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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

ONGs acusa a Nestlé de ser conivente com más condições de trabalho

ONGs acusa a Nestlé de ser conivente com más condições de trabalho

A rede européia de ONGs comprometida com a justiça social, acusa a Nestlé de ser conivente com as más condiçoes de trabalho nas plantaçoes de café. Em sua nova campanha, pede que a empresa faça uma escolha - mude a sua política ou pare de usar a imagem de George Clooney, que é embaixador da paz pela ONU, nos comerciais da Nespresso. Para passar o recado, a organizaçao criou esse vídeo com um sósia do ator - aqui ele escapa do piano, mas se dá mal de outra forma.
http://www.solidar.ch/

Os contratos futuros de café robusta estão em forte queda

Os contratos futuros de café robusta estão em forte queda nesta segunda-feira em Londres , sob pressão de iminente grandes safra no Vietnã.
Mercados dos EUA commodity estão fechadas na segunda-feira devido ao Dia do Trabalho. Futuro de café robusta estão em queda em dia de pequenos volumes de atividade como grande safra robusta do Vietnã pressionndo os preços. "Há uma produção de robusta maciça no futuro próximo e que vai baixar os preços", Gary Mead, analista da VM Group. "Não vai ser um excedente de robustas - Vietnam parece muito bom, a produção da Indonésia vai rebote, cultura da Índia é bom olhar", disse um broker com sede em Londres. ABN AMRO / VM Group estima vietnamita 2011/12 a produção de café robusta subirá para 21.500 mil sacas de 60 kg, em comparação com a figura da Organização Internacional do Café da safra 2010/11 de 18,5 milhões de sacas de 60 kg. "Não há nenhum sinal real de qualquer escassez de oferta", disse Mead.

ÁGUAS CALMAS SÃO MAIS PERIGOSAS -mercado de açúcar por Arnaldo Luiz Corrêa

ÁGUAS CALMAS SÃO MAIS PERIGOSAS
O mercado de açúcar em NY caiu em torno de 20 dólares por tonelada nos primeiros quatro vencimentos, encerrando a 29,18 centavos de dólar por libra-peso no outubro/2011. O enfraquecimento do real em relação ao dólar torna a queda menos substancial.Os mercados estão tão acostumados com doses excessivas de adrenalina, que todo dia parece que precisamos ter notícias bombásticas para alimentar o apetite voraz dos viciados em catástrofes. Como disse um famoso corretor de mercado enquanto tomava sua limonada em NY, há poucas semanas atrás o mundo parecia ter acabado com a baixa na classificação de crédito soberano dos EUA, agora – assim como no Brasil – o mercado acionário está acima do nível que estava antes da queda de classificação. Ou seja, vá tentar entender a lógica do mercado. No açúcar as coisas não são diferentes. No momento em que o físico é desanimador e os números baixos de safra de cana no Centro-Sul já foram devidamente absorvidos e não assustam mais, é hora dos baixistas aproveitarem a calmaria e soltarem suas más notícias no sistema. Teve de tudo e para todos os gostos. Super safra na Europa, na Índia, na Tailândia, na Rússia e em Marte. O mercado vai cair xis por cento, os preços vão desabar para 20 centavos de dólar por libra-peso entre outras previsões alarmantes.Para os fundamentalistas é sempre mais difícil olhar o mercado pontualmente, no curto prazo. A análise mais criteriosa, olhando a perspectiva do setor para os próximos anos, da falta de investimento, da falta de transparência, da impossibilidade de o mercado crescer no mesmo ritmo do crescimento do potencial de consumo, desagua num quadro de oferta que não condiz em absoluto com preços mais baixos. Estes podem até ocorrer pontualmente, já que os mercados gostam de volatilidade e estressam o elástico até que se arrebente. Os preços exageram na alta e na baixa, tem sido assim em passado recente. Se o custo de produção hoje gira em torno de 21 centavos de dólar por libra-peso, num quadro que não aponta solução de longo prazo