Páginas

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Desejo a Todos um feliz Natal e prospero ano novo
um ano cheio de harmonia e paz para todos
e agradeço a todos a parceria de mais um ano 
wagner

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Café na ICE tem retração, mas não consegue ampliar perdas

Análises - 21/12/2011


Café na ICE tem retração, mas não consegue ampliar perdas



Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas, em um dia caracterizado por algumas ações vendedoras por parte, especialmente, de especuladores que, no entanto, não conseguiram avançar as baixas, uma vez que encontraram uma zona compradora próxima do nível psicológico de 220,00 centavos de dólar por libra peso. A sessão foi caracterizada por um volume limitado de negócios, como vários players já tendo encerrado o ano e já projetando os negócios para 2012. A quarta foi marcada por uma tentativa dos baixistas em buscar alguns suportes, após dois dias de bons ganhos. No entanto, o que se viu foi uma limitação desses operadores em um ponto chave da escala de preço. Operadores destacaram que as ações do dia tiveram um perfil baseado, principalmente, na correção, após dois dias de bons ganhos. Tecnicamente, o mercado segue a tendência observada por vários especialistas, que previam uma correção para cima depois das fortes baixas recentes, que fez com que o mercado passasse a atuar em uma base sobrevendida. No longo prazo, no entanto, a tendência ainda é baixista, conforme alguns aspectos como a média móvel de 200 dias, que se encontra em um nível muito acima do atual patamar de preços. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve queda de 290 pontos com 219,90 centavos, sendo a máxima em 222,80 e a mínima em 218,50 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 280 pontos, com a libra a 222,70 centavos, sendo a máxima em 225,25 e a mínima em 221,40 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 24 dólares, com 1.823 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 19 dólares, com 1.868 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quarta-feira foi caracterizada por vendas especulativas que, em significativo grau, estiveram em linha com o cenário externo. As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram uma quarta de retração, notadamente nas ações referentes a tecnologia, na Nasdaq. O índice CRB, por sua vez, conseguiu ter um relativo avanço, puxado, principalmente, pelo petróleo, que conseguiu ter um bom desempenho e avançar quase 2%. "Tivemos um dia baseado em alguma correção, após duas altas consideráveis e consecutivas. Os baixistas tentaram ampliar as baixas e testaram um nível próximo de 218,00 centavos, no entanto, uma desaceleração das perdas foi observada", sustentou um trader. "Mais uma vez não tivemos um grande volume de negócios e verificamos que os produtores estão realizando vendas bastante limitadas", observou Alex Oliveira, analista da Newedge, em Nova Iorque. O volume das exportações de um grupo de nove países produtores da América Latina registrou aumento de 6,18% em novembro, indicou a Anacafé (Associação Nacional dos Produtores de Café da Guatemala). A entidade indicou que as remessas de El Salvador, México, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Guatemala, Colômbia, Peru e República Dominicana atingiram 1.728.987 sacas no mês, sendo que dessas nações, apenas Colômbia, Nicarágua e Peru e República Dominicana tiveram queda nas exportações, com a maior retração, de 28,45%, sendo da Nicarágua. Na safra atual, iniciada em outubro, esse grupo de país remeteu 3.221.894 sacas ao exterior. Em 2010/2011, o bloco finalizou a safra com a exportação de 26.350.495 sacas. A estiagem ocorrida entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011 afetou lavouras em fase de enchimento de grãos, mas não foi tão prejudicial quanto se esperava para a safra de café 2011/2012 estimada em 43,48 milhões de sacas, informou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O melhor desempenho se deve principalmente às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras, em conseqüência dos tratos culturais feitos pelos cafeicultores em 2009, que refletiram na safra atual, e aos bons preços do café, que permitiram mais investimentos na lavoura. A nova previsão, divulgada na manhã de hoje pela empresa, aponta também, como fator determinante para o aumento da produção, o melhor rendimento do café colhido no final da safra em Minas Gerais, Bahia e Paraná. Esse último levantamento da produção nacional de café de 2011/2012 estima uma produção 9,6 por cento menor que o volume colhido na safra anterior. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 20, somaram 1.455.898 sacas, contra 1.319.343 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.175 sacas, indo para 1.525.366 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 9.240 lotes, com as opções tendo 1.296 calls e 1.983 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 222,80, 223,00, 223,50-223,60, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00, 227,50, 228,00, 228,50 e 229,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 218,50, 218,00, 217,50, 217,00, 216,50, 216,00, 215,50, 215,10-215,00, 214,50, 214,00 e 213,75 centavos por libra.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Café tem novas compras na ICE e segue bom humor externo 20-12

Café tem novas compras na ICE e segue bom humor externo




O contrato futuro de arábica de março, tinha, há pouco, na ICE Futures US, alta de 400 pontos, com 223,45 centavos de dólar por libra peso, depois de bater na máxima de 223,60 centavos. O maio tinha, há instantes, valorização de 390 pontos. De acordo com analistas internacionais, o dia é de compras e recuperação na bolsa nova-iorquina. Depois de ter testado o suporte de um ano na segunda-feira, os preços se mostram em recuperação e muitos players, pressionados por um quadro sobrevendido, voltam a realizar recompras. Os bons ganhos do café também seguem o comportamento positivo dos mercados externos. As bolsas de valores nos Estados Unidos operam com altas próximas de 2%, o que permite às commodities também registrar bons ganhos, com a contrapartida das baixas do dólar. "Ao contrário do que estávamos verificando, esta terça-feira se mostra bem mais positiva. Os ganhos estão sendo observados e nos afastamos rapidamente da área de suporte testada na segunda-feira. Temos uma mistura de cenário macroeconômico positivo e recompras especulativas e, com isso, estamos ampliando ainda mais os ganhos da sessão passada", disse um trader. Um operador destacou que o mercado volta a se mostrar temeroso com a Colômbia. O país sofre com safras fracas e neste ano, quando a expectativa era de recuperação, as condições climáticas voltam a se mostrar críticas. Várias zonas do país sofrem com as chuvas, que afetam lavouras, estradas rurais e cidades. O governo do país já contabiliza 170 mortes por causa das precipitações. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 19, somaram 1.341.165 sacas, contra 1.319.343 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 223,60, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00, 227,50, 228,00, 228,50 e 229,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 219,00, 218,50, 218,00, 217,50, 217,00, 216,50, 216,00, 215,50, 215,10-215,00, 214,50, 214,00 e 213,75 centavos por libra.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Futuro promissor para commodities agrícolas

Futuro promissor para commodities agrícolas


Michael Dwyer, economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), afirma

que o preço das commodities agrícolas na próxima década será "significativamente maior"

do que nos últimos 10 anos. A razão é a crescente demanda nos mercados emergentes.

Os preços mundiais dos alimentos monitorados pela Organização das Nações Unidas bateu

um recorde em fevereiro. Os futuros do milho em Chicago, por exemplo, tiveram a maior

alta de todos os tempos em junho, e os preços médios do grão e soja estão indo para as

maiores médias anuais de todos os tempos.

Já que passamos por um momento de crise e queda das cotações, não fica tão claro este

cenário de forte alta, mesmo assim Dwyer espera que de forma moderada as cotações das

commodities agrícolas subam a níveis muito mais elevados do que o mundo está acostumado

a ver.

"A fonte deste crescimento dos próximos 10 anos é a nova classe média em expansão nos

mercados emergentes, como China, Índia, Sudeste Asiático e América Latina."

Com o crescimento da nova classe média na China, maior consumidor mundial de energia

para tudo, podem surgir mais de 325 milhões de famílias com poder de consumo até 2020,

e 125 milhões já hoje. A mudança "maciça" na demanda agregada de alimentos significa

que os agricultores ao redor do mundo terão que “pedalar”.

"Se a produção não conseguir acompanhar o ritmo de crescimento da demanda, os preços

podem decolar”.

O aumento nos preços das commodities continuará impulsionando os valores de terras e a

renda do produtor. Citando a agricultura americana, que está indo muito bem, ao longo dos

próximos 10 anos, se os preços das commodities ficarem em níveis relativamente elevados

como visto nos últimos dois anos, a rentabilidade historicamente crescente das commodities

agrícolas deve continuar intacta

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos por Gil Barabach




Impactado por um mês de outubro de seca nas regiões produtoras, o próximo ciclo de alta do café, entre julho de 2012 e junho de 2013, pode ser menor do que o anterior, sendo produzido no Brasil algo entre 52 e 55 milhões de sacas. Mas o preço dessa commodity, que se mantém aquecido por diversos fatores, entre os quais está a forte demanda mundial, deve garantir o crescimento da rentabilidade do setor. Estimativas de mercado indicavam neste ano que a próxima safra de café poderia ser excepcional, com até 60 milhões de sacas. A falta de chuva, porém, atrapalhou a produção no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do grão, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas não será uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado. Quanto à safra atual (2011/2012), a consultoria prevê que fechará com 47 milhões de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o preço da medida já estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o preço da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomodação da produção, mas ainda assim os preços se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach. No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os preços costumam cair devido à oferta, essa queda não foi como se esperava. "O mercado indicava uma redução de preços", disse o analista, mas o menor nível do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de preços foi atenuada." No último ciclo de alta do café, entre 2010 e 2011, a produção ficou em 54 milhões de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hipóteses, a próxima colheita superará esta marca; porém, devido às adversidades climáticas que atrasaram a formação do grão, há risco de a safra ser menor - embora os preços tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais. Exportações A grande incerteza atual do setor se refere à crise internacional, ou à "incógnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de café, como já vem acontecendo no leste da Europa, além da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exportações vão de vento em popa, favorecidas por três anos de baixa produtiva na Colômbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa área. "Estamos aproveitando o espaço deixado pela Colômbia para nos consolidar no mercado de café com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros têm-se ocupado em preencher a demanda por cafés especiais. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), as exportações do grão do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo período de 2010 - US$ 7,8 bilhões, contra US$ 4,9 bilhões - e 30,4 milhões de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milhões) foi 34,6% superior à do mesmo mês no ano passado (US$ 620,4 milhões). "A receita cambial esperada para 2011 é de US$ 8,4 bilhões, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A razão que contribuiu para este resultado foram os preços, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga. DCI



