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terça-feira, 27 de março de 2012

Sem correções, café tem dia de estabilidade na ICE

Sem correções, café tem dia de estabilidade na ICE  
 Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram a segunda-feira próximos da estabilidade, em uma sessão em que alguma reação chegou a ser esboçada, sem, contudo, uma continuidade do movimento comprador. Após uma abertura em ligeira queda, algumas ordens de compra passaram a ser emitidas, o que permitiu que a posição maio chegasse a flutuar acima do nível de 180,00 centavos. No entanto, o "fôlego" comprador se mostrou extremamente limitado e algumas novas ordens de venda deram consistência para os ganhos, mais uma vez, desacelerassem e o fechamento do dia se desse próximo dos níveis praticados na última sexta-feira.  Graficamente, o mercado dá nítidos sinais de manter sobrevendido. No entanto, mesmo diante dessa configuração, os compradores não parecem ter reações mais efetivas e os preços, passo a passo, vão buscando patamares ainda mais inferiores. Ao longo do dia, o maio não conseguiu buscar as mínimas de sexta-feira, o que, para muitos operadores, foi um bom sinal para ao menos conter o ímpeto baixista de muitos players. Segundo esses operadores, caso o nível de 175,25 e 175,00 seja rompido a tendência é de uma nova retomada de vendas o que pressionaria o mercado ainda mais.  Fundamentalmente, o mercado vive um momento de calma. As expectativas sobre safra no Brasil já estão consideravelmente precificadas, ao passo que agora se inicia o período de acompanhamento mais efetiva sobre as condições climáticas no Brasil, sendo que a expectativa é de que nesta semana chegue ao centro-sul do país a primeira massa mais efetiva de ar frio, que deverá ao menos amenizar o forte calor que atinge as várias zonas cafeeiras há semanas.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 5 pontos com 178,80 centavos, sendo a máxima em 180,40 e a mínima em 177,70 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 15 pontos, com a libra a 181,40 centavos, sendo a máxima em 183,05 e a mínima em 180,50 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 18 dólares, com 2.015 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 12 dólares, com 2.009 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por dois momentos distintos. O primeiro foi o de expectativa de que a esperada correção ocorresse, amenizando, assim, o quadro sobrevendido. O segundo momento teve foco na manutenção da força dos bears (baixistas), que conseguiram desacelerar a força dos compradores e encerrar o dia com estabilidade. "Continuamos a demonstrar fraqueza. Mesmo após romper o nível de 180,00 centavos o mercado não conseguiu ter uma força adicional", disse um trader. "Tecnicamente o café em baixa em uma formação gráfica de indecisão, indicadores mostram posição de sobrevendidos, apesar da quebra do fundo e de fazer novo fundo uma correção me parece necessária, e poderemos ver isto assim que se aproximar o dia do vencimento das opções dia 13 de abril e o primeiro dia de notificação de entrega, pois ainda se paga por ágio no café da tela e pode ter uma corrida de recompra", indicou Wagner Pimentel, especialista do site cafezinhocomamigos.  O Vietnã deve embarcar 190 mil toneladas de café em março, o que significa uma retração de 6% em relação a fevereiro. Se comparado com o volume exportado em março de 2011, o número significa um aumento de 18%, segundo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país. A receita com as remessas internacionais de café deverá cair para 387 milhões dólares em março, contra 414 milhões de dólares em fevereiro. O Vietnã exportou 763 mil toneladas de café desde o início do ano safra 2011/2012, iniciado em outubro passado. No mesmo período de 2010/2011 as remessas atingiram 740 mil toneladas métricas.  As exportações de café do Brasil em março, até o dia 22, totalizaram 1.219.380 sacas de café, alta de 7,68% em relação às 1.132.397 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque ficaram estáveis em 1.546.902 sacas.  O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 26.835 lotes, com as opções tendo 2.434 calls e 1.145 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 180,40-180,50, 181,00-181,05, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 186,00 e 186,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 177,70, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,25, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50 e 172,00 centavos por libra. 
   NY FECHA COM COTAÇÕES POUCO ALTERADAS BUSCANDO CONSOLIDAÇÃO
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços pouco alterados. O mercado oscilou dentro de margens mais estreitas, buscando uma consolidação depois do tombo ainda da quinta-feira passada.     Fatores técnicos predominaram na sessão. Ganhos predominantes para as bolsas de valores na Europa e nos Estados Unidos contribuíram para a sustentação do arábica em Nova York, embora o mercado não tenha tido forçaspara apresentar ganhos consideráveis.     Como aspecto negativo aos preços há a chegada da safra brasileira adiante, com o conillon já sendo colhido em algumas regiões. E como aspecto positivo o começo do período de queda nas temperaturas em áreas cafeeiras, com o final do verão, o que sempre gera temores de algum problema com frio ou geadas. As informações partem de agências internacionais de notícias.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 178,80 centavos de dólar por libra-peso, com ganho de 0,05 centavo, ou de 0,02%. A posição julho fechou a 181,40 cents, com perda de 0,15 cent, ou de 0,1%.  Londres fecha dia com retração, mas mantém intervalos Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com quedas, ainda que o intervalo de 2.000 dólares para o maio tenha sido integralmente preservado. A primeira posição registrou mínima de 2.010 dólares e nesse patamar algumas compras, ainda que bastante modestas, de comerciais foram verificadas. De acordo com analistas internacionais, o dia foi consideravelmente calmo, com algumas ações de rolagens entre maio e julho tendo sido reportadas. Apesar das baixas, o mercado consegue manter níveis de preço interessantes, resultado da manutenção da política de vendas escalonadas de origens e dos estoques em baixa na Europa. "Efetivamente, o mercado de robusta consegue se diferenciar dos arábicas. Os preços estão conseguindo manter uma força interessante e o patamar ligeiramente acima dos 2.000 dólares se mostra interessante para muitas origens", indicou um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 2,81 mil lotes, com o julho tendo 1,93 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 6 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 18 dólares, com 2.015 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 12 dólares, com 2.009 dólares por tonelada.   

