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domingo, 4 de setembro de 2011

Café na ICE tem ligeira correção e cai seguindo mercado externo

Café na ICE tem ligeira correção e cai seguindo mercado externo
Em um dia caracterizado por uma retomada dos sentimentos negativos nos mercados internacionais, os contratos de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram baixas nesta sexta-feira, depois de nove sessões de ganhos constantes. Após várias tentativas frustradas, os baixistas finalmente conseguiram ampliar suas ordens de vendas, sendo que, ao longo da manhã, perdas consideráveis foram observadas. No entanto, as cotações chegaram a se equilibrar até fecharem com retração, ainda que modestas. As perdas se ampliaram relativamente no after-hours. Operadores destacaram que a influência dos mercados externos foi importante para a manutenção das baixas. As bolsas de valores nos Estados Unidos recuaram mais de 2%, o que influenciou várias commodities, como o petróleo, que caiu quase 3%, sendo que o índice CRB teve perda de 0,73% ao final das operações. O dólar teve ligeira alta. Traders ressaltaram que, antes do final de semana prolongado — na segunda-feira a bolsa não opera por conta do feriado do Dia do Trabalho — alguns players também buscaram realizar lucros, o que, efetivamente, contribui para as baixas nesta sexta. Além disso, alguns participantes buscaram forçar algumas correções, diante do quadro sobrecomprado estabelecido ao longo dos últimos dias. No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 170 pontos com 288,05 centavos, sendo a máxima em 290,45 e a mínima em 284,70 centavos por libra, com o março registrando oscilação negativa de 145 pontos, com a libra a 290,60 centavos, sendo a máxima em 292,50 e a mínima em 287,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 50 dólares, com 2.275 dólares por tonelada, com o janeiro caindo 49 dólares, com 2.296 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a sessão foi caracterizada por movimentações técnicas, sendo que algumas correções já eram esperadas e vários players bearishs (baixistas) vinham buscando concretizar esse fato. O índice de força relativa para o dezembro se mostra acima dos 80%, sendo que, num nível superior a 70%, o mercado já é considerado sobrecomprado. "Alguns participantes buscaram posicionar o dezembro abaixo dos 285,00 centavos, mas nessa área voltamos a encontrar bons compradores. Apesar das baixas, alguns sinais de força foram identificados, mesmo diante de um quadro externo bastante negativo", disse um trader. "O valor de 300,00 centavos de dólar por libra peso na bolsa de Nova Iorque só continua sendo uma barreira psicológica porque nas análises de mercado estão sendo usadas cotações históricas do café, ignorando a desvalorização do dólar nas últimas décadas", indicou o Escritório Carvalhaes, em sua análise semanal. O México espera que a safra 2011/2012 de café atinja, pelo menos, o nível de 4,5 milhões de sacas, 9% a mais que na sessão anterior, informou a Associação Mexicana de Produção de Café. A estimativa preliminar positiva se dá como resposta a um programa de renovação de lavouras em algumas regiões do país, assim como às boas condições climáticas. Rodolfo Trampe, presidente da Associação e candidato a diretor executivo da Organização Internacional do Café, indicou que não está descartada a possibilidade de esse número ser revisado para cima, até um nível de 4,7 milhões de sacas. As exportações de café da Guatemala em agosto totalizaram 239.600 sacas, 1,5% a mais que no mesmo mês do ano anterior — 236.066 sacas —, informou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala). Durante a safra 2010/2011, o país já embarcou 3,34 milhões de sacas, 3% a mais que no mesmo período da temporada anterior. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.000 sacas, indo para 1.467.801 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.237 lotes, com as opções tendo 2.697 calls e 925 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 290,45-290,50, 290,60, 291,00, 291,50, 292,00, 292,50, 293,00, 293,50, 294,00, 294,50, 294,90-295,00, 295,50, 296,00 e 296,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 284,70, 284,50, 284,00, 283,50, 283,00, 282,60-282,50, 282,00, 281,50, 281,00, 280,50, 280,10-280,00, 279,50 e 279,00 centavos por libra.