Análises - 19/12/2011

Café se recupera na ICE e tem dia de ganhos consistentes



Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma sessão de considerável volatilidade nesta segunda-feira. Mesmo com um volume modesto de contratos comercializados, as cotações foram do nível mais baixo em mais de um ano até a aferição de uma boa alta ao final dos negócios. mais uma vez, os negócios se movimentaram baseados em aspectos técnicos. Na primeira parte da sessão, os baixistas voltaram a demonstrar consistência e o primeiro suporte para a posição março, em 213,75 centavos por libra, marca de 17 de dezembro do ano passado, finalmente foi rompido. No entanto, o rompimento não desencadeou o aumento do "apetite" vendedor. Pelo contrário, vários players passaram a emitir ordens de recompra e o mercado rapidamente começou a ganhar corpo, inicialmente com altas modestas, até ganhos mais consistentes se concretizarem na parte final do dia. Operadores indicaram que o mercado dá sinais de estar sobrevendido, assim, mesmo com a tentativa inicial dos baixistas de se procurar patamares abaixo do suporte, alguns outros participantes atuaram, efetivamente, para se proteger do quadro que é verificado, por exemplo, a partir da análise do Índice de Força Relativa. Fundamentalmente, o mercado ainda avalia questões como a nova temporada de chuvas na Colômbia e a expectativa de operadores por uma safra menor que a anteriormente esperada no Brasil em 2012. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve alta de 435 pontos com 219,45 centavos, sendo a máxima em 219,95 e a mínima em 212,35 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 425 pontos, com a libra a 222,10 centavos, sendo a máxima em 222,30 e a mínima em 215,25 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 19 dólares, com 1.834 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 19 dólares, com 1.878 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por dois momentos bastante distintos. De um lado a tentativa, com êxito, de finalmente se romper uma mínima que durava mais de um ano. No entanto, logo na seqüência, um ação corretiva passou a ser verificada e os preços voltaram a ganhar corpo, com boas altas se consolidando ao final dos negócios. Os mercados externos pouco influenciaram no humor do café, já que operaram grande parte do dia próximos da estabilidade. "Tivemos um dia técnico e de perspectivas distintas. Por um lado o viés baixista tentando consolidar patamares ainda mais pressionados e por outro a correção técnica, diante de um quadro sobrevendido, sendo que o segundo, ao menos por hoje, prevaleceu", disse um trader. Apesar das baixas em sessões recentes, a empresa financeira Commerzbank, de origem alemã, espera que os preços da commodity possam voltar a subir, em meio às preocupações sobre as condições de cultivo da Colômbia, segundo maior produtor mundial de arábica. "Os problemas da safra colombiana devem relativizar a mais recente queda de preços", indicou a instituição em seu informe semanal. "Pouco resolve falarmos de fundamentos quando o macro dita o tom da música. O fortalecimento da moeda americana, junto com uma figura técnica negativa para o café, e com os fundos colocando uma posição vendida nos seus livros, em nada ajudam o mercado a recuperar por ora, e com isto o nível de preço do final de 2011 está igual ao do fim de 2010. Mas falar que a situação de disponibilidade de café é confortável e por isso empurra o mercado mais para baixo é exagero dos baixistas", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, analista da Archer Consulting. Os estoques de café na Europa caíram 692.718 sacas em outubro e chegaram a 11,94 milhões de sacas, informou a Federação Européia de Café. A maior retração se deu em Antuérpia, na Bélgica, com baixa de 510.883 sacas, para 6,11 milhões de sacas. Outros portos que tiveram baixa foram de Hamburgo e Bremen, na Alemanha, além de Genova, na Itália e Le Havre, na França, sendo que apenas em Trieste, na Itália houve aumento no volume de café estocado. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 15, somaram 1.056.783 sacas, contra 939.960 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 169 sacas, indo para 1.526.083 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.780 lotes, com as opções tendo 1.717 calls e 1.642 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 219,95-220,00, 220,50, 221,00, 221,50, 222,00, 222,50, 222,90-223,00, 223,50, 224,00, 224,50, 224,90-225,00 e 225,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 212,35, 212,00, 211,50, 211,00, 210,50, 210,10-210,00, 209,50, 209,00, 208,50, 208,00, 207,50 e 207,00 centavos por libra.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dólar e café voltam de onde vieram


Dólar e café voltam de onde vieram
Os ânimos esfriaram novamente com relação à situação da União Européia. As reações são similares a injeções de estimulantes (quando da divulgação de alguma medida paliativa), que com o fim do efeito da dose faz os investidores cair na real e ficarem deprimidos novamente. Os mercados voltaram ao limbo com outra agência de risco falando em revisões negativas das dívidas soberanas, e de técnicos questionando a legalidade dos ajustes que serão “impostos” aos países da zona do Euro. Sorte para aqueles que há algum tempo estão apostando contra a moeda comum. A posição vendida dos fundos estava inclusive tão grande que muitos não dormiam preocupados com uma recuperação provocada por uma eventual cobertura das vendas. A consequência da fuga ao risco fez com que o dólar americano subisse forte na semana negociando aos maiores patamares desde janeiro deste ano. Com isso as principais bolsas de ações do mundo caíram entre 3% e 7%, e os índices das commodities escorregaram 4% em cinco dias. O café não ficou de fora e finalmente trabalhou abaixo de US$ 220.00 centavos por libra, encerrando a semana em Nova Iorque com queda de US$ 16.73 por saca. São Paulo caiu praticamente o mesmo tanto, também sentindo o efeito da desvalorização do real. Já em Londres o tombo foi menor, US$ 4.38 por saca. Os preços internos do café no Brasil entretanto têm se mantido “tabelados”, principalmente para as qualidades melhores que não baixam de R$ 500.00 reais a saca. O resultado é a firmeza do diferencial. Nas outras origens problemas climáticos têm atrasado a chegada de mais café, e problemas de qualidade têm sido mencionados por alguns participantes. Com os embarques vagarosos dos suaves, e a concentração dos estoques em mãos fortes, os países consumidores não terão outra alternativa além de torrar o que estiver por perto. Triste, mais uma vez, que isto não impacte os certificados da ICE, que diferentemente do que eu tinha imaginado vão fechar 2011 acima de 1.5 milhões de sacas. Enquanto isto novas estatísticas para a produção brasileira da safra de 2012/2013 continuam sendo divulgadas e nenhuma delas acredita em um número muito acima de 55 milhões de sacas. Pouco resolve falarmos de fundamentos quando o macro dita o tom da música. O fortalecimento da moeda americana, junto com uma figura técnica negativa para o café, e com os fundos colocando uma posição vendida nos seus livros, em nada ajudam o mercado a recuperar por ora, e com isto o nível de preço do final de 2011 está igual ao do fim de 2010. Mas falar que a situação de disponibilidade de café é confortável e por isso empurra o mercado mais para baixo é exagero dos baixistas. No ano que vem tem mais caros leitores. Aproveito este último relatório de 2011 para desejar a todos vocês um Natal harmonioso e um excelente 2012, repleto de saúde e sucesso. *Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting

Análises - 16/12/2011
Em sessão esvaziada, café amplia perdas na ICE Futures US
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram mais um dia de perdas, com o café consolidando a sua pior cotação do ano e se aproximando da mínima de 12 meses. A sessão foi fraca, com um volume baixo de transações consolidadas. Depois de um início calmo e com a observação de alguns ganhos, a pressão vendedora foi retomada e, até com certa tranqüilidade, novas baixas foram observadas, ainda que o principal suporte para o março, em 213,75, mínima de 17 de dezembro de 2010, não tenha sido testado. A primeira posição aferiu uma perda de 5,55% ao longo da semana. As baixas no café foram técnicas e refletem momento baixista da commodity. Nos mercados externos, a calma prevaleceu, com as bolsas de valores nos Estados Unidos se mantendo próximas da estabilidade e com as commodities, em geral, registrando pequenos ganhos. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque teve queda de 265 pontos com 215,10 centavos, sendo a máxima em 219,05 e a mínima em 214,20 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 270 pontos, com a libra a 217,85 centavos, sendo a máxima em 221,30 e a mínima em 217,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro registrou queda de 8 dólares, com 1.853 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 5 dólares, com 1.897 dólares por tonelada. Segundo analistas internacionais, a sexta-feira passou de um quadro de possível consolidação para nova pressão baixista, com o março batendo nos menores níves de preço do ano. Esses analistas indicaram que as perspectivas de longo prazo para o café continuam solidamente bearish (baixistas). O mercado vem, há meses, em uma composição de baixa, construindo um padrão bastante ordenado nas telas dos gráficos de cotação diária. O nível praticado hoje, por exemplo, está consideravelmente abaixo da média móvel de 200 dias, que um referencial bastante utilizado por operadores para avaliar a tendência para períodos mais extensos. No entanto, o RSI (Índice de Força Relativa) de nove dias mostra que o mercado está praticamente sobrevendido, com um nível em 31% em relação ao fechamento de quinta-feira. A definição de sobrevendido é quando o índice passa a flutuar abaixo dos 30%. Habitualmente, quando o mercado dá a sinalização de sobrevendido passa a operar para uma consolidação ou correção para cima, o que é uma forma segura de manutenção de parâmetros, principalmente com a pouca influência fundamental. Pete DeSario, analista técnico da Elliott Wave International, acredita que o mercado de café deve apresentar uma movimentação corretiva para cima. "No curto prazo nós deveremos operar dentro de um modo altista", disse o especialista que, por outro lado, também avalia o quadro de longo prazo como baixista. Na avaliação de mercado executada sob o esquema da Elliott Wave são levadas em conta ondas que formam determinados padrões. Dentro de um padrão de três ondas o café estaria se desvencilhando de uma segunda formação e, na visão de DeSario, a sexta pode ter sido o dia de mudança, sendo que uma nova onda de recuperação poderia ser formada, com essa tendência tendo uma força considerável, o que poderia fazer com que o mercado tivesse, inclusive, ambição de buscar um patamar próximo da resistência de 268,00 centavos. "Há um bom potencial para ganhos", disse. Em uma visão macro, o especialista destacou o comportamento do índice CRB, que estaria cumprindo um ciclo de ondas de baixa e poderia, assim, ter alguma correção para cima. "Todas as notícias e informações sobre os fundamentos do mercado de café continuam apontando para um equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. Os fundamentos do mercado de café deverão permanecer positivos em 2012. O mercado físico brasileiro de café provavelmente só voltará ao seu ritmo normal de trabalho na segunda semana de janeiro próximo", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 15, somaram 1.056.783 sacas, contra 939.960 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.994 sacas, indo para 1.525.914 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.772 lotes, com as opções tendo 2.450 calls e 998 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 219,05, 219,50, 219,90-220,00, 220,50, 221,00, 221,50, 222,00, 222,50, 222,90-223,00, 223,50, 224,00, 224,50, 224,90-225,00, 225,50, 226,00, 226,50, 227,00 e 227,50-227,60 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 214,20, 214,00, 213,75, 213,50, 213,00, 212,50, 212,00, 211,50, 211,00, 210,50 e 210,10-210,00 centavos por libra.