para o descompasso que existe entre oferta e demanda potencial, fica difícil acreditar em mercado abaixo de 20 centavos de dólar por libra-peso. Olhar para um horizonte de 10 anos, como comentou um leitor na semana passada, parece inatingível e de difícil tangibilidade num mundo em que as mudanças tecnológicas ocorrem de maneira brusca. Vamos nos ater então apenas aos próximos 3 anos, ou seja, tentar fazer uma análise da situação do setor até o final de 2014.Assumindo que o crescimento de vendas de veículos leves no Brasil seja de apenas 4% ao ano (a média dos últimos 3 anos foi de robustos 12%), teríamos no final de 2014 uma frota de 37 milhões de unidades, das quais 59% são flex. Com esse cenário, o consumo estimado de combustíveis para 2014 seria de 60,4 bilhões de litros, dos quais 31,2 bilhões de etanol e 29,2 de gasolina A (sem mistura).Vamos assumir também que o Brasil mantenha sua participação no mercado internacional de açúcar (sem crescimento na fatia de mercado) e que o consumo mundial cresça 1,2% ao ano. E no mercado interno, o consumo de açúcar cresça vegetativamente. Somando esse potencial de consumo conservador para etanol e açúcar, o Brasil precisaria moer em 2014/2015, ou seja, daqui a três safras, 715 milhões de toneladas de cana, um crescimento médio anual de 8%, 150 milhões de toneladas de cana a mais (investimentos de US$ 24 bilhões). Muitos acham essa meta inexequível sob a política intervencionista do governo.Vamos assumir então um crescimento médio de apenas 3%. Para que a oferta e demanda voltassem ao equilíbrio, o percentual de proprietários de carros flex que optassem por etanol teria que cair para apenas 25%. Com esse cenário, o consumo estimado de combustíveis para 2014 seria de 57,2 bilhões de litros, dos quais 23,6 de etanol (uma redução de 7,6 bilhões de litros) e 33,6 de gasolina A (um acréscimo de 4,4 bilhões de litros).Como a gasolina que o governo teria que importar é mais cara que o etanol, ele teria que reduzir o imposto sobre a gasolina para viabilizar a operação. Ou seja, diminui-se a mistura, mas coloca-se no lugar um produto mais caro. Brilhante esses pensadores. O Brasil não tem política agrícola nem política energética, só tem político atrapalhado. Exemplo disso foi nesta semana, num site de notícias, vindo de uma dessas mentes privilegiadas que dirigem esse país foi a pérola que: “ao reduzirmos a mistura de anidro, a gasolina poderá ficar mais barata”. Prêmio de Nobel de Matemática. Ao reduzirmos numa mistura a proporção de um produto que custa menos, a nova mistura passa a ficar mais barata. Na verdade, estamos pagando a fatura de ter uma economia que usa o preço do combustível como política fiscal, distorcendo a realidade do mercado de outro produto (etanol), cuja matéria prima (a cana) concorre entre o açúcar cujo preço é livre no mercado internacional e o etanol cujo preço limita-se à 70% da gasolina, que apesar de ter seu preço livre no mercado internacional, no Brasil tem o preço controlado pelo governo ao bel prazer.Um trader brasileiro que trabalha na Europa escreve à coluna e sugere que o nome do novo órgão oficial brasileiro deveria ser IINAA (Instituto da Incompetência Nacional do Açúcar e do Álcool). Outro leitor, produtor de cana, que nos acompanha por meio de sites que reproduzem nosso comentário acredita que ”a época de ouro do etanol hidratado acabou, seremos produtores de açúcar e anidro. Continuaremos a contribuir com o meio ambiente, mas de forma menor. O lobby do pré-sal e dos interesses ligados ao petróleo é mais forte e mais organizado que o nosso pulverizado setor”. É com grande satisfação que anunciamos a criação da Archer Global CCL, empresa coirmã da Archer Consulting, sediada em Miami, objetivando atender aos EUA e todo o mercado latino-americano.
Visite o site www.archerglobalccl.com
Tenham um bom final de semana
Arnaldo Luiz Corrêa