Governo vê forte desaceleração da economia

Governo vê forte desaceleração da economia
Na visão do BC, PIB terá expansão de 3,5%
A economia brasileira passa por forte desaceleração desde o segundo trimestre e pode crescer apenas 3,5% este ano, desempenho muito inferior às projeções iniciais do governo. Essa é uma das razões que levaram o BC a reduzir os juros, num movimento que surpreendeu o mercado.A perda de fôlego da atividade econômica no país, sobretudo da produção industrial, decorre das medidas monetárias e fiscais. Ainda não reflete a situação externa, que vai piorar, avalia o governo. As análises da maioria dos agentes de mercado e a pesquisa Focus ainda não retratam essa realidade. A economia brasileira não deve crescer mais do que 3% em 2012.A economia brasileira está passando por forte desaceleração desde o segundo trimestre e pode crescer apenas 3,5% este ano. Se isso ocorrer, o desempenho será bem inferior ao das projeções iniciais do Ministério da Fazenda (5% e, depois, 4,5%) e do Banco Central (4%) para 2011. Essa é uma das razões que, segundo apurou o Valor, levaram o BC a reduzir a taxa básica de juros (Selic), na quarta-feira, de 12,5% para 12% ao ano, num movimento que surpreendeu o mercado.A queda no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não está surpreendendo o governo, que atribui esse fato às medidas, de contenção fiscal e monetária, adotadas na primeira metade do ano e também ao impacto da desaceleração da economia mundial sobre o Brasil. Desde o início do ano, o BC vinha alertando que a conjuntura internacional estava pior do que a prenunciada por boa parte dos analistas e que, em algum momento, isso poderia obrigar o Comitê de Política Monetária (Copom) a rever a política de juros.Nos últimos 40 dias, esse cenário, disse uma fonte oficial, "degringolou" graças à ameaça de calote na dívida americana, seguida do rebaixamento da dívida dos Estados Unidos por agências de classificação de risco, e ao aumento do risco de crise de dívida soberana em países da Europa. Nesse período, ficou mais claro também que a economia americana está tendo um desempenho bem pior que o projetado no início do ano.No começo de 2011, muitos analistas acreditavam que os EUA cresceriam algo como 3,5% ou 4% este ano. Agora, estima-se que possam avançar apenas 1,5%. Em outras economias avançadas, a situação é igualmente desanimadora.Ontem, o banco JP Morgan informou que, em agosto, o Global Manufactoring PMI, sigla em inglês do índice dos gerentes de compras, caiu pelo sexto mês consecutivo -- de 50,7 para 50,1, o menor resultado desde junho de 2009 (quando fica abaixo de 50, indica contração). No caso da Inglaterra, já está em território negativo e registrou o pior resultado em 26 meses. Nos EUA, caiu de 50,9 para 50,6. O PMI é um indicador industrial importante porque mede a confiança dos empresários.Esse cenário, segundo avaliação do governo, afeta o Brasil pela redução da corrente de comércio, a diminuição dos fluxos de investimento, o aperto nas condições de crédito e pela mudança de humor de empresários e consumidores. De fato, segundo a Sondagem da Indústria da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada na quarta-feira, a confiança da indústria diminuiu pelo oitavo mês consecutivo em agosto. Além disso, o governo tem informações de que empresas brasileiras estão adiando e cancelando lançamentos de papéis no exterior.Num exercício econométrico feito pelo governo, já levando em conta os efeitos do alívio monetário iniciado há dois dias e considerando um impacto equivalente a 25% do sofrido pelo Brasil durante a crise internacional de 2008/2009, o crescimento do PIB, num horizonte de 12 a 18 meses, será 0,5 ponto percentual menor. Nesse período, a inflação, segundo estimativa do governo, também cairia.A decisão da presidente Dilma Rousseff de elevar, em 0,3% do PIB, o superávit primário das contas públicas deste ano também foi incorporado aos cenários com que trabalha o Banco Central e, portanto, influíram no Copom de quarta-feira. O superávit em 2011 pode chegar a 3,2% ou 3,3% do PIB - no ano passado, foi de 2,78% do PIB. Uma vez que aumenta a poupança do governo, a medida tem impacto sobre a projeção de inflação.Na avaliação do governo, participantes do mercado estão discordando da recente decisão do Copom porque, desde o início do ano, subestimaram a moderação em curso na economia brasileira e a possibilidade de agravamento da crise financeira internacional. Hoje, o IBGE divulgará o resultado do PIB no segundo trimestre. O governo acredita que, depois de ter crescido 1,3% entre janeiro e março, a economia brasileira pisou no freio e avançou menos de 1% entre abril e junho