Artigos - 17/12/2011
Entrada em vigor da medida provisória 545/2011 trará transparência e igualdade
O mercado de café apresentou-se calmo e desinteressado nesta semana que antecede a de Natal. As bolsas de café trabalharam em baixa, acompanhando o desânimo e a desconfiança dos mercados ao redor do mundo com a crise da zona do euro. Ontem, durante evento em Washington, a diretora-gerente do FMI – Fundo Monetário Internacional afirmou que a crise da União Européia está aumentando e requer ação também de países de fora do bloco. No mercado físico brasileiro diminuiu o número de lotes oferecidos no mercado e foram esporádicos os negócios realizados. Compradores e vendedores consideram o ano terminado com a aproximação do período de festas e adiam novos negócios para o início de 2012, quando entrará em vigor a medida provisória 545/2011, de 29 de setembro de 2011. Esta medida provisória altera a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS) na cadeia produtiva do café. A entrada em vigor da medida provisória 545/2011 trará transparência e igualdade de condições para competir aos participantes da cadeia produtiva do café. Todas as notícias e informações sobre os fundamentos do mercado de café continuam apontando para um equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. Os fundamentos do mercado de café deverão permanecer positivos em 2012. O mercado físico brasileiro de café provavelmente só voltará ao seu ritmo normal de trabalho na segunda semana de janeiro próximo. A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 4.207.891 em 30 de novembro de 2011. Uma queda de 251.525 sacas em relação às 4.459.416 sacas existentes em 31 de outubro de 2011. Até o dia 15, os embarques de dezembro estavam em 889.105 sacas de café arábica, 46.645 sacas de café conillon, somando 935.750 sacas de café verde, mais 121.033 sacas de solúvel, contra 939.960 sacas no mesmo dia de novembro. Até o dia 16, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 1.617.220 sacas, contra 1.698.273 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 9, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 16, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 1.265 pontos ou US$ 16,73 (R$ 31,05) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 9 a R$ 544,09/saca e hoje, dia 16, a R$ 528,10/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 265 pontos. Escritório Carvalhaes

Notícias - 18/12/2011
Coréia : importações recorde de café este ano
As importações da Coréia do café saltaram para um recorde este ano como o consumo de cafés especiais se espalha entre os consumidores mais jovens, disse neste domingo a Korea International Trade Association,. Coréia importou um recorde no valor de 508,000 mil dólares de café entre janeiro e outubro, um aumento de US $ 307 milhões ano passado, a agência de comércio estatal disse. Os números de importação continuaram a crescer aqui desde 2000, atingindo a marca de US $ 300 milhões para a primeira vez no ano passado. Importações de café do Brasil representou o maior volume de US $ 100 milhões no ano passado, seguido pela Colômbia, com US $ 91 milhões, Vietnã, com 71 milhões dólares e Honduras, com US $ 65 milhões. Pessoas mais jovens desfrutando café Acredita-se que têm impulsionado o aumento das importações de café, a agência explicou, com cadeias de cafés especiais da casa surgindo em toda parte nos últimos anos. Havia 5.782 casas cadeia do café a partir do ano passado, dos quais as cinco maiores marcas Café Bene, Starbucks, Hollys, Coffee Bean e Angel-in-us café operam cerca de 2.000 localidades. Em meio a popularidade do café especial aqui, a importação de café vietnamita que é usado principalmente para fazer café solúvel diminuiu drasticamente, disse a agência. Café vietnamita viu seu declínio relação drasticamente de 34,8 por cento em 2008 para 13,8 por cento no ano passado, enquanto as importações de café a partir de países sul-americanos, onde os grãos de café arábica de qualidade são cultivadas aumentou durante o período.
Descrição: http://www.agnocafe.com.br/spacer.gif

domingo, 11 de dezembro de 2011

FÍSICO CALMO E FUTURO INDEFINIDO Por Rodrigo Costa


As agências de classificação de risco, que tantas críticas sofreram por não terem avaliado propriamente a situação das instituições em 2008, têm se mostrado mais ativas neste ano. Uma delas nesta semana além de rebaixar notas de alguns bancos europeus, também ameaçou diversos países da União Européia em colocá-los em revisão-negativa.
Os mercados acionários entretanto se contentaram com as medidas do Banco Central Europeu em prover crédito ilimitado durante 36 meses para os bancos da zona do Euro, cortar o requerimento de reservas bancárias em 1% e incrementar o número de ativos aceitos como colateral para empréstimos cedidos pelo próprio BCE.
Os índices das commodities por outro lado cederam nos últimos cinco dias, pesando com o desempenho negativo de 7.45% do gás-natural, 6.33% do trigo, 4.63% do cacau, e 4.31 do suco de laranja. Na verdade dos componentes do CRB só o níquel subiu na semana.
O café em Nova Iorque não saiu de dentro do intervalo entre US$ 225 e US$ 240 centavos, mais uma vez devolvendo ganhos de uma sessão para a outra, com volumes negociados relativamente baixos.
Com a proximidade das festas do final de ano, com diversos jantares e comemorações acontecendo, e uma movimentação fraca nas origens, nos dá a impressão de que as necessidades de compras e vendas no mercado físico estão equalizadas para as próximas semanas.
A divulgação das exportações brasileiras de 2,99 milhões de sacas em novembro, geraram mais uma rodada de discussões com relação ao tamanho da safra-corrente, e por consequência do potencial da seguinte. Os baixistas apontam para o fato dos embarques nos cinco primeiros meses do atual ano safra serem o 2º maior da história, acima inclusive de Jul-Nov de 2002.
Os altistas contra argumentam que o volume alto exportado até agora, tornará ainda mais apertado o quadro na primeira metade de 2012, já que as exportações cairão muito. Apenas para referência, na safra 02/03 o país exportou 29.49 milhões de sacas, número que se repetido não causa sobras significativas.
Outro país que deve exportar bastante é o Vietnã, que em dezembro deve embarcar algo próximo de 2.5 milhões de sacas.
Do lado dos suaves os números absolutos de exportação ficam pequenos, ainda que percentualmente o incremento de um ano a outro seja grande, como por exemplo Honduras, que no mês passado embarcou 123 mil sacas, bem mais do que os 40 mil exportados no ano anterior.
A Colômbia deve decepcionar mais uma vez, com a produção de 11/12 eventualmente nem chegando à casa dos 8 milhões de sacas.
Como o amigo leitor pode notar, não há muito a ser falado de novo. Embora as commodities tenham aparentemente descolado um pouco do movimento de outros ativos de risco, creio que inevitavelmente o macro continuará influenciando.
Tecnicamente o mercado está vacilando demais para subir, mesmo com fundos montando uma pequena posição comprada, o que não é muito animador. Mesmo assim os US$ 220 centavos continuam intactos, e o Euro, sabe-se lá o porquê, tem se mantido firme.
Portanto, ficar vendido não parece uma posição confortável.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,

*Rodrigo Corrêa da Costa 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tampar o sol com a peneira.

Tampar o sol com a peneira.


O mercado de café esta tecnicamente dentro de uma bandeira de baixa, e em uma clara tendência de baixa na bolsa onde fica clara a força vendedora e quem desde este período esta comandando este mercado, realmente um mercado bear.

Flamula conforme os ventos vão levando, uma noticia de possível melhora nas economias o mercado tenta reagir, mas logo a realidade bate forte.

A macro economia vem dando o tom desde a ultima alta, rebaixamento de notas por agencias de risco mostram o nervosismo do mercado e quão seria e esta crise.

O relatório de que o bloco econômico europeu cresceu no ultimo trimestre apenas 0,2% do seu PIB, so não foi prior do que o relatório do IBGE onde deu valor zero para economia brasileira.

Grandes instituições econômicas como Deuche Bank ou o Creidit Suisse esta semana mostra preocupação com as commodities, onde a alavancagem usada por empresas esta ameaçada e o financiamento também.

A exportação brasileira que foi Record na safra Record do ano passado transferiu estoques para os países consumidores, o que nos leva a acreditar que o mercado pode estar abastecido para passar este inverno, o que vemos claramente o desinteresse por parte das casas comercias em comprarem no físico.

O equilíbrio do mercado tem como o Brasil seu maior produtor mundial, como ancora, mas não podemos deixar de comentar que este ano, tivemos tsunami no Japão, e desaquecimento nas mais importantes economias mundiais, inclusive internamente e acreditar que o consumo se manterá inalterado me parece uma conclusão precipitada e infantil.

