Café tem ligeira alta, mas se mantém próximo dos 140 cents na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociado na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com altas, em um dia de recuperação discreta dos preços, mas com o março continuando a gravitar muito proximamente do patamar de 140,00 centavos por libra. Ao longo da sessão, as cotações chegaram a experimentar novas perdas, com a primeira posição tocando níveis abaixo do referencial psicológico, mas com algumas recompras, ao longo da segunda metade do dia, permitindo fazer com que uma recuperação modesta fosse promovida.
Tecnicamente, o mercado dá claras demonstrações de continuar bastante fragilizado, experimentando níveis próximos das mínimas do ano passado. A sexta-feira teve um viés ligeiramente corretivo, mas não mudou o curso dos negócios, que são efetivamente negativos (baixistas).
Fundamentalmente, o mercado não apresenta novidades. Traders destacaram uma nova temporada de chuvas no centro sul brasileiro, ressaltando que essas precipitações serão importantes para um bom desenvolvimento da safra de 2013, que será de ciclo baixo, porém com um volume consideravelmente alto, dadas as boas condições produtivas e de sanidade da maior parte do parque cafeeiro do Brasil. Por outro lado, continua a existir a preocupação com a América Central, que sofre com uma forte infestação da ferrugem do colmo e especialistas locais, quase unanimemente, indicam que serão observadas quebras na atual temporada, assim como as perdas para 2014 poderão ser ainda mais forte, devido ao desfolhamento das árvores.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve alta de 75 pontos, com 141,05 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 142,05 centavos e a mínima de 139,40 centavos, com o maio tendo ganho de 70 pontos, com 144,20 centavos por libra, com a máxima em 145,10 centavos e a mínima em 142,60 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março apresentou alta de 25 dólares, com 2.123 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 40 dólares, com 2.119 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela consolidação dos preços num nível próximo dos 140,00 centavos, após as fortes retrações observadas ao longo dos últimos dias. O mercado teve um ligeiro espasmo de alta ao final do dia, mas nada que fosse suficiente para inverter a tendência baixista atual e possibilitasse ao março buscar patamares mais efetivos de preço. Assim, ao final da sessão, os preços se mantiveram dentro de um intervalo de baixa e a expectativa da maior parte desses analistas é de que novas retrações podem ser observadas.
"Observamos um quadro técnico de baixa para o café, principalmente com as especulações em cima da safra brasileira de café. Além disso, os arábicas parecem perder fôlego nas compras dos comerciais, que estão ativos no mercado de robusta. Com isso, o diferencial entre essas das variedades é a maior em quase quatro anos. O mercado se mantém baixista no curto prazo e, efetivamente, também no longo prazo, se posicionando distante de médias móveis como de 100 ou 200 dias", disse um trader.
"A semana não poderia ser mais negativa para o mercado de café. Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque fecharam em baixa todos os dias com a exceção de hoje, quando trabalharam em baixa por praticamente todo o pregão, virando para alta quando se aproximou o fechamento. Os contratos com vencimento em março próximo terminam a semana pouco acima de 1,4 dólares por libra peso. 'Expectativas' de uma oferta volumosa do grão este ano pressionaram as cotações mais uma vez. As informações e números que chegaram ao mercado nas últimas semanas não apontam nesse sentido. Estoques baixos nos países consumidores, consumo em alta em diversos países produtores, surto de ferrugem nos cafezais da América Central e México, safra de ciclo baixo em 2013 no Brasil e embarques atuais com volumes baixos para safra de ciclo alto", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal.
As exportações de café do Brasil em fevereiro, até o último dia 7, somaram 174.794 sacas, contra 185.477 sacas embarcadas no mesmo período de janeiro, informou o Cecafe (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 3.879 sacas, indo para 2.651.953 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 51.113 lotes, com as opções tendo 7.108 calls e 4.142 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência em 142,05, 142,50, 143,00, 143,30, 143,50, 144,00, 144,45-144,50, 144,90-145,00, 145,50, 145,70, 146,00, 146,50, 147,00, 147,50, 148,00-148,05, 148,50, 149,00, 149,50, 149,90-150,00 e 150,50 com o suporte em 139,40, 139,00, 138,50, 138,00, 137,50, 137,00, 136,50, 136,00, 135,50, 135,10-135,00, 134,50 e 134,00 centavos.
