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sexta-feira, 14 de março de 2014

Arabica Coffee, Raw Sugar Tumble in Profit-Taking
Alexandra Wexler

  NEW YORK--Arabica-coffee futures dropped Friday morning as investors locked in profits, sending
the market below the important technical and psychological level of $2 a pound.
  The worst drought in decades in top coffee grower and exporter Brazil has pushed the market up 86%
since the start of 2014 and to a two-year high settlement on Thursday, as growers and analysts have
slashed their forecasts for the upcoming harvest.
  Arabica coffee for delivery in May on the ICE Futures U.S. exchange was recently 4.1% lower at
$1.9760 a pound.
  "This is just profit taking," said Thiago Cazarini, the founder of coffee brokerage Cazarini
Trading Company, based in Varginha, Brazil. "For the moment, it needed a correction."
  Raw-sugar futures also retreated, with the contract for delivery in May recently down 3.4% at
17.25 cents a pound. Brazil is also the world's top sugar grower and exporter, and the drought has
delayed cane planting, which is usually done at the beginning of the year.
  "Recent rains in Brazil have allowed some of the areas to catch up on the planting that they were
unable to do during the dry period," said James Cassidy, head of the sugar desk at brokerage Newedge
in New York.
  The slide in sugar prices could "progress next week if we don't have any news over the weekend,"
Mr. Cassidy said.
  Cotton futures also slipped, with the contract for May delivery down 0.9% at 90.90 cents a pound
as buyers remained on the sidelines due to the recent rally. Cotton prices are up 8.3% this year.
"I think cotton's overpriced," said Joe Ricupero, vice president at RJO Futures in New York.
  Cotton futures briefly popped to a near one-year high Thursday on news that foreign buyers had
continued to purchase the fiber despite prices above 90 cents during the week ended March 6.
  In other markets, cocoa for delivery in May was recently 0.4% higher at $3,017 a ton and orange
juice for May delivery was 0.7% lower at $1.4985 a pound.


Singapore Government Firm Pursues Buyout of Olam International
NEIL GOUGH

HONG KONG — Olam International, a Singapore agricultural commodities company that has been targeted by the short seller Carson C. Block, said on Friday that it had received a cash buyout offer led by a Singapore government investment firm valuing it at more than $4 billion.

Temasek Holdings, the Singapore government investor, is leading a consortium of investors that already controls 52.5 percent of Olam. The buyout group is offering to pay 2.23 Singapore dollars, or $1.76, for each share they do not already own — a premium of about 12 percent to where the stock last traded.

The deal values Olam at 5.3 billion dollars and the buyout consortium, which in addition to Temasek included a group of Olam’s founding shareholders and senior management, will have to pay 2.5 billion dollars for the shares they do not already own.

In late 2012, Mr. Block’s firm, Muddy Waters Research, placed a bet that Olam’s shares would fall and launched a high-profile attack on the Singapore firm, likening it to Enron and saying it was at risk of collapsing.

Olam mounted a vocal defense of itself and its accounting measures, which Mr. Block had targeted, and responded by suing in the Singaporean courts. The suit was later withdrawn.

Olam’s shares rose only slightly after Temasek’s offer was announced Friday and were trading at about 2 dollars apiece. That was near their highest level in a year, and more than 10 percent above where Olam’s shares were trading in November 2012, when Mr. Block announced his bet against the stock.

David Heng, a director of the Temasek unit leading the buyout bid, said that, if successful, they intend to maintain Olam’s Singapore listing. The bidders “share a common investment philosophy to invest and build for the long term,” Mr. Heng said.

“We believe a successful offer will provide Olam with a stronger and more stable shareholder base to support Olam’s strategy and business model,” he added.

Brazil Coffee Weather - Mar 14

SAO PAULO AND MINAS GERAIS

SUMMARY- Mostly dry or a few light showers during the past 24 hours.
Temperatures 82-89F (28-31C).

FORECAST-
TODAY...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 82-89F (28-31C).
TONIGHT...Mostly dry conditions. Temperatures 59-69F (15-21C).
TOMORROW...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 82-89F (28-31C).
OUTLOOK...Mostly dry or a few light showers Sunday through Tuesday.
Temperatures near to above normal.

BRAZIL COFFEE PROSPECTS...

Mostly dry weather and above normal temperatures will maintain concern about
crop prospects due to a prolonged summer drought.