Os bilhões desafiadores

Os bilhões desafiadores
David Bloom
O mundo está em meio à maior reviravolta demográfica na história da humanidade. A raça humana levou, talvez, 1 milhão de anos para chegar a 1 bilhão de pessoas (perto do ano 1800). A partir de 1960, porém, passamos a adicionar outros bilhões a cada 10 ou 20 anos. A população mundial agora é de 7 bilhões de pessoas e a projeção para 2050 é de 9,3 bilhões.Em outras palavras, entre hoje e 2050, o mundo deverá adicionar um número de pessoas igual à população total que havia no mundo em 1950. Ou pensando de outra forma, é o equivalente a agregar outra China e outra Índia. Alimentar, vestir, dar moradia e abastecer essa adição líquida maciça à população mundial é um dos principais desafios que a humanidade terá de enfrentar.Se nos guiarmos pelo progresso material médio ao longo dos últimos séculos, podemos ter a impressão de que a necessidade voltará a atuar como "mãe da invenção" e que superaremos o desafio populacional, assim como superamos desafios anteriores, por meio de inovações institucionais e tecnológicas.Embora as questões com as quais os países emergentes se deparam sejam diferentes das enfrentadas pelos países ricos, em nosso mundo globalizado um desafio demográfico em qualquer lugar representa um desafio demográfico para todos os lugaresAs médias de longo prazo, no entanto, podem mascarar episódios de volatilidade significativa ao longo do tempo, assim como as diferenças de variação entre países. Sabemos com certeza que há um grande risco pela frente com o crescimento populacional, já que o aumento quase inteiramente se dará nos países mais frágeis econômica, política, social e ambientalmente.Deixar de absorver grandes números de pessoas em empregos produtivos poderia levar a um sem-número de catástrofes e a sofrimento em massa. A continuidade de desigualdade de renda de um país para outro poderia impedir a cooperação internacional, detendo ou até revertendo a globalização, apesar de seu potencial para melhorar o padrão de vida de todos. O rápido crescimento populacional também tende a acelerar o esgotamento dos recursos ambientais, tanto local como globalmente, e pode debilitar permanentemente as perspectivas de recuperação.Alguns países em desenvolvimento enfrentaram bem esses desafios populacionais. Por exemplo, os "tigres" do leste asiático reduziram seus índices de natalidade de forma acentuada nos anos 70 e 80 e usaram o espaço de manobra demográfico resultante disso com assombrosa vantagem para eles próprios, com políticas criteriosas de saúde e educação, administração macroeconômica sólida e meticuloso engajamento econômico regional e global.Na outra ponta, os países da África Subsaariana se saíram muito pior do ponto de vista de desenvolvimento, em grande medida por sua incapacidade de escapar do fardo esmagador do alto crescimento populacional e da dependência em relação à população jovem.Embora os países em desenvolvimento sejam os locais onde os problemas mundiais populacionais são mais ameaçadores, os países industriais mais ricos também se deparam com seus próprios problemas, bastante complicados. Da perspectiva puramente demográfica, a capacidade produtiva das economias avançadas chegou a um platô de pouco mais de duas pessoas em idade de trabalho por dependente. Esse indicador, no entanto, deverá despencar para 1,36 até 2050, o que representa uma ameaça ao considerável dividendo demográfico que esses países gozaram nas últimas décadas.Além disso, os países ricos podem esperar uma expansão maciça na proporção de pessoas idosas em suas populações, como resultado do aumento na longevidade, continuidade da baixa natalidade e da progressão do grupo da geração "baby-boom" na pirâmide populacional. Embora o desempenho econômico no contexto do envelhecimento da população seja substancialmente um território desconhecido, não é difícil entender as preocupações quanto à integridade fiscal dos sistemas de assistência médica e aposentadoria por regime de repartição e quanto à desaceleração no crescimento resultante da redução da força de trabalho.Existem muitas sugestões de políticas para resolver a sustentabilidade fiscal e escassez de mão de obra, como o aumento da idade para aposentadoria e a obrigatoriedade nas contribuições, em conjunto com a redução dos benefícios. Liberar a imigração internacional poderia ser outra resposta, embora seja improvável