
Valor: Mas não há manutenção automática das atividades em APPs?
Aldo: Não há porque o Artigo 8 condiciona a manutenção dessas atividades a
desde que não estejam em área de risco, ou seja, não ofereçam risco ambiental,
e sejam observados critérios técnicos de conservação de solo e de água. Onde o
órgão ambiental achar que há risco, a APP será recomposta na medida
recomendada. Portanto, não consolida nada até que o órgão ambiental decida qual
o topo de morro ou a margem de rio que precisa ser recomposta.
Valor: O texto dá mais poderes aos Estados?
Aldo: Seria inócuo um projeto de lei tratar disso. Essa questão já é definida
no Artigo 24 da Constituição que diz que a União e os Estados podem legislar
sobre proteção da natureza, do meio ambiente, recursos hídricos, fauna, flora.
Ou seja, não há como uma lei impedir que União e Estados legislem sobre o tema.
Esse artigo avança e diz que o Estado preencherá a omissão da União e não
poderá legislar sobre o que a União já estabeleceu. Embora diga que a União
tratará de princípios gerais e os Estados, de temas específicos.
Valor: Critica-se o projeto por delegar funções da União aos Estados. É isso
mesmo?
Aldo: O projeto não pode delegar aquilo que a Constituição nega e não pode
negar aos Estados aquilo que a Constituição autoriza. O que é prerrogativa está
definido na Constituição.
Valor: O senhor retirou do texto as referências à Lei de Crimes Ambientais?
Aldo: Algumas coisas da Lei de Crimes Ambientais que têm relação com a matéria
estão no texto. Outras não estão exatamente por não haver necessidade.
Valor: Há, no texto, permissão para reduzir a área de reserva legal na Amazônia?
Aldo: Não há redução. A reserva legal continuará sendo, na área de floresta,
80% da propriedade. O que houve é que estendemos a possibilidade de compensar a
reserva legal no mesmo bioma e fora do Estado. E esse princípio não poderia ser
negado aos agricultores da Amazônia. Não há por quê um agricultor de São Paulo
poder compensar sua reserva legal no Piauí ou no Tocantins e um agricultor de
Rondônia ter que arrancar milho, café ou cacau para plantar floresta exatamente
no bioma onde existe a maior reserva florestal do país. Ele pode compensar sua
área e não haverá novo desmatamento. Mas a área que ele ocupou pode ser
compensada fora da propriedade como permitido aos agricultores de todo o Brasil.
Valor: Isso pode ser um "liberou geral", estimular o desmatamento?
Aldo: Pelo contrário. Não haveria um "liberou geral" aprovado por 410 votos na
Câmara. O que o lobby ambientalista não admite é perder o monopólio do ato de
legislar sobre esse assunto. Se os ruralistas tivessem 410 votos na Câmara, nem
eu seria o relator e nem esse seria o relatório. Seguramente, não haveria 80%
de reserva legal na Amazônia nem APP de 500 metros que não existe em nenhum
lugar do mundo. O que ocorreu foi que os ruralistas aceitaram a mediação da
maioria da Câmara e da maioria dos partidos. O lobby ambientalista não aceitou
e fica fazendo propaganda falsa de que o relatório admite desmatamento e
anistia. Espalha criminosamente pela mídia internacional essa versão e consegue
"plantar" isso numa parte da mídia brasileira. Isso não passa de farsa, de
mentira. O que aconteceu foi a capacidade da imensa maioria, que não é
ruralista nem ambientalista, de impor uma solução intermediária, que é a
solução dos 410 deputados a favor do meu relatório.
Valor: A aprovação, nas condições em que ocorreu, foi uma derrota do governo
para sua própria coalizão?
Aldo: Não houve derrota nenhuma. Não era uma matéria administrativa. Não
votamos reforma fiscal, tributária ou previdenciária. Votamos a adequação de
uma regulação entre meio ambiente e agricultura que o próprio governo tinha
interesse em aprovar. Como é que um líder do governo encaminharia a favor do
meu relatório? E o PCdoB, o PT, PDT, PMDB, PSB, DEM, PSDB, PSC? O governo
encaminhou a favor. A polêmica foi em torno da Emenda 164.
Valor: Essa emenda não acabou por modificar o espírito do projeto?
Aldo: Não creio. A emenda veio para resolver um impasse: se deixaríamos na
ilegalidade 2 milhões de agricultores que estão em APPs ou se daríamos a eles
um tempo para que os órgãos técnicos, considerando a proteção do solo, da água
e da natureza, estabelecessem qual a atividade possível nas áreas que eles já
estão ocupando.