CHUVA - O PRÓXIMO EVENTO A SER SEGUIDO -Rodrigo Corrêa da Costa

CHUVA - O PRÓXIMO EVENTO A SER SEGUIDO
O índice de desemprego nos Estados Unidos se manteve inalterado, 9.1%, entretanto o número de postos de trabalho criados no mês de agosto foi nulo e reforça a preocupação de investidores – que apostam (ou torcem) por um novo pacote de estímulo do FED.O ambiente entre os consumidores americanos está pesado e a crise política instalada no congresso e na Casa Branca contribui para o sentimento ruim. O reflexo foi notado no fraco índice de confiança divulgado na semana.As bolsas tiveram uma semana de alta na Europa, e de estabilização nos Estados Unidos. No Brasil a subida foi forte, ajudada pela diminuição dos juros na reunião do COPOM, atitude que preocupa economistas que veem uma influência política na decisão.Os principais índices de commoditties subiram nos últimos cinco dias liderados pelos ganhos da prata, ouro e do café. O trigo e o açúcar foram os destaques na queda, mas não conseguiram atrapalhar os modestos ganhos das cestas do CRB, SPGSCI, e DJUBS.Dos futuros de café negociados em bolsa Londres caiu US$ 5.22 por saca, creio eu por causa da proximidade da safra de mais de 22 milhões de sacas de Vietnã. Os altos estoques da LIFFE também ajudam o recuo da compra, e o resultado é sentido no enfraquecimento dos diferenciais. Do lado do arábica o desempenho surpreendeu, e Nova Iorque estabeleceu um novo recorde: 18 sessões seguidas de novas máximas (entre sessões) – isto até a última quinta-feira. Os ganhos na ICE foram de US$ 11.71 por saca na semana, e na BM&F de US$ 12.45 por saca, ou seja, a arbitragem (dezembro contra dezembro) voltou a estreitar apesar do rallye – (no setembro/dezembro houve um leve enfraquecimento).O fim da colheita no Brasil e o acerto contínuo dos produtores (em adiar suas vendas para receber mais pelos seus cafés) contribuem para a firmeza do mercado interno brasileiro. O diferencial para reposição de café-fino se mantém “caro” para os torradores que imaginavam um barateamento com a alta do terminal. Já o preço de cafés “good-cups” está menos indigesto para quem precisa correr atrás de cobertura – ainda que não seja nada fenomenal. No FOB a procura declarada é mais para o ano que vem, mas ainda há demanda (velada) para embarques até o fim de 2011, porém as idéias de preço são incompatíveis com a realidade. Na América Central e Colômbia pode-se perceber uma melhora nos níveis de oferta ainda que de forma tímida. Parece não haver dúvida que os fazendeiros da região aproveitarão a oportunidade para vender o quanto puder dos cafés que forem colhendo, não apenas porque a bolsa está em níveis atrativos, mas também por terem receio de uma queda dos preços tão logo as chuvas comecem no Brasil.A estrutura de Nova Iorque firmou durante a semana com a curva invertendo um pouco a partir do 2º mês de negociação. Altistas apostam em uma inversão geral dos spreads, incluindo o “nearby”, porém não me parece que isto venha a acontecer enquanto os estoques certificados forem maiores de 700/800 mil sacas. Por sinal a hora de uma maior utilização dos certificados é agora, antes de chegar a safra-nova dos suaves e a florada no Brasil. Um outro momento pode ser no primeiro trimestre de 2012, caso os diferenciais de Brasil mantenham-se firmes, pois então os cafés descontados da bolsa voltarão a ficar atrativos. A ICE inclusive divulgou nesta semana que a idade média do inventário será de 954 dias e o desconto médio de US$ 17.15 centavos por libra no próximo dia 1º de dezembro.Para finalizar, o relatório de posição dos participantes mostraram os fundos comprados em 5,340 lotes. Depois da movimentação de quarta, quinta e sexta eles devem ter aumentado os “longs” para 8.5 mil contratos. Tenho dúvidas de que incrementem muito mais suas compras com o baixo número de contratos em aberto e o fraco volume.Desta forma em minha opinião as vendas ficarão mais pesadas de agora em diante, e tão logo se confirme chuvas no Brasil as casas comerciais terão mais coragem para aumentar seus “shorts”.No curto-prazo acho que o intervalo de negociação será entre US$ 260 a US$ 290 centavos por libra.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,Rodrigo Corrêa da Costa

Commodities valorizadas e os recordes comerciais

Commodities valorizadas e os recordes comerciais
A balança comercial de agosto registrou recordes na exportação e na importação, inclusive pelo critério de médias diárias, com superávit de US$ 3,8 bilhões, o maior do ano. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) também foi recorde e atingiu US$ 456,5 bilhões, nos últimos 12 meses, 31,7% mais do que nos 12 meses anteriores. E nos primeiros oito meses do ano foi 27,6% maior do que no mesmo período de 2008, quando a economia global era bem mais forte.Mas o Brasil continua aumentando a dependência das exportações de commodities, cuja valorização, em alguns casos, é extraordinariamente alta. Entre agosto de 2010 e agosto de 2011, o preço do milho subiu 65,9%; o do café em grão, 61,9%; o do petróleo, 56%; e o do suco de laranja, 48,9%. Além disso, houve altas entre 30% e 50% do algodão, soja em grão, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, etanol e açúcar refinado.Comparando os primeiros oito meses de 2010 e de 2011, a receita das vendas de milho cresceram 85,3%; as de café, 69,9%; as de minério de ferro, 66%; e as de petróleo em bruto, 43,5%. É um ritmo extraordinário, sem o qual o superávit comercial de US$ 19,9 bilhões teria sido menor e o déficit nas contas correntes do balanço de pagamentos, bem maior que o de US$ 47,8 bilhões, em 12 meses, até julho.As exportações brasileiras, com crescimento superior a 30% e à média mundial, de 18%, permitem que o País aumente sua participação no comércio global, notou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres. Seria um indicador ótimo - e só -, não fosse a perda de importância dos manufaturados, cujas vendas cresceram apenas 19,3%, na comparação entre 2010 e 2011, reduzindo a participação nas vendas externas de 39,7% para 36,1%, enquanto a dos produtos básicos crescia de 44,3% para 47,8%.Com uma indústria diversificada, capaz de produzir bens sofisticados, de consumo e de capital, o País carece de desoneração fiscal e de uma diplomacia comercial competente para, por exemplo, melhorar a qualidade do comércio com a China, cuja participação é de 17,4% nas exportações totais. Para a China são vendidos, principalmente, minério de ferro, soja em grão, petróleo em bruto e açúcar, além de importados eletroeletrônicos, máquinas e equipamentos, químicos orgânicos, brinquedos, plásticos e, agora, automóveis e autopeças.Em agosto, porcentualmente, destacaram-se nas exportações de manufaturados os aviões (+73%), seguindo-se o etanol (+72%) - produto que o País passou a importar.