Londres mantém força e março rompe nível de US$ 2.100
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com bons ganhos, coroando uma semana das mais positivas para o grão. Fortes rolagens de posição foram verificadas principalmente entre o março e o maio. A primeira posição conta atualmente com cerca de 39 mil contratos em aberto, contra 30 mil do maio.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela predominância de compras especulativas e pela facilidade de o março conseguir romper o nível psicológico de 2.100 dólares. Ao contrário da sessão passada, o maio ganhou corpo em relação à primeira posição e, com isso, o spread voltou a diminuir. Os mercados externos não exerceram pressões mais efetivas sobre segmentos de risco nesta sexta e isso também contribuiu para o avanço dos preços. O dólar, por exemplo, teve um dia de estabilidade.
"Conseguimos avançar, já que os compradores se mantém cada vez mais ativos, ao passo que as origens são reticentes e aguardam preços mais consistentes para apresentar ofertas. O mercado está sustentado e o diferencial para os arábicas em Nova Iorque cai cada vez mais", disse um trader.
O março teve uma movimentação ao longo do dia de 7,04 mil contratos, contra 10,5 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 4 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou alta de 25 dólares, com 2.123 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 40 dólares, com 2.119 dólares por tonelada.
BC retira dólar da faixa de R$ 1,95 após fala de Mantega
O mercado, mais uma vez, mostrou-se confuso diante das sinalizações vindas de Brasília em relação ao câmbio. Comentários feitos na quinta-feira (07) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não deixará o dólar voltar para o patamar de R$ 1,85, fizeram a moeda americana recuar de forma consistente na manhã desta sexta-feira, para a faixa de R$ 1,95. Investidores afirmaram que, ao citar o patamar de R$ 1,85, Mantega poderia estar indicando um novo piso informal para a moeda. O ministro tentou minimizar nesta sexta o movimento, ao afirmar, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não havia mudado. Porém, foi apenas quando o Banco Central (BC) entrou no mercado, por meio de um leilão de swap cambial reverso, que a queda da moeda americana foi contida.
O dólar à vista acabou fechando o dia estável ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9720. Na mínima, vista às 10h09, a moeda marcou R$ 1,9530, em baixa de 0,96% e na menor cotação intraday desde 11 de maio de 2012. Na máxima, já durante a tarde, o dólar atingiu R$ 1,9790 (alta de 0,35%). Da mínima para a máxima, a oscilação foi de 1,33%.
Às 16h41 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,163 bilhões, sendo US$ 1,750 bilhões. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios nesta sexta-feira. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,9780, em alta de 0,25%.
"O discurso novamente foi confuso. O Mantega, até há pouco tempo, defendia um câmbio em R$ 2,00. Agora ele fala em R$ 1,85", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba. "Com isso, o mercado começou a especular em cima de uma taxa de R$ 1,85, vendendo no mercado futuro. Então, Banco Central e Ministério da Fazenda voltaram a trabalhar em linha para segurar o dólar."
Mantega afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a política cambial não mudou e que não permitirá desvalorização especulativas no dólar. Já o BC fez um leilão de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro. Embora não tenha vendido tudo o que se dispunha no leilão, o BC conseguiu fazer o dólar reduzir a queda e até operar, no início da tarde, no território positivo.
No leilão, o BC vendeu 10 mil contratos de swap cambial reverso com vencimento em 1º de março de 2013. O volume financeiro foi de US$ 502 milhões. O resultado, porém, ficou bastante abaixo do que era oferecido: até 37 mil contratos ou cerca de US$ 1,850 bilhão.