Valor: Um veto da presidente Dilma Rousseff seria uma desfeita?
Aldo: Não considero. Acredito que a presidente Dilma não foi suficientemente
informada por seus assessores sobre o que está em curso. Talvez, quando ela se
deparar com a necessidade de reeditar o decreto da anistia e da suspensão da
legislação que deveria estar em vigor, ela se dê conta da situação de fato e
possa refletir mais sobre essa situação.
A seguir os principais trechos da entrevista do relator do Código Florestal na
Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao Valor:
Valor: O projeto aprovado pela Câmara anistia desmatadores?
Aldo Rebelo: A anistia que existe no Brasil, que eu não concordo que seja
anistia porque não é perdão, é a adotada pelo governo. Está em vigor, assinada
pelo presidente Lula e o ministro Carlos Minc. É o Decreto 7.029, que suspende
as multas e as autuações por desmatamento em reserva legal e em APPs. O governo
suspendeu essas multas e, na prática, suspendeu a legislação que exige reserva
legal e recomposição de APP, porque sabe que 100% das propriedades não têm como
atender essas exigências. O que faço é copiar esse decreto, suspendendo as
multas, mas suspendendo o prazo de prescrição dessas multas para que o
agricultor tenha condições de ter reserva legal e APP e, depois disso, tenha
suas multas convertidas em serviços ambientais. Se ele não atender à
legislação, as multas com os respectivos prazos passam a correr normalmente.
Valor: Mas, comparando aos crimes comuns, isso não é trocar uma pena de regime
fechado por serviços comunitários?
Aldo: Não. Nesse caso, não há perdão da multa. Apenas, como no decreto do
governo, que deve ser reeditado, há a suspensão da prescrição dessa multa para
que o agricultor possa se regularizar e atender à legislação.
Valor: Mas o produtor pagará a multa do próprio bolso?
Aldo: O pagamento dele será a recomposição da área de reserva legal que ele
não tenha ou de APP que ocupou fora da legislação. Então, vai ter que pagar por
recompor a área que precisa reflorestar ou a área de APP. Mesmo levando em
conta que, em muitos casos, quando ele ocupou essas áreas, não cometeu nenhuma
ilegalidade e, às vezes, ocupou mediante estímulo do próprio governo.
Valor: É um prêmio a desmatamentos passados?
Aldo: Não. A data de 2008 é a do primeiro decreto. Ele é mais amplo do que meu
projeto de lei. O segundo decreto traz a data para dezembro de 2009. Portanto,
estamos usando uma data anterior. E assumimos um compromisso, e recuei na
moratória a pedido do governo, de vedar qualquer tipo de novo desmatamento a
partir dessa legislação.
"Os ruralistas aceitaram a mediação da maioria da Câmara e dos partidos. O
lobby ambientalista não aceitou"
Valor: E estimula novas derrubadas?
Aldo: É impossível. Vedamos a possibilidade de novos desmatamentos, a não ser
os já previstos.
Valor: Mas não há manutenção automática das atividades em APPs?
Aldo: Não há porque o Artigo 8 condiciona a manutenção dessas atividades a
desde que não estejam em área de risco, ou seja, não ofereçam risco ambiental,
e sejam observados critérios técnicos de conservação de solo e de água. Onde o
órgão ambiental achar que há risco, a APP será recomposta na medida
recomendada. Portanto, não consolida nada até que o órgão ambiental decida qual
o topo de morro ou a margem de rio que precisa ser recomposta.
Valor: O texto dá mais poderes aos Estados?
Aldo: Seria inócuo um projeto de lei tratar disso. Essa questão já é definida
no Artigo 24 da Constituição que diz que a União e os Estados podem legislar
sobre proteção da natureza, do meio ambiente, recursos hídricos, fauna, flora.
Ou seja, não há como uma lei impedir que União e Estados legislem sobre o tema.
Esse artigo avança e diz que o Estado preencherá a omissão da União e não
poderá legislar sobre o que a União já estabeleceu. Embora diga que a União
tratará de princípios gerais e os Estados, de temas específicos.
Valor: Critica-se o projeto por delegar funções da União aos Estados. É isso
mesmo?
Aldo: O projeto não pode delegar aquilo que a Constituição nega e não pode
negar aos Estados aquilo que a Constituição autoriza. O que é prerrogativa está
definido na Constituição.