Em dia menos intenso, café fecha com ganhos curtos na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma quinta-feira de relativa calma. A volatilidade, tão comum ao longo das últimas semanas, não foi das mais intensas e, ao final do processo, os contratos aferiram ganhos modestos, permitindo à posição maio se manter gravitando próxima do nível psicológico de 205,00 centavos de dólar por libra. As ações desta quinta-feira foram baseadas principalmente em aspectos técnicos. A segunda posição variou dentro de um intervalo de pouco mais de 400 pontos. Numa análise levando em conta o Fibonacci aponta que o mercado poderia tender para um nível de 219,55 centavos, que seria uma resistência das mais efetivas e que garantiria a continuidade do fôlego dos compradores. Por outro lado, fundamentalmente o café continua voltado para o viés clima/oferta. A questão brasileira ainda mobiliza os players, que não têm certeza de que o déficit hídrico em zonas produtoras do país finalmente acabou. Por sua vez, mesmo se essa seca tenha cessado, as perdas deverão ser inevitáveis e, a partir daí, cresce o questionamento sobre o tamanho dos prejuízos proporcionados às lavouras.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 65 pontos, com 205,95 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em207,45 centavos e a mínima de 203,05 centavos, com o julho registrando avanço de 65 pontos, com 207,80 centavos por libra, com a máxima em 209,30 centavos e a mínima em 205,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve queda de 11 dólares, com 2.189 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, para o nível de 2.185 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a quinta-feira foi relativamente calma, sobretudo se levado em conta o clima de forte nervosismo assistido ao longo de praticamente todo este início de ano na bolsa nova-iorquina. Ao longo da maior parte do tempo, o maio operou proximamente de uma alta de cerca de 100 a 120 pontos, sendo que um pouco antes do fechamento do pregão os ganhos desaceleraram. O intraday, assim, conseguiu fechar no lado positivo. Já o after-hours mostrou retração, com o maio tendo baixa de 105 pontos. No segmento externo, o dia foi de quedas mais pronunciadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, estabilidade do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities softs, alta para café e cacau e quedas para açúcar, suco de laranja e algodão.

"Uma informação que correu entre os operadores em Nova Iorque foi quanto à uma resolução do Ministério da Agricultura do Brasil, que aponta que várias zonas de Minas Gerais estão afetadas com a broca. Esse fator poderá fazer com que a qualidade do grão seja prejudicada ainda mais. É bom lembrar que a seca deste início de ano afetou fortemente o enchimento dos frutos e isso inevitavelmente vai ser refletido na qualidade. E grãos de qualidade inferior dificilmente serão voltados para atender a exportação e, diante disso, a oferta brasileira pode ser ainda menor que a esperada. A ver", disse um trader.

O Vietnã embarcou 184.100 toneladas de café em fevereiro, um aumento de 83,4% em relação ao mesmo mês de 2013, indicaram fontes alfandegárias do país. O volume aferido ficou muito acima da previsão inicial da nação asiática, que era de entre 100 e 120 mil toneladas. Exportadores baseados em Ho Chi Min trabalhavam com uma expectativa de envio de 160 mil toneladas. No acumulado da safra (início de outubro ao fim de fevereiro), os envios de café do país ao exterior somam 604,2 mil toneladas, queda de 15% em relação ao mesmo período de 2012/2013.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 13,totalizaram 511.038 sacas de café, queda de 34,62% em relação às 782.038 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.455 sacas, indo para 2.590.993 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência207,45-207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50, 209,75, 209,90-210,00, 210,50,211,00, 211,50, 212,00, 212,50, 213,00, 213,50,214,00 e 214,50 centavos dedólar, com o suporte em 203,05-203,00, 202,50, 202,00, 201,50, 201,00, 200,50,200,35, 200,10-200,00,199,50, 199,00, 198,50, 198,00, 197,50, 197,00, 196,50,196,00 e 195,50 centavos.





Londres tem quinta feira de realizações e vendas de origens

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com quedas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, na qual a posição maio chegou a flutuar novamente acima do nível psicológico de 2.200 dólares, mas teve nessa posição um aumento mais efetivo das vendas especulativas.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por um início estável e, na sequência, o acionamento de algumas ordens de compra. O maio chegou a tocar a máxima de 2.217 dólares. Como já era previsto por alguns desses analistas, as origens se mostram mais consistentes acima dos 2.200 dólares e, diante disso, observou-se uma desaceleração natural.

