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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Recompras predominam e café tem dia de fortes ganhos na ICE
  Recompras. Elas voltaram a ser o destaque nesta sessão de sexta-feira para os cafés arábicas negociados na Euronext/Liffe. Com isso, os preços voltaram a ganhar fôlego e a posição março conseguiu se posicionar acima do referencial anteriormente trabalhado pelo mercado, no patamar de 115,00 centavos de dólar. A sessão do dia foi relativamente tranquila, porém com uma volatilidade mais efetiva.

O início dos trabalhos se deu com poucas oscilações, com a primeira posição variando entre 111,20 e 112,50 centavos de dólar. Entretanto, na segunda metade do pregão, as recompras se mostraram mais efetivas e alguns stops foram acionados, abrindo espaço para que os ganhos fossem mais fortes. O fechamento do dia se deu próximo da máxima, sendo que o bom comportamento do intraday também se manteve no after-hours.

Players ressaltaram que as movimentações do dia estiveram amparadas efetivamente em aspectos técnicos, dado que não há novidades no campo fundamental. A maior parte das notícias já se encontra devidamente precificada, embora alguns temas ainda deverão gerar bastante análises entre os participantes, como é o caso da primeira estimativa de safra oficial do governo brasileiro. O anúncio deve ocorrer ainda neste mês de janeiro e vários traders trabalham com a expectativa de um volume próximo do recorde histórico do país.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 495 pontos, com 116,35 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 116,55 centavos e a mínima de 111,20 centavos, com o maio registrando avanço de 485 pontos, com 118,55 centavos por libra, com a máxima em 118,70 centavos e a mínima em 113,70 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o março teve alta de 30 dólares, com 1.644 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 17 dólares, para o nível de 1.613 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por uma prevalência das ações compradoras. Os vendedores se mostraram relativamente tímidos e perderam ainda mais a força ao tentar — e não conseguir — romper a mínima da sessão passada, em 111,20 centavos. A partir de então, várias ações de recompra ganharam corpo e o fechamento do dia se deu além do referencial dos 115,00 centavos.

No segmento externo, o dólar subiu em relação a várias moedas internacionais, entretanto teve uma sessão de retrações consideráveis contra o real brasileiro, o que contribuiu para que a origem não fosse tão efetiva. Nas commodities, o petróleo voltou a cair forte, ao passo que os softs tiveram um dia menos turbulento, com altas para a maior parte das matérias-primas, com destaque para o café, que avançou mais de 4%.

"Não podemos comemorar como se fosse uma mudança de padrão, mas que a reação do dia foi salutar é algo inegável. A retração na última sessão do ano de 2013 foi um tanto quanto incompreensível e a busca de um patamar próximo dos 115,00 centavos pode dar algum fôlego aos preços. A partir de segunda-feira a tendência é de um mercado mais procurado e iniciar as operações de forma um pouco mais consistente pode fazer bem", disse um trader nova-iorquino.

As exportações de café de Honduras em dezembro tiveram incremento de 0,29 % em relação ao mesmo mês da safra anterior, informou o Ihcafé (Instituto do Café de Honduras). As vendas do país centro-americano no último mês de 2013 atingiram a marca de 344.093 sacas em comparação com as 343.079 em dezembro de 2012, de acordo com dados do Departamento de Comercialização do organismo. O ligeiro aumento não anima os produtores de Honduras que estimam que os danos causados pela ferrugem do colmo serão notados mais efetivamente no final da atual temporada.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 4.224 sacas, indo para 2.704.832 sacas. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência 116,55, 117,00, 117,45-117,50, 118,00, 118,40-118,50, 119,00, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 121,00, 121,50, 122,00, 122,50, 123,00 e 123,50 centavos de dólar, com o suporte em 111,20, 111,00, 110,50, 110,20, 110,10-110,00, 109,80, 109,50, 109,35, 109,00, 108,50, 108,00, 107,50, 107,00, 106,50, 106,00 e 105,50 centavos.



Londres interrompe vendas e café tem dia de recuperação
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com altas, conseguindo, assim, uma recuperação parcial, após as fortes perdas empreendidas no final de 2013 e início deste ano. Ainda assim, ao longo do dia, os preços chegaram a ser pressionados e o março tocou a mínima de 1.592 dólares, menor nível alcançado desde 27 de novembro passado.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por algumas vendas na primeira metade do dia e uma ação de recompras na sequência, o que permitiu um avanço mais considerável, com a segunda posição chegando a tocar no nível de 1.661 dólares por tonelada. O volume negociado não foi dos mais consistentes, com alguns players ainda se mantendo de lado.

"Não tivemos ofertas tão efetivas de origens. Alguns participantes acreditam que as vendas, notadamente do Vietnã, podem ter um piso, provavelmente no nível de 1.600 dólares. Temos de lembrar que os produtores locais tendem a liquidar mais fortemente neste período do ano, com foco em fazer caixa para as festividades do ano novo lunar", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 6,18 mil contratos, contra 3,99 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 31 dólares. No encerramento do dia, o março teve alta de 30 dólares, com 1.644 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 17 dólares, para o nível de 1.613 dólares por tonelada.