 DÓLAR SOBE COM ESPERA DE MEDIDAS E MUDANÇA DE EXPECTATIVA SOBRE FLUXO São Paulo, 26 - O dólar fechou em alta ante o real, na contramão da queda da moeda norte-americana no exterior. Aqui, a expectativa por novas medidas para evitar a valorização do real continua sustentando a demanda pela moeda e a cotação acima de R$ 1,81, além de já estar sendo observada mudança na perspectiva sobre o fluxo cambial devido ao impacto das medidas recentes, segundo operadores e economistas de bancos e corretoras consultados. O fluxo cambial ficou aparentemente equilibrado e o Banco Central não fez leilão de compra hoje. O giro financeiro manteve-se relativamente pequeno. Lá fora, por sua vez, a indicação do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que as políticas acomodatícias deverão ser mantidas como forma de dar suporte à recuperação econômica pesaram contra o dólar. Já na Europa, o índice de ambiente para negócios medido pelo Instituto Ifo, da Alemanha, ficou acima das expectativas hoje cedo e amenizou as preocupações com a economia da zona do euro, favorecendo a moeda única da região. Em Nova York, às 17h02, o euro saltava a US$ 1,3364, de US$ 1,3271 na sexta-feira. No fechamento, o dólar à vista subiu 0,28%, a R$ 1,8150 no balcão, e avançou 0,06%, a R$ 1,8135 na BM&F. O giro total registrado na clearing de câmbio até 16h54 somava US$ 1,978 bilhão (US$ 1,697 bilhão em D+2). No mercado futuro, às 16h55, o dólar abril 2012 subia 0,19%, a R$ 1,8185, com volume financeiro de US$ 10,461 bilhões - 6% inferior ao de sexta-feira. A liquidez menor no mercado de câmbio como efeito das medidas recentes vem sendo observada há pelo menos duas semanas. Para o economista Sidnei Nehme, sócio diretor da NGO Corretora, o que provocará a elevação do preço da moeda americana será gradativamente os reflexos no fluxo cambial que deverá ir se tornando negativo, e, este fato descolará o comportamento do preço no nosso mercado ao do mercado internacional e do comportamento das moedas dos demais países emergentes. "Continuamos com a convicção de que as medidas atingirão potencialmente os fluxos bons para o País, e, isto vai causar comportamento de depreciação do real", avalia. Em relação ao fluxo comercial, na quarta semana do mês o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 372 milhões - resultado de exportações no valor de US$ 4,839 bilhões e de importações de US$ 4,467 bilhões. No acumulado de março até o dia 25, o saldo comercial é positivo em US$ 1,100 bilhão (com vendas externas de US$ 16,277 bilhões e importações, de US$ 15,177 bilhões). No ano, o superávit acumulado é de US$ 1,523 bilhão, com as exportações totalizando US$ 50,446 bilhões e as importações, US$ 48,923 bilhões. 
  Câmbio   
O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 0,33%, a R$ 1,8140 para compra e R$ 1,8160 para venda. Na sexta-feira, a divisa havia encerrado com baixa de 0,65%, cotada a R$ 1,8100.    Investidores adotaram uma postura mais cautelosa hoje após dados negativosda economia francesa. O desemprego na França é o maior em 12 anos, o que acendeu o alerta do mercado para a situação da frágil economia européia. 
  Primeira grande onda de frio chega na região de café nesta semana

