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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Worst drought in decades hits Brazil coffee belt as buyers brace for price rise
Jia Lynn Yang for the Washington Post  -  Guardian Weekly  -  Tuesday 25 February 2014


A Brazilian coffee producer adjusts his irrigation system. In recent weeks heat has replaced frost as the
biggest risk to crops in the coffee belt.
Photograph: Paulo Whitaker/Reuters

Dry spell could lead to a world shortage of beans and increased prices for growing numbers of consumers

Don't panic. But there could be a global coffee shortage. Usually, during this time of year, the delicate arabica coffee plants in the mountains of Brazil, where most of the world's coffee comes from, are maturing. White, fragrant flowers have appeared, followed by cherrylike fruit, each containing two seeds: arabica coffee beans, the most popular in the world.

But last month the worst drought in decades hit Brazil's coffee belt region, destroying crop yields and causing the price of coffee to shoot up more than 50% so far this year. The drought is historic, forcing more than 140 cities in Brazil to ration water. Newspapers reported that some districts are receiving water only every three days.

For now, retail prices for coffee are stable. Roasters typically have enough supplies to cover themselves for a few months. But if the price of the arabica beans continues to rise, consumers could start seeing the cost of their morning coffee creep up later this year, according to Jack Scoville, a futures market analyst specialising in grains and coffee, among other commodities. Last Wednesday the price per pound (0.45kg) of coffee for delivery due in March reached the highest point in about 14 months, at $1.72.

Even before the drought, concerns arose that there would be a global coffee deficit. At the beginning of the year a closely watched report by a commodities trading firm noted that the global coffee market could face a shortage for the first time in three years. The report predicted coffee supplies will be about 5m bags lower than consumption for the 2014-15 season. This was an about-face from what experts were saying at the end of last year, when there appeared to be a coffee glut. There was so much coffee last year that arabica coffee futures fell by nearly 25%.

In the long run, though, experts say that the price of coffee will rise for one simple reason: more people in developing markets such as Brazil, India and China are acquiring a taste for it.

"Regardless of what happens in Brazil now … we will see higher prices and more competition for higher-quality coffee," said Kim Elena Ionescu, a coffee buyer and sustainability manager for Counter Culture, the influential North Carolina-based coffee roasting company. Ionescu said that it used to be that the developing world made coffee and the developed world drank it. But now countries such as Brazil, which traditionally only produced coffee, are starting to consume it, too. "More people are drinking coffee," said Ionescu. "And more people are drinking better coffee." Coffee production is hard to mechanise, and so it is likely that demand will continue to outstrip supply.

There are also concerns that climate change could limit supplies, with some pointing to Brazil's drought as evidence of more extreme weather becoming the norm. "What we are really seeing as a company as we look 10, 20, 30 years down the road – if conditions continue as they are – is a potentially significant risk to our supply chain, which is the arabica coffee bean," Jim Hanna, Starbucks' head of sustainability, said in an interview with the Guardian in 2011.

The situation could worsen for those who like sugar with their coffee. The drought in Brazil, the world's biggest producer of sugar, is disrupting plans for harvesting sugar cane. Futures prices for sugar are at nearly the highest level in two months.

Clima dá o tom, compras se mantêm e café sobe forte na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com boas altas, com a posição maio chegando a tocar no melhor nível de preço desde 03 de outubro de 2012. Mais uma vez, o mercado se inclinou para o viés climático no Brasil e expôs sua grave preocupação com as possíveis perdas que o país terá na temporada atual, cuja colheita tem início em maio. O que os players levam em conta é que uma quebra de 10% ou 20% da produção do país poderia redundar em 5 ou 10 milhões de sacas a menos na oferta global que, como se recorda, já estava muito próxima do equilíbrio com a demanda. Com o Brasil ofertando de maneira modesta, já que tem compromissos de exportação que passam das 20 milhões de sacas, e uma demanda interna que é a segunda maior do mundo, também acima das 20 milhões de sacas, oque se depreende é que o país irá ter de abrir mão de estoques, o que é um indicativo de potencial de alta para preços. No que se refere aos estoques, aliás, neste momento já se observa uma pressão sobre o montante armazenado e certificado em Nova Iorque e Londres, com relatórios de quedas constantes. Diante desse quadro, muitos participantes se veem pressionados e efetuam aquisições especulativas, de caráter protetivo, o que se reflete nos terminais. Um operador indicou que, levando-se em conta a observação gráfica a partir das ondas Elliott, é registrado que o café está entrando em um novo nível, sendo que a segunda posição estaria tendendo a uma resistência em 183,60 centavos. Por outro lado, caso os vendedores retomem o fôlego, a tendência seria a buscado patamar de 162,05 centavos.


