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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Café volta a ser pressionado e tem dia de perdas na ICE Futures   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas, em uma sessão caracterizada pelo predomínio de vendas especulativas, principalmente após a posição março não ter conseguido se sustentar acima do nível psicológico de 150,00 centavos por libra. Os bears (baixistas) predominaram e conseguiram imprimir um ritmo vendedor considerável, o que permitiu fazer com que os ganhos do início da semana fossem integralmente neutralizados.  Fundamentalmente, o mercado de arábica tem uma leitura de neutro a baixista no curto prazo e nitidamente baixista no longo prazo, sem uma demonstração mais efetiva de força por parte dos compradores. Níveis próximos de 155,00 e 156,00 centavos, testados ao longo deste mês de janeiro, parecem cada vez mais distantes, mesmo com o quadro de disponibilidade indicando que o cenário não é confortável. O volume de estoques de países consumidores e produtores é bastante limitado. Por outro lado, mesmo com a boa produção colhida no Brasil em 2012, se observa que o montante ofertado é relativamente limitado ante uma demanda que mantém um crescimento sustentado, amparada, principalmente, pelos países exportadores e economias emergentes, como o leste europeu. Com a fraqueza dos preços após as quedas recentes, tradicionais fornecedores continuam apáticos. Nas zonas produtoras do Brasil, por exemplo, as vendas são esporádicas e o cafeicultor se mostra inclinado a continuar segurando o produto no aguardo de preços mais consistentes.  No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 210 pontos, com 147,70 centavos, sendo a máxima em 150,80 e a mínima em 147,15 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 195 pontos, com a libra a 150,70 centavos, sendo a máxima em 153,60 e a mínima em 150,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 32 dólares, com 1.968 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 27 dólares, com 1.982 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma tentativa inicial de alta. No entanto, mais uma vez, o março nem sequer conseguiu atingir o patamar de 151,00 centavos por libra. Diante disso, os vendedores se sentiram estimulados e passaram a liquidar mais fortemente. O comportamento do café esteve dissociado do “macromercado”. O dólar, por exemplo, teve mais um dia de retração em relação a uma cesta de moedas internacionais. Isso estimulou alguns segmentos de risco, como o de commodities, que teve uma quarta de valorização para produtos como petróleo e ouro.  "Mais uma vez não conseguimos avançar para resistências básicas e, com isso, os vendedores se mostraram mais ativos e, rapidamente, observamos uma inversão de tendência. Efetivamente, o tendência de curtíssimo prazo é o março tentar girar próximo de um nível psicológico efetivo, como o de 145,00 centavos por libra. Apesar de termos um quadro fundamental que suscita a recuperação, o que vemos, efetivamente, é a pressão dos vendedores mais forte que o 'fôlego' dos compradores", disse um trader.  As exportações brasileiras de café no mês de janeiro, até o dia 29, totalizaram 1.681.911 sacas de café, queda de 22,55% em relação às 2.171.710 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil),  Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 150,80, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50 e 156,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 147,15, 147,00, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra. 
    Londres tem dia mais agitado e consegue registrar bons ganhos   
  Os contratos futuros de café robusta saíram do marasmo e tiveram uma sessão nesta quarta-feira, na Euronext/Liffe, com uma movimentação consistente e com uma volatilidade sólida. Ao final, a posição março conseguiu ganhar corpo e o fechamento dos negócios se deu no lado positivo da escala de preços, acima do intervalo psicológico de 1.950 dólares.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela predominância das compras. A mínima do dia ficou acima do fechamento do dia anterior e ordens de compra permitiram que o março recuperasse as perdas dos últimos pregões com relativa facilidade. A máxima da sessão tocou os 1.975 dólares. Nesse nível foram verificadas algumas realizações e vendas ligeiras de origens, que apenas dosaram ligeiramente os ganhos finais. "Mesmo com a pressão de novas quedas em Nova Iorque, Londres conseguiu 'caminhar sozinha' e de forma sustentável, com os ganhos sendo observados ao longo de todo o dia. Apesar das variações para baixo nos últimos dias e a recuperação de hoje, o que se nota é que o março se mantém consistente nesse range dentro do intervalo de 1.900 dólares", sustentou um trader.  O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 9,16 mil lotes, com o maio tendo 5,98 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 14 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve alta de 32 dólares, com 1.968 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 27 dólares, com 1.982 dólares por tonelada.  
  Dólar fecha em alta após sinais conflitantes do governo
 SÃO PAULO - O aparente conflito entre Banco Central (BC) e Fazenda sobre o que querem para o câmbio agitou ainda mais o mercado hoje, levando a uma disparada na volatilidade. Entre mínima e máxima, o dólar variou quase 1% apenas nesta quarta-feira. Sem saber se a moeda americana será usada como instrumento de controle da inflação, como parece querer o BC, ou para beneficiar a indústria, como defende o ministro da Fazenda, Guido Mantega, investidores já começam a evitar o mercado de câmbio.Após abrir em baixa, ameaçando as mínimas em mais de nove meses, o dólar passou a subir enquanto Mantega falava a prefeitos reunidos em Brasília, e chegou a superar o patamar de R$ 2. O BC, porém, entrou em cena pouco mais de meia hora depois, com anúncio de leilão de linha compromissada. A operação, para rolar US$ 1,2 bilhão desses papeis que vencem na próxima sexta, reduziu a alta do dólar, que que fechou a R$ 1,989, com ganho de 0,20%.Parte do mercado acredita num conflito de interesses entre BC e Fazenda, o que tem deixado o mercado sem rumo. Desde o fim de dezembro, a autarquia atuou pesado para derrubar o dólar. De 26 de dezembro, quando o BC pegou o mercado de surpresa com dois leilões de swap cambial tradicional (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), até hoje o real se valorizou 4,39% ante o dólar, e lidera os ganhos entre moedas de países exportadores. Mantega, por outro lado, defende um real mais fraco, para elevar a competitividade das empresas brasileiras no exterior."Eles conseguiram tirar a previsibilidade e a credibilidade do mercado ao mesmo tempo", disse Reginaldo Siaca, gerente de câmbio da Advanced Corretora. "O câmbio está imprevisível, o direcionamento nesse momento está muito incerto."O efeito dessa imprevisibilidade já se sente nas mesas de operação, onde começam a secar os pedidos de fechamento de câmbio por exportadores e de abertura de posições em dólar no mercado futuro. Sem tendências mais definidas, o risco mais alto afugenta investidores."Essa confusão nos discursos [entre BC e Fazenda] já está tendo efeito na exportação. Desde segunda, vários contratos que estavam para ser fechados foram travados, e os fechamentos para os próximos meses foram adiados", diz o gerente de câmbio de um banco. "O exportador que poderia internalizar receitas agora vai esperar."O imbróglio também acaba por impossibilitar, segundo alguns agentes, exatamente o que ambas instituições dizem querer para o câmbio: a queda na volatilidade do mercado."Há muito barulho. Essa comunicação do governo, bastante falha e cheia de brechas, resulta numa volatilidade desnecessária", disse um analista. "E essa volatilidade é o elemento mais negativo para o investimento, justamente o que o governo quer estimular. Isso explica porque o fluxo cambial não melhora."Segundo dados divulgados hoje pelo BC, o fluxo cambial está negativo em US$ 2,692 bilhões no ano até o último dia 25, resultado de um déficit de US$ 3,364 bilhões na conta comercial, parcialmente compensado pelo saldo positivo de US$ 672 milhões na conta financeira.O leilão de linha realizado pelo BC hoje teria sido motivado por aspectos técnicos: a falta de liquidez do mercado em ambiente de elevado fluxo cambial negativo."O fato de o BC ter vindo e renovado as linhas de crédito foi uma extensão das medidas que ele fez em dezembro", disse Flavia Cattan-Naslausky, estrategista de câmbio para a América Latina do RBS Securities. "O BC está vendo que a liquidez ?onshore' [do mercado local] não está boa e está tentando atacar esse problema."Outra corrente de pensamento no mercado, porém, enxerga uma ação coordenada entre BC e Fazenda, apesar das aparências. Enquanto a função do BC seria a de tranquilizar o mercado quanto a uma eventual pressão inflacionária causada pelo dólar muito valorizado e aliviar as expectativas de inflação, Mantega teria a responsabilidade de acalmar os receios da indústria com um real muito forte."O Mantega está cuidando do piso e o BC do teto da banda cambial", disse Luiz Eduardo Portella, sócio-gestor da Modal Asset. "Resumindo, o BC quer o dólar abaixo de R$ 2 e o Mantega não quer abaixo de R$ 1,95."Para ele, o governo quer realmente o dólar um pouco mais baixo, perto de R$ 1,90, onde pode ajudar no controle de preços, nesses primeiros meses do ano, quando se concentram as pressões inflacionárias. Depois disso, deixaria que a moeda voltasse a se apreciar até o patamar de R$ 2.Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, não há contradição nas atuações de BC e Fazenda, e a virada na tendência do dólar hoje veio mais do nervosismo do mercado com o PIB ruim dos EUA do que da fala do ministro Mantega. Para ele, a aparente "queda de braço" entre BC e Fazenda é apenas o resultado da necessidade de o ministério adotar um discurso mais politizado que a autarquia, que tem de mantar sua fachada de independente, ainda que siga as orientações do Planalto.
   PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:
Mercado pode testar dólar abaixo de R$ 1,98   São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
 O dólar comercial passou por mais um dia de pressão, após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a moeda norte-americana e a política cambial brasileira. Com isso, o mercado deixou para amanhã a tentativa de testar o dólar em patamares menores."Se o cenário estiver tranquilo amanhã, o mercado deve testar o dólar abaixo dos R$ 1,98. Mas como acredito que o mercado será turbulento, o dólar deve permanecer no patamar entre R$ 1,98 e R$ 1,99", afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.   Mantega afirmou hoje que a queda do dólar a patamares inferiores a R$ 2 não vai mudar a política cambial brasileira. O ministro voltou a dizer que o câmbio é flutuante e que seguirá assim, mas que não é para ninguém achar que o câmbio vai "derreter".  "Nos não estamos mudando a política cambial.A política cambial é a mesma. Uma política que não permitirá uma valorização especulativa do Real", disse.     Segundo o ministro o câmbio vai continuar flutuando, desde que flutue dentro de um determinado "patamar". Mantega enfatizou que o governo reduziu asintervenções no mercado de câmbio.   Mantega afirmou que o Brasil não usa a política de câmbio para reduzir preços. "Não é instrumento para baixar preço. Não é instrumento de política monetária. O único instrumento para baixar preço é a redução dosjuros", afirmou.   "Não está claro se o BC está buscando novos patamares para o dólar. É preciso aguardar alguns dias. O BC pode estar agindo de uma forma técnica, com a preocupação da inflação, ou está apenas tentando tirar a ideia de que o mercado tem um câmbio fixo. Não vejo uma tendência definida para amanhã", explicou Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole.   O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,20%, cotado a R$ 1,9870 na compra e a R$ 1,9890 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,9840 e a máxima de R$ 2,0020. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para fevereiro avançou 0,15% a R$ 1.989,500 e o contrato para março valorizou 0,25% a R$ 1.998,000.   Hoje, o BC realizou um leilão para venda com recompra conjunta. A taxa de corte ficou em R$ 2,005795. O volume total ofertado foi de US$ 1,273 bilhão. A taxa de câmbio utilizada para a venda de dólares pelo BC foi de R$ 1,9900, a taxa de venda do dólar do boletim fechamento Ptax de hoje. A data da liquidação das operações de venda nos leilões será dia 1 de fevereiro. A data da liquidação da operação de compra será dia 1 de abril de 2013.   Para o mercado de contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI), Caramaschi acredita que a maior influência amanhã virá da divulgação da Pesquisa Mensal do Emprego referente ao ano de 2012 e ao mês de dezembro, que será informada às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).   O mercado estima que a média de desemprego fique em 5,5% no ano de 2012 e em 4,5% no mês de dezembro, segundo a mediana das projeções coletadas pela Agência CMA para o Termômetro CMA. Se confirmada a projeção no mês de dezembro, a taxa de desemprego terá recuado em relação a novembro, quando a média de desemprego havia sido de 4,9%.   "O mercado espera que os dados mostrem que o mercado de trabalho no Brasil continua aquecido, podendo dar uma pressionada nos contratos de juros, já que existe uma preocupação com a inflação", acrescentou o especialista do Crédit Agricole.   Hoje, os DIs encerraram, na sua maioria, o pregão de hoje da BM&FBovespa apontando para uma elevação da Selic (taxa básica de juros). O contrato com maior liquidez, com vencimento para janeiro de 2015 e movimentação financeira de R$ 39,917 bilhões, passou de 7,88% para 7,91%.     O vencimento para julho de 2013 passou de 7,04% para 7,05%, com volume financeiro de R$ 26,911 bilhões, enquanto o contrato para janeiro de 2014 avançou de 7,19% para 7,21%, com giro financeiro de R$ 17,086 bilhões e o vencimento para janeiro de 2017 subiu de 8,76% para 8,84% (R$ 16,790 bilhões).   O contrato para abril de 2013 foi o único, entre os com mais liquidez, que apresentou retração, passando de 6,995% para 6,993%, com movimentação financeira de R$ 6,946 bilhões. O vencimento para julho de 2014 passou de 7,48%para 7,51, com volume financeiro de R$ 5,323 bilhões e o contrato para janeirode 2016 subiu de 8,45% para 8,48%, com giro de R$ 3,662 bilhões.   O número de contratos negociados hoje atingiu 1.551.638, alta de 21,11% em relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das operações atingiu R$ 136,926 bilhões.  
 Governo não vai deixar câmbio derreter, diz Mantega
São Paulo, SP  -
 A recente desvalorização do dólar, cotado abaixo de R$ 2 pela primeira vez em cerca de sete meses, não implica derretimento da moeda norte-americana e tampouco é uma estratégia para conter a alta dos preços no Brasil, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega."O câmbio não irá derreter", disse Mantega nesta quarta-feira a jornalistas, acrescentando que a taxa poderá flutuar dentro de um patamar que não cause prejuízo à indústria nacional. Para ele, uma variação entre R$ 1,98 e R$ 2,03 não é "muito importante" e indica estabilidade.O dólar voltou a ser cotado abaixo de R$ 2 logo na abertura das operações de terça-feira, o que não ocorria desde julho do ano passado.Em novembro de 2012, Mantega havia dito que o patamar de R$ 2 por dólar "veio para ficar". Apesar disso, o ministro insistiu nesta manhã que a política cambial é a mesma."Não permitiremos uma valorização especulativa do real e isso veio para ficar. Aviso aos navegantes: isso veio para ficar. Não se entusiasmem porque isso (a valorização especulativa) não vai acontecer."Os comentários do ministro chegaram a influenciar a cotação da moeda norte-americana, que rompeu brevemente os R$ 2. Mas o dólar desacelerou a alta após o Banco Central anunciar leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, fechando a R$ 1,988 no mercado à vista: alta de 0,10% em relação à cotação de ontem."O importante é estabilidade sem muita volatilidade, porque atrapalha o exportador. Nos últimos seis meses, teve grande estabilidade do câmbio, isso não quer dizer que fique fixo, ele tem flutuação", disse Mantega.
*INFLAÇÃO*
Mantega também rejeitou que a desvalorização recente do dólar indique uma preocupação com a inflação. "[O câmbio] não é instrumento de política monetária para baixar preços. O único instrumento é o juro e outros mecanismos que o Banco Central pratica", afirmou. "Se o câmbio ficar estável, ele não gera inflação."Segundo ele, a influência do câmbio nos preços foi maior em 2012 porque o real perdeu cerca de 20% de seu valor. Com as cotações mais estáveis agora, o impacto na inflação é minimizado. "Dos 5,8% de inflação do ano passado, 0,4 ou 0,5 [ponto percentual] foi pelo câmbio", disse o ministro.Os preços ao consumidor iniciaram o ano mais pressionados e alguns analistas avaliam que a inflação oficial em 12 meses entre abril e maio poderá desafiar o teto da meta de 4,5%, com tolerância de dois pontos para cima e para baixo.Apesar de o Indice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) ter desacelerado em janeiro sobre dezembro, os preços ao consumidor subiram 0,98% no mês, contra 0,73% na leitura anterior.
*GASOLINA*
A inflação terá mais um componente de pressão com o reajuste pela Petrobras nas refinarias dos preços da gasolina e do diesel, de 6,6% e de 5,4%, respectivamente, a partir desta quarta-feira.Segundo Mantega, o valor da gasolina nos postos de combustível deverá subir 4,4%, resultando num impacto de 0,16 ponto percentual no Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013.O reajuste que chegará às bombas é menor devido à mistura do etanol na gasolina, entre outros fatores, como as margens das distribuidoras.Em outras oportunidades que a gasolina subiu nas refinarias, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) para evitar repasses ao consumidor. Mas no reajuste anterior pela Petrobras a Cide foi zerada, tanto para a gasolina como para o diesel.O ministro esquivou-se de responder se o aumento dos combustíveis agora será o único deste ano. Disse apenas que novos reajustes vão depender do preço internacional do petróleo."É o último aumento da gasolina nesta semana", afirmou Mantega, em tom de brincadeira. "No ano passado, demos mais de um aumento. Não significa que este ano faremos o mesmo." 
  Ações de Petrobras e Gol derrubam a Bovespa
 SÃO PAULO -
Depois da trégua de ontem, novas notícias corporativas desfavoráveis fizeram a Bovespa fechar em firme queda. O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira em baixa de 1,77%, aos 59.336 pontos. As ações da Petrobras tiveram forte baixa e volume de negócios robusto na bolsa, depois que a companhia anunciou ontem reajuste do preço de combustíveis, considerado por alguns analistas como insuficiente para equilibrar as contas da empresa.A ação PN da companhia de petróleo recuou 4,76%, para R$ 18,20, com volume financeiro de R$ 1,223 bilhão, ou 14% da bolsa, que girou R$ 8,833 bilhões. Para se ter uma ideia, Vale PNA, a segunda colocada em giro, somou metade da petrolífera, ou R$ 692 milhões.Gol também teve um dia difícil. A ação fechou em queda de 4%, depois de chegar a cair 7,8%. Os papéis reagiram à informação divulgada pela coluna Radar On-line, da "Veja", de que será publicado amanhã um edital convocando para uma audiência pública em que serão discutidas propostas do governo para o setor. Entre as possibilidades de mudanças estariam a definição de um teto para o preço das tarifas dos voos de Congonhas (SP) e alteração radical nos slots de cada empresa.O grupo X, de Eike Batista, caiu em bloco no fim do dia. A ação da companhia de energia MPX perdeu 10,08%. Puxou OGX, que caiu 7,81%, MMX (-4,9%) e LLX (-4,66%). Segundo operadores, a MPX reagiu à publicação, no Diário Oficial, de que a térmica Maranhão IV não iniciou as operações comerciais.    PERSPECTIVA: Ibovespa deve seguir em queda influenciado por Petrobras   São Paulo, 30 de janeiro de 2013 - A pressão sobre os papéis da Petrobrasapós o descontentamento do investidor com os reajustes de 6,6% no preço da gasolina e de 5,4% no custo do diesel deverá continuar no pregão desta quinta-feira, depois influenciar fortemente a queda do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, na sessão de hoje.
