Páginas

terça-feira, 12 de julho de 2011

Preço médio do café arábica sobe 53% na safra 2010/2011, informa Cepea

Agronegócio | 08/07/2011 | 13h41min

Agência Estado

O indicador de preço Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) do café arábica, tipo 6, na capital paulista, teve média de R$ 419,83 a saca de 60 kg na safra 2010/2011 (julho de 2010 a junho 2011). O desempenho representa elevação de 53,12% em relação ao período anterior, quando a cotação média ficou em R$ 274,18 a saca.

Em junho, o indicador fechou a R$ 514,99 a saca, valor 3% menor do que o de maio, que foi de R$ 530,76 a saca. De acordo com os pesquisadores do Cepea, as cotações recuaram com o avanço dos trabalhos de colheita, que seguem favorecidos pelo clima.

“Vendedores negociam apenas o necessário para cobrir os gastos com colheita, já que acreditam em reação nos preços. Compradores, por sua vez, aguardam novas quedas”, informa o Cepea.

As geadas que atingiram as regiões produtoras de café no Brasil no fim de junho não danificaram os grãos desta safra, diz o Cepea. No entanto, cafeicultores estão preocupados com possíveis impactos sobre a temporada 2012/13 em algumas regiões. Até o início de julho, ainda não havia sido apurado com precisão o impacto, mas sabe-se que os efeitos da geada se restringiram às folhas, sem atingir as ramas, onde ficam os grãos a serem colhidos, informam os pesquisadores.

Conforme apurou o Cepea, a qualidade dos grãos da temporada 2011/2012 está superior à safra 2010/2011. O número de grãos verdes por lote já diminuiu, e a bebida, de modo geral, é dura ou melhor - fator que foi beneficiado pela florada quase uniforme no segundo semestre de 2010. No entanto, o porcentual de grãos peneira 17/18, graúdos, está aquém do esperado.

Boletim Diario do Mercado de Café - 12 Julho 2011.

H.Commcor DTVM


O Mercado físico de café trabalhou o dia tendo uma ausência de compras, isto devido a baixa do mercado futuro, mas chegando a sair negocio até R$ 469,00 para cafés com 16% de catação. Para cafés safra 11/12 tendo ofertas de R$ 460,00 a R$ 470,00 para café com 15% de cata ção, e ofertas de R$ 450,00 a R$ 460,00 para cafés com 20% de catação.

O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 329,45 com -1,35 de baixa, totalizando um volume de 1.542 contratos.Spreads de set dez @ 0,25 a 1,00; Set/Set de -12,00 a -11,00; Dez/set de -13,00 a -12,00. Observamos arbitragens de Set/Set entre -9,80 a -8,70; Set/Dez entre -13,50 a -12,70. O mercado de Café na BMF trabalhou o dia pressionado, como as demais commodities agrícolas, devido a piora no ce nário europeu encontrando fortes saídas de posição por parte de fundos. Sem noticias de frio para os próximos dias o mercado voltou a traba lhar abaixo do 330,00 na BMF.

O mercado de café para o vencimento Setembro/11 encerrou cotado a 257,85, com 120 pontos de queda, e range entre 254,55 e 258 ,85. Pela terceira sessão consecutiva, a cotação do café nesta terça-feira trabalhou em acentuada tendência de queda, novamente acompanhando certo mau humor dos mercados externos, como principais fatores a depreciação do euro frente ao dólar bem como a continua queda do café Robusta na bolsa de Londres.

Abrindo num gap de queda em relação ao ajuste de ontem, o grão logo fez sua primeira máxima do dia a 258,50, quando então, pr essionado por liquidação de specs e fundos, vendas em escala logo objetivaram seu suporte de 255,00, marcando então, num movimento vazio su a mínima de 8 dias a 254,55. Com defesa de compras, a commodity logo voltou a trabalhar perto dos níveis de 255,00, porém sem volume de vendas, almejou sua média móvel de 14 dias a 259,40, mas sem força perfez uma nova máxima do dia a 258,85.