Valor: O senhor retirou do texto as referências à Lei de Crimes Ambientais?
Aldo: Algumas coisas da Lei de Crimes Ambientais que têm relação com a matéria
estão no texto. Outras não estão exatamente por não haver necessidade.
Valor: Há, no texto, permissão para reduzir a área de reserva legal na Amazônia?
Aldo: Não há redução. A reserva legal continuará sendo, na área de floresta,
80% da propriedade. O que houve é que estendemos a possibilidade de compensar a
reserva legal no mesmo bioma e fora do Estado. E esse princípio não poderia ser
negado aos agricultores da Amazônia. Não há por quê um agricultor de São Paulo
poder compensar sua reserva legal no Piauí ou no Tocantins e um agricultor de
Rondônia ter que arrancar milho, café ou cacau para plantar floresta exatamente
no bioma onde existe a maior reserva florestal do país. Ele pode compensar sua
área e não haverá novo desmatamento. Mas a área que ele ocupou pode ser
compensada fora da propriedade como permitido aos agricultores de todo o Brasil.
Valor: Isso pode ser um "liberou geral", estimular o desmatamento?
Aldo: Pelo contrário. Não haveria um "liberou geral" aprovado por 410 votos na
Câmara. O que o lobby ambientalista não admite é perder o monopólio do ato de
legislar sobre esse assunto. Se os ruralistas tivessem 410 votos na Câmara, nem
eu seria o relator e nem esse seria o relatório. Seguramente, não haveria 80%
de reserva legal na Amazônia nem APP de 500 metros que não existe em nenhum
lugar do mundo. O que ocorreu foi que os ruralistas aceitaram a mediação da
maioria da Câmara e da maioria dos partidos. O lobby ambientalista não aceitou
e fica fazendo propaganda falsa de que o relatório admite desmatamento e
anistia. Espalha criminosamente pela mídia internacional essa versão e consegue
"plantar" isso numa parte da mídia brasileira. Isso não passa de farsa, de
mentira. O que aconteceu foi a capacidade da imensa maioria, que não é
ruralista nem ambientalista, de impor uma solução intermediária, que é a
solução dos 410 deputados a favor do meu relatório.
Valor: A aprovação, nas condições em que ocorreu, foi uma derrota do governo
para sua própria coalizão?
Aldo: Não houve derrota nenhuma. Não era uma matéria administrativa. Não
votamos reforma fiscal, tributária ou previdenciária. Votamos a adequação de
uma regulação entre meio ambiente e agricultura que o próprio governo tinha
interesse em aprovar. Como é que um líder do governo encaminharia a favor do
meu relatório? E o PCdoB, o PT, PDT, PMDB, PSB, DEM, PSDB, PSC? O governo
encaminhou a favor. A polêmica foi em torno da Emenda 164.
Valor: Essa emenda não acabou por modificar o espírito do projeto?
Aldo: Não creio. A emenda veio para resolver um impasse: se deixaríamos na
ilegalidade 2 milhões de agricultores que estão em APPs ou se daríamos a eles
um tempo para que os órgãos técnicos, considerando a proteção do solo, da água
e da natureza, estabelecessem qual a atividade possível nas áreas que eles já
estão ocupando.
Valor: Um veto da presidente Dilma Rousseff seria uma desfeita?
Aldo: Não considero. Acredito que a presidente Dilma não foi suficientemente
informada por seus assessores sobre o que está em curso. Talvez, quando ela se
deparar com a necessidade de reeditar o decreto da anistia e da suspensão da
legislação que deveria estar em vigor, ela se dê conta da situação de fato e
possa refletir mais sobre essa situação.
NY de ficar entre 2,30 e 2,70 dólares nos próximos meses, diz diretor da Dreyfus
NY de ficar entre 2,30 e 2,70 dólares nos próximos meses, diz diretor da Dreyfus
Os picos de 34 anos dos preços do café registrados na bolsa de Nova York no início do mês muito provavelmente deverão ser coisa do passado, com o mercado não voltando a oscilar naquele patamar nos próximos meses, afirmaram dois importantes negociadores da commodity nesta quinta-feira, no seminário Perspectivas para o Agribusiness 2011 e 2012. "Para a o período, acredito que já atingiu o pico", disse o diretor da Cadeia de Suprimentos para Brasil, Peru e Colômbia da Louis Dreyfus, Otávio Pires. "Mas pode ter coisas novas, como aumento da demanda, questões climáticas...," ponderou ele a jornalistas após a palestra. Segundo os palestrantes, embora o Brasil esteja entrando em uma safra de baixa do ciclo do arábica, os futuros já precificaram essa situação de menor oferta. "Acredito que os preços altos não passaram, mas vão diminuir dos atuais patamares. A impressão que tenho é que a gente já viu a alta, eles podem cair, mas eles vão se manter em um histórico mais alto do que a média.