"Isso mostra que não houve demanda para tudo. O BC não entrou sondando o mercado antes de fazer o leilão, foi uma ação de surpresa, então apenas R$ 502 milhões foram vendidos. Mas a qualquer momento ele pode voltar para colocar mais US$ 1 bilhão, puxando novamente a taxa", comentou durante a tarde Luiz Carlos Baldan, diretor da Fourtrade Corretora de Câmbio. Na prática, o BC ficou com uma "carta na manga", podendo voltar a fazer leilões de swap nos próximos dias caso seja necessário - algo que ocorreu no passado. Este receio com novas atuações contribuiu para o dólar chegar a subir ante o real e para o discurso da quinta-feira de Mantega ser deixado de lado.
No exterior, o euro recuava ante o dólar americano, que mostrava movimentos mistos em relação a outras divisas com elevada correlação com as commodities. Às 17h09, o euro era cotado a US$ 1,3361, ante US$ 1,3398 do fim da tarde desta sexta-feira.
Mantega derruba dólar, mas BC atua e moeda tem leve alta ante o real
SÃO PAULO, 8 Fev - Após declarações à Reuters do ministro da Fazenda, Guido Mantega, fazerem o dólar despencar para 1,95 real logo no início da sessão, uma intervenção do Banco Central fez a divisa norte-americana encerrar esta sexta-feira praticamente estável.
O dólar encerrou em leve alta de 0,05 por cento, para 1,9730 real na venda, mantendo-se no menor nível de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a 1,9560 real. O dólar chegou a ser cotado a 1,9510 real na mínima do dia e a 1,9795 real na máxima da sessão.
Mantega afirmou que o governo não deixaria o dólar ceder a 1,85 real, fazendo o mercado testar novos patamares de mínima na tentativa de descobrir qual seria o limite tolerado pelo BC. Este, por sua vez, indicou com sua intervenção no final da manhã que 1,95 real pode ser esse novo piso informal.
Fazenda nega mudar política cambial, mas admite intenção de conter queda do dólar
Brasília – O Ministério da Fazenda negou hoje (8) a intenção de mudar os rumos da política cambial. No entanto, o ministério admitiu que continuará a agir para conter a queda do dólar e descartou qualquer contradição entre eventuais medidas para elevar a cotação da moeda norte-americana e a atuação do governo nos últimos anos.
“A política cambial não mudou e não permitiremos a desvalorização especulativa do dólar frente ao real”, disse o ministro Guido Mantega, por meio da assessoria da Fazenda.
Em entrevista publicada hoje pela agência Reuters, o ministro disse que não permitirá que o dólar volte a ser cotado a menos de R$ 1,85, intervindo no mercado se necessário. Entre as medidas que podem ser tomadas, estão a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a entrada de divisas no país e a compra direta de dólares no mercado financeiro.
Na mesma entrevista, Mantega avaliou que a atual situação do câmbio, pouco abaixo de R$ 2, traz equilíbrio para exportadores e importadores. Ele negou ainda que o governo tenha permitido que a moeda norte-americana caísse nos últimos dias para conter a inflação.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: DIs devem seguir sem tendência definida
São Paulo, 8 de fevereiro de 2013 - A agenda econômica fraca na próxima
semana deve fazer o mercado futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) seguir sem
tendência definida, refletindo as notícias ao longo dos próximos quatro dias,
já que não haverá negociação de contratos na BM&FBovespa. Os negócios
voltam na quarta-feira, mas a agenda de indicadores também não terá nenhum
dado relevante no dia.
"O mercado segue sem tendência definida, esperando por notícias,
principalmente do Banco Central [BC], que mudou o tom do discurso nos últimos
dias, mostrando uma preocupação maior com a inflação", explicou Paulo
Petrassi, chefe de renda fixa da Leme Investimentos.