Com leve depreciação, fechou a sessão cotado a 257,85. Na sessão de hoje não desceu nenhum canudo, totalizando no acumulado do período, 2.529 canudos. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 263,00 / 274,10 e 244,40 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de julho (entre os dias 01 e 11) somam 386.770 sacas, uma variação positiva de 12,0% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Setembro/11 encerrou cotado a 2291, com 63 pontos de queda, num range de 2256 e 2324

A Itália é a bola da vez

A Itália é a bola da vez
OESP
A crise da dívida chegou à Itália, derrubou as ações dos maiores bancos do país, arrastou para baixo as bolsas europeias e causou estragos em vários outros mercados de capitais em todo o mundo, incluído o brasileiro. Terceira maior economia da zona do euro e uma das sete maiores do mundo capitalista, a Itália tem uma dívida pública superior a 120% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Europa, essa dívida só é menor, proporcionalmente, que a da Grécia (acima de 150% do PIB). A especulação com papéis italianos, intensa desde a semana passada, causou estragos imediatos nas cotações dos títulos públicos de Portugal, Irlanda e Grécia, países já dependentes de programas de ajuda. A Espanha, uma das economias mais próximas da zona de perigo, também foi mais uma vez atingida pela turbulência. Se a Itália for empurrada para o buraco, a crise mudará de patamar e o mundo estará diante de um problema de proporções incomuns: como resgatar uma economia desse tamanho?Autoridades da União Europeia reuniram-se nessa segunda-feira em Bruxelas para discutir a situação da Grécia e também a onda de especulação contra a economia italiana. Ministros de Finanças do bloco devem continuar hoje as discussões. O comentário mais otimista sobre a Itália foi feito no domingo pelo respeitado economista Mohamed El-Erian, executivo principal da maior empresa gestora de investimentos em renda fixa do mundo, a Pacific Investment Management Co. (Pimco): a dívida italiana tem um perfil muito menos preocupante que a dos países já em crise e, além disso, a Itália é uma economia muito maior e mais flexível. No mesmo comentário, no entanto, ele advertiu: é bom ficar de olho na Itália.O desentendimento entre o ministro das Finanças italiano, Giulio Tremonti, e o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, na semana passada, contribuiu para acender um sinal de alerta.Contra Berlusconi e outros membros do Gabinete, o ministro das Finanças defende um orçamento mais apertado. "Se eu cair", teria dito Tremonti, citado pela imprensa italiana, "a Itália cairá. Se a Itália cair, cairá também o euro. É uma cadeia."A chanceler Angela Merkel, chefe de governo da maior economia da Europa, telefonou a Berlusconi para pedir uma ação tranquilizadora. Segundo ela, a Itália enviará um "sinal muito importante", se for aprovado um orçamento com medidas para consolidar a situação fiscal.Enquanto os especuladores centravam o foco na dívida italiana, novos números divulgados na segunda-feira mostravam a piora da situação fiscal da Grécia. No primeiro semestre o déficit do governo central foi 27,9% maior que o de um ano antes. Ficam fora dessa conta os orçamentos dos governos locais e da Previdência, além dos gastos com as Forças Armadas.De toda forma, o Parlamento grego já aprovou as novas medidas de austeridade cobradas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional e isso permitiu a liberação de mais uma parcela da ajuda negociada no ano passado. A piora das contas gregas é explicável, em boa parte, pelo agravamento da crise econômica e pela consequente redução da receita de impostos. Essa verificação realimenta o debate sobre a correção da política de ajuste adotada na Grécia.Discussão semelhante ocorre nos Estados Unidos - e envolvendo valores imensamente maiores. O presidente Barack Obama continua negociando a elevação do teto da dívida pública, atualmente calculada em US$ 14,3 trilhões. A oposição republicana condiciona qualquer acordo a um corte severo e imediato do orçamento. Segundo os democratas, a redução de gastos necessária para compensar a manutenção do limite da dívida será desastrosa e jogará o país numa recessão profunda. Mas a elevação do teto será apenas parte da solução. Sem mais impostos cobrados "de quem pode pagar", o ajuste orçamentário imporá um enorme sacrifício à maior parte da população, advertiu Obama. É preciso, portanto, planejar uma arrumação fiscal de longo prazo e compatível, agora, com a recuperação da economia. O mesmo argumento não valerá, com a devida adaptação, para os endividados da Europa?