que traga alívio considerável, já que a oposição política e social à imigração aumentou na maioria dos países desenvolvidos.Podemos, contudo, contar com o aumento na participação das mulheres na força de trabalho (incentivada pela continuidade da baixa fertilidade); maior índice de eficiência no trabalho, uma vez que o nível dos estudos continua em alta; e crescimento na poupança, em antecipação à maior longevidade e maior extensão das aposentadorias.No fim das contas, é improvável que nossos maiores medos relacionados ao envelhecimento da população se tornem realidade. Antes de termos certeza disso, no entanto, serão necessárias muitas análises, debates, adaptações comportamentais e reformas políticas - tanto na esfera pública como privada.Embora as questões com as quais os países em desenvolvimento se deparam sejam diferentes das enfrentadas pelos países ricos, em nosso mundo globalizado um desafio demográfico em qualquer lugar representa um desafio demográfico para todos os lugares. E, embora os desafios representados pela mudança populacional sejam monumentais, é bem provável que sejam contornáveis. Seria irresponsável negligenciar esses desafios e submeter a humanidade, desnecessariamente, a grandes riscos, que já podemos prevenir de forma confiável.David Bloom é professor de Economia e Demografia na Harvard School of Public Health

Café bate disputa territorial com coca na Colômbia

Café bate disputa territorial com coca na Colômbia
A mudança para o café e o retorno de agricultores deslocados devem ser autorizados a Colômbia, maior produtor mundial de cocaína e café leve, para aumentar a produção para 15 milhões de sacas em 2015 e 18 milhões em 2020. Nas montanhas da Sierra Nevada de Santa Marta no norte da Colômbia, a colheita de café dos produtores de ex coca ajudará o país a cumprir a sua meta de produção de 9 milhões de sacas este ano, e é também trazendo conforto para os agricultores. "Eu não ficar ansioso sobre a polícia vai para fumigar plantações (coca). Estou feliz desde que eu fui desde o ilegal a legal", disse o agricultor Daniel Suarez. Depois de mais de uma década de fortes medidas de segurança apoiada pelos Estados Unidos, as forças armadas colombianas retomaram o controle de grandes partes do país, embora os rebeldes e traficantes de drogas continuam a assolar grande parte da nação. Esta campanha tem ajudado a reduzir o plantio de coca de 59 mil hectares, queda de 13 por cento em comparação com 2009. Em vez de plantadores de coca para crescer produtos como cacau, óleo de palma, banana e café crescendo em popularidade, devido aos elevados preços internacionais. A mudança de cultivos ilícitos, que ajudou a financiar a guerrilha de esquerda desde 1980 - o café vai ajudar o país a cultivar mais 200 mil hectares de grãos em 2015 de 900.000 atualmente, segundo o Governo. Agricultores da região norte do Magdalena, onde a Serra Nevada, recebeu seu primeiro safra de café este ano com produção de 80.000 kg, disse Edgar Ramirez, chefe do comitê de café na área. "As famílias já não depende do cultivo de coca, porque apesar de ganhar mais dinheiro a colheita atraiu grupos armados", disse Ramirez. "Quando a polícia chegou eles encontraram um monte de café em uma maneira de ganhar a vida legalmente", disse ele. Devido à maior segurança, os agricultores deslocados pelo conflito estão voltando para suas terras, e os produtores de café têm o apoio da Federação Nacional dos Produtores de Café que oferece financiamento para plantar variedades especiais que são vendidos com uma qualidade superior . Além da mudança de coca para o café e o regresso das pessoas deslocadas, os principais fatores que irão aumentar a produção para a Colômbia é um programa de renovação de culturas de terras e mão de obra barata, e as variedades resistentes à ferrugem mudança. Produção de café na Colômbia tem sido historicamente cerca de 11 milhões de sacas, mas as fortes chuvas e um programa de renovação de café em 2009 causou um declínio para os níveis mais baixos em mais de 30 anos. Em Nariño, onde os guerrilheiros e quadrilhas criminosas disputam o controle da produção de cocaína e rotas de exportação, cerca de 2.500 hectares já plantados com coca café colheita agora. Nariño, produz cerca de 4 por cento da safra de café na Colômbia "Coca cultivo de café se mudou porque era mais rentável. No entanto, como o café é cultivado nas áreas (ex) de coca, haverá um aumento na produção", disse Hernando Delgado, diretor do Comitê de Cafeicultores de Nariño. "O potencial é enorme", disse Delgado.