"Mesmo com as vendas, o que se verifica é que o mercado está sustentado. Tivemos realizações, liquidações de origens, no entanto continuamos muito próximos do intervalo trabalhado ao longo da sessão passada. A tendência é que esse quadro se mantenha, afinal, são os robustas a alternativa efetiva ante a oferta limitada de arábicas", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 7,30 mil contratos, contra 6,03 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 4dólares.

No encerramento do dia, o maio teve queda de 11 dólares, com2.189 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, para o nível de 2.185 dólares por tonelada.

Dólar segue tensão externa com a Ucrânia e fecha em alta

Depois de operar em baixa pela manhã, o dólar passou a subir no período da
tarde fechando em alta frente ao real, refletindo o fortalecimento da divisa
americana no exterior diante das preocupações com a crise na Ucrânia. No
mercado local, os investidores seguem atentos às reuniões da agência Standard &
Poors com a equipe econômica do governo e ao anúncio de medidas para o setor
elétrico.
O dólar comercial subiu 0,21% encerrando a R$ 2,3640. Já o contrato futuro para
abril avançava 0,23% para R$ 2,374.
O euro e as moedas emergentes zeraram os ganhos em meio a comentários do
secretário de Estado americano, John Kerry, que afirmou que Estados Unidos e
União Europeia responderão na segunda-feira com uma série de ações importantes
contra a Rússia caso não cheguem a um acordo sobre a Crimeia. Está prevista a
realização de um referendo neste domingo para decidir se a região pode se
separar do restante da Ucrânia e passar a fazer parte da Rússia. Os militares
russos estão intensificando a presença militar na área próxima à Ucrânia.
Ainda no cenário externo, a divulgação de dados mais fortes da economia
americana colaborou para reduzir o apetite por ativos de riscos. Os novos
pedidos de seguro-desemprego recuaram em nove mil para 315 mil na semana
passada, uma queda acima da expectativa do mercado que esperava um recuo para
330 mil pedidos. As vendas no varejo em fevereiro também mostraram um aumento
de 0,3% em relação ao mês anterior, acima da previsão dos analistas que
esperavam uma alta de 0,2%.
No mercado interno, a alta do dólar é limitada pelo fluxo positivo de recursos
diante da retomada d as captações de empresas brasileiras no exterior. Depois
da Petrobras e do banco Daycoval realizarem emissão de bônus esta semana, hoje
o frigorífico Marfrig fechou a captação de US$ 275 milhões.
"A expectativa de fluxos de novas emissões de bônus, com as empresas
aproveitando a janela do mercado para aumentar o caixa, está segurando a alta
do dólar no curto prazo", afirma Jayro Rezende, gerente de derivativos cambiais
da CGD Investimentos. Para Rezende,  a cotação da moeda americana não deve
ficar nesse nível por muito tempo. "Se começarem a vir dados mais fortes da
economia americana, o dólar muda de patamar rapidamente", completa.
O executivo da CGD vê um cenário de desvalorização do real diante de riscos
vindos do cenário externo, com o aumento da preocupação em relação ao
crescimento da China, após a divulgação de dados econômicos mais fracos, e das
incertezas em relação à crise na Ucrânia.
No mercado interno, os investidores também seguem atentos à reunião da Standard
& Poors com a equipe econômica do governo brasileiro e ao anúncio em relação ao
financiamento do aumento do custo de energia para as distribuidoras. Hoje o
ministro da fazenda, Guido Mantega, fará um pronunciamento às 17h30 para
anunciar medidas relacionadas ao setor elétrico.
Do lado fiscal, um grupo de trabalho da S&P no Brasil, liderado pela economista
Lisa Schineller, principal responsável da agência para o país, está em reuniões
hoje com membros da equipe econômica. A expectativa é que o governo esteja
reforçando junto à agência a boa recepção do mercado à divulgação das metas
fiscais no mês passado e o comprometimento em alcançar o superávit primário de
1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Em junho de 2013, a S&P rebaixou a perspectiva para o "rating" do Brasil de
"estável" para "negativa", citando o fraco crescimento econômico e a política
fiscal expansionista.
Para o gestor de câmbio do Brasil Plural, Rony Gielman, a probabilidade de um
rebaixamento do rating brasileiro refletida no preço dos ativos hoje é bem
menor , principalmente depois do anúncio das metas fiscais, destacando que o
CDS (Credit Default Swap) - que mede o risco de calote da dívida soberana dos
países ? do Brasil
recuou para abaixo de 200 pontos-base. "O mercado deu um voto de confiança pelo
fato de o governo reconhecer certas dificuldades e sinalizar que não fará mais
o uso de manobras fiscais para atingir a meta de superávit", diz destacando que
 uma reavaliação do rating soberano do Brasil deve ficar para depois das
eleições.
Hoje o BC manteve as intervenções no câmbio e fez a rolagem de mais 10 mil
contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão, postergando o
vencimento de mais US$ 492,1 milhões nesses papéis. Com o leilão de hoje, o BC
reduziu a US$ 8,178 bilhões o montante em swaps que ainda pode vencer em abril.
O lote total é de US$ 10,148 bilhões.
Mais cedo, a autoridade monetária vendeu todos os quatro mil contratos de swap
cambial tradicional ofertados em leilão, em operação que funcionou como uma
injeção de US$ 197,9 milhões no mercado futuro. A liquidação está marcada para
amanhã, sexta-feira, dia 14.




Taxas dos DI encerram negociações em alta
   São Paulo, 13 de março de 2014 - As taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) terminaram a sessão desta quinta-feira em alta. Com o
maior volume negociado, os papéis com vencimento em janeiro de 2017 avançaram
de 12,43% para 12,49%, movimentando R$ 25,011 bilhões. Ainda no longo prazo, as
taxas dos DIs para janeiro de 2016 subiram de 11,96% para 12,05%, com volume de
R$ 14,900 bilhões.
   No curto prazo, os contratos de juros que expiram em janeiro de 2015 tiveram
alta de 11,10% para 11,15%, registrando giro financeiro de R$ 22,671 bilhões.
Enquanto isso, a taxa dos papéis programados para abril deste ano ficaram
estáveis em relação ao fechamento de ontem (12), a 10,57%, com volume de R$
9,416 bilhões.





PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Taxas dos DIs e dólar podem ser influenciados
   São Paulo, 13 de março de 2014 - O anúncio do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, sobre as medidas para equacionar a elevação temporária dos custos da
energia e o Indice de Atividade Econômica (IBC-Br), referente a janeiro,
influenciarão os mercados de Depósito Interfinanceiro (DI) e dólar comercial
amanhã. No ambiente externo, a leitura preliminar do índice de confiança do
consumidor de março medido pela Universidade de Michigan também será
importante.
   No fim da tarde, Mantega afirmou que o custo das medidas será dividido
entre consumidores, União e sistema elétrico. Além de leilões hidrelétrico
e termelétrico no médio prazo, a compensação terá aporte do Tesouro no
valor de R$ 4 bilhões adicionais aos R$ 9 bilhões Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE).

   A medida impactará o desconto oferecido aos consumidores desde o ano
passado, podendo colaborar para aumento da inflação, e, consequentemente,
causar um aumento da Selic (taxa básica de juros), devido à pressão nas
despesas com energia elétrica. "O discurso do ministro deverá refletir no
comportamento das taxas dos juros futuros e até mesmo no câmbio", diz o
economista-chefe da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira.
   Segundo o economista, a tendência para o dólar é subir, pelo menos, até
o patamar dos R$ 2,37, e, não fosse essa compensação dos custos, a tendência
para as taxas dos DIs era de estabilidade. Hoje, as taxas dos papéis
terminaram a sessão desta quinta-feira em alta.
   Com o maior volume negociado, a taxa dos papéis com vencimento em janeiro
de 2017 avançaram de 12,43% para 12,49%, movimentando R$ 25bilhões. Ainda no
longo prazo, as taxas dos DIs para janeiro de 2016 subiram de 11,96% para
12,05%, com volume de R$ 14,9 bilhões.
    
   No curto prazo, os contratos de juros que expiram em janeiro de 2015 tiveram
alta de 11,10% para 11,15%, registrando giro financeiro de R$ 22,7 bilhões.
Enquanto isso, a taxa dos papéis programados para abril deste ano ficaram
estáveis em relação ao fechamento de ontem (12), a 10,57%, com volume de R$
9,4 bilhões.
    Câmbio
   O dólar comercial encerrou as negociações com alta de 0,21%, cotado a R$
2,3620 para compra e a R$ 2,3640 para venda. Durante o dia, a moeda oscilou
entre a mínima de R$ 2,3400 e a máxima de R$ 2,3690. No mercado futuro, os
contratos de dólar comercial com vencimento em abril tinham valorização de
0,31% em relação ao real, negociado por R$ 2.376,000.




Bovespa sente cenário externo tenso e faz nova mínima no ano

SÃO PAULO  -  A bolsa brasileira devolveu os ganhos dos últimos dois pregões e renovou sua mínima do ano nesta quinta-feira, pressionada pelo mau humor externo. Dados fracos da China e preocupações com o agravamento das tensões entre Estados Unidos e Rússia por causa da crise geopolítica na Ucrânia afetaram os mercados em Wall Street, que caíram mais de 1%.

Aqui, as atenções estiveram voltadas à visita dos técnicos da agência S&P em Brasília para avaliar a situação do país e decidir se mantêm ou rebaixam a nota de risco de crédito (rating) soberano. As elétricas lideraram os ganhos na Bovespa à espera de socorro do governo para compensar os gastos com o uso de geração térmica, impedindo um recuo maior do Ibovespa.

O índice fechou em baixa de 0,91%, aos 45.444 pontos, com volume de R$ 5,743 bilhões. Nesse ritmo, a bolsa deve fechar a semana com perda acima de 1,7%. No mês, o Ibovespa já perde 3,5% e, no acumulado de 2014, o recuo alcança 11,8%. Vale lembrar que em todo ano de 2013, a Bovespa caiu 15,5%.

Entre as principais ações do índice, Vale PNA registrou baixa de 2,11%, para R$ 25,90; Petrobras PN perdeu 1,57%, a R$ 13,11; e Itaú PN caiu 1,34%, para R$ 30,09.

“Os mercados caíram com os temores de desaceleração na China e piora da crise na Ucrânia”, comentou o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi. O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta quinta-feira que os EUA e a União Europeia podem tomar passos “muito sérios” contra a Rússia, caso “não haja sinais” de resolução da crise na Ucrânia.

A península da Crimeia deve ter um referendo neste domingo para definir se a região deixa de estar sob o controle ucraniano e passa a fazer parte da Rússia. Apesar da pressão ocidental, Moscou tem dito que respeita o direito de autodeterminação da Crimeia, uma região de maioria étnica russa.

Na China, a produção industrial do país cresceu 8,6% no ano em janeiro e fevereiro, abaixo da expectativa de 9,5% dos analistas. As vendas no varejo cresceram 11,8% nos dois primeiros meses do ano, em uma base anual, ante expectativa de 13,5% para o período. Os investimentos em ativos fixos também cresceram abaixo do esperado.

“A queda aqui só não foi maior do que das bolsas em Nova York graças às elétricas”, observa Galdi. CPFL ON (4,45%) puxou a fila, seguida de Light ON (4,34%), Tractebel ON (3,43%), Cemig PN (3,31%), Energias do Brasil ON (3,17%) e Eletropaulo PN (3,11%).

Daqui a pouco, o governo anunciará, em entrevista coletiva, as regras de financiamento para cobrir o déficit aberto no caixa das distribuidoras de energia elétrica neste ano. As distribuidoras podem ter um desequilíbrio financeir o de até R$ 20 bilhões neste ano, caso o regime de chuvas continue desfavorável e as usinas térmicas permaneçam acionadas.

Quem ficou no topo do mercado hoje foi Dasa ON (11,07%, a R$ 16,75). Mas o motivo para o movimento expressivo foi meramente técnico: o papel foi alvo de cobertura de posições vendidas. Com o fim da oferta de aquisição de ações (OPA) promovida por Edson Bueno e sua ex-mulher Dulce Pugliese, restaram apenas 6%, ou 18 milhões de ações, da Dasa em circulação no mercado, frente a uma posição alugada de mais de 722 mil papéis. Investidores decidira m reverter suas posições vendidas e foram a mercado recomprar as ações para devolvê-las a quem emprestou, provocando forte alta do ativo.

Na ponta negativa do Ibovespa ficaram PDG Realty ON (-3,57%), Embraer ON (-3,30%) e TIM ON (-2,77%).




PERSPECTIVA: Dados dos EUA e IBC-Br darão o tom ao Ibovespa amanhã
   São Paulo, 13 de março de 2014 - A abertura do Ibovespa, principal índice
da BM&FBovespa, amanhã deverá ser influenciada pelo desempenho do Indice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês de janeiro e pelas
ações do setor de energia elétrica, após o anúncio de medidas do governo
para equacionar a elevação temporária dos custos da energia.
   Conforme o Termômetro CMA, o IBC-Br deve apresentar crescimento de 0,90%,
em janeiro, ante o mês anterior. Em relação ao setor de energia, o fato da
despesa adicional com o acionamento das usinas termelétricas serem dividido
entre consumidores, União e sistema elétrico deverá animar os investidores.

   O governo federal anunciou que serão feitos leilões hidrelétrico e
termelétrico no médio prazo e haverá compensação com aporte do Tesouro no
valor de R$ 4 bilhões adicionais aos R$ 9 bilhões da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE). A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
também será autorizada a contratar financiamentos no Mercado para que as
distribuidoras cubram os pagamentos necessários às geradoras de energia.
   Nos Estados Unidos, será informada a leitura preliminar do índice de
confiança do consumidor de março medido pela Universidade de Michigan. Em
fevereiro, o índice registrou alta para 81,6 pontos. A previsão é de alta
para 82 pontos.
   Hoje, após ajustes, o Ibovespa encerrou a sessão de hoje com queda de
0,91%, aos 45.443 pontos. O volume financeiro da bolsa brasileira nesta
quinta-feira foi de R$ 5,7 bilhões. Dentre as ações com maior volume
financeiro, as da Vale (VALE5; -2,11%, a R$ 25,90), as da Petrobras (PETR4;
-1,57%, a R$ 13,11), as do Itaú Unibanco (ITUB4; -1,34%, a R$ 30,09) e as do BB
Seguridade (BBSE3; -0,58%, a R$ 22,25) ficaram no campo negativo.




MERCADO EUA: Indices têm maior queda desde 3 de fevereiro
   São Paulo, 13 de março de 2014 - Os índices acionários dos Estados
Unidos encerraram o dia com a maior queda em seis semanas, pressionados pelas
preocupações constantes sobre a China e Ucrânia. O Dow Jones caiu 1,42%, a
16.108 pontos, o S&P 500 encerrou com queda de 1,17%, a 1.846 pontos, e o Nasdaq
Composto perdeu 1,46%, a 4.260 pontos.
   As ações norte-americanas estão com dificuldade em sustentar seus ganhos,
mesmo com o retorno de indicadores econômicos positivos no país. As
preocupações sobre a verdadeira força da economia norte-americana, os tumores
nos mercados emergentes e receios com a política monetária do Federal Reserve
deixaram os investidores hesitantes em comprar papéis de preços muito altos.
   "Não foi um começo ruim para a bolsa de Nova York hoje, com as ações
começando a subir levemente após dados econômicos promissores, mas as
pequenas dúvidas sobre o crescimento global e o conflito político na Crimeia
ressurgiram mais uma vez. Não só os ganhos desapareceram, como as
preocupações bateram mais forte hoje do que qualquer outro dia", afirmou
Peter Martin, economista do ING.




PETRÓLEO: Preços de contratos fecham em direções opostas
   São Paulo, 13 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros
internacionais de petróleo encerraram os negócios de hoje em campos opostos,
com alguns poucos sinais de força na demanda da commodity sendo ofuscados pelas
preocupações sobre Ucrânia e Rússia, três dias antes do referendo da
separação da Crimeia. Na Nymex, os preços dos contratos futuros do WTI para
abril tiveram alta de 0,2%, para US$ 98,20 o barril. Na plataforma ICE, os
preços dos contratos futuros do Brent com vencimento no mesmo mês tiveram
queda de 0,6%, para US$ 107,39 o barril.
   Neste domingo, a população da região da Crimeia realizará um referendo
para decidir se a península continuará parte da Ucrânia ou se anexará à
Rússia. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já pediu ao líder
russo, Vladimir Putin, em não continuar com o referendo e alertou, que se o
país não desistir da ideia, "a comunidade internacional terá que aplicar
custos à Rússia".
   "Enquanto os fundamentos econômicos para a demanda por petróleo estão
começando a melhorar, as questões geopolíticas estão próximas de criar um
colapso no mercado. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, vem falando duro com
a Rússia, mas não está funcionando. Podemos esperar sanções vindo aí",
afirmou Phil Flynn, estrategista do Price Future, em nota.