É neutra a medida que reduziu a posição vendida

É neutra a medida que reduziu a posição vendida
OESP
O Banco Central (BC) decidiu, na última sexta-feira, que o limite de exposição cambial vendida dos bancos passe de US$ 3 bilhões para US$ 1 bilhão. Caso ultrapasse esse limite, a instituição tem de recolher ao BC 60% do valor da sua aposta. O BC alterou também a metodologia com que apura o cumprimento da regra: esse limite, que era diário, agora passa a ser a média de cinco dias, o que dá mais flexibilidade aos bancos.É mais uma medida no sentido de conter a valorização do real ante o dólar, pois a posição vendida dos bancos é uma aposta na valorização da moeda nacional, com a consequência de favorecer essa tendência.Em janeiro o BC colocou o limite em US$ 3 bilhões, mas a posição vendida dos bancos no final de junho era de US$14,696 bilhões, e as instituições financeiras aceitaram recolher 60% da aposta ao BC, convencidas da valorização do real.Esse fato mostrou que a medida tem pouco efeito e que os bancos estão convencidos de que ganharão especulando em favor da continuidade de um real valorizado, e, aliás, a recente emissão de bônus soberano favorece essa previsão.Parece que o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, de que o governo se preparava para adotar novas medidas para conter a valorização do real, teve mais efeito sobre o câmbio do que a decisão do BC.É difícil avaliar qual fator pesou mais na recente e leve desvalorização do real. Com efeito, o noticiário sobre a situação dos países europeus parece predominar no comportamento dos "players" do mercado cambial, mais do que a mudança feita pelo BC.Já em junho, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 2,556 bilhões pela primeira vez neste ano, embora essa tendência tenha mudado com a emissão do bônus soberano, em julho, e com os "swaps" reversos.A Pesquisa Focus está prevendo para o fim do ano uma taxa cambial de R$ 1,60 por dólar, longe da que seria ideal (R$ 2,60). Serão necessárias medidas mais fortes para alterar as perspectivas, ainda que o clima internacional possa dar sua contribuição à desvalorização da moeda nacional.Convém notar que, ao comentar a nova medida, o BC indicou que se tratava de uma medida prudencial para, eventualmente, afastar o risco de uma situação na qual os bancos com excessiva posição vendida se vissem em grandes dificuldades.Além de os bancos poderem continuar operando no mercado futuro, o fato é que, enquanto o banco central dos EUA (o Fed) mantiver suas compras de títulos a uma taxa de juros tão baixa, o real continuará valorizado.

Os tubarões chegam ao Tibre

Os tubarões chegam ao Tibre
Clovis Rossi
A chamada "segunda-feira negra" nos mercados é como escreveu para o jornal italiano "La Repubblica" o colunista Massimo Giannini: as polêmicas na Europa em torno da ajuda à Grécia são um ato "irracional e irresponsável, equivalente a espalhar sangue no mar de um mercado infestado pelos tubarões da especulação".Que os tubarões tenham chegado ao Tibre, o rio que banha Roma, não surpreende, mas tampouco se justifica. Não surpreende porque a Itália tem uma dívida imensa, das maiores do mundo, equivalente a 120% de sua economia. É maior que a de Portugal (93%) ou a da Irlanda (96,2%), dois dos três países já colocados na UTI da Europa, ou seja, socorridos por pacotes que impediram a quebra.Mas não se justifica, entre outras razões, porque é um dado antigo, que até melhorou de 2010 para 2011 (a dívida retrocedeu para 119% do PIB). Ou seja, não há, nesse campo, novidade alguma acontecida de quinta para sexta-feira passadas, quando os tubarões começaram a navegar no Tibre.Além disso, o deficit italiano é relativamente baixo, cerca de 4%, inferior aos 4,3% da média do euro. É verdade que o premiê Silvio Berlusconi jogou algumas gotas de sangue na água já turva ao criticar publicamente seu ministro Giulio Tremonti (Economia), tido, nos mercados, como garante da austeridade. Mas, desta vez, a crítica do usualmente tresloucado Berlusconi tinha um fundo de realismo político: queixou-se de que Tremonti, ao propor pacote de austeridade de imponentes € 48 bilhões (R$ 106 bilhões), não levou em conta que austeridade não dá votos. Aliás, não dá em lugar nenhum: acaba de sair pesquisa no Reino Unido que mostra que caiu de 69% para 55% a porcentagem de britânicos que acham que austeridade é bom para sanear a economia.Com esse dado em mente, podemos voltar à Grécia e às hesitações europeias: a pressão do público contra a austeridade leva crescente número de dirigentes europeus a defender a tese de que é preciso aliviar a pressão dos mercados sobre a Grécia, o que significa que qualquer socorro a Atenas tem que incluir a participação substancial do setor privado (leia-se: sistema financeiro).É sintomático que o "Financial Times" tenha anunciado ontem que "líderes europeus estão, pela primeira vez, preparados para aceitar que Atenas deveria não pagar alguns de seus títulos como parte de um novo plano de ajuda que poria os níveis globais da dívida em um patamar sustentável".O problema é que nem todos os líderes concordam. O Banco Central Europeu, em particular, é contra. Fica, então, esse ambiente de hesitações e adiamentos no qual os tubarões nadam de braçada.A contrapartida desse apetite é a crescente disposição -por enquanto apenas verbal- de autoridades europeias de tentar pôr limites aos predadores. Ontem, foi a vez de Michel Barnier, comissário europeu para o Mercado Interno, sugerir que as agências de risco não deveriam ter poderes para classificar a dívida de países já colocados na UTI europeia. No mínimo, diminuiria a quantidade de sangue a atrair tubarões.

Nestlè quer mais um pedaço da China

Nestlè quer mais um pedaço da China
A oferta de US$ 1,7 bilhão da Nestlé SA pela fabricante chinesa de doces Hsu Fu Chi International Ltd. marca um esforço da gigante suíça dos alimentos para ultrapassar os concorrentes num mercado de rápido crescimento atendendo diretamente aos gostos locais.A Nestlé planeja comprar 60% da empresa chinesa, informaram ontem as duas, num acordo que avalia a Hsu Fu Chi, listada em Cingapura, em 3,5 bilhões de dólares de Cingapura (US$ 2,87 bilhões). Se concluída, a aquisição será uma das maiores de uma empresa chinesa por uma estrangeira e dará à Nestlé o controle da segunda maior fabricante de doces da China, atrás só da americana Mars Inc.A oferta é parte de uma iniciativa maior da Nestlé, que fabrica marcas como Nescafé, Nescau e Bono, para aumentar o faturamento em mercados emergentes de um terço do total mundial para metade, em dez anos.O faturamento anual do mercado de doces da China - levando em conta chocolates, doces e chicletes - subiu 63% entre 2005 e 2010, para mais de US$ 9,2 bilhões, segundo a firma de pesquisa de mercado Euromonitor. O consumo de doces na China por pessoa ainda é pequeno e analistas acham que vai crescer ainda mais, à medida que a população mais rica desenvolve um apetite maior por doces. Os 1,34 bilhão de habitantes da China consumiram 13,7 milhões de toneladas de doces ano passado, pouco mais da metade das 26,8 milhões de toneladas consumidas pelos 310 milhões de habitantes dos Estados Unidos.Há anos que as multinacionais dos doces estão de olho na China, mas a aquisição da Hsu Fu Chi colocaria a Nestlé num território menos conhecido: o dos doces chineses. A Hsu Fu Chi faz, por exemplo, bolachas com sabores como cebola doce e pepino, e copinhos do tamanho de bolas de pingue-pongue com gelatina de lichia.A Nestlé ofereceu 4,35 dólares de Cingapura por ação por 43,5% da Hsu Fu Chin. Se essa compra for concretizada, a Nestlé vai tentar adquirir mais 16,5% dos integrantes da família fundadora Hsu, que ainda tem uma fatia considerável e controlariam indiretamente os 40% restantes.A ação da Hsu Fu, cuja negociação está suspensa desde 4 de julho devido à divulgação das negociações com a Nestlé, voltou a circular ontem e ultrapassou a cotação da oferta, chegando a 4,40 dólares de Cingapura. Isso indica que alguns investidores enxergam a possibilidade de uma oferta maior.A oferta pela Hsu Fu Chi reflete um esforço mais amplo das fabricantes de produtos de consumo para adequar mais seus produtos para os gostos chineses. A Kraft Foods Inc. começou a vender ano passado bolachas Oreo com sabor de chá verde. A McDonald's Corp. oferece um sundae de feijão vermelho.A Nestlé comprou em abril 60% da chinesa Yinlu Food Groups Co., que fabrica bebidas com sabor de amendoim e mingau de arroz enlatado. O principal doce da Nestlé na China é uma barra de wafer coberta de chocolate chamada Crispy Shark. As vendas do doce praticamente dobraram nos últimos cinco anos, segundo a firma de pesquisas Euromonitor.Além de encher a despensa da Nestlé com mais produtos locais, o acordo da Hsu Fu Chi também abre para a empresa suíça um sistema nacional de distribuição, disse Torsten Stocker, analista em Hong Kong da consultoria Monitor Group, sediada no Estado americano de Massachusetts. A Nestlé está buscando maneiras de alcançar consumidores de baixa renda com a expansão da distribuição para lojas pequenas em mercados emergentes. A Hsu Fu Chi distribui diretamente para cerca de 16.000 lojas, segundo o site da empresa.O acordo é "um atalho importante para o crescimento", disse Stocker.Analistas diferiram na avaliação do acordo, cujo valor eles consideram ser cerca de 16 vezes o lucro da Hsu Fu Chi ano passado.O acordo vai depender da aprovação das autoridades de regulamentação, como as do Ministério do Comércio da China. O ministério não respondeu a um pedido para que comentasse. As autoridades antitruste da China rejeitaram uma proposta da Coca-Cola Co. em 2009 para comprar por US$ 2,4 bilhões a fabricante de bebidas China Huiyuan Juice Group Ltd., um acordo que teria sido a maior aquisição de uma empresa chinesa por uma estrangeira.Se a oferta da Nestlé for bem-sucedida, a empresa afirma que vai tirar a ação da Hsu Fu Chi da Bolsa de Cingapura.O mercado de doces na China é fragmentado, com várias grandes concorrentes nacionais como a estatal Bright Food (Group) Co., sediada em Xangai e conhecida, em parte, por seus caramelos de leite.A Hsu Fu Chi, fundada em 1992 e sediada na província de Cantão, tinha 4,2% do mercado chinês de doces em 2009, o último ano em que a Euromonitor tem dados disponíveis. Isso a deixou empatada no segundo lugar com a italiana Perfetti Van Melle SpA, fabricante do Mentos. A Hsu Fu Chi divulgou lucro de 602 milhões de yuans (US$ 93,1 milhões) e faturamento de 4,3 bilhões de yuans no ano encerrado em junho de 2010.Muitas empresas tiveram de se esforçar mais na China do que em outros mercados, alterando o tamanho de seus produtos para vendê-los a preços que a maioria dos chineses pode pagar, e mudando a embalagem para fazer com que produtos menores pareçam maiores, disse Max Magni, que dirige a parte de produtos para o consumidor da consultoria McKinsey & Co. na China e em Taiwan. Responder Encaminhar Convidar

Medida do BC tem pouco efeito na taxa de câmbio

Medida do BC tem pouco efeito na taxa de câmbio
Motivos não faltaram para o mau humor que pautou a abertura da semana nas praças mundiais de negociação. A inflação na China é a maior em três nos, a economia dos Estados Unidos perde força e, depois de um breve período de latência, a crise de endividamento soberano na Europa voltou com força. Dentro desse ambiente, o que se viu foi o clássico dia de saída de ativos de risco (risk off). Não que os Estados Unidos sejam um bastião de estabilidade, mas ainda guardam a melhor qualidade em momentos de incerteza: a liquidez. Por isso da corrida ao dólar e aos títulos da dívida americana. O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subiu 1,08%, para 75,99 pontos, maior leitura desde meados de maio. E a taxa de retorno do título da dívida de 10 anos voltou para baixo dos 3%.Piora externa teria apresentado maior peso na alta do dólarJá o euro afundou mais de 1%, voltando à linha de US$ 1,40, menor preço desde meados de maio. A bola da vez é a Itália e a desconfiança em relação ao país se traduziu em uma disparada no custo de financiamento e no preço do seguro da dívida.No mercado local, uma alta no preço do dólar já estava prevista desde a noite de sexta-feira. Reflexo da Circular 3548, do Banco Central (BC), que reduziu a US$ 1 bilhão o limite de posição vendida no mercado à vista isento de recolhimento compulsório de 60%.No entanto, com tamanha degradação de quadro externo, não se sabe o quanto da alta de 0,95% registrada pelo dólar comercial, que fechou a R$ 1,582, foi resposta ao BC e quanto captou a cena internacional.Para o economista e professor da PUC-Rio, André Cabus Klotzle, o efeito da medida do BC na formação de preço foi residual, pois a posição vendida dos bancos no mercado à vista está diluída entre diversas instituições, sendo que poucas delas precisarão realizar alguma compra de dólares de grande magnitude até a sexta-feira, prazo limite para o enquadramento à nova regra. Além disso, mesmo aquelas que precisam comprar moeda, não estariam beirando o limite anterior de US$ 3 bilhões. Ainda de acordo com o professor, consolidado esse ajuste, os impactos de primeira ordem da nova regulação serão anulados. O que se mostra mais perene são os efeitos de ordem prudencial.Na visão de Klotzle, esse "limite" de US$ 1 bilhão busca evitar um "excesso" de posição vendida em um mercado cambial menos líquido, reflexo da nova metodologia de cálculo da Ptax, que tirou atratividade das operações do mercado de "casado" (pronto contra futuro).A nova Ptax também tirou de ação as instituições que faziam o "giro da Ptax", buscando influenciar a formação da taxa quando essa era calculada como uma média ponderada pelo volume. Agora, a Ptax é definida como uma média aritmética de quatro consultas efetuadas entre 10 horas e 13 horas.Na avaliação do professor, como o mercado à vista perdeu liquidez, no caso de agravamento da crise na Europa ou qualquer outro evento imponderável, os bancos levariam mais tempo para zerar essa posição vendida, o que resultaria em maior instabilidade no mercado. Pelas contas de Klotzle, mantida a regra dos US$ 3 bilhões e assumindo uma posição vendida superior a US$ 14 bilhões, os bancos levariam mais de dez dias úteis para abandonar a posição. Tal conta é balizada pela média do giro diário do interbancário que é de US$ 1,4 bilhão. Com uma posição vendida na casa dos US$ 10 bilhões (montante previsto com a nova regra), esse prazo para zeragem cai para cerca de sete dias úteis.Se o efeito "preço" da medida do BC pode ser questionada, o impacto no mercado futuro foi inegável. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o cupom cambial (juro em dólar) de curto prazo (janeiro de 2012) saltou mais de 14%, para 3,5%.Isso é reflexo do aumento da demanda por dólar à vista e crescimento da oferta de dólar futuro. Pois como os bancos não operam descasados, a compra de uma ponta implica na venda de outra. No entanto, essa alta do cupom cambial, que deixa algumas operações de arbitragem de juros menos atraentes, tem vida curta. Assim que os bancos se ajustarem, a distorção acaba. E mesmo que ela persista, outros agentes, notadamente os exportadores, podem tomar proveito disso. Concluindo, Klotzle aponta que o efeito da medida sobre o dólar foi de um ajuste residual e temporário no preço, onde o cenário externo foi, certamente, o grande causador da desvalorização do real no dia. E, mesmo assim, com intensidade inferior à de outras moedas, como o euro. Se comparada a outras divisas emergentes, a queda do real foi parecida com a do dólar australiano e a do peso mexicano.

SOMAR APONTA EFEITOS PRATICAMENTE NULOS DE GEADAS NO CINTURÃO

SOMAR APONTA EFEITOS PRATICAMENTE NULOS DE GEADAS NO CINTURÃO CAFEEIROApesar das baixas temperaturas ocorridas nessas últimas duassemanas, os efeitos nos cafezais foram mínimos, para não falar nulos. Até porque, mesmo sendo relatada por alguns órgãos a ocorrência de geadas, essas ocorreram em pontos bem isolados e principalmente em baixadas e, portanto, os cafezais afetados não sofreram danos severos ao ponto de erradicá-los. Assim, as perdas que poderão ocorrer não chegarão nem a 1% da produção nacional. Aanálise parte do boletim agrometeorológico semanal da Somar Meteorologia. Segundo o boletim, como o tempo permaneceu aberto nessa última semana, a colheita segue em ritmo acelerado tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais. Assim, 40% dos cafezais já foram colhidos e, conforme avança a colheita, maioré a percepção de que nessa safra a qualidade dos grãos está bem melhor do que no ano passado, até porque o mercado está com uma carência de grãos do tipo 7 - bebida rio, observa a Somar. E a tendência, de acordo com o boletim, é de que o tempo permaneça favorável à colheita e secagem dos grãos nesses próximos 15 dias, uma vez que um novo bloqueio atmosférico se formou impedindo que as frentes frias avancem Continente adentro, barrando as chuvas e o frio no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além do tempo seco, não há previsão de novas ondas de frio que possam derrubar as temperaturas e consequentemente ocasionar geadas durante esses próximos 15 dias, aponta a Somar. Por outro lado, com o bloqueio, as temperaturas deverão se elevar nessas próximas semanas, elevando assim a demanda hídrica da planta e consequentemente acelerando o processo de maturação dos grãos, podendo, nessecaso, provocar uma ligeira queda da qualidade, uma vez que as baixas temperaturas que vinham ocorrendo mantinham esse processo mais lento e assim um produto de melhor qualidade, conclui o boletim agrometeorológico da Somar.