Os fundamentos me parecem ameaçados, café é uma bebida que não entra na classe de alimentos indispensáveis, a florada realmente foi boa, o tempo vem correndo bem, o abortamento em parte da florada, principalmente quando ela é grande, é normal, os tratos culturais estão acima da media, o que é natural pelo preço praticado pelo mercado acima da media neste ultimo ano safra, os produtores capitalizados estão conseguindo segurar mercadoria o que pode ser uma faca de dois gumes, ou seja, segurar café pode significar a união de duas safras, o que pode ser horrível para quem produz em relação a cotações futuras.

O mercado vem tecnicamente se consolidando, e o rompimento para um dos lados desta consolidação leva o mercado com muita força para um dos dois lados, mas para mim para que haja uma nova corrida de preços devemos ter algum fator climático que não esteje calculado, como uma seca no verão brasileiro, pois as chuvas nos países centrais já foram absorvidas, e os blends devidamente alterados.

Às vezes acredito que o mercado quer é que o produtor segure o café, pois é o único que teria condição de fazê-lo a estes preços, qualquer problema sobe-se o preço e compra o café.

O ano esta acabando, os produtores deve estar envolvido com os tratos culturais, o que é a única coisa que ele deve fazer cuidar do patrimônio, pois pior do que uma queda nos preços é não ter café para vender.

A crise realmente é seria todo cuidado neste momento é pouco.

Para os trader que querem pegar a onda esperar o rompimento da Ice de $2,20 para vender ou rompimento de $2,52 para comprar no momento nada a fazer.

Boa semana, e fiquem com Deus.

Wagner Pimentel

www.cafezinhocomamigos.blospot.com

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

mercado internacional 21-11-2011

Colombians, UGQ, were offered FOB, for Dec./Jan. shipment from 19¢ to 20¢ over Mar. “C.” Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, Dec./Jan. shipment from 23¢ to 24¢ over Mar. “C.” Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Dec. through Mar. equal shipment from 10¢ over the relevant months “C.” Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Dec. through Mar. equal shipment from 12¢ over the relevant months “C.” Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Dec. through Mar. equal shipment from 3¢ to 5¢ over the relevant months “C.” Santos 3/4s were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from 9¢ to 8¢ under Mar. “C.” Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for Dec. shipment from 37¢ to 40¢ over Jan. London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Nov./Dec./Jan. crossing from 7¢ over Mar. “C.” Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb. shipment from 6¢ over Mar. “C.” High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 7¢ to 8¢ over the relevant months “C.” Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Jan./Feb. shipment from $5 over Mar. “C.” Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $12 to $13 over, per 46 kilos, Mar. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $16 to $18 over the relevant months “C.” Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Dec. through Mar. equal shipment from $18 to $21 over, per 46 kilos, the relevant months “C.” Strictly hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Jan. through May equal shipment from $30 to $31 over, per 46 kilos, the relevant months “C.” Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Dec. through Mar. equal shipment from $5 over the relevant months “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $9 to $10 over, per 46 kilos, Mar. “C.” Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $12 over, per 46 kilos, the relevant months “C.” Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Jan./Feb./Mar. equal shipment were offered FOB from $14 to $15 over the relevant months “C.” High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $2 over Mar. “C.” Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $7 over the relevant months “C.” Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $2 under Mar. “C.” Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $3 under Mar. “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Dec. shipment from 26¢ over Jan. London. Vietnam robustas, grade 1, were offered exdock for Dec. shipment from 24¢ over Jan. London. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Dec. shipment from 22¢ over Jan. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Dec. shipment from 24¢ over Jan. London.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

aversão ao risco

O ambiente externo de aversão ao risco ficou agravado pelo pedido de concordata da corretora MF Global. O trader John Wolthers, da exportadora de café Comexim, de Santos(SP), informou que a Bolsa de Nova York liberou uma parcela do dinheiro aplicado pela Comeximem operações de hedge, por intermédio da MF Global. No entanto, os recursos para pagamentode margem diária, entre outros, ainda não foram devolvidos. Estima-se que cerca de US$ 600 milhões dos clientes da MF Global simplesmente sumirampouco antes do colapso da corretora. O trader salientou que se não houver a devolução integral atodos os clientes da corretora poderá ocorrer uma crise sistêmica.

domingo, 30 de outubro de 2011

Somos sete bilhões

Somos sete bilhões




A semana começa com a perspectiva que atingiremos o numero de sete bilhões de seres humanos habitando na terra, o numero chama a atenção pelo seu tamanho e por ser um numero redondo, mas no dia seguinte já seremos mais, não iremos parar só nisso.

A responsabilidade dos produtores de alimentar tantos nos traz a certeza que um dia o mercado ira valorizar aqueles que dedicam sua vida a agricultura.

Os consumidores não param de nascer , portanto o caminho não tem volta , teremos sempre que produzir mais, mas a terra e a água são finitas, portanto a valorização dos produtos vindo da terra é uma certeza. Esta certeza é que ajuda aos produtores de todos os setores no Brasil, um país com terras férteis e produtivas, mas sem nenhuma ajuda por parte dos comandantes da política agrícola brasileira.

Há poucos dias um dos ministros deposto por denuncia de corrupção, já foram seis neste governo em menos de um ano de mandato, foi o ministro da agricultura, mas o atual ministro por enquanto não apresentou grandes novidades, vamos aguardar para ver o que vem.

No nosso país a política de preço mínimo que seria para garantia mínima de renda para o agricultor nunca funcionou, os nossos irmãos produtores de arroz estão sentindo isto na pele, ou seja, quando estamos no fundo do poço é lá que ficamos até que o mercado sinta a necessidade dos produtos e o mercado reage por si só , e o produtor recupera um pouco de sua alto estima, paga as contas e começa de novo.

Estimativa de safra decente não tem, no nosso ramo que é o café, se usarmos os números da Conab estaríamos torrando outro produto que não café, pois o numero não fecha, o consumo mais exportação é maior que a produção, e gostaria saber onde estão os produtores de 17 sacas ou de 22 sacas por hectare, pois os que conheço, estão pelo menos perto do dobro disto, sem se falar nos produtores de conilon, que realmente é outro nível sua produtividade.

Não temos infra estrutura para escoamento da produção, não temos política de preço mínimo, não temos custeio, não temos política de armazenamento e não temos política para regular a comercialização, esta é a realidade do produtor brasileiro.

O café que passou por mais de uma década de preços abaixo dos custos, passa por um momento destes, o mercado entendeu que a produção esta muito perto do consumo, os estoques ficaram perigosos e o mercado reagiu, sem a menor interferência política, portanto hora de olhar para frente e tomar as rédeas deste mercado, temos que agir e olhar para o futuro, se nada for feito a tendência de baixa visualizada no gráfico e ainda não sentida pelo produtor pode deixar uma verdadeira montanha de viúvas arrependidas por segurarem o café e não aproveitar o preço.

Os produtores de café precisam urgente de uma política cafeeira para proteger seus interesses, pois se não tiver esta liderança não adianta vir com artigos dizendo em pane de produção, o mercado não acredita e a florada que foi vista nos últimos dias nas zonas produtoras desmente a tese da pane.

O que produtor precisa é de informação coerente e de uma política descente de garantia de preços e de comercialização dos produtos, algo conseguido este ano pela baixa produtividade e pelo valor pago ao café pelo mercado, mas para o próximo ano voltamos ao mesmo problema, ciclo alto de produção, baixo financiamento, pouca capacidade de armazenamento velhos problemas insolúveis onde deve acarretar em preços mais baixos.

Vamos comemorar os sete bilhões de habitantes e os novos consumidores que trarão a demanda do mercado, esta é a boa noticia o mundo não para com crise ou sem ela.

Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe

Wagner Pimentel

WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Café despenca na ICE com vendas especulati​vas generaliza​das - 25/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma terça-feira negra, com as cotações caindo mais de 6%, em um dia de realizações e de liquidações generalizadas de fundos e especuladores. Após duas sessões consistentes, nas quais os preços conseguiram romper resistências e se posicionar em níveis considerados positivos, a terça foi marcada por fazer com que esses ganhos recentes fossem prontamente perdidos. As ordens de venda começaram ainda no início do dia, com uma volatilidade forte sendo observada, com a primeira posição variando mais de 1.600 pontos.

Na segunda metade do dia, com o acionamento de novos stops de venda, as perdas se consolidaram e o dezembro voltou a se posicionar abaixo do nível de 240,00 centavos. Operadores indicaram que os baixistas, tão ativos até recentemente, tomaram, novamente, as rédeas dos negócios e efetuaram realizações ao longo do dia.
Além disso, o mercado ainda refletiu, ainda que em muito menor grau, as incertezas sobre um plano de capitalização dos bancos da União Européia. A decisão sobre esse projeto deve ser conhecida nesta quarta-feira. Na segunda, a expectativa era de que o plano seria aprovado, o que fez com que os mercados se animassem consideravelmente, no entanto, após um pronunciamento da chanceler alemã Angela Merkel, indicando as dificuldades de o projeto se consolidar, um novo temor se abateu, principalmente entre os players que atuam em segmentos de maior risco.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve perda de 1.425 pontos com 236,55 centavos, sendo a máxima em 252,50 e a mínima em 235,60 centavos por libra, com o março tendo baixa de 1.370 pontos, com a libra a 239,90 centavos, sendo a máxima em 255,00 e a mínima em 239,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 59 dólares, com 1.831 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 58 dólares, com 1.873 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o mercado ignorou nesta terça-feira os aspectos fundamentais. Ainda que a América Central e o México continuem sofrendo com chuvas fortes e com a passagem de um novo furacão, os vendedores se mantiveram ativos, realizando lucros, e permitiram que os níveis de preço da semana passada votassem a ser praticados.
"Foi uma sessão técnica, com predomínio das realizações. Alguns players se mostram cautelosos com o cenário macroeconômico, principalmente com a situação da União Européia. E isso reflete também nas liquidações", disse um trader. No entanto, esse comportamento não foi predominante nos segmentos de commodities. Alguns ganhos expressivos, quase 2%, foram verificados no petróleo e no ouro (mais de 2%), o que, inclusive, permitiu que o índice CRB encerrasse o dia com valorização, ainda que bastante modesta.
O Centro Nacional de Furacões, localizado em Miami, EUA, informou que mantém-se com ventos de 160 quilômetros horários a tormenta Rina, que se dirige ao México. O Rina já pode ser considerado um furacão e deve atingir Yucatán nas próximas horas, afetando populares balneários, como Cancún e Cozumel. O sistema está a 335 quilômetros a sudoeste das ilhas Grand Caynab. A América Central ainda luta para recuperar-se das chuvas torrenciais que provocaram mais de 100 mortes em inundações e deslizamentos de terra.
As remessas internacionais de café do Vietnã deverão fechar este mês de outubro com queda de 47,4% em volume, mas ter crescimento de 19,3% em receita se comparado com o mesmo mês de 2010, segundo o Escritório Geral de Estatísticas. A estimativa é que as exportações somarão 30 mil toneladas, ou 500 mil sacas, avaliadas em 68 milhões de dólares. O Escritório também revisou a estimativa das exportações de setembro para 27 mil toneladas, abaixo da previsão anterior de 30 mil toneladas.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 24, somaram 1.773.224 sacas, contra 1.536.826 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 19.036 sacas, indo para 1.296.177 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 36.585 lotes, com as opções tendo 4.953 calls e 4.772 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50, 256,00, 256,50, 257,00 e 257,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 235,60-235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50, 233,00, 232,50, 232,00, 231,50, 231,00 e 230,50 centavos por libra.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nina Return Threatens Coffee Crop Outlook