 Para Mitsuko Kaduoka, diretora de análise de investimento do Banco Indusval & Partners (BI&P), o tom mais negativo persistirá devido às revisões nos cálculos das consultorias e corretoras para o fluxo de caixa da petrolífera neste ano. "O mercado esperavaalta de pelo menos 10%, mas o percentual veio muito abaixo", afirma.   Na avaliação da executiva BI&P, os indicadores nos Estados Unidos estão influenciando cada vez menos o mercado acionário no País nas últimas sessões, tanto que os efeitos da queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no quatro trimestre do ano passado em relação ao trimestre anterior não exerceu grande pressão nos principais índices do país, mesmo com a expectativa dos analistas sendo de um avanço de 1% no indicador. "Os fatores domésticos estão pesando mais na decisão dos investidores nacionais eestrangeiros", diz Mitsuko.   A iminência de uma revisão no plano de investimentos de US$ 236,5 bilhõesaté 2016 da estatal poderá pressionar ainda mais as ações na BM&FBovespa. Para a diretora de análise de investimento, é difícil fechar essa equação, pois a companhia não deverá ter caixa suficiente para investir com o reajuste nos combustíveis tão abaixo do esperado. "Essa situação cria um clima ruim no mercado financeiro, pois esse aporte é crucial para que a exploração do pré-sal aconteça e a companhia consiga vender mais e gerar mais lucro. Estima-se que nem uma emissão de títulos no exterior seria capaz de evitar umareadequação nos investimentos", comenta.
    Na agenda de indicadores internacional serão informados amanhã os dados depedidos de seguro-desemprego da última semana pelo Departamento do Trabalho norte-americano. Os analistas estimam uma alta para 345 mil ante 330 mil do período anterior. Ainda antes da abertura dos mercados em Wall Street serão informados os dados de renda e gastos pessoais de dezembro pelo Departamento do Comércio, com projeção de alta de 0,7% na renda e alta de 0,3% nos gastos da população. Às 12h45 sairá o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial de janeiro.   O pregão desta quarta-feira encerrou com o Ibovespa em queda de 1,77%, aos 59.336 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 8,8 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4; a R$ 18,20), com maior peso no índice nesta sessão, caíram 4,76%, assim como as da mineradora Vale (VALE5; -2,20%, a R$ 37,29) e as ordinárias da OGX (OGXP3; -7,80%, a R$ 4,37). No setor financeiro, os papéis da BM&FBovespa (BVMF3; -1,43%, a R$ 13,72), do Bradesco (BBDC4; -1,02%, a R$ 35,80) e do Itaú Unibanco (ITUB4; -1,89%, a R$ 34,09) desvalorizaram. Entre as principais quedas do índice ficaram com as empresas de commodities, e, entre elas a MMX (MMXM3; -4,90%, a R$ 3,49).   No mercado de ações nos Estados Unidos o cenário também foi de queda, com o Dow Jones perdendo 0,32%, aos 13.910,42 pontos; o S&P 500 recuando 0,38%, aos 1.501,96  pontos; e o Nasdaq Composto caindo 0,36%, aos 3.124,31 pontos.   
 MERCADO EUA:  Queda inesperada do PIB influencia índices negativamente
  São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam as negociações de hoje em queda, refletindo a divulgação de uma contração no Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre do ano passado, contrariando as projeções de alta do mercado.O Dow Jones perdeu 0,32%, em 13.910,42 pontos; o S&P 500 recuou 0,38%, em 1.501,96 pontos; e o Nasdaq Composto caiu 0,36%, em 3.124,31 pontos.   O Departamento do Comércio informou hoje cedo a primeira leitura anualizadado PIB norte-americano, que mostrou queda de 0,1% no quarto trimestre de 2012 na comparação com o trimestre anterior, quando cresceu 3,1% Analistas previam alta de 1%.  
     A queda do PIB refletiu as contribuições negativas dos gastos com investimentos em estoques privados, despesas do governo federal e exportações.
Eles foram parcialmente compensados pela contribuição positiva de investimentos não residenciais, consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) e investimentos residenciais. As importações, que são subtraídas no cálculo do PIB, caíram.   A leitura do número de vagas criadas no país em janeiro pelo setor privadoveio um pouco acima do esperado, ajudando a reter parte das perdas de hoje no mercado acionário. De acordo com um relatório publicado pela Automatic Data Processing (ADP) e pela Macroeconomic Advisers, o setor privado dos Estados Unidos criou 192 mil vagas em janeiro, excluindo o setor rural. Analistas esperavam a abertura de 175 mil vagas.                        
               Ainda no campo de indicadores, o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) doFederal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) relatou hoje que o crescimento da atividade econômica nos Estados Unidos  reduziu nos últimos meses, influenciado principalmente por eventos climáticos e outros fatores transitórios. O comunicado foi feito junto com a decisão de manter a taxa de juros do país em zero a 0,25%.    
    O relatório apontou ainda que o emprego está expandindo em um ritmo moderado, mas a taxa de desemprego continua elevada. Os gastos das famílias e investimentos fixos das empresas norte-americanas, por outro lado, aumentaram e o mercado imobiliário apresentou mais uma melhora.    Fed mantém juro baixo e programa de compra de ativos  SÃO PAULO - O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu manter as taxas de juros próximas de zero em reunião de política monetária. A autoridade também decidiu manter a compra de US$ 85 bilhões por mês em ativos, entre papéis com  lastro em hipotecas e títulos públicos (Tresuries) de longo prazo.Leia a íntegra do comunicado de política monetária do Federal Reserve:"A informação recebida desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto se reuniu em dezembro sugere que o crescimento na atividade econômica fez uma pausa nos últimos meses, em grande medida por causa das rupturas relacionadas as condições climáticas e outros fatores transitórios. O emprego continuou a expandir-se em um ritmo moderado, mas a taxa de desemprego permanece elevada. Os gastos domésticos e o investimento fixo das empresas avançou, e o setor de moradia mostrou uma melhora adicional. A inflação segue um tanto abaixo da meta de longo prazo do Comitê, com exceção de variações temporárias que, em grande medida, refletem flutuações nos preços de energia. As expectativas de inflação no longo prazo permanecem estáveis.Consistente com seu mandato, o Comitê busca fomentar o máximo emprego e a estabilidade de preço. O Comitê espera que, com a apropriada acomodação política, o crescimento econômico vai proceder em um ritmo moderado e a taxa de desemprego vai cair gradualmente em direção aos níveis que o Comitê julga consistente com seu mandato duplo. Embora a tensão nos mercados financeiros globais tenha cedido um pouco, o Comitê continua a ver riscos negativos para a perspectiva econômica. O Comitê também antecipa que a inflação ao longo do médio prazo provavelmente ficará em ou abaixo de sua meta de 2%.Para dar suporte a uma recuperação econômica mais forte e para ajudar a garantir que a inflação, ao longo do tempo, esteja na taxa mais consistente com seu mandato duplo, o Comitê continuará a comprar mais ativos lastreados em hipotecas de agências a um ritmo de US$ 40 bilhões por mês e Treasuries de longo prazo a um ritmo de US$ 45 bilhões por mês. O Comitê está mantendo sua política existente de reinvestir o principal dos pagamentos que recebe de suas posições em títulos de dívida de agências e ativos lastreados em hipotecas de agências e da rolagem do vencimento dos Treasuries em leilão. Em conjunto, essas ações devem manter a pressão de baixa sobre as taxas de juro de longo prazo, proporcionar suporte aos mercados hipotecários e ajudar a tornar as condições de financiamento no geral mais acomodatícias.O Comitê vai monitorar atentamente as próximas informações sobre os desenvolvimentos econômicos e financeiros nos próximos meses. Se a perspectiva para o melhora de trabalho não melhorar substancialmente, o Comitê continuará suas compras de Treasuries e de ativos lastreados em hipotecas e empregará seus outros instrumentos de política conforme for apropriado, até que tal melhora seja alcançada em um contexto de estabilidade de preço. Na determinação do tamanho, ritmo e composição de sua compra de ativos, o Comitê irá, como sempre, levar em devida consideração a provável eficácia e os custos de tais compras.Para dar suporte ao continuado progresso em direção ao máximo emprego e à estabilidade de preços, o Comitê espera que uma posição altamente acomodatícia permanecerá apropriada por um período considerável depois do encerramento dos programas de compra de ativos e do fortalecimento da recuperação econômica. Em particular, o Comitê decidiu manter a meta para a taxa dos Fed Funds em zero e 0,25% e atualmente antecipa que esta faixa excepcionalmente baixa para a taxa dos Fed Funds será apropriada enquanto a taxa de desemprego permanecer acima de 6,5%, a inflação projetada entre um e dois anos não estiver mais do que 0,50 ponto percentual acima da meta de longo prazo do Comitê, de 2%, e as expectativas de inflação no longo prazo continuarem bem ancoradas.Para determinar quanto tempo irá manter uma posição altamente acomodatícia da política monetária, o Comitê também vai considerar outras informações, incluindo medidas adicionais das condições do mercado de trabalho, indicadores de pressão inflacionária e de expectativas de inflação e leituras sobre o desenvolvimento financeiro. Quando o Comitê decidir começar a remover a acomodação política, adotará uma abordagem equilibrada consistente com suas metas de longo prazo de máximo emprego e inflação de 2%.Votaram pela ação de política monetária: Ben S. Bernanke, Chairman; William C. Dudley, Vice Chairman; James Bullard; Elizabeth A. Duke; Charles L. Evans; Jerome H. Powell; Sarah Bloom Raskin; Eric S. Rosengren; Jeremy C. Stein; Daniel K. Tarullo; e Janet L. Yellen. Votou contra a ação Esther L. George, que estava preocupada que a manutenção do elevado nível de acomodação monetária eleve os riscos de desequilíbrios econômicos e financeiros futuros e, ao longo do tempo, possa causar um aumento na expectativa de inflação no longo prazo."  
 

 São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
Os contratos futuros do petróleo internacional encerraram as negociações de hoje em alta, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) informou que vai manter a políticamonetária acomodativa nos próximos meses, assim como o programa de compras deativos financeiros. Na Nymex, os contratos futuros do WTI com vencimento em março subiram 0,37%, a US$ 97,94 o barril. Na plataforma ICE, os futuros do Brent para o mesmo mês avançaram 0,47%, a US$ 114,90 o barril.   O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu hoje continuar realizando compras mensais de US$ 85 bilhões em ativos financeiros (US$ 40 bilhões em títulos atrelados a hipotecas e US$ 45 bi em Treasuries), a fim de sustentar a recuperação da economia dos Estados Unidos e ajudar a assegurar que a inflação fique próxima da meta de 2%.     
  O Fomc decidiu também manter a taxa básica de juros do país entre zero e 0,25%, para continuar sustentando as políticas com a finalidade de reduzir a taxa de desemprego para níveis aceitáveis e manter a estabilidade de preços.    
   Essas políticas acomodativas, que incluem o programa de compras de ativos financeiros e os juros próximos de zero, devem ser mantidas enquanto a taxa de desemprego continuar acima de 6,5% e enquanto a inflação continuar abaixo de 2%, com expectativas ancoradas à essa meta.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em dia travado, café mantém parâmetros na ICE Futures   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com altas modestas, em mais uma sessão de aspecto consolidativo e sem grandes novidades no campo de preços. O março chegou a testar o nível de 150,00 centavos por libra, no entanto, não demonstrou força para testar resistência básicas, desacelerou e encerrou o dia abaixo desse patamar psicológico. Ao longo da sessão, retrações modestas também foram verificadas e, assim como no lado de alta, não se verificou sustentação por parte dos vendedores para conseguir fazer com que níveis mais efetivos fossem testados e alguns stops acionados para permitir uma mudança de rumo. Com isso, o café encerrou o dia preso nos patamares já verificados e assimilados que, efetivamente, são aqueles que foram construídos ao longo do final da semana passada.  Um operador destacou que o dólar recua consideravelmente em relação ao real brasileiro. Depois de um longo período, a moeda norte-americana se posicionou abaixo do nível de 2 reais. Isso afasta de forma considerável os vendedores dessa origem e contribui para que a pressão de baixa em Nova Iorque seja das mais discretas. O operador lembrou que, no macro, o dia foi favorável para várias operações de risco, mas o café não conseguiu ter força mais efetiva para buscar novos níveis de preço.  Fundamentalmente, o mercado se mantém com o sinal amarelo ligado no que se refere às notícias sobre problemas cafeeiros nas nações centro-americanas. A ferrugem do colmo levou a Nicarágua a suspender seu principal evento cafeeiro para escolha de cafés de qualidade e países como a Costa Rica já emitiram sinalização de estado de emergência devido ao problema. Entre as entidades representativas do setor desses países é unânime a opinião de que uma quebra será observada nesta temporada e que ela pode até ser mais acentuada no próximo ano, devido ao forte desfolhamento que a doença provoca no parque cafeeiro. Por outro lado, os baixistas continuar a apontar para a safra brasileira de café como um fator de pressão sobre os preços, indicando que o país colheu um volume consideravelmente expressivo no ano passado e que, nesta temporada, apesar da bianualidade de baixa, o volume colhido deverá ser muito bom.  No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 80 pontos, com 149,80 centavos, sendo a máxima em 150,50 e a mínima em 148,25 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 80 pontos, com a libra a 152,65 centavos, sendo a máxima em 153,20 e a mínima em 151,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve queda de 6 dólares, com 1.936 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 7 dólares, com 1.955 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por altas modestas, com uma volatilidade curta. A posição março não variou mais que 225 pontos ao longo de todo o dia, numa clara demonstração de um mercado consolidativo. Os analistas avaliam o quadro atual como de neutro a baixista no curto prazo, com o foco baixista de longo prazo se mostrando mais claro.  "Não tivemos novidades, foi uma sessão claramente sem um direcionamento concreto e com os preços se mostrando 'confortáveis' dentro de um intervalo próximo dos 150,00 centavos por libra. O cenário de disponibilidade se mostra curto e os atuais patamares de preço se mostram, na opinião de um significativo número de operadores, baixos demais para tal quadro, o que leva muitos deles a apostarem que este primeiro trimestre ainda pode demonstrar alguma consistência", disse um trader.  A produção de café do Vietnã em 2012/2013 poderia registrar uma retração de até 25% em relação ao ano anterior, segundo operadores de Hanoi consultados pela agência Reuters. Esses players avaliaram que a safra poderia ir para 18,75 milhões de sacas, numa quebra que refletiria o problema da seca que atingiu o país indo-chinês. A principal zona cafeeira vietnamita, o Planalto Central, enfrenta uma temporada de constante falta de água, o que pode comprometer a produção. No ano anterior, o país registrou uma produção de 25 milhões de sacas, de acordo com estatísticas da Associação de Café e Cacau do Vietnã.  As exportações de café do Brasil em janeiro, até o dia 28, somaram 1.589.172 sacas, contra 1.675.851 sacas registradas no mesmo período de dezembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 10.550 sacas, indo para 2.611.284 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 22.117 lotes, com as opções tendo 4.931 calls e 2.703 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 150,50, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50 e 156,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 148,25, 148,00, 147,50-147,45, 147,00, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.  
  Londres tem queda ligeira em sessão sem novidades   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com nova retração, mas, novamente, mantendo os parâmetros, em uma sessão de volatilidade escassa, com a posição março variando apenas 19 dólares ao longo de todo o dia. O março chegou a esboçar uma alta e rompeu o nível de 1.950 dólares, mas não demonstrou consistência para se manter nesse nível.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi bastante calmo na bolsa londrina, com algumas rolagens entre março e maio sendo reportadas, mas com o range operante já há algumas semanas conseguindo ser integralmente mantido. Apesar de algumas tentativas de alta na primeira metade do dia, algumas vendas especulativas e, em menor grau de origens, permitiram a desaceleração e o encerramento no lado negativo.  "Tivemos mais do mesmo, em uma sessão com um direcionamento um tanto quanto provável e sem maiores novidades. Estamos mantendo os intervalos e não parece haver força, nem do lado comprador nem do vendedor, para se buscar suportes ou resistências mais efetivos", disse um trader.  A produção de café do Vietnã em 2012/2013 poderia registrar uma retração de até 25% em relação ao ano anterior, segundo operadores de Hanoi consultados pela agência Reuters. Esses players avaliaram que a safra poderia ir para 18,75 milhões de sacas, numa quebra que refletiria o problema da seca que atingiu o país indo-chinês. A principal zona cafeeira vietnamita, o Planalto Central, enfrenta uma temporada de constante falta de água, o que pode comprometer a produção. No ano anterior, o país registrou uma produção de 25 milhões de sacas, de acordo com estatísticas da Associação de Café e Cacau do Vietnã.  O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 3,65 mil lotes, com o maio tendo 2,91 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 19 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve queda de 6 dólares, com 1.936 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 7 dólares, com 1.955 dólares por tonelada.    
 Dólar fecha abaixo de R$ 2 e atinge menor nível em 8 meses
O dólar caiu abaixo de R$ 2 nesta terça-feira e fechou na menor cotação dos últimos oito meses, rompendo o piso da banda cambial informal que havia sido imposta ao mercado pelo Banco Central. A moeda americana recuou 0,83%, para R$ 1,9848 na venda, a menor cotação de fechamento desde 28 de maio, quando ficou em R$ 1,9833. Na véspera, a divisa já havia despencado 1,5%. Para analistas, a queda do dólar é um sinal de que preocupações com a inflação começam a superar a promessa do governo de estimular as exportações, embora uma fonte do Ministério da Fazenda tenha afirmado à Reuters que a equipe econômica está mais preocupada com a promoção de investimentos. "A inflação mais alta está trazendo preocupações", disseram os analistas do Itaú Unibanco em relatório. "Uma taxa de câmbio menos depreciada deve ajudar a reduzir as pressões inflacionárias no curto prazo." Eles ponderaram, no entanto, que a política cambial brasileira também tem se focado na promoção do crescimento econômico. "O nível desejado para a taxa de câmbio é um equilíbrio entre esses dois objetivos." Durante a maior parte do ano passado, o BC interveio no mercado cambial para impulsionar as cotações do dólar e beneficiar os exportadores, que têm a maior parte de seus custos em reais e receitas em moeda estrangeira. Inicialmente, o Banco Central impôs ao mercado uma banda informal de R$ 2,0 a R$ 2,10 por dólar. No entanto, quando as pressões inflacionárias aumentaram no final do ano passado, o teto da banda foi reduzido para R$ 2,05. Analistas agora acreditam que o BC quer manter o dólar em torno de R$ 2, permitindo que ele caia abaixo desse nível se necessário para reduzir o custo de produtos importados, de forma a ajudar no combate à inflação. "Nós achamos que o dólar possa cair até R$ 1,95 ou R$ 1,90, com o Banco Central planejando usar o câmbio para controlar as expectativas de inflação", escreveram os analistas do Citibank em relatório. O mais recente ajuste da banda cambial começou na sessão anterior, quando o dólar despencou 1,51%, para R$ 2,0014 na venda, depois que o Banco Central decidiu rolar uma série de swaps cambiais tradicionais que vencem no primeiro dia de fevereiro. A rolagem foi interpretada como um sinal verde para a queda da moeda americana, porque esses contratos de swap tradicional - que equivale à venda de dólares no mercado futuro - foram oferecidos no momento em que o dólar já recuava ante o real. Estimulando investimentoEmbora grande parte do mercado tenha visto a mudança de patamar do dólar como um sinal de preocupações crescentes do BC com a inflação, uma fonte do Ministério da Fazenda afirmou que o governo permitiu que o dólar caísse abaixo de R$ 2 para baratear o custo de bens de capital necessários aos projetos de investimento no País. Segundo essa fonte, que falou sob condição de anonimato, a mudança no patamar cambial visa menos ao controle da inflação do que ao estímulo dos investimentos. Alguns analistas também afirmam que o dólar abaixo de 2 reais deve ter mais impacto nas expectativas de inflação, ao indicar que o BC está sensível à questão, do que nos índices de preços em si. Segundo cálculos do Nomura Securities, o BC precisaria desvalorizar o real em cerca de 10% para ter um impacto significativo na inflação. "Embora o BC tenha claramente voltado parte de sua atenção à inflação em seu último comunicado, nós achamos muito difícil acreditar que, com uma recuperação econômica ainda muito anêmica, o governo daria luz verde ao BC para levar o dólar abaixo de R$ 1,90", afirmou em relatório o chefe de pesquisas do Nomura para as Américas, Tony Volpon. 
  Dólar fecha a R$ 1,986, menor cotação desde maio/2012
As preocupações do Banco Central (BC) com a inflação, traduzidas pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo leilão de swap cambial tradicional feito na sessão anterior, fizeram o dólar declinar nesta terça-feira para a menor cotação de fechamento desde 28 de maio do ano passado. A percepção dos investidores é que a autoridade monetária está, neste momento, mais preocupada com a alta de preços do que com o setor exportador, o que abriu espaço para um dólar abaixo de R$ 2,00. A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 0,80%, cotada a R$ 1,9860. Durante todo o dia no mercado de balcão, o dólar ficou abaixo dos R$ 2,00 - um patamar que, por vários meses, foi considerado piso para a moeda. Na máxima da sessão, vista no início do dia, o dólar marcou R$ 1,9970 (-0,25%) e, na mínima, perto das 15h30, atingiu R$ 1,9840 (-0,90%). Às 17h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,793 bilhões. O dólar pronto da BM&F, com 13 negócios, fechou em baixa de 1,56%, a R$ 1,9851. No mercado futuro, o dólar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 1,9855, em baixa de 0,55%.  A queda do dólar ainda refletiu a atuação do BC, que na segunda-feira (28) fez leilão de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) em um total de US$ 1,847 bilhão, rolando o vencimento marcado para sexta-feira (01). A atuação dos investidores que estão vendidos no mercado futuro também contribuiu para o movimento. Na quinta-feira (31), será definida a Ptax para a liquidação dos derivativos cambiais no início do próximo mês e, até lá, os investidores que estão vendidos atuam para que a moeda americana se deprecie. Nesta terça-feira, a Ptax fechou em R$ 1,9912, menor patamar desde 3 de julho de 2012, quando ficou em R$ 1,9888. Para alguns analistas, o recuo do dólar ante o real - para abaixo de R$ 2,00 e sem que o BC atue para sustentar a moeda - deixa claro que a preocupação, agora, é com a inflação. "No ano passado, quando o dólar algumas vezes ameaçou cair para abaixo de R$ 2,00, o BC interveio na compra, elevando a moeda", lembrou o economista Alfredo Barbutti, da BGC Liquidez Corretora, para quem a perspectiva mudou. "Em 26 de dezembro, o BC fez leilões de linha (venda de moeda com compromisso de recompra) e de swap cambial, o que reconduziu a moeda para o patamar de R$ 2,05 (no balcão). Agora, é como se ele estivesse em um segundo movimento, ratificando a preocupação de dezembro com a inflação." Profissionais ouvidos pela Agência Estado afirmam que o piso de R$ 2,00, antes considerado essencial pelo governo para impulsionar o setor exportador e a indústria, virou teto, em meio à perspectiva de que o câmbio sirva para controlar a inflação. Para o governo, as oscilações são normais. "É normal que quando haja uma grande entrada de dólares ele caia um pouco. Ou o inverso. Todos esses movimentos são normais. O que eu acho importante é que o patamar em que as coisas se encontram seja claramente estabelecido", comentou nesta tarde o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, que qualificou o câmbio brasileiro como "variável e sujo". Para Augustin, o patamar do dólar, da Selic e da energia estão muito bem estabelecidos no Brasil. "O patamar para mim é claro. O dólar é mais (alto) do que já foi, a Selic é mais baixa do que já foi e, no caso da energia, há uma redução de 22%", acrescentou.  

 PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Dólar fecha abaixo de R$2,menor nível em 8 meses
  São Paulo, 29 de janeiro de 2013 - Influenciado ainda pela operação de swap cambial feito ontem pelo Banco Central (BC), o dólar comercial encerrou asnegociações desta terça-feira cotado a R$ 1,9850 para venda, o patamar mais baixo dos últimos oito meses. Em 28 de maio do ano passado, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 1,9830. Para Daniel Moreli, superintendente de tesouraria do Banco Indusval & Partners (BI&P), o discurso decâmbio valorizado para ajudar a indústria parece ter mudado após a intervenção mais agressiva do BC e o mercado está percebendo essa mudança.   "A postura do BC de fazer swap cambial dos contratos que estavam vencendo foi emblemática e pode configurar uma mudança em relação ao intervalo recente do dólar entre R$ 2 e R$ 2,15, que ficou na média de R$ 2,04 durante um bom tempo", diz Moreli. Apesar das últimas quedas na divisa, o superintendente avalia que esse movimento de queda ainda é muito pequeno para ajudar no controle da inflação.     Moreli preferiu não fazer comentários a respeito da possibilidade do BC fazer novas operações de swap cambial e acrescentou que a queda de 2,94% na cotação da moeda norte-americana, que passou do patamar de R$ 2,04 para os atuais R$ 1,98 não deve alterar as projeções de crescimento econômico para oPaís.   Na perspectiva de Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi, o mercado está testando novo patamar e a tendência é que o dólar comercial chegue a R$ 1,95 no curto prazo. No mercado futuro, oscontratos da divisa que expiram em fevereiro registraram queda de 0,50%, cotados a R$ 1.986,500, e os com vencimento em março caíram 0,59%, a R$ 1.993,000.    Juros   O swap cambial como forma de segurar os níveis de inflação sinalizou que a Selic (taxa básica de juros) não será usada para combater os índices inflacionários, pressionando negativamente as taxas dos contratos de DepósitosInterfinanceiros (DIs), segundo Moreli. Os papéis com vencimento em janeiro de2015 cederam de 7,93% para 7,88%, registrando o maior volume financeiro do pregão, de R$ 35,303 bilhões. Logo depois, o DI para janeiro de 2014, caiu de 7,23% para 7,19%, teve movimentação de R$ 27,680 bilhões.   No longo prazo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 saiu de 8,80% para 8,76%, girando R$ 11,974 bilhões. Enquanto no curto prazo, as taxas dos papéis que expiram em abril deste ano permaneceram estáveis, a 6,99%, com volume financeiro de R$ 4,335 bilhões. Os contratos com vencimento em abril de 2014 verificaram retração nas taxas de 7,34% para 7,30%, girando quantia de R$3,080 bilhões.  O número de contratos negociados hoje atingiu 1.281.177, queda de 3,7% em relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das operações comou R$ 112,296 bilhões, aproximadamente. 
  Bovespa fecha em alta impulsionada por Vale e siderúrgicas
SÃO PAULO -
As ações de Vale, Usiminas e CSN ajudaram na recuperação da Bovespa nesta terça-feira. A correção para cima, comparada à perda acumulada de 3% dos dois pregões anteriores, ainda é tímida. O Ibovespa fechou em alta de 0,63%, para 60.406 pontos, em linha com a bolsa de Nova York, que ampliou os ganhos próximo ao fechamento.As ações da Vale viveram uma gangorra e passaram boa parte do dia ensaiando uma alta, que só aconteceu no fim do pregão. O papel PNA subiu 1,16%, para R$ 38,13.Usiminas se recuperou e manteve-se no topo do Ibovespa durante todo o dia. Os papéis ordinários subiram 3,46%, para R$ 11,34, e os PNA ganharam 2,6%, para R$ 10,62.No mesmo setor, CSN fechou com ganho de 2,35%. O papel reagiu à notícia divulgada pelo Valor informando que o BNDES pode apoiar a empresa em seu plano de aquisição dos ativos ThyssenKrupp no Brasil e nos Estados Unidos, e poderá aportar até R$ 4 bilhões no negócio, segundo fontes.Apesar dessas recuperações, analistas acreditam que o cenário ainda é de muitas incertezas para o Ibovespa. Fabio Galdino de Carvalho, operador-sênior da BI&P Indusval Corretora, acredita que a ata do Copom de quinta-feira passada foi um divisor de águas, ao trazer a questão da inflação para o centro da discussão."Os grandes investidores estrangeiros já tomaram suas posições em Brasil, comprando papéis enquanto o fluxo era favorável", afirmou. Para ele, a tendência da bolsa no curto prazo é de queda.  
  PERSPECTIVA: À espera de Fomc,mercado abre reagindo a IGP-M e dados dos EUA  
 São Paulo, 29 de janeiro de 2013 -
 Os mercados operam amanhã norteados pela expectativa entorno da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que será divulgada no final do pregão, devendo sinalizar seo ciclo de estímulos à economia via compra de títulos adotado pelo Fed seráou não mantido em 2013. Segundo Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora, a ata do Fomc é o documento mais aguardado do dia, mas antes dele, três outros indicadores devem ditar os rumos do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa: o Indice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), o número de vagas criadas pelo setor privado norte-americano e os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do quarto trimestre de 2012.   "O foco com certeza será o Fomc, principalmente o detalhe de quanto tempo as compras de ativos seram mantidas. Internamente a preocupação com a inflação tem afetado o mercado e os dados do IGP-M devem mexer com a bolsa, assim como os de emprego e PIB dos Estados Unidos, que saem quase juntos, por volta das 11h", explica Pereira.   A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-M referente ao mêsde janeiro.  O mercado estima que a inflação medida pelo IGP-M seja de 0,31% no mês, segundo a mediana das projeções do Termômetro CMA. Se confirmada a projeção, o índice terá desacelerado em relação a dezembro, quando a inflação registrada foi de 0,68%.   A Automatic Data Processing (ADP) e a Macroeconomic Advisers divulgam, às 11h15, o número de vagas criadas pelo setor privado norte-americano em janeiro.Em dezembro, foram criadas 215 mil novas vagas. Analistas esperam a criação de 175 mil novos empregos.            O Departamento do Comércio divulga, às 11h30, a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2012. No terceiro trimestre, houve alta de 3,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. Analistas esperam alta de 1%.  Por fim, o Fomc divulga às 17h15 a decisão sobre a política monetária do país.         Bastante volátil durante quase todo o pregão, o Ibovespa encerrou com altade 0,63%, aos 60.406 pontos. O volume negociado na bolsa foi de R$ 6,887 bilhões. As ações da Vale, que operaram também voláteis quase todo o dia após a divulgação da proposta da diretoria executiva de dividendos mínimos de US$ 4 bilhões em 2013, avançaram mais de 1% no final da sessão. As ações preferenciais da mineradora (VALE5) encerraram com alta de 1,08%, a R$ 38,10, com o maior giro do dia, de R$ 388,246 milhões.    As ações da Petrobras (PETR4) tiveram o segundo maior giro, com R$ 363,584 milhões, caindo 1,29%, a R$ 19,12. Amanhã as ações da petroleira deverão puxar o índice, após a divulgação, há pouco, de reajuste de 6,6% na gasolina e de 5,4% no diesel para as refinarias já a partir de amanhã.
   MERCADO EUA: Indices encerram sem tendência com expectativa por Fomc e PIB
  São Paulo, 29 de janeiro de 2013 - Em um dia de indicadores econômicos mistos, os índices acionários dos Estados Unidos fecharam sem tendência definida, enquanto os investidores aguardam o resultado da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, que termina amanhã. Os analistas aguaram também a divulgação da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país no último trimestre do ano passado. O Dow Jones subiu 0,52%, em 13.954,42 pontos; o S&P 500 ganhou 0,51%, em 1.507,84 pontos; e o Nasdaq Composto perdeu 0,02%, em 3.153,66 pontos.   O índice S&P/Case-Shiller que mede os preços de imóveis residenciais nas 20 principais regiões metropolitanas dos Estados Unidos atingiu 145,82 pontos em novembro. Apesar do número representar queda de 0,1% na comparação com outubro, na comparação anual, a alta foi de 5,5%.   "O resultado de novembro foi mais forte do que em outubro, com 10 cidades apresentando alta nos preços dos imóveis. O inverno normalmente é um períodofraco para o mercado imobiliário, o que explica a queda nos preços da metade das cidades na relação mensal", disse David M. Blitzer, presidente do comitêresponsável pela elaboração dos dados na S&P Dow Jones Indices, em nota.   Já o índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo Conference Board, afetou negativamente as negociações de hoje. O índice caiu para 58,6 pontos em janeiro, de 66,7 pontos em dezembro (dados revisados). Analistas previam leitura de 65,1 pontos, mesma leitura inicialmente reportada para o mês passado.   No campo corporativo, a farmacêutica norte-americana Pfizer informou que obteve no quarto trimestre de 2012 um lucro líquido atribuível a si própria de US$ 6,315 bilhões (US$ 0,85 por ação), representando um crescimento de mais de 4,4 vezes em relação aos US$ 1,439 bilhão (US$ 0,19 por ativo) apresentados no mesmo período do ano passado.         O lucro da empresa no período foi favorecido pelos ganhos nas vendas registrados pela divisão de nutrição, junto com baixos ajustes da contabilidade de compras, menores custos com aquisições e produtividade. As ações da companhia valorizaram 3,20% hoje.  
 O melhoramento do café Conilon no estado de Rondônia    
 O estado de Rondônia destaca-se pela sua aptidão para cultivo do café Conilon em regime de agricultura familiar, com cafezais pequenos de até 10 hectares. Em geral, o nível de tecnologia empregado nessas lavouras é baixo e a seleção de plantas de maior potencial produtivo e uniformidade de maturação pode ser considerada uma das melhores alternativas para a cafeicultura do estado. O cafeeiro Conilon caracteriza-se como uma planta de fecundação cruzada que apresenta naturalmente mecanismos que impedem uma planta de se autofecundar. A alta heterogeneidade entre plantas de uma mesma lavoura é característica marcante dessa espécie, que apresenta alta variabilidade genética natural e polinização cruzada entre gerações. Na espécie C. canephora existem dois grupos botânicos distintos, chamados popularmente de Conilon e Robusta. A variedade botânica Robusta caracteriza-se por apresentar maior vigor, folhas e frutos de maior tamanho, maturação tardia, menor tolerância ao déficit hídrico e maior tolerância a pragas e doenças. Já a variedade botânica Conilon caracteriza-se por apresentar florescimento precoce, caules ramificados, folhas alongadas, resistência a seca e maior suscetibilidade a doenças. Associado ao desenvolvimento da cafeicultura rondoniense, no período de 1978 a 1996, as atividades de melhoramento genético do café desenvolvidas na Embrapa Rondônia foram limitadas às avaliações de clones desenvolvidos nas principais instituições de pesquisa cafeeiras, como: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Nesse período, os principais objetivos foram: a indicação de cultivares e a adaptação de técnicas de manejo. Considerado como o marco inicial da mudança das estratégias, no ano de 1998 foi estruturado o programa de melhoramento genético com o objetivo de explorar a variabilidade fenotípica dos cafezais do estado. Nos anos de 1997 a 2000 foram realizadas expedições para avaliação, clonagem e coleta dos acessos selecionados fenotipicamente nos principais pólos cafeeiros de Rondônia: Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná. Em um primeiro estágio a produção de café beneficiado foi a principal característica considerada para a seleção de clones de boa adaptação. O programa de melhoramento do cafeeiro da Embrapa Rondônia fundamenta-se na manutenção das características das variedades botânicas Robusta e do Conilon, visando à seleção de plantas e o desenvolvimento de híbridos entre elas, explorando o maior vigor que se manifesta no cruzamento, com a possibilidade de reunir, em uma mesma planta, as melhores características de cada uma das variedades botânicas. Em linhas gerais, objetiva-se obter plantas com a arquitetura de copa, precocidade e resistência à seca do Conilon, associado ao vigor, tamanho de frutos e resistência a pragas e doenças do Robusta. Rodrigo Rocha* *Pesquisador da Embrapa Rondônia 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Café abre semana sem grandes oscilações na ICE Futures US

Café abre semana sem grandes oscilações na ICE Futures US
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, de volumes regulares de comercialização e com uma volatilidade mínima, com a posição março variando apenas 385 pontos.
Após uma semana fraca, o mercado cafeeiro assume uma posição consolidativa, abaixo do nível psicológico de 150,00 centavos de dólar por libra. Ao longo da primeira metade desta segunda, a primeira posição chegou a se aproximar desse intervalo psicológico, no entanto, encontrou uma barreira vendedora, o que fez com que as cotações desacelerassem e até algumas quedas fossem experimentadas.
As baixas, no entanto, não tiveram prosseguimento e o fechamento do dia se deu com ganhos ligeiros. Tecnicamente, o mercado se mostra de neutro a baixista, sem que resistências básicas consigam ser testadas, o que poderia permitir uma nova tentativa de buscar os patamares conquistados ao longo das primeiras semanas de janeiro. No longo prazo, o café continua tendo uma tendência baixista. As cotações se mantêm abaixo de médias móveis de maior abrangência, o que tem uma leitura consideravelmente negativa.
No plano fundamental, o mercado continua bastante atento a questão fitossanitária nos países centro-americanos. A ferrugem do colmo levou a Nicarágua a suspender seu principal evento cafeeiro para escolha de cafés de qualidade e países como a Costa Rica já emitiram sinalização de estado de emergência devido ao problema. Entre as entidades representativas do setor desses países é unânime a opinião de que uma quebra será observada nesta temporada e que ela pode até ser mais acentuada no próximo ano, devido ao forte desfolhamento que a doença provoca no parque cafeeiro.
Por outro lado, os baixistas continuar a apontar para a safra brasileira de café como um fator de pressão sobre os preços, indicando que o país colheu um volume consideravelmente expressivo no ano passado e que, nesta temporada, apesar da bianualidade de baixa, o volume colhido deverá ser muito bom.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 70 pontos, com 149,00 centavos, sendo a máxima em 149,80 e a mínima em 146,45 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 60 pontos, com a libra a 151,85 centavos, sendo a máxima em 152,55 e a mínima em 149,85 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve queda de 17 dólares, com 1.942 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 17 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela calma e com poucas alternativas de preço. Os ganhos foram limitados num patamar inferior aos 150,00 centavos, ao passo que as baixas também não passaram um nível básico próximo dos 147,00 centavos. Os mercados externos pouco influenciaram o andamento das cotações, com o dólar se mantendo estável, o que favoreceu alguns ganhos limitados para operações de maior risco, como o de commodities.
"Tivemos uma sessão com um perfil consolidativo, sem que os preços assumissem um direcionamento mais concreto. Não rompemos suportes ou resistências básicas. As origens se mostram reticentes, vendem escalonadamente, ao passo que as torrefações também não se arriscam e não buscam formar estoques mais significativos, preferindo a aquisição de lotes de volumes próximos àqueles necessários para atender suas demandas. Após a pressão dos fundos na semana passada, o quadro técnico voltou a se mostrar bastante tranqüilo, dentro desse quadro de preços presos em um range estreito", disse um trader.
O banco holandês Rabbobank emitiu relatório no qual avalia que o mercado de café pode ter um primeiro trimestre de alta. A instituição indica que os players internacionais poderão passar a precificar de maneira mais efetiva a safra brasileira deste ano, de volume menor, e também o claro quadro de oferta extremamente apertada do grão. O banco ainda lembrou os números dos últimos relatórios da CFTC, nos quais aparecem uma retração consistente das posições vendidas dos fundos, o que teria uma leitura positiva. Outro ponto altista seria a diminuição dos diferenciais entre arábicas e robustas negociados em Nova Iorque e Londres, respectivamente.
As exportações brasileiras de café no mês de janeiro, até o dia 28, totalizaram 2.171.710 sacas, queda de 26,82% em relação às 2.171.710 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.590 sacas, indo para 2.621.834 sacas.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 25.073 lotes, com as opções tendo 4.617 calls e 3.485 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 149,80, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50 e 154,90-155,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,95, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Londres tem maior pressão vendedora e fecha dia com retração
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com queda, em uma sessão com um volume apenas modesto de comercialização. Mais uma vez, o março se posicionou abaixo do nível psicológico de 1.950 dólares por tonelada, mas manteve o atual range.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi, novamente, técnico, com algumas vendas mais expressivas, com a colaboração das origens, que permitiram ao março chegar na mínima de 1.939 dólares. Apesar de o fechamento da sessão ter se dado próximo a esse patamar, os vendedores não se mostraram com consistência para testar novos intervalos ou suportes e, desse modo, o fechamento de deu apenas com quedas modestas. "Tivemos uma sessão sem grandes novidades, com os vendedores sendo um pouco mais efetivos. No entanto, o mercado se mantém constante ao redor do patamar de 1.950 dólares e nos mantemos tranqüilamente num range de aproximadamente 100 dólares, que não demonstra, de parte a parte, intenção de ser rompido", indicou um trader.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 4,75 mil lotes, com o maio tendo 1,78 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 20 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve queda de 17 dólares, com 1.942 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 17 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.
Dólar fecha no menor nível desde julho de 2012, a R$ 2,002; BC faz leilão
A atuação do Banco Central (BC) no período da manhã, que surpreendeu muitos profissionais da área de câmbio, determinou a queda do dólar ante o real nos mercados à vista e futuro, em meio à percepção de que a autoridade monetária está bastante preocupada com a inflação no Brasil. Ao vender 37 mil contratos de swap cambial tradicional, em um total de US$ 1,847 bilhão, numa operação que equivale à venda da moeda americana no mercado futuro, o BC rolou antecipadamente os contratos que vencem em 1º de fevereiro. Com isso, o dólar terminou o dia em baixa de 1,38% e fechou cotado a R$ 2,0020 no balcão, no menor patamar desde 2 de julho de 2012, quando estava em R$ 1,9890.
Na máxima do dia, vista pela manhã, a moeda americana marcou R$ 2,0370 (+0,34%) e, na mínima, verificada à tarde, atingiu R$ 2,0010 (-1,43%). Da máxima para a mínima, a moeda americana oscilou 1,77 pontos porcentuais no balcão. Pouco depois das 16h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,468 bilhões, sendo US$ 2,113 bilhões. Já o dólar pronto da BM&F, com apenas quatro negócios, fechou em baixa de 0,81%, a R$ 2,01650. No mercado futuro, o dólar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 2,00250, em baixa de 1,52%.
Profissionais ouvidos pela Agência Estado interpretaram a atuação do BC como um sinal de que a inflação, de fato, incomoda. “O swap é mais uma indicação de que o Banco Central está interessado em deixar o câmbio numa banda bem estreita, com R$ 2,05 como teto das cotações”, comentou Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ. “O leilão do BC não era esperado e sinaliza que, para ele, um dólar entre R$ 2,05 e R$ 2,10 não é mais desejável”, acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.
Ao fazer a cotação no balcão se reaproximar de R$ 2,00, o Banco Central, na visão dos profissionais, alivia um pouco a pressão cambial sobre a inflação, em um momento em que vários índices de inflação mostram pressão sobre os preços. Hoje, por exemplo, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para 1,04% na terceira quadrissemana de janeiro, ante taxa de 0,96% na segunda leitura do mês. Além disso, a Fipe elevou a previsão para o IPC no encerramento de janeiro, de 0,98% para 1,06%. No relatório Focus do Banco Central, a mediana das estimativas para o IPCA em janeiro subiu de 0,81% para 0,85%, enquanto a inflação prevista para 2013 avançou de 5,65% para 5,67%.
O movimento de baixa para o dólar ante o real foi intensificado pelo interesse, no mercado futuro, dos bancos, que seguem vendidos em dólar, faltando poucos dias para a determinação da Ptax que servirá de referência para a liquidação dos derivativos cambiais em 1º de fevereiro. Na prática, os bancos atuam para que o dólar permaneça em patamares menores, o que vai favorecer seus ganhos.
Neste contexto, alguns profissionais já enxergam espaço para que o dólar, no balcão, recue nos próximos dias a patamares inferiores a R$ 2,00, com o mercado também testando a disposição do BC em atuar novamente – desta vez, para segurar a moeda.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Dólar testará patamar abaixo de R$ 2
São Paulo, 28 de janeiro de 2013 - Após cair mais de 1% em decorrência de
um swap cambial realizado hoje pelo Banco Central, o câmbio deve abrir o
pregão de amanhã com novas quedas, com o mercado testando novo patamar abaixo
de R$ 2. "Pode até abrir um pouco mais alto, mas o mercado vai testar o limite
do Banco Central, ver se ele vai intervir. Acredito que o próximo piso mais
forte seja R$ 1,90 e não acho que o banco irá intervir", avalia Reginaldo
Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O dólar comercial encerrou as operações desta segunda-feira com queda de
1,33%, cotado a R$ 1,9990 para compra e a R$ 2,0010 para venda. Durante o dia, a
divisa oscilou entre a mínima de R$ 2,0010 e a máxima de R$ 2,0370.
No mercado futuro, os contratos da moeda norte-americana com vencimento em
fevereiro registraram queda de 1,81%, negociado a R$ 1.996,500, e os que expiram
em março caíram 1,69%, cotado a 2.005,000.
O Banco Central vendeu 37.000 contratos de swap cambial ofertados em
operação realizada entre 11h30 e 11h40 de hoje, por US$ 1,848 bilhão.
"O Banco Central já vem sinalizando que quer um dólar como instrumento
para prender inflação. Qual é a intenção de fazer um leilão hoje? Essa é
a forma que o Banco Central encontrou para mostrar ao mercado que eles estão
atentos e que a preocupação do governo agora é com a inflação", afirma
Galhardo.
Com a sinalização de que o Banco Central não elevará a Selic (taxa
básica de juros) no curto ou médio prazos, evidenciada pelo swap cambial
realizado hoje com o objetivo de segurar a inflação, a maior parte dos
contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) com vencimento até janeiro de
2015 encerraram as negociações de hoje da BM&FBovespa em queda.
Para amanhã, a previsão é de continuidade nos reajustes das taxas tendo
em vista de que não devem ocorrer mudanças na Selic por relativamente longo
período.
O contrato mais líquido do dia foi o com vencimento em janeiro de 2015, que
recuou de 7,96% para 7,93%, com giro de R$ 50,287 bilhões, seguido do DI para
janeiro de 2014, que caiu de 7,25% para 7,23%, com movimento de R$ 19,929
bilhões.
No longo prazo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 saiu de 8,76%
para 8,80%, girando R$ 16,500 bilhões. Voltando para o curto prazo, o DI com
vencimento para julho de 2013 fechou em queda de 7,08% para 7,06%, com
movimentação financeira de R$ 5,596 bilhões, e o para janeiro de 2016 subiu
de 8,46% para 8,48%, girando R$ 4,237 bilhões.
De volta ao médio prazo, o DI para julho de 2014 registrou queda de 7,54%
para 7,52%, com giro de R$ 3,421 bilhões e o contrato para abril de 2014 recuou
de 7,36% para 7,34%, movimentando R$ 2,001 bilhões.
O número de contratos negociados atingiu 1.330.181, queda de 32,2% em
relação aos negócios realizados no pregão da última quinta-feira. O volume
financeiro das operações atingiu R$ 107,231 bilhões.
Pressionada por desempenho de bancos, Bolsa brasileira cai 1,87%
São Paulo, SP - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
caiu 1,87% nesta segunda-feira (28), pressionado pelo desempenho negativo das
ações do setor financeiro. O índice terminou o dia em 60.027 pontos.
As ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco, as mais negociadas,
tiveram baixa, apesar da divulgação de lucro do banco em 2012 acima do esperado
pelo mercado, segundo o analista Elad Ravid, da Spinelli Corretora. Os papéis
mostraram queda de preço de 3,07%, para R$ 36,59.
O Bradesco anunciou ganho de R$ 11,381 bilhões no ano passado, valor 3%
superior ao registrado em 2011. O lucro ajustado do banco --que descarta
eventos extraordinários-- ficou em R$ 11,523 bilhões, aproximadamente 3% acima
da cifra registrada um ano antes.
"O balanço conseguiu superar as expectativas do mercado e isso é muito bom. Não
apenas o lucro foi maior que o esperado, mas a carteira de crédito também ficou
bem. A inadimplência ficou um pouco maior que em 2011, mas não é nada que possa
ter impacto negativo. Apesar disso, este é um ponto que deve ser observado nos
próximos trimestres", avalia Ravid.
De acordo com o analista Victor Martins, da Planner Corretora, o movimento de
baixa apresentado pelas ações do Bradesco neste pregão já era esperado.
"Com base nos resultados apresentados, e levando em conta também a forte
performance dos papéis do banco em janeiro, acreditamos numa possível
realização de lucros [quando investidores vendem ações para embolsar o ganho
com altas recentes dos papéis] na sessão de hoje. Contudo, mantemos nossa
recomendação de compra para o Bradesco, com preço justo de R$ 41,20 por ação",
diz Martins.
Além dos papéis do Bradesco, outras ações de bancos registraram quedas no dia.
É o caso dos papéis preferenciais do Itaú Unibanco (-2,63%) e das ações
ordinárias (com direito a voto) do Banco do Brasil (-2,71%).
A baixa das ações da Petrobras e da Vale --que são os ativos com maior peso no
Ibovespa-- também contribuíram para a tendência negativa do índice.
ECONOMIA AMERICANA
A agenda de indicadores econômicos também esteve no radar dos investidores,
especialmente dados vindos da economia norte-americana. Por lá, o número de
bens duráveis feitos à indústria dos EUA teve avanço de 4,6% em dezembro.
Apesar disso, ao longo dos últimos 12 meses, o indicador revela um leve
declínio de 0,3%.
No final dos negócios, o Federal Reserve (banco central norte-americano)
revelou que está conduzindo testes de estresse (análise criteriosa nos
balanços) dos principais bancos dos EUA e os primeiros resultados serão
divulgados em breve. A notícia é importante, pois o resultado vai mostrar se as
instituições financeiras do país estão fortes ou não para ajudar o país a lidar
com a crise internacional
PERSPECTIVA: Ibovespa terá mais um dia de receio de investidores amanhã
São Paulo, 28 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deverá passar por mais um pregão marcado pelo receio dos
investidores amanhã, mantendo a tendência de baixa, aponta Mitsuko Kaduoka,
diretora de análise de investimento do Banco Indusval& Partners (BI&P). "A
tendência é mais negativa. O mercado já começou a olhar para os balanços, e
depois da confirmação do corte da energia elétrica a dúvida permanece em
torno de que setor pode sofrer intervenção e compensar esses custos do
governo", diz Mitsuko.
Na agenda econômica, o destaque fica com a divulgação do índice de
confiança do consumidor de janeiro nos Estados Unidos, às 13h. Em dezembro,
houve queda para 65,1 pontos. Estimativas apontam estabilidade. "Esse deverá
ser o principal dado do dia lá fora, mas o mercado ainda deve respeitar uma
lógica interna", explica.
O Ibovespa fechou o pregão de hoje em queda de 1,87%, aos 60.027 pontos. O
volume negociado na bolsa foi de R$ 7,405 bilhões. Segundo a diretora de
análise de investimento do BI&P, houve uma forte entrada de capital estrangeiro
na bolsa brasileira entre o final de dezembro e começo de janeiro e que agora,
com as incertezas da economia, abriu um espaço para a realização na falta de
notícias positivas nos últimos pregões. Os papéis mais líquidos encerraram
com forte queda. As ações preferenciais da Vale (VALE5) recuaram 2,43%, a R$
37,69, movimentando R$ 423,5 milhões.
Segundo Eduardo Matsura, analista gráfico da Souza Barros, as ações da
Vale romperam, no último pregão da BM&FBovespa, quinta-feira, dia 24, o
suporte de R$ 39 e seguem com tendência de queda sob o ponto de vista gráfico.
"Agora as ações PN da Vale tem um suporte no R$ 37,50, devendo encontrar uma
reação compradora mais forte entre esse suporte e o de R$ 36,40", explica
Matsura.
"Também já se está olhando para os balanços. Sabemos que a Vale deverá
apresentar prejuízo, mas o que vai mais pesar no resultado é a geração de
caixa e a política de dividendos nesse novo cenário", diz Mitsuko. A
diretoria executiva da Vale aprovou, há pouco, a propostas de remuneração
mínima aos acionistas de US$ 4 bilhões para 2013. A proposta ainda será
submetida à aprovação do conselho de administração da mineradora. O valor
é 33% inferior ao dividendo mínimo de 2012, quando a companhia pagou US$ 6
bilhões aos acionistas.
As ações da Petrobras (PETR4) deram sequência com a liquidez de R$
335,148 milhões, registrando queda de R$ 1,22%, a R$ 19,37, após a notícia de
que a greve dos trabalhadores da Petrobras paralisa atividades em 35 das 45
plataformas da companhia na Bacia de Campos.
Com o terceiro maior volume encerraram as ações do Bradesco (BBDC4),
movimentando R$ 284,692 milhões e registrando queda de 3,07%, a R$ 36,59. Hoje,
o Banco informou que registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,918 bilhões no
quarto trimestre de 2012, alta de 5,3%, na comparação com igual período de
2011 (R$ 2,771 bilhões). O resultado é o maior lucro líquido trimestral da
instituição financeira, apesar disso ficou um pouco abaixo do esperado pelo
mercado, que previa lucro de R$ 3,030 bilhões, de acordo com a média das
projeções das instituições consultadas pela Agência CMA.
Bolsa dos EUA encerra série positiva; índice de tecnologia sobe com Apple
São Paulo, SP - Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 fechou com
leve baixa nesta segunda-feira (28) após acumular sua maior série de ganhos em
oito anos e o de tecnologia Nasdaq avançou com um "rebote" do papel da Apple.
Apesar da perda, o S&P se manteve no patamar de 1.500 pontos após fechar acima
desse nível pela primeira vez em mais de cinco anos na sexta-feira.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa americana, recuou 0,10%, para 13.881
pontos, o Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,18%, para exatos 1.500
pontos, e o Nasdaq subiu 0,15%, para 3.154 pontos.
"Eu acho que essa máxima em anos é algo que influencia tanto operadores de
curto prazo quanto o pessoal com investimento para um prazo maior", disse o
vice-presidente sênior do BB&T Wealth Management em Birmingham, Alabama, Bucky
Hellwig.
A ação da Caterpillar ajudou a conter as perdas do Dow Jones mesmo após a
companhia anunciar uma queda de 55% em seu lucro trimestral devido a um encargo
relacionado a fraude contábil em uma subsidiária chinesa e fraca demanda por
equipamentos.
Investidores em busca de barganhas impulsionaram o papel da Apple, que subiu
2,3% (US$ 449,83), após a ação da gigante tecnológica despencar 14,4% nos
últimos dois pregões.
Com a alta, a fabricante do iPad e do iPhone recuperou o título de maior
companhia americana em termos de valor de mercado.
A Exxon caiu 0,7% (US$ 91,11) hoje e voltou para o segundo lugar.
Petróleo fecha em alta em Londres a US$ 113,48 o barril
São Paulo, SP - Os preços dos contratos futuros de petróleo
fecharam em alta nesta segunda-feira em Londres e em Nova York, em um mercado
mais otimista sobre as perspectivas econômicas mundiais e a demanda de petróleo.
O barril de petróleo do mar do Norte para entrega em março subiu US$ 0,20, para
US$ 113,48, e o WTI , US$ 0,56, para US$ 96,44.
"Foi um dia díspar em termos de indicadores econômicos, com pedidos de bens
duráveis alentadores, mas uma decepção em relação aos compromissos de compra e
venda nos EUA", disse David Bouckhout, da TD Securities.
Os pedidos de bens duráveis em alta constituem "um novo sinal de melhoria do
contexto econômico, o que significa uma maior atividade e demanda de energia",
destacou John Kilduff, da Again Capital.
A redução dos compromissos de compra e venda, após três meses de alta, provocou
a queda temporária do mercado.
Por outro lado, os riscos geopolíticos no Oriente Médio e no norte da África,
que ameaçavam a oferta de petróleo, continuam sustentando os preços, "inclusive
se uma parte deles já foi integrada aos preços", disse Bouckhout em relação à
taxa de risco do barril.
No Egito, um país chave para a passagem de petróleo devido ao controle do canal
de Suez, o estado de emergência entrou em vigor hoje em três províncias do país
atingidas por incidentes violentos que deixaram 50 mortos em três dias.
Frente de parlamentos da América Central se une para apoiar café
A preocupação com o avanço de pragas fungicas, como a ferrugem do colmo e a antracnose, nos cultivos de café da América Central chegou aos parlamentos dessa região, cujos presidentes decidiram efetuar uma abordagem para que o tema ganhe uma perspectiva como problema regional, segundo apontou uma fonte legislativa. O presidente da Assembléia Nacional da Nicarágua, René Núñez, que neste final de semana assumiu a presidência do Foprel (Fórum de Presidentes de Poderes Legislativos da América Central), anunciou a formação de uma comissão especial dos parlamentos da região para apoiar os esforços nacionais contra as pragas que dizimam os cafezais desses países. "Se é necessário que os parlamentos apóiem, com legislações, a luta contra a ferrugem do colmo. E vamos fazer isso. Como Foprel, vamos fortalecer o processo de harmonização das leis em temas relevantes, como é o caso da ferrugem do colmo e da antracnose na região", sustentou Núñez em entrevista coletiva. Na Nicarágua, de acordo com a União Nacional de Produtores, 41.095 hectares de café estão prejudicados com a doença, o que representa 35% da área cultiva e, segundo cálculos dessa entidade representativa, as perdas poderão chegar a 100 milhões de dólares. Segundo dados dos produtores centro-americanos, a lista dos países mais afetados por essas doenças de fungos são a Guatemala, com 80%, seguida de El Salvador, com 30% de comprometimento e Nicarágua, com 35%. Honduras e Costa Rica também encaram problemas com a praga, porém em menor escala. O fungo da ferrugem do colmo, segundo especialistas, é uma praga que ganha força devido aos efeitos das mudanças climáticas, pelas altas temperaturas e pela ausência de chuvas regulares na região.