Winner Doesn't Take All in Commodities -- Heard on the Street
Liam Denning

     Besides ennui--and possibly adding to it--January brings a flurry of look backs totting up the
winners and losers of another year gone by. When it comes to commodities, though, where you fit on
the tally isn't always clear cut.
     The simplest way to assess things is to compare the price for a particular commodity at the
close of 2013 with a year earlier. On that basis, surveying 21 major commodities on FactSet, the
front-month natural-gas future did best. It was up 27%. Corn, down almost 40%, did worst.
     But given commodities' volatility, just choosing a date and measuring the change from a year
ago is pretty arbitrary, even if it is the emotional end point of Dec. 31. Moreover, unlike fund
managers and other speculators, the profits of producers of raw materials such as oil majors and
miners are tied more closely with how yearly averages for prices have changed.
On that basis, gas still wins--but by even more, up more than 35%.
     The rankings change considerably for others, though. Lumber futures, down almost 4% year-end to
year-end, rose by almost 21% when 2013's average is compared with 2012's. Palladium, a star
performer of recent years, eked out a 2.1% gain on a simple basis, but its average rose by almost
13%. And corn, its average down by 14%, is no longer the laggard; Coffee is, down 28%.
     There is one other twist: Futures markets provide some insight on where prices might go several
years out. And expectations seem to have collapsed.
     Take crude oil. The front-month contract showed a reasonable gain of 7.2% year-end to year-end
a more modest 4.1% when yearly averages are compared. But further out, the picture has changed
substantially. A year ago, futures implied oil gently declining from about $94 a barrel now to a
floor of around $85 a barrel by late 2018. Today, oil trades higher in the immediate future, at
around $95, but the curve slumps below $80 by spring of 2017.
     Now, reassess gas. A year ago, futures averaged $4.03 per million British thermal units for
2014, rising to $5.46 in 2020, up 35%. Today, the 2014 average, at $4.17, is a shade higher. But the
curve now stays flat for four years. Prices eventually reach $4.44 in 2020--up just 6.6% across six
years.
     Even one year's gain will be welcomed by gas producers after years of collapse. But that hasn't
done anything for long-term optimism--in part, perhaps, because it simply enables more production.

Com perda de patentes, Nespresso perde espaço para concorrentes e vendas em supermercados comuns pode estar próxima
 Pioneiro da tecnologia das cápsulas de café, a Nespresso, da Nestlé, luta para sobreviver em meio ao crescimento de concorrentes mais baratas, segundo reportagem do "Financial Times".

Para isso, tem investido em cafés "longos", mais diluídos, com leite etc., e reforçando a venda de cápsulas, um mercado que movimenta US$ 10 bilhões.

O problema é que, com a queda de uma série de patentes, outras marcas mais baratas estão implementando o sistema. Segundo analistas, isso pode levar a uma redução de preços da própria Nespresso no longo prazo.

Para Jean-Marc Duvoisin, executive-chefe da marca, a Nespresso ainda tem um potencial de crescimento de vendas na própria Europa. Segundo ele, mercados como Reino Unido, Itália, Alemanha e países do norte Europeu como a Dinamarca, ainda consomem pouco o produto, se comparados com a Suíça e França. Brasil, México e Estados Unidos entram em um grupo secundário, onde há uma penetração muito pequena e, portanto, possibilidade de expansão. Também vê possibilidade de crescimento nos cafés longos, bem mais diluídos, e misturados com leite. Esse tipo de café é mais consumido no Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia e Suécia.

Para analistas, uma das possibilidades é que a marca comece, em algum momento, a ser vendida em supermercados comuns, e não só nas centrais telefônicas e lojas próprias. Para Duvoisin, vender em lojas próprias dá a eles uma dimensão mais correta do gosto do cliente, o que é um diferencial competitivo.

Cepea: Oferta mundial elevada deve manter preço pouco remunerador em 2014
  O setor cafeeiro enfrentou quedas sucessivas nas cotações de arábica em 2013 e, para este ano, o cenário tanto no mercado interno quanto no externo ainda é pouco promissor. A razão para o grão se manter desvalorizado foi o aumento na produção mundial em ritmo mais acelerado que a demanda, resultando em elevação dos estoques na atual temporada (2013/14) e expectativa de volume alto também para a seguinte (2014/15).

O Brasil e o Vietnã e, em menor proporção, a Colômbia contribuíram para elevar a produção mundial em 2013/14 para cerca de 150,5 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com o USDA. Se confirmada, será a segunda maior produção da história – o recorde foi em 2012/13 com 153,3 milhões de sacas. Quanto ao consumo no mundo, deve alcançar o também recorde de 144,4 milhões de sacas em 2013/14. Assim, os estoques mundiais ao final da temporada 2013/14 estão previstos pelo USDA em 36,33 milhões de sacas, o maior volume desde a safra 2008/09, quando os preços do grão também estavam em patamares reduzidos.

Para o Brasil, o Departamento estima estoque de 7,9 milhões de sacas no encerramento da safra atual, o maior desde a temporada 2006/07. Quanto aos países consumidores, o volume estocado deve se manter praticamente nos mesmos patamares das últimas quatro temporadas. Além dos altos estoques, pesam sobre as cotações a expectativa de maior produção no Brasil na próxima safra (2014/15), que é de bienalidade positiva.

Nespresso tenta reagir a marcas mais baratas
  A Nespresso quer aumentar suas vendas internacionais de cápsulas de café e dedicar mais recursos aos cafés "longos" [que levam leite, por exemplo, ao contrário do espresso puro] , enquanto luta para manter seu crescimento acelerado face à concorrência acirrada de marcas mais baratas.

A fabricante de cafés, que é controlada pelo grupo suíço Nestlé, é uma das pioneiras por trás da tecnologia de cápsulas de café e das máquinas que servem esse tipo de bebida. A companhia assumiu uma posição dominante no mercado de cápsulas, que movimenta anualmente US$ 10 bilhões, e suas vendas anuais são estimadas em cerca de 4 bilhões de francos suíços (US$ 4,5 bilhões).

No entanto, ao longo do último ano, a Nespresso sofreu uma série de reveses legais com a anulação de várias das patentes que protegem seu sistema contra cápsulas compatíveis que são vendidas a preços menores por concorrentes. "As barreiras legais de entrada que eles têm estão aos pedaços", diz Jon Cox, chefe da área de ações suíças da empresa de serviços financeiros Kepler Cheuvreux. "Como resultado da competição crescente dos imitadores, há o risco de seus produtos perderem o diferencial, o que em algum momento poderá forçar uma queda nos preços."
Todavia, Jean-Marc Duvoisin, que assumiu como diretor-presidente da marca em março, acredita que o estímulo às vendas da Nespresso fora de seus principais mercados europeus (como Suíça, França, Espanha e Portugal) permitirá à companhia manter seu crescimento. "Ainda temos muito potencial na Europa, se olharmos para Reino Unido, Escandinávia, Itália e Alemanha, e se compararmos esses mercados com o grau de presença que temos na Suíça e na França. Eles são os próximos mercados de crescimento forte", disse o executivo.

"Há também um segundo nível de potencial, que são os países onde somos bem pequenos e onde está havendo crescimento, mas nos quais entramos mais tarde, como Brasil, México e Estados Unidos." Duvoisin também pretende ampliar a oferta da Nespresso com o que chama de cafés "longos" - aqueles servidos com quantidades maiores de líquidos como leite, em vez do espresso curto, até agora sua maior força.

Esses cafés, diz ele, são populares em países como Finlândia, Suécia, Reino Unido e EUA. Analistas também avaliam se a Nespresso, que vende suas mercadorias por meio de call centers, pela internet e em suas próprias lojas, não começaria em algum momento a vendê-las em outros pontos de vendas, como supermercados.

"Se eles não começarem a vender em outros pontos varejistas, a questão é qual o tamanho da participação de mercado que vão perder. Mas dá para entender por que eles querem manter seu prestígio", disse David Hayes, analista da empresa de investimentos Nomura.

Duvoisin, porém, descarta uma mudança de estratégia desse tipo "enquanto eu estiver aqui", sob a justificativa de que a venda direta fornece informações valiosas à Nespresso sobre as preferências dos clientes, um canal que se fecharia se a empresa também passasse a vender em supermercados. "Essa é uma vantagem competitiva", afirmou o executivo.
Há pessimismo na Colômbia sobre o futuro do café
  Há pessimismo na Colômbia sobre o futuro do café , tendo em conta o seu comportamento no ano passado. Os preços do café parece montanha-russa , aparentemente, continuarão a afetar a renda dos cafeicultores colombianos.

Em dezembro, o preço doméstico do grão subiu, ' decolou ' em relação a 6 de novembro , quando atingiu o menor preço 369.500 pesos por carga de 125 quilos ( dois pacotes) , e encerrou o ano em 409 mil pesos , e teve seu apice quando alcançou as 416.500 pesos no último 18 de dezembro.

Assim , em pouco mais de um ano e meio preço recuperou em 10 por cento . Agora, em relação às expectativas , apesar de ter em mente, os analistas entrevistados se atreveu a dar um prognóstico exato, como o Índice de Commodities Dow Jones- UBS r, que teve um declínio de 9,6 por cento para uma cesta de 20 produtos básicos (commodities ), incluindo produtos agrícolas.

Enquanto isso, GSCI Index de oito culturas Agricolas, desabou 22 por cento no ano passado , a maior queda anual desde 1981, informou a Bloomberg .

No caso de o preço do café na Colômbia , durante o outono 2013 relatado pela Federação Nacional de Cafeicultores (FNC ) foi 18,91 por cento, de 504 375 ( primeiro de janeiro ) a 409 mil pesos ( 31 dezembro). Desde 2011 , quando se alcançou um nível recorde no fim de 2013, o preço de compra doméstico caiu 64,87 por cento, a pior queda na história do café colombiano.