No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 685 pontos, com 176,35 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 179,35 centavos e a mínima de 169,70 centavos, com o julho registrando ganho de 695 pontos, com 178,30 centavos por libra, com a máxima em 181,20 centavos e a mínima em 169,70 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 43 dólares, com 2.024 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 48 dólares, para o nível de 2.003 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela força dos compradores. Desde a manhã o mercado se mostrava ativo e, logo após o rompimento do nível de 170,00 centavos, novas compras especulativas passaram a ser executadas, com a segunda posição chegando até ase aproximar do patamar de 180,00 cents, sem, contudo, testá-lo. No segmento externo, o dia foi de dólar estável e bons ganhos para as bolsas de valores dos Estados Unidos, assim como as commodities softs também registraram avanço, com destaque para o café e o açúcar, ambas as matérias-primas que operam com olhos voltados para o clima no Brasil.

"O mercado continua focado na questão climática do Brasil e o que vemos é um quadro interessante, bastante procurado, que também se reflete no físico do Brasil, que tem preços bastante consistentes. Ainda existe o temor sobre os prejuízos causados às plantas, principalmente com regiões como Minas Gerais ainda não terem registrado chuvas razoáveis", disse um trader. Ele lembrou que os fundos continuam a ampliar fortemente suas posições compradas. No último relatório, referente ao dia 18 de fevereiro, foi verificado que, os fundos contavam com 30.937 posições líquidas compradas, contra 21.985 posições da semana anterior.

“O que todo mundo quer saber é quão mais o mercado pode subir, pergunta importante em vários aspectos e de difícil resposta em um mercado climático. De forma mais pragmática podemos dizer que colocar uma posição vendida (descoberta) é perigoso neste momento, mas vender seus cafés para diminuir dívidas e cuidar da lavoura parece uma decisão acertada. Outro 'play' interessante é comprar proteções de baixas (puts = opções de venda)financiando com vendas de calls (opções de compra), já que a volatilidade implícita explodiu. Tecnicamente, o movimento de alta pode continuar, mas devemos ficar preparados para dias de fortes baixas também", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

O Vietnã está observando um desconto maior para seus cafés, em relação ao terminal de Londres, de acordo com avaliação da empresa Volcafé. Segundo a companhia, a venda dos grãos para embarque em março e abril teve, ao longo da última semana, um desconto de 40 dólares por tonelada, contra 20 dólares da semana de 10 a 15 de fevereiro. De acordo com fontes de Ho Chi Min, o rally dos últimos dias fez com que os descontos se ampliassem naturalmente. No mercado interno vietnamita, os preços tiveram um incremento médio de 6,8% ao longo da última semana.

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia20, totalizaram 1.374.582 sacas de café, alta de 21,17% em relação às 1.134.393 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque ficaram estáveis em 2.626.303 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência179,35, 179,50, 179,90-180,00, 180,50, 181,00, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00,183,50-183,60, 184,00, 184,50 e 184,90 centavos de dólar, com o suporte em169,70, 169,50, 169,00, 168,50, 168,30, 168,00, 167,50, 167,00, 166,50, 166,00,165,50, 165,00, 164,50, 164,00, 163,50, 163,00, 162,05, 162,00, 161,50, 161,00,160,50 e 160,10-160,00 centavos.




Londres amplia ganhos e volta a ficar acima dos 2 mil dólares
Data: 24/02/2014

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com bons ganhos, permitindo que aposição maio conseguisse voltar a gravitar proximamente do nível psicológico de2.000 dólares. Mais uma vez, especuladores e fundos se mostraram bons compradores e seguiram o comportamento dos arábicas em Nova Iorque, com as cotações apresentando, assim, uma evolução constante.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela continuidade de aquisições, ainda na esteira das incertezas sobre os prejuízos causados pelo clima na safra brasileira, cuja colheita se inicia em abril ou maio. Os robustas se beneficiam de uma possível quebra mais incisiva do maior provedor mundial do grão, já que, assim como ocorreu nas últimas temporadas, quando a disponibilidade se mostrava bastante restrita para os arábicas, os compradores terão de fazer a opção por modificar seus blends e aumentar a aquisição de robustas.

"Tivemos uma sessão bastante volátil e o maio variou mais de 100 dólares. Na parte da manhã, chegamos a ter algumas tentativas de vendas, sem sucesso, no entanto. Com isso, se abriu espaço para que as aquisições especulativas continuassem e chegamos a tocar a máxima de 2.045dólares. Nas máximas, algumas realizações foram registradas. Com os ganhos mais efetivos, o Vietnã tem registrado um aumento nos descontos, que teriam passado de20 para 40 dólares num prazo de apenas uma semana", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 2,62 mil contratos, contra 13,0 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 21 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 43 dólares, com2.024 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 48 dólares, para o nível de 2.003 dólares por tonelada.