A gente já teve a precificação do problema," declarou Rodrigo Costa, vice-presidente de Vendas Institucionais da Newedge, uma das grandes corretores norte-americanas. Ele se referia ao problema da baixa oferta de café de alta qualidade no mundo. "Se cair muito, volta a subir de novo," avaliou Costa, que prevê que os futuros do café em Nova York fiquem entre 2,30 e 2,70 dólares nos próximos meses. Segundo ele, o mercado eventualmente poderia se surpreender com uma colheita melhor que a esperada no Brasil. Mas ele disse não ser possível fazer estimativas ainda. Em sua palestra, Costa apresentou um intervalo de 44 a 49 milhões de sacas para a produção do Brasil na nova safra, contra uma estimativa oficial de 43,5 milhões de sacas --na temporada passada o governo estimou a produção em 48 milhões de sacas. Mas ao lado dos 49 milhões de sacas expostos em sua palestra, para o intervalo maior de uma estimativa, ele colocou um ponto de interrogação. Uma produção de 49 milhões de sacas para o Brasil, se fosse somada à perspectiva mais otimista para a safra do Vietnã, de 23 milhões de sacas, poderia aliviar um eventual déficit na temporada. Se o Brasil produzir 49 e não 44 e o Vietnã 23 e não 20 milhões de sacas, isso pode equilibrar o mercado global, Costa afirmou em sua palestra.
MENOS CEREJA DESCASCADO
O executivo da Dreyfus avaliou que numa safra de baixa do ciclo do arábica a disponibilidade de cereja descascado já seria menor no Brasil. Reuters Mas considerando que a florada foi bastante homogênea, Pires disse que a disponibilidade desse tipo de café será ainda menor, pois não haverá tempo hábil de os produtores realizarem as atividades pós-colheita para produzi-lo. "Imagina, tudo amadurece de uma só vez, na mesma hora, na hora que você vai para a segunda etapa, ele deixou de ser fruta, e secou, aí não dá pra fazer o despolpado," explicou ele, acrescentando que a estrutura de máquinas para as atividades pós-colheita limitariam a produção. "Existe um risco grande de produzirmos ainda menos café cereja descascado," disse. Na safra passada, o Brasil produziu entre 4 e 5,5 milhões de sacas de cereja descascado, segundo o executivo.
Os picos de 34 anos dos preços do café registrados na bolsa de Nova York no início do mês muito provavelmente deverão ser coisa do passado, com o mercado não voltando a oscilar naquele patamar nos próximos meses, afirmaram dois importantes negociadores da commodity nesta quinta-feira, no seminário Perspectivas para o Agribusiness 2011 e 2012. "Para a o período, acredito que já atingiu o pico", disse o diretor da Cadeia de Suprimentos para Brasil, Peru e Colômbia da Louis Dreyfus, Otávio Pires. "Mas pode ter coisas novas, como aumento da demanda, questões climáticas...," ponderou ele a jornalistas após a palestra. Segundo os palestrantes, embora o Brasil esteja entrando em uma safra de baixa do ciclo do arábica, os futuros já precificaram essa situação de menor oferta. "Acredito que os preços altos não passaram, mas vão diminuir dos atuais patamares. A impressão que tenho é que a gente já viu a alta, eles podem cair, mas eles vão se manter em um histórico mais alto do que a média.
A gente já teve a precificação do problema," declarou Rodrigo Costa, vice-presidente de Vendas Institucionais da Newedge, uma das grandes corretores norte-americanas. Ele se referia ao problema da baixa oferta de café de alta qualidade no mundo. "Se cair muito, volta a subir de novo," avaliou Costa, que prevê que os futuros do café em Nova York fiquem entre 2,30 e 2,70 dólares nos próximos meses. Segundo ele, o mercado eventualmente poderia se surpreender com uma colheita melhor que a esperada no Brasil. Mas ele disse não ser possível fazer estimativas ainda. Em sua palestra, Costa apresentou um intervalo de 44 a 49 milhões de sacas para a produção do Brasil na nova safra, contra uma estimativa oficial de 43,5 milhões de sacas --na temporada passada o governo estimou a produção em 48 milhões de sacas. Mas ao lado dos 49 milhões de sacas expostos em sua palestra, para o intervalo maior de uma estimativa, ele colocou um ponto de interrogação. Uma produção de 49 milhões de sacas para o Brasil, se fosse somada à perspectiva mais otimista para a safra do Vietnã, de 23 milhões de sacas, poderia aliviar um eventual déficit na temporada. Se o Brasil produzir 49 e não 44 e o Vietnã 23 e não 20 milhões de sacas, isso pode equilibrar o mercado global, Costa afirmou em sua palestra.
MENOS CEREJA DESCASCADO
O executivo da Dreyfus avaliou que numa safra de baixa do ciclo do arábica a disponibilidade de cereja descascado já seria menor no Brasil. Reuters Mas considerando que a florada foi bastante homogênea, Pires disse que a disponibilidade desse tipo de café será ainda menor, pois não haverá tempo hábil de os produtores realizarem as atividades pós-colheita para produzi-lo. "Imagina, tudo amadurece de uma só vez, na mesma hora, na hora que você vai para a segunda etapa, ele deixou de ser fruta, e secou, aí não dá pra fazer o despolpado," explicou ele, acrescentando que a estrutura de máquinas para as atividades pós-colheita limitariam a produção. "Existe um risco grande de produzirmos ainda menos café cereja descascado," disse. Na safra passada, o Brasil produziu entre 4 e 5,5 milhões de sacas de cereja descascado, segundo o executivo.
CAFÉ: ABN AMRO ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL EM 136,6 MI DE SACAS EM 2011/12
CAFÉ: ABN AMRO ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL EM 136,6 MI DE SACAS EM 2011/12
O mercado mundial de café deverá registrar um excedente de
4,76 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2011/12, menos da metade do o
previsto para a temporada atual, de 10,53 milhões de sacas, de acordo com o
banco ABN Amro.
A expectativa é de que a produção de arábica recue 5% para 80,97
milhões de sacas, com o principal produto mundial, o Brasil, entrando em um ano
de baixa produção no ciclo de bienalidade da cultura. Isto deixa o mercado
com um excedente de apenas 690.000 sacas, enquanto a demanda cresce para 80,28
milhões de sacas, acima das 79,50 milhões de sacas em 2010/11.
O mercado de robusta deverá ser menos apertado, uma vez que a oferta
ultrapassa a demanda em 4,07 milhões de sacas, segundo o banco. Mas, alerta que
a redução da oferta de arábica poderá elevar a demanda por robusta no
próximo ano, atualmente apontada em 51,32 milhões de sacas.
"O excedente da produção do robusta poderá ser significativamente
erodido, já que aqueles torrefadores que tradicionalmente preferem arábica
terão pouco escolha além de substituir o grão e utilizar o robusta", afirmou
a entidade financeira.
O Brasil deverá produzir um volume recorde para um ano de baixa colheita,
de 43,5 milhões de sacas, acréscimo de 10% quando comparado à última
temporada de baixa de 2009/10. A expectativa é de que os preços acentuadamente
mais altos do café e outras commodities agrícolas impulsionem os
investimentos no setor para US$ 122 bilhões neste ano, volume sem precedentes.
Entretanto, a valorização crescente das terras, cujos preços subiram 50% nos
últimos cinco anos, deverá limitar o aumento da área de cultivo.
Porém, na Colômbia, importante produtor de café arábica lavado, os
contínuos problemas causados pelas chuvas nas regiões produtoras do sul
significam que as esperanças de que o país colhesse entre 9 e 9,5 milhões de
sacas "possam ser muito otimistas", afirmou o ABN Amro.
Enquanto isso, a produção do Vietnã, maior país de cultivo de robusta
do mundo, deverá crescer em 1,5 milhão de sacas para 21,5 milhões de sacas,
enquanto os bons preços deste ano auxiliam os produtores na melhoria das
práticas agrícolas.
Já na Indonésia, as chuvas excessivas que inibiram os trabalhos de
colheita em 2010/11 deverão afetar o desenvolvimento das lavouras em 2011/12,
cortando a produção de robusta em 18% para 6,75 milhões de sacas e a de
arábica para 1 milhão de sacas. De acordo com o banco, "os rendimentos estão
baixos e os cafeicultores têm colhido cerejas desde janeiro depois que chuvas
persistentes causaram o início prematuro das floradas em alguns distritos".