Nina Return Threatens Coffee Crop Outlook  
  DOW JONES NEWSWIRES
 Coffee prices could soar higher if climatic phenomenon LaNina further pinches the already-constrained supply of coffee beans produced inCentral America and Columbia, analysts and weather organizations told Dow JonesNewswires Tuesday.   The price of coffee on the Intercontinental Exchange has already soared by25% over the past 12 months as severe flooding hindered crop development. Thereturn of La Nina--a periodic climatic phenomenon that brings more rain to thewestern pacific and which devastated the production of agricultural crops inAustralia, South America and the U.S. late last year--is now threatening tosend prices higher once more. Colombia is a top producer of Arabica beans.   "Bad weather has resulted in stunted Colombian coffee production and this isa major reason behind the current elevated price environment," Keith Flury,senior soft commodity analyst at London-based Rabobank said. "If weatherconditions continue to reduce expectations about the 2011-12 Central Americanand Colombian coffee crop, prices could easily retrace to the 2011 highs," headded.   Colombia's coffee federation in recent months has blamed the heavier thanusual rains for a drop in coffee production, and the last devastating rainswiped out huge swathes of agriculture and generated an increase in ahumidity-induced fungus known as roya which damaged some crops.   And if weather forecasters are correct, there is more rain on its way.   The U.S. National Weather Service predicts la Nina to gradually strengthenand continue through the upcoming winter. The British Weather Services (BWS)also shares the same view.   "We expect La Nina to return over the coming few months, peaking in January,maybe a little weaker than last year but there is good evidence of a returnspike," said Jim Dale, senior meteorologist at BWS. "That projects intopotentially very wet conditions for northern parts of South America and CentralAmerica."   At 1510 GMT, ICE coffee was down 61 cents at $2.48 a pound.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sara Lee Sells Most Of North American Foodservic​e Coffee Ops ToSmucker For $350M 24/10/2011

Sara Lee Sells Most Of North American Foodservice Coffee Ops ToSmucker For $350M  Mia Lamar and Annie Gasparro   Dow Jones Sara Lee to discontinue Senseo coffee business in North America in March2012 Sara Lee and Smucker also strike licensing agreement to develop liquidcoffee technologies Shares of Sara Lee recently trading flat at $17.77, up 1.5% this year   Sara Lee Corp. (SLE) has sold the majority of its NorthAmerican foodservice coffee and tea operations to J.M. Smucker Co. (SJM) for$350 million in cash.   The move underscores Sara Lee's continuing efforts to slim down the packagedfoods company, while it is in the process of splitting apart, into aninternational coffee and tea business and a North American business thatincludes the Jimmy Dean and Hillshire Farms brands.   Sara Lee has been selling off non-core businesses in order to narrow itsfocus for the past few years. "This falls in line with those efforts,"Morningstar analyst Erin Lash said. "It's one more aspect that they're tryingto trim before the split."   Shares of Sara Lee recently traded flat from Friday's close at $17.77. Thestock is up 1.5% this year.   "Our decision to sell a major part of this business to Smucker is an exampleof Sara Lee Coffee and Tea's renewed focus on sustainable, profitable growthand part of our mandate to create the strongest possible pure-play company,"said Executive Chairman Jan Bennink. The deal is expected to close in thebeginning of next year.   Also Monday, Sara Lee said that its Senseo coffee business in North Americawill be discontinued as of March 31, 2012, with the exception of select onlinechannels. Sara Lee plans to sell or close the remaining assets of the NorthAmerican coffee business.   Sara Lee's exit from Senseo marks a departure from the single-serve coffeebrewer industry, which has been growing rapidly in the U.S. with Green MountainCoffee Roasters Inc. (GMCR) Keurig machines.   Smucker was already the largest U.S. roaster, but the deal with Sara Leecould give them some pricing clout, a commercial coffee trader said. The dealisn't expected to affect overall coffee prices since it doesn't imply newbrands or a greater purchase of coffee beans.   Sarah Lee's North American foodservice beverage business currently employsabout 690 people and generated net sales of approximately $530 million infiscal 2011, of which around $285 million was associated with the assets soldto Smucker. The companies anticipate about 450 people will transfer to Smuckerfollowing finalization of the agreement.   In addition to the sale, Sara Lee and Smucker have struck a licensingagreement to together develop liquid coffee technologies. As a result of theagreement, Sara Lee said it will receive a 10-year income stream of about $50million, plus growth-related royalties, which will help cover its research anddevelopment and other support expenses.   Smucker's coffee business, which features brands like Folgers, is its largestby sales. In a statement, Smucker Chief Executive Richard Smucker said theagreement would further strengthen the company's position in the North Americancoffee market.   "The addition of liquid coffee concentrate to the Smucker portfolio alignswith our desire to compete in all forms of coffee, adding to our roast andground, single serve, instant, and ready-to-drink platforms," Smucker said.   Like many other food makers, Sara Lee has lately faced a number of economicheadwinds, including shaky consumer mood and rising commodity costs. Fiscalfourth-quarter earnings slid 41%, though core earnings came in line withanalyst expectations, amid continued cost pressure on its bottom line.

Café na ICE mantém tendência de alta e rompe os US$ 250 cents/lb - 24/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com ganhos, em uma sessão caracterizada por boas ordens de compras de especuladores e fundos. O café seguiu o otimismo dos segmentos externos e também refletiu a continuidade do temor com as chuvas que assolam a América Central e o México. Com isso, o nível de 250,00 centavos de dólar por libra peso foi, finalmente, rompido, o que, tecnicamente, é um sinal de fortalecimento do cenário gráfico, que vinha, há semanas, registrando indicadores baixistas.

O fechamento do dia se deu no nível mais alto desde 21 de setembro. A expectativa do mercado era para o dezembro conseguir se posicionar acima do nível de 246,55 centavos, o que rapidamente foi conseguido na sessão. Com isso, abriu-se espaço para o acionamento de ordens de compra, com a observação de alguns stops, e, inclusive, o rompimento do patamar de 250,00 centavos. A expectativa, agora, reside na manutenção da força técnica dos contratos, sendo que um alvo importante seria os 251,95 e 260,20 centavos, essa marca registrada em 20 de setembro passado.
O dia foi positivo para os mercados internacionais, que viram bons ganhos para as bolsas de valores, por exemplo. O dólar teve uma nova fraqueza, o que estimulou as altas das commodities. O índice CRB teve valorização de mais de 2%, com destaque . No fim de semana, os líderes europeus estiveram reunidos na cúpula da União Européia, que praticamente definiu a divulgação de um plano de recapitalização dos bancos da região. Além disso, dados sobre a indústria manufatureira da China, melhores que os esperados por analistas, deram ânimo para os mercados. Alguns dados potenciais sobre indicadores econômicos dos Estados Unidos também foram bem recebidos.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve ganho de 595 pontos com 250,80 centavos, sendo a máxima em 251,50 e a mínima em 243,10 centavos por libra, com o março tendo alta de 605 pontos, com a libra a 253,60 centavos, sendo a máxima em 254,35 e a mínima em 245,95 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 22 dólares, com 1.890 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 25 dólares, com 1.931 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, a continuidade das compras no segmento de café seguiu o bom humor externo, mas também não descartou o aspecto fundamental. Muitos players se mostram temerosos com a continuidade das chuvas na América Central e no México e uma nova tormenta que passa a atingir as duas regiões, o que deverá ampliar ainda mais as precipitações.
"Continuamos a registrar aquisições e o nível que era uma referência na linha gráfica diária foi rapidamente rompido. Subimos fortemente e a expectativa é que possamos continuar esse quadro de fortalecimento, principalmente se os mercados externos ajudarem", disse um trader.
"Ainda que safras grandes se confirmem para as duas principais origens produtoras, não há um sentimento de tranqüilidade em termos de abastecimento. Prova disto é o maior torrador do mundo dizer que os preços do café devem continuar altos, e preocupados com o abastecimento no longo prazo prometem distribuir mudas de café conillon no Espírito Santo — algo que já é feito em outros países produtores. Em resumo, continuaremos vendo o café ser influenciado pelo movimento macroeconômico, e uma alteração forte do dólar pode sem dúvida evitar uma continuação da alta. Porém o quadro fundamental está em equilíbrio, e embora as perspectivas de safras tenham aumentado, não há uma folga confortável para acreditarmos em quedas abaixo de 220,00 centavos por libra em Nova Iorque", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, consultor da Archer Consulting.
A tormenta tropical Rina se formou no Caribe ocidental sobre a costa da América Central e ameaça com novas chuvas fortes essa região que já encontra-se inundada, indicaram serviços de meteorologia dos Estados Unidos. O Rina há dois dias cobre a costa como uma depressão externa e agora se converte em tormenta que poderia atingir Belize e a península mexicana de Yucatán. Essa tormenta tem ventos sustentados de 65 quilômetros por hora e deverá se fortalecer nas próximas 48 horas, trazendo, no mínimo, cerca de 150 milímetros de chuvas. O olho do Rina está a 200 quilômetros ao noroeste de Cabo Gracias a Dios, na fronteira da Nicarágua com Honduras.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 21, somaram 1.538.259 sacas, contra 1.536.826 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 8.907 sacas, indo para 1.315.213 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 20.309 lotes, com as opções tendo 5.851 calls e 4.024 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 251,50, 252,00, 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50 e 256,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 243,10-243,00, 242,50, 242,00, 241,50, 241,00, 240,50, 240,10-240,00, 239,50 e 239,00 centavos por libra.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Com foco no campo fundamental, café fecha com ganhos na ICE 19/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em uma sessão que predominantemente os participantes se mostraram compradores. Mesmo com os mercados externos passando a ficar pressionados no período da tarde, com novas notícias negativas sobre a economia, os ganhos do café pouco foram abalados.