Nos próximos dias uma forte massa de ar de origem polar avança pelas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, provocando o primeiro grande declínio da temperatura deste ano. De acordo com os meteorologistas da Somar, a onda de frio chega a partir da terça-feira ao Sul e avança pelas duas outras Regiões até a sexta-feira, 30 de março. No dia 28 de março, a mínima pode chegar a 3°C nos pontos mais elevados da Região Sul, favorecendo a formação das primeiras geadas amplas de 2012. Já no centro e sul de Mato Grosso do Sul e no oeste e sul de São Paulo, a mínima oscila entre 6°C e 9°C na madrugada de 29 de março, na quinta-feira.  

Vietnã: Colheita de 2011/12 é recorde - 22,1 milhões de sacas

Vietnã: Colheita de 2011/12 é recorde -
 22,1 milhões de sacas
 Cafeicultores do Vietnã, maior produtor mundial de grãos robusta, venderam cerca de 60% da atual safra de café, de acordo com a Volcafe, unidade de commodities da trader ED&F Man Holdings Ltd. A colheita do país aumentará para um recorde de 22,1 milhões de sacas de café em 2011/12, que começou em outubro, de 20 milhões de sacas na safra anterior, estimou o trader no mês passado. Os cafeicultores vietnamitas seguraram os grãos à medida que esperavam melhores preços depois de o robusta cair em 14% no ano passado na NYSE Liffe em Londres. O prêmio pago pelos compradores do café do Vietnã com relação aos preços na NYSE Liffe se manteve sem mudanças com relação à semana passada, em US$ 10 por tonelada para grãos com entrega em abril e maio, disse a Volcafe em um relatório semanal. As ofertas de grãos para envios próximos estão "abundantes em volume", disse a instituição, enquanto aquelas para os meses mais para frente estão "difíceis de conseguir" e a demanda para o período segue "insatisfeita". "Os aumentos nas taxas de frete tornaram as entregas não atrativas", disse a Winterthur, da Suíça, referindo-se aos envios de grãos à NYSE Liffe. Transportar o café aos portos no norte da Europa de Ho Chi Minh City, no Vietnã, custou cerca de US$ 1.600 a US$ 1.650 para cada contêiner de 20 pés em janeiro, de acordo com o A.P. Moeller-Maersk A/S, maior dona de navio porta contêineres do mundo. Isso se compara com a taxa de US$ 1.250 citada pela companhia em agosto. Na Indonésia, terceiro maior produtor de robusta, os preços locais permanecem "caros" e as ofertas para 2012-13 começando em abril estão "difíceis de encontrar", disse a Volcafe. O prêmio para o café da Indonésia com relação aos preços na NYSE Liffe aumentaram para US$ 120 a toneladas, de US$ 100 na semana passada, para grãos para entrega em abril e maio.