Com a expectativa de aperto na oferta no próximo ano contra o crescimento
do consumo, os preços deverão se recuperar da queda recente, depois de
atingirem os níveis mais altos em 32 anos no mês de abril, disse o banco, que
apontou o próximo preço alvo do arábica em US$ 3,18 centavos de dólar por
libra-peso, nível atingido em maio de 1997.
A instituição reduziu ainda sua estimativa para o excedente mundial do
arábica na atual safra em 900.000 sacas para 5,64 milhões de sacas e em
290.000 sacas de robusta, totalizando 4,89 milhões de sacas. "A projeção
otimista não permanece apenas intacta, mas também reforçadas, caso estivermos
corretos em nossas estimativas para a safra 2011/12", afirmou o ABN Amro em
relatório divulgado nesta sexta-feira. As informações partem de agências
internacionais.
O mercado mundial de café deverá registrar um excedente de
4,76 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2011/12, menos da metade do o
previsto para a temporada atual, de 10,53 milhões de sacas, de acordo com o
banco ABN Amro.
A expectativa é de que a produção de arábica recue 5% para 80,97
milhões de sacas, com o principal produto mundial, o Brasil, entrando em um ano
de baixa produção no ciclo de bienalidade da cultura. Isto deixa o mercado
com um excedente de apenas 690.000 sacas, enquanto a demanda cresce para 80,28
milhões de sacas, acima das 79,50 milhões de sacas em 2010/11.
O mercado de robusta deverá ser menos apertado, uma vez que a oferta
ultrapassa a demanda em 4,07 milhões de sacas, segundo o banco. Mas, alerta que
a redução da oferta de arábica poderá elevar a demanda por robusta no
próximo ano, atualmente apontada em 51,32 milhões de sacas.
"O excedente da produção do robusta poderá ser significativamente
erodido, já que aqueles torrefadores que tradicionalmente preferem arábica
terão pouco escolha além de substituir o grão e utilizar o robusta", afirmou
a entidade financeira.
O Brasil deverá produzir um volume recorde para um ano de baixa colheita,
de 43,5 milhões de sacas, acréscimo de 10% quando comparado à última
temporada de baixa de 2009/10. A expectativa é de que os preços acentuadamente
mais altos do café e outras commodities agrícolas impulsionem os
investimentos no setor para US$ 122 bilhões neste ano, volume sem precedentes.
Entretanto, a valorização crescente das terras, cujos preços subiram 50% nos
últimos cinco anos, deverá limitar o aumento da área de cultivo.
Porém, na Colômbia, importante produtor de café arábica lavado, os
contínuos problemas causados pelas chuvas nas regiões produtoras do sul
significam que as esperanças de que o país colhesse entre 9 e 9,5 milhões de
sacas "possam ser muito otimistas", afirmou o ABN Amro.
Enquanto isso, a produção do Vietnã, maior país de cultivo de robusta
do mundo, deverá crescer em 1,5 milhão de sacas para 21,5 milhões de sacas,
enquanto os bons preços deste ano auxiliam os produtores na melhoria das
práticas agrícolas.
Já na Indonésia, as chuvas excessivas que inibiram os trabalhos de
colheita em 2010/11 deverão afetar o desenvolvimento das lavouras em 2011/12,
cortando a produção de robusta em 18% para 6,75 milhões de sacas e a de
arábica para 1 milhão de sacas. De acordo com o banco, "os rendimentos estão
baixos e os cafeicultores têm colhido cerejas desde janeiro depois que chuvas
persistentes causaram o início prematuro das floradas em alguns distritos".
Com a expectativa de aperto na oferta no próximo ano contra o crescimento
do consumo, os preços deverão se recuperar da queda recente, depois de
atingirem os níveis mais altos em 32 anos no mês de abril, disse o banco, que
apontou o próximo preço alvo do arábica em US$ 3,18 centavos de dólar por
libra-peso, nível atingido em maio de 1997.
A instituição reduziu ainda sua estimativa para o excedente mundial do
arábica na atual safra em 900.000 sacas para 5,64 milhões de sacas e em
290.000 sacas de robusta, totalizando 4,89 milhões de sacas. "A projeção
otimista não permanece apenas intacta, mas também reforçadas, caso estivermos
corretos em nossas estimativas para a safra 2011/12", afirmou o ABN Amro em
relatório divulgado nesta sexta-feira. As informações partem de agências
internacionais.
Assinar:
Postagens (Atom)