19/11/2009 18:02
Dólar sobe a R$ 1,734 com expectativa de nova regra
Agência Estado
Quinta-feira, 19 de novembro de 2009, 17h52
Dólar sobe a R$ 1,734 com expectativa de nova regra
SILVANA ROCHA
O dólar comercial foi negociado em alta hoje durante todo o dia e fechou as operações no mercado interbancário de câmbio cotado a R$ 1,734, variação de 0,99% em relação a ontem. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista subiu 0,75% e fechou a sessão a R$ 1,728. Apesar da alta de hoje, a moeda americana acumula em novembro baixa de 1,25% e no ano, de -25,74%.
A taxa de câmbio foi pressionada hoje pelo ambiente externo, de aversão ao risco, e expectativas de que o governo brasileiro pode ainda anunciar nova regra para o câmbio. Este sentimento persiste no mercado porque o lançamento ontem do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% na emissão de recibos de ações de empresas brasileiras negociados no exterior (DRs) foi considerado um complemento daquela medida adotada há um mês (IOF de 2% sobre ingresso de capital estrangeiro para renda fixa e variável), permitindo equalizar o tratamento tributário aqui e lá fora. Diante da percepção de que o governo está disposto a levar o dólar para outro patamar, de forma gradual, sem estresse e sem gerar riscos de pressão sobre a inflação, o que poderia exigir aumento de juros, os agentes do mercado acreditam que algo novo ainda está por vir, disse o economista Miguel Daoud, diretor da Global Financial Advisor.
Segundo Daoud, a questão central é saber como o País vai crescer a um ritmo de 5% a 6% ao ano, com aumento da demanda interna por meio de incentivos monetário e fiscal, mas controlando a inflação, de forma que a oferta de produtos acompanhe essa demanda e, para isso, precisa de investimentos. "Se não consegue elevar a oferta interna, a compensação ocorre por meio de importações e esta entra no cálculo do PIB com sinal negativo. Assim, se aumenta muito o dólar rapidamente, não há como aumentar a oferta interna para suprir a demanda, o que gera um processo inflacionário, com consequência de aumento de juros", explicou.
No exterior, a Coreia do Sul lançou medidas para conter a volatilidade do câmbio e a Rússia informou estudar formas de controlar o fluxo de capital entre fronteiras, incluindo a possibilidade de cobrar um "imposto Tobin" sobre transações cambiais internacionais. Assim, houve espaço para o dólar subir pela manhã ante o euro e outras divisas, como a libra esterlina. Contudo, à tarde, a moeda norte-americana já devolvia os ganhos ante o euro.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Preço de exercício mais elevado do que o valor de mercado torna[br]vendas do produto ao governo bom negócio
A venda de café ao governo é um bom negócio para os produtores que participaram dos leilões de contratos de opção, cujo primeiro vencimento ocorreu sexta-feira. A opção de entrega ao governo deve se confirmar porque o preço de exercício de R$303,50 a saca de 60 quilos é mais elevado do que o valor de mercado (cerca de R$265/R$272 a saca). O período de entrega vai até 30 de novembro.
Nesse primeiro vencimento, 1 milhão de sacas deverão ser retiradas do mercado, no limite de 400 sacas por produtor. O exercício da opção para o primeiro lote resultará em valor líquido recebido pelo cafeicultor de R$288,80 a saca, conforme cálculo do pesquisador Celso Luis Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura paulista. "O preço de exercício vai garantir subsídio de 5% a 10% em relação ao preço de mercado, dependendo da origem do grão. O preço das opções foi bem calibrado." Com o exercício das opções, o cafeicultor ganha algum fôlego com remuneração de parte dos custos, podendo manter a estrutura produtiva.
Pela análise de Vegro, o produtor "deixou de amealhar mais vantagens" por causa das chuvas fora de época, que prejudicaram a qualidade dos grãos na colheita. Conforme Vegro, constituir um lote de 400 sacas de café tipo 6, bebida dura, tem exigido, em média, mais de 500 sacas de produto bica corrida, o que acarreta maiores despesas com o beneficiamento duplo. O especialista considera que alguns aspectos podem ser aprimorados para os próximos vencimentos, como uma flexibilização na regra de qualidade para entrega dos lotes e a liquidação financeira dos contratos.
As informações partem de O Estado de São Paulo.
A venda de café ao governo é um bom negócio para os produtores que participaram dos leilões de contratos de opção, cujo primeiro vencimento ocorreu sexta-feira. A opção de entrega ao governo deve se confirmar porque o preço de exercício de R$303,50 a saca de 60 quilos é mais elevado do que o valor de mercado (cerca de R$265/R$272 a saca). O período de entrega vai até 30 de novembro.
Nesse primeiro vencimento, 1 milhão de sacas deverão ser retiradas do mercado, no limite de 400 sacas por produtor. O exercício da opção para o primeiro lote resultará em valor líquido recebido pelo cafeicultor de R$288,80 a saca, conforme cálculo do pesquisador Celso Luis Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura paulista. "O preço de exercício vai garantir subsídio de 5% a 10% em relação ao preço de mercado, dependendo da origem do grão. O preço das opções foi bem calibrado." Com o exercício das opções, o cafeicultor ganha algum fôlego com remuneração de parte dos custos, podendo manter a estrutura produtiva.
Pela análise de Vegro, o produtor "deixou de amealhar mais vantagens" por causa das chuvas fora de época, que prejudicaram a qualidade dos grãos na colheita. Conforme Vegro, constituir um lote de 400 sacas de café tipo 6, bebida dura, tem exigido, em média, mais de 500 sacas de produto bica corrida, o que acarreta maiores despesas com o beneficiamento duplo. O especialista considera que alguns aspectos podem ser aprimorados para os próximos vencimentos, como uma flexibilização na regra de qualidade para entrega dos lotes e a liquidação financeira dos contratos.
As informações partem de O Estado de São Paulo.
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