No pregão de hoje da BM&FBovespa, a maioria dos contratos futuros de DI
encerrou apontando para a retração da Selic (taxa básica de juros). Ainda
entre os contratos com maior liquidez, os demais fecharam na estabilidade. O
vencimento para janeiro de 2014 passou de 7,42% para 7,41%, com movimentação
financeira de R$ 56,676 bilhões.
Os contratos com vencimento para janeiro de 2015 e 2017 permaneceram
estáveis a 8,18% e 9,07% com volume financeiro de R$ 39,991 bilhões e
R$ 15,989 bilhões, respectivamente. O vencimento para julho de 2013 apresentou
retração, caindo de 7,14% para 7,13%, com giro financeiro de
R$ 15,374 bilhões.
O vencimento para julho de 2014 cedeu de 7,75% para 7,74%, com
movimentação financeira de R$ 7,187 bilhões, enquanto o contrato para abril
de 2013 recuou de 7,02% para 7,01%, com volume financeiro de 5,242 bilhões e o
vencimento para janeiro de 2016 passou de 8,74% para 8,73%, com giro financeiro
de R$ 4,236 bilhões.
O número de contratos negociados hoje atingiu 1.827.136, representando uma
queda de 32% em relação à quantidade de contratos negociados no pregão de
ontem. O volume financeiro das operações atingiu R$ 161,482 bilhões.
Em relação ao dólar comercial, a moeda encerrou as negociações de hoje
estável, cotada a R$ 1,97 na compra e a R$ 1,9720 na venda. Durante o dia, a
moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,9520 e a máxima de
R$ 1,98. Na semana, o dólar registrou queda de 0,85%. O BC acabou intervindo,
hoje, no mercado de câmbio com a oferta de 37 mil contratos de swap reverso,
com vencimento em 1 de março. Foram vendidos dez mil contratos, movimentando
US$ 502 milhões.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para março de 2013
valorizou 0,27% a R$ 1.978,500 e o vencimento para abril também avançou 0,22%
a R$ 1.984,500.
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio,
o BC teve que intervir por causa da forte queda que apresentava hoje, fora dos
parâmetros estipulados pela autoridade monetária. "O mercado entendeu o
recado e podemos ver uma alta da cotação na próxima semana", explicou o
especialista.
Em relatório, a Leme Investimentos, disse que a aceleração da inflação
em janeiro trouxe forte pressão de baixa para o dólar ante o real, em sintonia
com a alta das taxas dos contratos futuros de juros no Brasil. "Este
movimento, que ficou na contramão do exterior, foi motivado pela percepção de
que o avanço de preços preocupa e o Banco Central vai utilizar, de fato, o
câmbio como ferramenta para conter a inflação", destacou o documento.
Bovespa fecha com leve alta com cautela antes do Carnaval
SÃO PAULO - A Bovespa operou sem rumo nesta sexta-feira de Carnaval, com os
investidores preferindo manter cautela diante do feriado prolongado no Brasil,
ignorando o clima positivo das bolsas americanas. No horizonte, além das
festas, está o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro, que
acontece na quarta-feira de Cinzas.
O Ibovespa fechou com leve alta de 0,21%, aos 58.497 pontos, e giro de R$
7,144 bilhões. Desta forma, a bolsa brasileira acumulou perda de 3,07% na
semana. Em 2013, a perda acumulada já alcança 4,03%.
Os "vendidos" (que apostam na baixa do mercado) devem ganhar a briga com larga
vantagem, com as apostas concentradas na linha de 58 mil pontos. Porém,
operadores afirmam que os investidores já rolaram um grande volume de contratos
de índice para o próximo vencimento, em abril, sinalizando que o mercado
continua apostando na tendência de queda nos próximos meses.
"Essa aposta é reflexo da postura do governo. O mercado anda um pouco ansioso
com tudo o que vem acontecendo nos últimos meses. Os investidores querem saber
quando e onde essas medidas todas vão parar", afirma Arnaldo Puccinelli, da
Planner Corretora, referindo-se às incertezas sobre a condução da política
monetária e outras medidas envolvendo a Petrobras, o setor elétrico, os bancos,
entre outros segmentos.
Em Wall Street, próximo ao fechamento, o índice Dow Jones subia 0,35%, Nasdaq
ganhava 0,91% e S&P 500 tinha alta de 0,57%. Dados positivos das economias da
China e dos Estados Unidos deixaram os investidores mais animados lá fora hoje.
Entre as mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA subiu 0,74%, a R$ 37,74,
Petrobras PN ganhou 1,37%, a R$ 17,74, e OGX ON ganhou 1,32%, a R$ 3,83.
As maiores altas ficaram com Vanguarda Agro ON (2,17%), Duratex ON (2,05%),
Brookfield ON (2,04%) e Bradesco PN (2,00%). Na outra ponta apareceram Fibria
ON (-3,40%), Oi ON (-3,26%) e Gol PN (-3,15%). O Ministério da Justiça multou a
Gol e a TAM em R$ 3,5 milhões cada por realizarem a venda casada de passagens
com seguro de viagem.
Fora do índice, o destaque ficou com a estreante Linx. A empresa de software
fechou em forte alta de 18,51% em seu primeiro pregão, para R$ 32,00, com forte
giro de R$ 251 milhões, o quinto maior volume do dia. Como a oferta inicial da
companhia somou R$ 528 milhões, praticamente metade das ações colocadas no
mercado trocaram de mãos hoje.
Já Multiplus ON chamou atenção pela forte baixa, de 8%, para R$ 38,50. O papel
despencou após o BTG Pactual emitir um alerta aos seus clientes sobre a
empresa. O banco Itaú mudou os critérios de conversão de pontos de seus cartões
de crédito, de uma proporção de 1 para 1, agora para 1,25 para 1. Segundo o
analista Renato Mimica, o Itaú representa cerca de 20% das receitas da
Multiplus. Logo, pelas suas contas, a mudança na conversão de pontos deve
reduzir a receita da empresa em cerca de 4%.
PERSPECTIVA: Na volta após Carnaval, Ibovespa pode ter ânimo para subir
São Paulo, 8 de fevereiro de 2013 - O Ibovespa pode voltar a encontrar
força para avançar na quarta-feira, depois de não operar nos dois primeiros
dias da semana devido ao feriado de Carnaval. O desempenho vai depender, no
entanto, do comportamento das bolsas norte-americanas neste intervalo e do
vencimento de opções e sobre contratos futuros do índice. O pregão será
também mais curto, começando a partir das 13h.
O assessor de investimentos da Intrader, Leandro Silvestrini, afirma que as
principais bolsas no exterior andaram registrando ganhos mais acentuados, mas o
Ibovespa não conseguiu acompanhar. "Ao longo desses dias, se o mercado lá
fora continuar em campo positivo, o Ibovespa pode abrir positivo quando voltarem
as operações na quarta", diz.
Considerando que o índice brasileiro acumulou queda superior a 3% nesta
semana, o especialista em renda variável da Icap Brasil, Rogério Oliveira,
também espera por um pregão positivo na segunda-feira. No entanto, acrescenta,
que o rumo dos negócios tem sido incerto. "Em alguns dias vemos altas no
mercado externo, mas aqui nem sempre está seguindo esse movimento. O problema
é que quando lá há queda aqui acaba caindo também".
O vencimento de opções e contratos futuros do Ibovespa também pode
influenciar, conforme se desenrolar a disputa entre os investidores com
posições de compra e de venda. "Espero que esse vencimento seja mais ou menos
tranquilo. Por causa do feriado, muitos contratos já foram rolados", afirma.
Entre os indicadores externos que poderão influenciar o mercado na
quarta-feira, Silvestrini destaca os números da produção industrial de
dezembro na eurozona. "Na segunda e na terça, não teremos números muitos
fatos relevantes. O mais importante serão os dados da indústria europeia, que
trazem uma sinalização sobre a economia do continente", diz. Em novembro,
houve queda de 0,3% em termos mensais na produção industrial e de 3,7% em base
anual.
A atenção dos investidores também vai estar voltada para o mercado
interno, com preocupações com a política econômica e com o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o especialista da Icap Brasil. "Essa
possibilidade de o câmbio e os juros serem usados para controlar a inflação,
além das intervenções do governo no setor elétrico e no preço do
combustível, têm atrapalhado o mercado de renda variável".
No pregão de hoje, o Ibovespa operou com volatilidade ao longo do dia, mas
fechou com alta de 0,21%, aos 58.497 pontos. O volume negociado na bolsa foi de
R$ 7,1 bilhões. A proximidade do vencimento de opções estimulou o índice a
andar de lado ao longo do dia, pois, apesar inverter o sinal algumas vezes, a
oscilação foi reduzida, de acordo com Oliveira. As blue chips Vale e
Petrobras, por sua vez, oscilaram mais ao longo do pregão, justamente pelo
vencimento.
As PNAs da Vale (VALE5) subiram 0,74%, negociados a R$ 37,74, com o maior
volume financeiro do dia, de R$ 705,701 milhões, e as preferenciais da
Petrobras (PETR4) avançaram 1,37%, a R$ 17,74, movimentando R$ 537,961
milhões. No sentido inverso, as ordinárias da petrolífera (PETR3) caíram
0,62%, a R$ 16.
A divulgação de dados positivos da economia da China acabou não tendo
grande influência no pregão, de acordo com Silvestrini. "Os números vieram
bons, mas o fato de atenção principal dos investidores estar no mercado
interno acabou reduzindo essa influência", diz. O superávit comercial chinês
em janeiro somou US$ 29,2 bilhões, resultado 7,7% maior que o registrado em
igual período do ano passado.
Do lado positivo, destaque ainda para os papéis do setor bancário, com o
Bradesco (BBDC4) subindo 2%, a R$ 35,60, e o Itaú Unibanco (ITUB4) avançando
1,80%, a R$ 33,87.
Bolsas dos EUA sobem; Nasdaq fecha no maior nível em 12 anos
São Paulo, SP (FolhaNews) - Na Bolsa de Nova York, o índice Nasdaq encerrou em
sua máxima em 12 anos e o S&P 500, no maior nível em cinco anos, sob fortes
indicadores dos Estados Unidos e do exterior que aumentaram o otimismo sobre a
economia.
O índice Dow Jones, referência de Wall Street, avançou 0,35% (13.992 pontos), o
Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,57% (1.517 pontos) e o termômetro
de tecnologia Nasdaq subiu 0,91% (3.193 pontos).
Na semana, o Dow Jones acumulou perda de 0,1%, o S&P 500 avançou 0,3% e o
Nasdaq subiu 0,5%. Foi a sexta semana consecutiva de ganhos do S&P, feito que
não ocorre desde agosto.
Dados mostraram que as exportações chinesas cresceram mais do que o esperado e
um relatório indicou que o deficit comercial dos EUA recuou em dezembro,
sinalizando melhora na demanda mundial.
"Isso pode ter enviado um raio de otimismo", disse o estrategista-chefe de
mercado do D.A. Davidson em Lake Oswego, Oregon, Fred Dickson.
2013
O setor tecnológico liderou os ganhos do dia, com o índice de tecnologia do S&P
500 avançando 1%. Ganhos da rede social LinkedIn e da AOL após a publicação de
seus respectivos resultados ajudaram o setor.
O mercado tem registrado fortes ganhos desde o início do ano, com o S&P 500
acumulando alta de 6,4% em 2013. Mas o avanço foi mais difícil nos últimos
dias, com o fim dos resultados corporativos e menos incentivos no horizonte.
"Eu acho que estamos no meio de uma faixa de negociação, e eu colocaria mais ou
menos 5% em torno dela. Fatores fundamentais são mais bem descritos como
neutros", afirmou Dickson.
PERSPECTIVA SEMANAL:Vencimento de opções,EUA e Draghi influenciarão mercado
São Paulo, 8 de fevereiro de 2013 - Com a semana mais curta no Brasil,
devido ao não funcionamento da bolsa com as festas de Carnaval na segunda e
terça-feira, o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, abre na
quarta-feira, às 13h, influenciados pelo vencimento de opções e sobre
contratos futuros do índice, aponta José Costa, diretor da Máxima Corretora.
"Temos o vencimento na quarta-feira, em um dia curto, começando as
negociações só às 13h. O sentido do mercado vai depender muito do movimento
dos estrangeiros. Havia 90 mil contratos futuros vendidos. Precisamos saber se
eles vão rolar para contratos futuros ou sair do Brasil", explica Costa.
Ao longo da semana, o discurso do presidente do Banco Central Europeu, Mario
Draghi, na terça e na sexta-feira, assim como os dados de produção
industrial norte-americana, na sexta-feira, devem se destacar como principais
fatores que devem influenciar os índices.
Na terça-feira, Draghi participa de uma audiência no parlamento da Espanha
e concederá uma entrevista coletiva às 12h30. Na sexta-feira, começa uma
reunião de dois dias dos ministros de Finanças e representantes dos bancos
centrais dos países do G-20 na Rússia. Draghi concede uma entrevista coletiva
às 7h15 na Rússia.
Também na sexta-feira, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) divulga, às 12h15, os dados da produção industrial e
do uso da capacidade instalada de janeiro.
"Temos que ficar de olho nesses discursos do Draghi e nos Estados Unidos,
ainda mais em uma semana que também não teremos a China influenciando, com os
festejos do Ano Novo Chinês a semana toda. O Ibovespa permanece com uma
tendência de queda trazida pela insegurança do estrangeiro em investir aqui,
onde o dólar e as taxas de juros não tem um horizonte claro para se
trabalhar", observa o diretor da Máxima Corretora.
O Ibovespa fechou o pregão de hoje em alta de 0,21%, aos 58.497 pontos,
fechando a semana com uma queda acumulada de 3,07%. O resultado da Petrobras e
as declarações da presidente da estatal, Graça Foster, foram o que mais
penalizou as perdas do índice ao longos dessa semana.
Após reportar um lucro líquido de 2012 de R$ 21,182 bilhões, queda de
36%, na comparação com R$ 33,313 bilhões registrados em 2011, abaixo das
expectativas do mercado, a Petrobras propôs pagamento de R$ 8,876 bilhões em
dividendos, dos quais R$ 2,609 bilhões foram pagos ao longo de 2012, nível
menor que os R$ 12,001 bilhões em dividendos em 2011.
Na terça-feira, Foster afirmou que o primeiro semestre de 2013 será mais
difícil do que foi o ano de 2012. "Não existem novos projetos. A produção
média vai ficar no mesmo patamar de 2012. Não teremos condições de fazer
produção adicional. É fisicamente impossível. Estaremos mais próximos do
piso da meta de produção", comentou.
Graça disse ainda que, apesar do reajuste ocorrido recentemente no preço
dos combustíveis, ainda há defasagem quando comparado ao praticado no mercado
internacional. "Esses reajustes não foram suficientes para equilibrar preços
internos e internacionais em virtude da elevação do preço do óleo e da
variação cambial", comentou.
PETRÓLEO: Futuros fecham sem tendência definida
São Paulo, 8 de fevereiro de 2013 - Os contratos futuros do petróleo
internacional encerraram as negociações dessa sexta-feira em alta, com os
fortes indicadores econômicos na China apontando uma alta na demanda pela
commodity e com as preocupações do mercado com a aproximação de tempestade
de neve nos Estados Unidos.
Na Nymex, os contratos futuros do WTI com vencimento em março tiveram queda
de 0,9%, a US$ 95,72. Na plataforma ICE, os futuros do Brent para o mesmo mês
ganharam 1,8%, a US$ 118,90 o barril.
O superávit comercial da China em janeiro somou US$ 29,2 bilhões,
resultado 7,7% maior que o registrado em igual período do ano passado, enquanto
as exportações do país aumentaram 25% em termos de comparação anual -
expansão mais acentuada desde abril de 2011.
A agência Serviço Nacional de Clima dos Estados Unidos informou hoje que
uma tempestade "histórica" de neve deve atingir a costa leste do país na
noite desta sexta para sábado, alcançando as regiões dos Grandes Lagos e de
New England.
De acordo com as notícias internacionais, a tempestade deve gerar cortes em
energia, muitos voos já foram cancelados e as pessoas começaram a armazenar
comida e suprimentos.
Exportação de café no Vietnã sobe 85,8% em janeiro
O Vietnã exportou 219 mil toneladas de café em janeiro, crescimento de 34,7% na comparação com dezembro, e de 85,8% ante igual mês de 2012, informou nesta sexta-feira o departamento alfandegário do país. Em receita, os embarques totalizaram US$ 455 milhões, 37,6% em relação ao mês anterior. Desde o início do ano safra, em 1º de outubro, o Vietnã já vendeu ao exterior 606 mil toneladas, bem mais que as 371 mil toneladas de igual período do ciclo passado. As informações são da Dow Jones.
Preço do café na Colômbia rompe mínima de 500 mil pesos
A Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia) informou que o preço de referência da carga de 125 quilos nas principais praças cafeeiras desse país sul-americano está situado hoje, em média, no nível de 496.800 pesos (277,36 dólares), o que aumenta, ainda mais, a preocupação dos produtores, que na última quarta-feira, 6 de fevereiro, após um encontro com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na cidade de Chinchiná, no departamento (Estado) de Caldas, saíram inconformados e desiludidos com um pacote de ajuda anunciado pelo governo federal. Os cafeicultores locais consideraram que essas medidas apresentadas não aliviam a crise de receita atravessada pelo setor atualmente. Nessa queda livre das cotações internas do preço do café colombiano existe a influência da queda das cotações do produto na bolsa de Nova Iorque, que fechou a última quinta-feira, 7 de fevereiro, no nível de 140,00 centavos. Além disso, os preços se mostram ainda mais pressionados com o câmbio, já que o peso local ganha corpo em relação ao dólar. Diante desse quadro, os suaves colombianos experimentam sua cotação mais baixa em mais de um mês. Nos últimos 30 dias, a carga de café no mercado colombiano registrou uma retração de cerca de 30 mil pesos (16,75 dólares). Se comparado o preço médio de janeiro de 2012 com o do mesmo mês de 2013, observa-se que os cafeicultores tiveram uma perda de aproximadamente 350 mil pesos (195,40 dólares) por carga. Há um ano, uma cota de 125 quilos de café tinha uma cotação de 850 mil pesos (474,55 dólares). Caso seja feita a adição ao preço base de hoje do subsídio direto dado pelo governo colombiano ao setor cafeeiro, que na última quarta-feira teve sua vigência prorrogada até o próximo dia 31 de julho, de 60 mil pesos (33,50 dólares), a carga de 125 quilos terá um preço para os produtores de 557 mil pesos (310,97 dólares), com o que, segundo os produtores, se tem uma perda de 143 mil pesos (79,84 dólares), já que os cálculos de entidades representativas do setor produtor afirmam que o custo de produção atual do café do país é de ao menos 700 mil pesos (390,81 dólares) por carga. "O governo disse que se o preço tivesse baixa poderia aumentar o auxílio e essa é a discussão que tem de voltar a ser feita e colocar sobre a mesa do Executivo. O preço abaixo dos 500 mil pesos (279,15 dólares) é terrível e o subsídio modesto continuam a montar um quadro de preço insuficiente para o café", declarou o presidente do Comitê de Cafeicultores de Caldas, Marcelo Salazar.
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