Operadores ressaltaram que várias compras foram processadas por players que buscam proteção ante a incerteza dos danos provocados por fortes chuvas que continuam a ser registradas na América Central, México e na Colômbia. Dessa forma, o comportamento dos arábicas no dia esteve muito mais atrelado a aspectos fundamentais que técnicos, o que impediu uma "contaminação" da retomada do mau humor dos segmentos externos.
Dados do Federal Reserve divulgados na tarde desta quarta-feira apontaram que a economia dos Estados Unidos se mostra em expansão, mas num ritmo bastante modesto. O equivalente ao Banco Central norte-americano ainda sustentou que se verifica uma piora nas condições financeiras, com redução da demanda por crédito, o que deprimiu o mercado, elevando os investimentos mais seguros. Os dados do Fed foram lidos como "desanimadores" por participantes e isso ficou estampado em indicadores de mercado, como as bolsas de valores norte-americana, que caíram ao final do dia. Segmentos de maior risco, como as commodities, também foram pressionadas. O dólar encerrou o dia com perda de 2,5%.
As constantes chuvas que se registram nos últimos dias no México deixaram apenas no Estado de Tabasco mais de 250 mil pessoas desabrigadas. Na Colômbia, as precipitações fizeram com 32 pessoas morressem desde o começo de setembro. Segundo a emissora de TV TeleSur, também são verificados problemas causados pelas chuvas em várias nações da América Central.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 465 pontos com 236,15 centavos, sendo a máxima em 239,25 e a mínima em 230,90 centavos por libra, com o março tendo ganho de 445 pontos, com a libra a 239,10 centavos, sendo a máxima em 242,00 e a mínima em 234,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou baixa de 14 dólares, com 1.872 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 14 dólares, com 1.899 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o café volta a se movimentar sem um direcionamento técnico mais concreto. No dia, a predominância foi de fatores fundamentais, ao passo que também há a influência dos segmentos externos para o andamento recente do café. "O suporte mais efetivo atual, que seria em 225,00-215,00 centavos, não vem sendo testado, mas também não conseguimos progredir para resistências mais básicas, como 240,00 centavos", disse um trader.
"Estamos conversando com alguns players e alguns se mostram receosos que a Colômbia volte a ser atingida por um cenário de chuvas intensas como as verificadas na temporada passada. Apesar de o fenômeno El Niña não estar atuando, o que se vê é um volume muito alto de precipitações, inclusive em áreas produtoras. Ainda não temos dados sobre os efeitos dessas chuvas nas zonas produtoras, mas elas poderão, sim, representar uma baixa nas estimativas de produção", disse um trader.
As exportações de café de Uganda projetadas para outubro deverão ter um aumento de, ao menos, 6%, com a utilização de mais estoques para cumprimento de obrigações contratuais, indicou a Autoridade para o Desenvolvimento do Café de Uganda. As remessas deverão atingir 200 mil sacas, contra 188.012 sacas remetidas ao exterior pelo país africano em outubro do ano passado.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 18, somaram 1.128.115 sacas, contra 1.223.979 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 350 sacas, indo para 1.365.572 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 18.317 lotes, com as opções tendo 9.085 calls e 3.136 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 239,25, 239,50, 239,90-240,00, 240,50, 241,00, 241,50, 242,00, 242,50, 243,00, 243,50 e 244,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 230,90, 230,50, 230,10-230,00, 229,50-229,40, 229,00, 228,50, 228,35, 228,10-228,00, 227,50, 227,00, 226,50, 226,00, 225,50 e 225,10-225,00 centavos por libra.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudas de café vendem ‘como pãozinho quente’ com alta de preço

Mudas de café vendem ‘como pãozinho quente’ com alta de preço
Lucia Kassai
As mudas de café no País, maior produtor mundial do grão, estão vendendo “como pãozinho quente”, enquanto produtores buscam melhorar o rendimento das plantações após o aumento de 23 por cento nos preços nos últimos 12 meses.     “Vendi quase todas as mudas que tinha”, disse hoje Ronaldo Nogueira de Medeiros, produtor de mudas, em entrevista por telefone de Três Pontas, maior município produtor de café do Brasil. “Trabalho no setor há dez anos e nunca vi isso acontecer.”     Os primeiros pedidos chegaram antes que as mudas fossem plantadas, disse Nogueira. Os fazendeiros querem substituir as árvores velhas e com baixo rendimento por novas.     O plantio de novas mudas começa em novembro e dura até março em Minas Gerais, estado responsável por 50 por cento da produção de 43,1 milhões de sacas de café de 60 quilos deste ano, disse a Companhia Nacional de Abastecimento em 13 de setembro. As árvores começam a produzir dois anos e meio após o plantio.  Lucia Kassai - Bloomberg   

domingo, 16 de outubro de 2011

Rodrigo Corrêa da Costa - VOLTANDO PARA DENTRO DO INTERVALO DE 240/270 - Mercado de Café – Comentário Semanal - de 10 a 14 de outubro 2011

As bolsas de ações tiveram um desempenho robusto na semana, com ganhos entre 2% e 8% nos principais pregões do mundo.

O motivo para a recuperação veio mais uma vez da Europa, com os seus líderes desenhando estratégias para demonstrar ao mercado que os bancos da região serão de alguma forma ajudados.
O inevitável calote da Grécia está prestes a acontecer de fato, não com este nome horroroso, é claro, mas através de um desconto dos títulos do país que pode chegar a até 60%. A idéia por trás do plano é evitar que os seguros (CDS) sejam acionados, o que sangraria ainda mais o sistema financeiro.
Com a diminuição do medo do investidor o dólar perdeu força e o índice CRB das commodities subiu 4.50% nos últimos cinco dias.
O café depois de apanhar feio na semana retrasada conseguiu sair das mínimas recentes, dando a impressão que o nível de US$ 220.00 centavos por libra em Nova Iorque será um suporte forte e improvável de ser rompido – a não ser que o câmbio desvalorize para R$ 2.00.
A subida de US$ 20.11 por saca em Nova Iorque foi parcialmente seguida por São Paulo, que teve uma alta de US$ 14.80, enquanto Londres firmou apenas US$ 3.18 por saca. Acredito que a arbitragem vai continuar enfraquecendo com a subida do “C” na mesma proporção que vimos, algo em torno de um terço – ou seja para cada US$ 15 centavos de ganho na ICE a BM&F vai subir US$ 10 centavos , diminuindo assim o diferencial positivo para o café do Brasil. Por outro lado acho improvável a arbitragem voltar à território negativo até o fim do ano, isto porquê também não creio que NY tenha força para ir muito acima de US$ 280 centavos.
O encarecimento do café do Brasil praticamente tira o país do mercado, que se volta para a safra nova de Colômbia, Vietnã e de outros países da América Central. No mercado “spot” falta café fino brasileiro, e mesmo que a contragosto os torradores acabam tendo de comprar alguns suaves que não trazem boas lembranças a eles.
A organização internacional do café, OIC, divulgou na semana sua estimativa da produção de 2010/2011, 133.6 milhões de sacas. Com um consumo estimado em 135 milhões de sacas para o ano de 2010, e uma safra brasileira menor, o déficit deve estar por volta de 5 milhões de sacas no atual ano-safra 2011/2012. Lembrando que a estatística da entidade é alimentada por números fornecidos por seus associados.
Os volumes negociados na bolsa melhoraram com a subida dos preços, e os fundos que estavam vendidos em 10,895 contratos na terça-feira dia 11 de outubro, devem ter liquidado apenas uns 1,500 lotes até a sexta-feira, o que é pouco e dá munição para a continuação do rally.
Sendo assim podemos esperar mais altas, e caso os investidores não voltem a ter medo do fim do mundo, creio que ficaremos dentro do intervalo de negociação entre 240 e 270 centavos por algum tempo – níveis que sugeri nas minhas apresentações em alguns seminários desde março último.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa

PROMETEU E A ÁGUIA - Mercado de Açúcar – Comentário Semanal – de 10 a 14 de outubro de 2011

O mercado de açúcar fechou a semana com alta em todos os meses, reforçando nossa tese aqui expressa por diversas vezes de que quedas acentuadas nos preços do açúcar constituem-se na maior parte das vezes em excelentes oportunidades de compra. O vencimento março de 2012, se valorizou em 260 pontos na semana, ou 57 dólares por tonelada, encerrando o pregão de sexta-feira em 27,86 centavos de dólar por libra-peso, a maior alta em quatro semanas. Os demais vencimentos até outubro de 2013 valorizaram entre 190 e 240 pontos, de 43 a 53 dólares por tonelada.




Como pano de fundo dessa melhora no cenário fundamentalista temos o retorno do bom senso que mostra que a velha situação da oferta e demanda de açúcar por parte do Brasil continua sendo um problema que paira sobre a cabeça do mercado. Uma espada pendurada por um tênue fio. Na semana, as commodities deram um show de recuperação, e o açúcar foi a segunda que mais subiu (10.8%) atrás apenas do suco de laranja.



Corroborando com isso, o mercado físico na exportação tem ofertas de março mais 130/150 pontos para embarque em outubro FOB Santos. Para embarque novembro as ofertas estão entre 140/150 acima do março. As cotações são de corretores europeus.



O cenário macro mundial ajudou com Merkel e Sarkozy fazendo declarações de apoio ao sistema bancário europeu, deixando os investidores mais aliviados. Nos fundamentos do mercado açucareiro, noticias sobre enchentes na Tailândia, compras da Malásia e os números sem surpresa da UNICA alimentaram o apetite voraz dos altistas. Por outro lado, interessante o bastante, observa-se que a volatilidade das opções caiu na semana, o que mostra que muita gente vendeu opção para agregar valor às fixações e não acredita em recuperação da volatilidade em função da ausência de novos especuladores com tantas restrições que estão a caminho por conta de regulamentações a serem impostas pelos órgãos oficiais americanos. Veja mais abaixo.



Prometeu, na mitologia grega, era um titã, irmão de Atlas (aquele que foi condenado por Zeus a carregar o mundo às costas) e um defensor da humanidade. Dono de capciosa inteligência ele roubou o fogo de Zeus e o levou para os mortais que não conheciam o fogo. Zeus ficou fulo da vida e o puniu pela ousadia, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia vinha lhe comer o fígado todo dia - que crescia novamente no dia seguinte. Quem está no dia-a-dia do mercado de açúcar, sente-se um pouco como Prometeu, tendo o fígado devorado todo o dia com noticias, oscilações e incompetências oficiais que nos deixam amargo até o dia seguinte, quando então retomamos novamente nossas energias para tentar descobrir para onde esse mercado vai. Prometeu somos nós, o mercado é a águia.



Na semana que vem o CFTC, órgão oficial americano que regula as bolsas de commodities, deve finalizar e votar os regulamentos finais que irão programar os limites de posições especulativas de uma série de commodities dentro do âmbito da lei Dodd-Frank. O CFTC, de acordo com a nova lei, cuja audiência no senado americano deve ocorrer em novembro, vai estabelecer limites nos contratos futuros e também de swaps, estes últimos deverão ser obrigatoriamente compensados pelas bolsas. A proposta é que o limite de posição especulativa seja de no máximo 25% da posição em aberto. Não sei até que ponto essas restrições não podem acabar com a liquidez dos mercados ou trazer a volatilidade para níveis que desencorajam a especulação e consequentemente afastam os investidores.



O mercado interno de açúcar experimentou queda de preços, mas segundo um experiente trader, algumas empresas com problemas de fluxo de caixa derrubaram os preços no mercado interno para honrar compromissos de curto prazo. Para ele, os números da cana são os mesmos e os preços deverão se recuperar muito brevemente.



No Brasil nada menos do que cinco ministérios são necessários para se tomar alguma medida no mercado de combustível. Uma verdadeira farra com o dinheiro do contribuinte. Está sendo discutido o financiamento do governo federal para estocagem de etanol que deverá ser colocada em prática entre janeiro e abril de 2013. Ou seja, o que deveriam ter feito em 2009, quando o setor estava com a corda no pescoço após a crise econômica mundial, entrará em vigor em 2013, depois de passar pelo crivo desse pessoal todo. Nosso exemplo de competência para o mundo.



Reserve na sua agenda para não perder a vez: o XVII Curso Intensivo de Futuros, Opções e Derivativos da Archer Consulting está agendado para os dias 27, 28 e 29 de março de 2012, em São Paulo. Mais de 500 profissionais do mercado do Brasil e do Exterior já fizeram o Curso.



O Fundo administrado pela Archer Consulting, que esperamos disponibilizar para mais investidores num futuro bem próximo, atingiu uma rentabilidade para o investidor de 101,0514 % líquidos ao ano, com apenas 196 dias de existência.



Bons negócios e um excelente final de semana para todos.



Arnaldo Luiz Corrêa

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Café, focado em chuvas na América Central, tem nova alta na ICE.

Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quinta-feira com boas altas, numa continuidade dos movimentos de correção e das compras especulativas e de fundos. O dia foi iniciado próximo das máximas da sessão passada e um novo movimento de compras foi observado, o que permitiu que o patamar de 240,00 centavos chegasse a ser rompido, apesar de, ao final do dia, alguma desaceleração ter sido registrada por conta de realizações.

O café operou dissociado de outros mercados, já que o segmento acionário teve ligeiras baixas na Dow Jones e alguns avanços para as ações de tecnologia da Nasdaq. Por sua vez, o dólar se manteve estável em relação a uma cesta de moedas internacionais e o índice CRB também não apresentou maiores oscilações.
As compras no mercado de café também estiveram relacionadas a um fator fundamental: várias regiões da América Central e do Norte continuam a enfrentar fortes chuvas, sendo que há o risco de áreas cafeeiras serem atingidas. Ao menos 18 mortos e cerca de 40 mil pessoas foram afetadas por um sistema de pressão tropical que atinge a América Central desde o final de semana, com fortes chuvas. O país mais afetado com o fenômeno climático é a Guatemala, cujo presidente Álvaro Colon confirmou a morte de 13 pessoas. Estradas, como a Interamericana, ao oeste, e a rota para El Salvador, estão intransitáveis. Na Nicarágua, o presidente Daniel Ortega declarou que quatro pessoas morreram devido às chuvas. Em El Salvador, a Direção Geral de Proteção Civil informou a morte de uma mulher de 19 anos e que quase 2 mil pessoas estão abrigdas em escolas e igrejas.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 820 pontos com 237,65 centavos, sendo a máxima em 240,35 e a mínima em 228,10 centavos por libra, com o março tendo ganho de 810 pontos, com a libra a 240,85 centavos, sendo a máxima em 243,50 e a mínima em 231,70 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 57 dólares, com 1.983 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 54 dólares, com 2.004 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas e pela correção dos preços, após as intensas baixas recentes. Alguns desses analistas apontaram para uma situação de sobrevenda, que agora parece ser gradativamente revertida. "O fator fundamental tem pesado bastante para as altas. Temos de lembrar que sofremos com uma limitação de oferta de grãos suaves e, em pleno início de safra, os centro-americanos podem ser afetados pelas chuvas intensas. Isso faz com que muitos players assumam uma postura protetiva e comprem na bolsa", disse um trader.
As exportações da Guatemala durante o ano de 2010/2011 totalizaram 3,65 milhões de sacas, 6% a mais que no ano anterior, indicou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala). Em setembro, o país embarcou 314.372 sacas, contra 199.355 sacas do mesmo mês do ano anterior.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 10, somaram 549.204 sacas, contra 542.799 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.763 sacas, indo para 1.406.377 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.960 lotes, com as opções tendo 5.813 calls e 4.021 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 240,35, 240,50, 241,00, 241,50, 242,00, 242,50, 243,00, 243,50, 244,00 e 244,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 228,10-228,00, 227,50, 227,00, 226,50, 226,00, 225,50, 225,10-225,00 e 224,50 centavos por libra.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Rodrigo Corrêa da Costa - FLORADA COM PERCEPÇÃO DISTINTA ENTRE PARTICIPAN​TES - Mercado de Café – Comentário Semanal - de 3 a 7 de outubro 2011

Os bancos centrais das principais economias declararam durante a semana que tomarão medidas para estimular o crescimento (EUA) e também para garantir recursos necessários para recapitalizar os bancos que estão frágeis (zona do Euro).
As notícias foram recebidas com alívio pelo mercado financeiro e as bolsas fecharam com alta entre 2% e 4%, com exceção de alguns emergentes e do Japão.
O corte na nota da dívida de Itália e Espanha por duas agências de risco não conseguiu atrapalhar a recuperação provocada pela “rede” de proteção que se desenha mais uma vez à custa dos principais governos. A solução, embora criticada por muitos pela falta de cuidado que alguns bancos tiveram em financiar papéis que deveriam ter custado mais barato, parece ser menos dolorosa do que deixar quebrar alguma grande instituição financeira – ainda que esta opinião não seja compartilhada por todos.
Os índices das commodities conseguiram subir também nos últimos cinco dias liderados pelos ganhos de metais, e energia (menos o gás natural), e entre os poucos produtos que caíram o café foi um deles.
O movimento negativo do nosso mercado aconteceu basicamente na sexta-feira, um dia depois de Nova Iorque subir respondendo também à valorização da moeda brasileira. A queda no último dia da semana foi preocupante para os altistas não apenas pela sua magnitude, mas pelo baixo volume negociado, e pela divulgação do relatório de posicionamento dos “traders”(COT) que mostrou o quão pouco a indústria tem comprado o arábica.
As agências de notícias culpam a chuva e a florada no Brasil pela baixa, e talvez possamos complementar dizendo que há um pouco mais de oferta de negócios de cafés suaves aparecendo. Ratificações de incremento de área plantada em alguns países da África, assim como um crescimento de produção de Honduras e uma potencial safra grande brasileira, pode também ter contribuído para que fundos continuem não querendo comprar o terminal. Em função da redução da posição comprada dos “non-commercials”, o volume bruto-comprado deles está há menos de mil lotes do menor nível que se tem em registro para o relatório do CFTC. Entretanto o que de fato vai dar uma alavanca de recuperação para este mercado é o aumento da posição vendida destes participantes, misturado com uma estabilização da figura técnica (gráfico), para que então possamos ver os diferenciais ficarem mais próximos do “normal”.
Como assim normal? De uma semana para outra enquanto o “C” caiu US$ 6.02 por saca, a BM&F subiu US$ 8.25 por saca, fazendo com que a arbitragem entre os dois mercados encerrasse o período com US$ 14.31 centavos por libra positivo, ou em outras palavras o natural brasileiro entregue na bolsa de São Paulo vale mais do que qualquer outro café-lavado entregue na bolsa de Nova Iorque (incluindo é claro o colombiano). Ou seja, enquanto o mundo acha negativa a notícia da florada no Brasil, os produtores brasileiros não acham, pois neste momento não precisam vender o café que tem, e tão pouco têm a certeza de que a próxima safra já está garantida.
Para o café do tipo robusta rumores de atraso da safra de Vietnã ajudaram a manter o nível do terminal praticamente inalterado, ainda que os estoques certificados representem 44% do número de contratos em aberto, o maior nível desde novembro de 2009.
O gráfico semanal nos dá a impressão de podermos ver uma nova queda do contrato da ICE, algo que deixa poucas novas explicações para serem usadas caso isto de fato aconteça. Uma continuação da firmeza do Real pode eventualmente reverter o quadro.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa

domingo, 9 de outubro de 2011

O G2 que manda na zona euro reúne amanhã.

O G2 que manda na zona euro reúne amanhã. Os banqueiros centrais e o secretário do Tesouro americano dizem que fizeram a sua parte. Obama, o FMI e os chineses avisaram que não toleram o contágio por incapacidade política dos líderes europeus




Os mercados financeiros vão reagir na segunda-feira a mais uma cimeira entre a chanceler Ângela Merkel e a o presidente Nicolas Sarkozy. A Alemanha e a França formam, hoje, uma espécie de G2 que comanda a zona euro e condiciona inclusive os movimentos do Reino Unido, apesar dos discursos grandiloquentes antieuro do seu primeiro-ministro em Londres.



Em cima da mesa, em Berlim, no domingo, vão estar os dossiês europeus quentes que terão de ter soluções claras a apresentar na cimeira dos ministros das Finanças do G20 (grupo das 20 economias mais poderosas do mundo, incluindo desenvolvidas e emergentes) que decorrerá em Cannes, em França, na quinta e sexta-feira da próxima semana (13 e 14 de outubro). Agenda que prossegue com a cimeira europeia de 17 e 18 de outubro.



Os dossiês são já espessos - risco de default na ponta final do ano da Grécia com um corte de cabelo nos valores dos credores que poderá chegar a 60% (segundo a Moody's); necessidade de recapitalização dos bancos europeus face a esse risco grego e ao contágio para os outros títulos soberanos que têm nos seus portefólios - com um número "tentativo" num intervalo entre 100 a 200 mil milhões de euros avançado por António Borges, chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa; concretização das funções e alcance do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e eventuais medidas adicionais por parte da Autoridade Bancária Europeia e do próprio FMI (Borges adiantou uma "ideia", ainda não discutida, de um veículo financeiro para fins especiais e fala-se que o G20 poderá ter um "Plano B" na manga através do FMI com envolvimento forte por parte das potências emergentes); e implementação do pacote de medidas legislativas de aplicação imediata e de uma nova lei-quadro (conhecida por six pack), aprovadas na última reunião do Ecofin (reunião dos Ministros das Finanças dos 27 membros da União Europeia).



Banqueiros centrais fizeram a sua parte



Os banqueiros centrais, cada um com o seu estilo e estratégia, dizem aos dois líderes europeus, que a sua parte está feita.



Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal (Fed), continua a deixar em suspenso a possibilidade de um futuro terceiro programa de "alívio quantitativo" (quantitative easing, na designação em inglês), e entretanto entretém os investidores com uma operação "twist" no portefólio da Fed.



O secretário do Tesouro norte-americano, Tim Geithner, fez uma "adenda" importante. Disse ontem perante congressistas norte-americanos que um Lehman Brothers não se repetirá: "Não há absolutamente nenhuma hipótese" de voltar a ocorrer uma decisão de deixar cair um banco como aconteceu em final de 2008 com o famoso Lehman Brothers. Estas palavras aliviaram de imediato a pressão no mercado da dívida sobre os bancos americanos. Na terça-feira, o preço dos credit default swaps (cds, seguros contra o risco de incumprimento) da Goldman Sachs dispararam 12,3%, do Wells Fargo mais de 6% e do JPMorgan mais de 5%. Foi um dia negro para 13 dos mais importantes bancos mundiais (excetuando os chineses) em termos de subida do preço dos cds, envolvendo na onda bancos franceses, ingleses, italianos, alemães, japoneses e australianos.



Por seu lado, o Banco de Inglaterra não esteve com pruridos em imprimir mais moeda fiduciária, e face ao agravamento da estagnação económica no Reino Unido, avançou ontem com um segundo programa de "alívio quantitativo", injetando nos próximos quatro meses mais 75 mil milhões de libras (cerca de €86,4 mil milhões) na economia e finança britânicas.



Depois de Trichet ter glosado o tema da crise com cores negras, e a revista britânica The Economist ter colocado na capa um título assustador - "Tenham medo" - engolido por um buraco negro, o governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, disse ontem mais uma frase marcante, de choque: "Esta é a crise financeira mais séria que vimos, pelo menos desde os anos 1930, se não mesmo desde sempre. Temos de lidar com circunstâncias pouco habituais, mas com calma e fazendo o que é certo".



O próprio tema da fragilidade da situação da banca não poupa a Ilha de Sua Majestade. Na terça-feira negra desta semana, o custo dos cds do Barclays, Bank of Scotland, Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds subiu mais de 5%. Hoje, a agência de notação de risco Moody's procedeu ao corte de rating da dívida de 12 instituições financeiras britânicas, com particular destaque para o RBS e o Lloyds. Não mexeu, no entanto, nas notações do Barclays e do HBSC.



O Banco Central Europeu (BCE) conseguiu ontem o "consenso" em Berlim no seu conselho de governadores para ampliar o arsenal de medidas "não convencionais", aumentando os instrumentos para disponibilizar liquidez ilimitada ao sistema financeiro europeu que poderá enfrentar um choque de um default na Grécia e uma bola de neve de contágio para os títulos soberanos de Portugal, Irlanda, Itália, Espanha, Bélgica e mesmo França. O BCE retomou duas medidas que tomara em 2009. Relançou um programa de operações de refinanciamento adicionais a 12 e 13 meses (que tem o acrónimo de LTRO - Long-Term Refinancing Operations) e vai avançar a partir de novembro com um novo programa de compra de obrigações hipotecárias (que tem o acrónimo de CBPP2 - Covered Bond Purchase Programe). Este CBPP2 disporá de um teto de €40 mil milhões até final de Outubro de 2012, um valor inferior aos €60 mil milhões do primeiro programa prosseguido em 2009 e 2010. Para alguns analistas, este CBPP2 funciona como um quantitative easing disfarçado.



Urso das bolsas acalmou uns dias



As bolsas mundiais gostaram destes movimentos dos banqueiros centrais. Depois de dois dias com quebras acumuladas de mais de 3%, o índice mundial bolsista, o MSCI World Index, recuperou cerca de 5% na quarta, quinta e sexta-feiras. O primeiro sinal de mudança de comportamento dos investidores em bolsa foi dado nos últimos 50 minutos de negociação em Wall Street na terça-feira, apesar do ruído dos "ocupas" de Wall Street. Os índices bolsistas Dow Jones e S&P 500 fecharam no positivo nesse dia, invertendo a tendência negativa na Europa e na Ásia.



O "urso" das bolsas foi, temporariamente, acalmado, mas continua à espreita, basta que seja espevitado com uma má notícia de dados económicos ou ratings (como acabou por acontecer na sexta-feira à tarde com o anúncio pela agência Fitch do corte de notação de Itália e Espanha), um rumor, uma surpresa ou um deslize dos políticos.





Segundo os estudos do analista norte-americano Mark Lundeen, desde o início de agosto que as bolsas estão a viver dias de volatilidade extrema e a 3 de outubro, na segunda feira, o índice Dow Jones deu um sinal - pela primeira vez, desde 9 de março de 2009 (quando terminou o crash iniciado em 2008), fechou em valores abaixo do mínimo das últimas 52 semanas. O que costuma ser, historicamente, uma confirmação, diz Lundeen, de uma tendência de fundo, neste caso pessimista.





G2 mundial avisa europeus



O outro G2, o à escala mundial, formado pelos Estados Unidos e a China, as duas principais potências da atualidade, deixaram, também, o seu recado aos europeus.



Os chineses falaram pela letra do Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista da China, que no dia 1 de outubro, referia: "Se a Europa continuar a tergiversar, a situação apenas piorará. Os estrangeiros que desejam apoiar não o farão e a zona euro poderá desintegrar-se. O que será um desastre para a Europa e o mundo".



Qualquer tsunami financeiro na Europa chegaria com as ondas de choque à China no pior momento. Uma bomba ameaça explodir: a do sector financeiro "sombra" onde o crédito paralelo lida com juros entre os 14% e os 70%. Este sector deve representar 8% do crédito financeiro, segundo o Crédit Suisse.



O presidente Obama, por seu lado, foi muito claro na sua conferência de imprensa de ontem na Casa Branca em Washington, DC: os europeus têm de agir rapidamente. "Espero que daqui até à cimeira do G20 [em Cannes] em [3 e 4] novembro, eles [os líderes europeus] tenham um plano de ação muito claro e concreto que esteja à altura da situação", disse, tendo sublinhado ainda que o efeito de contágio seria "bem real".



A exposição da banca norte-americana à dívida europeia dos GIIPS (grupo formado por Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha) tem sido um tema de polémica nos EUA. Os números que são adiantados são os mais díspares. Ainda, recentemente, John McDermott, na coluna "Alphaville" do Financial Times, referia que essa exposição "era um mistério". Alguns cálculos apontam para um valor colossal de mais de 725 mil milhões de dólares de exposição direta bruta (mais de 175 mil milhões de dólares) e "de outras potenciais exposições" (mais de 550 mil milhões de dólares). As maiores exposições são à dívida italiana e espanhola. No caso português rondaria um pouco mais de 5 mil milhões de exposição direta e mais de 48 mil milhões de "outras exposições potenciais".