Commodities Agrícolas
Exportação de etanol é a maior em 22 meses
Enquanto o mercado interno vive um período de redução de oferta de etanol, as exportações de agosto atingiram o maior patamar dos últimos 22 meses.Saíram pelos portos brasileiros 298 milhões de litros no mês passado, 23% mais do que em agosto de 2010, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).Tradicionalmente, esse é um período de grandes volumes de exportação. O pico da safra derruba os preços internos, favorecendo as vendas externas. As usinas se preparam para esse cenário.A quebra de produção, no entanto, derrubou a oferta e os preços internos subiram.Mas os preços externos são bastante convidativos. Os 545 milhões de litros exportados em julho e agosto renderam US$ 386 milhões, 64% mais do que em 2010.Com o desempenho de agosto, as exportações de etanol atingiram 1,1 bilhão de litros neste ano, volume ainda 5% inferior ao de igual período de 2010.As receitas totais de janeiro a agosto somaram US$ 762 milhões, 26% mais do que nos oito primeiros meses do ano passado.O patamar de preço deste ano fez com que o valor médio das exportações atingisse US$ 699 por mil litros, bem acima da média de igual período de 2010.Até agosto de 2009, as usinas recebiam US$ 385 a cada mil litros. Em 2010, eram US$ 531 pela mesma quantia.As exportações de açúcar, devido à menor produção brasileira, perderam ritmo neste ano, recuando 5% em relação a janeiro-agosto de 2010. Foram exportados 15,7 milhões de toneladas.A demanda aquecida e a oferta mundial ainda não recomposta permitiram o aumento médio de 29% nos preços do açúcar em bruto e de 34% no refinado.As receitas brasileiras somaram US$ 9,2 bilhões, 24% mais do que em 2010. Para fora As principais commodities agrícolas exportadas renderam US$ 47 bilhões de janeiro a agosto. Esse valor supera em 28% o de igual período do ano passado. Liderança Já a liderança nas exportações de básicos fica com minério de ferro, cujas receitas somaram US$ 26,6 bilhões até agosto, 66% mais do que em igual período de 2010. Em destaque O complexo soja mantém a liderança entre os agrícolas, ao somar US$ 17,7 bilhões. Só as receitas com as vendas de soja em grão atingiram US$ 12,6 bilhões. Na ponta As carnes industrializadas e "in natura" renderam US$ 9,7 bilhões neste ano. No ano passado, foram US$ 8,6 bilhões no mesmo período. Abaixo O volume exportado, no entanto, recuou 3%, para 3,7 milhões de toneladas. O de frango "in natura" lidera, com 2,3 milhões. Laranja A produção de laranja do Estado de São Paulo deve chegar a 377 milhões de caixas (40,8 kg), com aumento de 17% em relação à safra passada, segundo a Conab e a Secretaria de Agricultura paulista. Área menor Nos cálculos das duas entidades, a área de citricultura recuou para 581 mil hectares. Os pomares cedem lugar aos canaviais. Entidade fechará convênio para mitigar CO2 A Embrapa deve fechar, até o fim do ano, um convênio de US$ 350 milhões com o Banco Mundial para criar um programa de mitigação das emissões de dióxido de carbono (CO2) oriundas das atividades de produção agrícola.O objetivo do programa é ajudar os produtores a calcular a quantidade aproximada de emissões de CO2 decorrentes das atividades agropecuárias. Com essa informação, os empresários rurais poderão calcular formas de mitigar quase totalmente os efeitos do gás liberado no ambiente.O projeto, que deve ter a duração de cinco anos, foi entregue ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, no início da semana. Os recursos serão divididos entre o Banco Mundial, que deve fazer um aporte de US$ 280 milhões, e a Embrapa, que dará uma contrapartida de US$ 70 milhões."Vamos conseguir avaliar de forma segura quais emissões são realizadas em diferentes frentes de trabalho do produtor brasileiro. O projeto é uma oportunidade para conseguirmos mitigar as emissões com o plantio de árvores. O empresário rural vai conseguir plantar o número necessário para o total de gás liberado na atmosfera", diz o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes.