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domingo, 22 de abril de 2012

Martelinho de fundo é agora ou nunca.

Martelinho de fundo é agora ou nunca.




O termo no diminutivo, martelinho demonstra a desaceleração na queda e uma tímida tentativa de recuperação.

A troca de posição do contrato maio para julho foi tão rápida e nem comprados nem vendidos nem comprados com disposição para aumentar posições consideravelmente.

No auge da entre safra brasileira e empresas que estão à descoberto no físico sentem a pressão e a dificuldade em encontrar vendedores.

A indústria acredita que os preços estão relativamente baratos, perto dos preços que tivemos no ano passado e também aproveitam para ir às compras, os produtores que precisam de dinheiro não encontram dificuldades para venda.

A consolidação de fundo perto da media de 305 períodos mostra que o mercado, apesar de estar em tendência de baixa precisa de uma correção, mesmo que esta correção seja lateral por alguns dias a espera da safra brasileira, para que haja força para novos fundos.

As vésperas do inverno brasileiro, mesmo na tendência de baixa, não acredito que seja prudente aumentar os níveis para os vendidos, que deveremos ver este aumento assim que o temor para algum problema climático estiver dissipado.

O dinheiro anunciado pelo governo brasileiro para colheita esta recheando os cofres do Banco do Brasil e Bancos particulares nas regiões produtoras a disposição do produtor brasileiro, e que também haverá dinheiro dentro do olho da safra, ou seja, em julho devera impactar novas baixas e baixas muito acentuadas, portanto não sou comprador não tenho nenhum trade aberto, mas acredito em uma recuperação do mercado.

Algumas commodities como a soja teve recuperação exatamente pelo fator fundamentalista, e o café no auge da entre safra, com dinheiro nos Bancos, esta na hora de se recuperar, é agora ou nunca.

Outra leitura que leva também para este raciocínio, é que a venda de café por parte das casas comercias a descoberto no físico, seria Recorde, o que pode levar uma disputa interessante por mercadoria no começo da safra.

A crise mundial continua forte, mas ninguém esta disposto para um novo Leman Brother, a briga cambial pode trazer surpresas boas para os produtores onde acredito em dólar na casa de R$2,10, em alvo gráfico, o que ajudaria para que os preços do café se a bolsa continuar a cair não acompanhar a queda, sendo o dólar uma variante importante na formação dos preços fiquem atento a ele.

As fichas estão lançadas a tendência continua de baixa, mas uma possível recuperação seria possível.

Vamos esperar uma boa semana a todos e que Deus os abençoe

Wagner Pimentel

www.cafezinhocomamigos.blogspot.com

VIETNÃ EMBARCA MAIS DE 3 MILHÕES DE SACAS

VIETNÃ EMBARCA MAIS DE 3 MILHÕES DE SACAS

Países membros do FMI se comprometeram a contribuir 430 bilhões de dólares, aumentando assim as reservas para combater a crise européia.
Especulações de que a China diminua os níveis de depósitos compulsórios dos bancos também ajudaram os ativos de risco, assim como resultados melhores no primeiro trimestre de algumas empresas americanas.
Investidores entretanto ainda não estão convencidos em “baratear” o financiamento das dívidas da Espanha e Itália, e portanto os títulos destes países continuam sobre pressão.
As bolsas tiveram desempenhos levemente positivos, e as commodities conseguiram recuperar um pouco, mas apenas na sexta-feira.
O mercado de café em Nova Iorque começou a semana fazendo mínimas vistas apenas em outubro de 2010. Depois ficou negociando de lado, enfadonhamente, e então puxou US$ 3.30 centavos por libra no último pregão, fechando o período de cinco dias com perdas de US$ 1.65 por saca (base o contrato de julho de 2012). Na BM&F a queda foi similar, US$ 1.75 por saca, enquanto o robusta em Londres mais uma vez se mostrou firme, com ganhos de US$ 2.64 por saca.
A performance em geral até que foi “positiva” frente à desvalorização do Real brasileiro (que tudo indica caminha para o nível de R$ 1.90), e notícias de corte dos preços do torrado e moído na Europa e nos Estados Unidos.
No mercado físico viu-se poucos negócios, e os diferenciais estão nos mesmos patamares da semana passada.
Impressionante foi o número de exportações do Vietnã em março, que totalizou 3.12 milhões de sacas, volume que se aproxima do recorde do Brasil e que espelha a demanda forte pelo produto.
Um amigo e colaborador da Alemanha esboçou o quadro de forma muito clara em seu relatório recente, demonstrando que entre março de 2011 e fevereiro deste ano o aumento das exportações do robusta foi de 6,187,284 sacas, mais do que compensando a queda de 3,163,467 sacas de Brasil, e de 876,888 sacas de Colômbia (dados extraídos da Organização Internacional do Café).
O perfil de utilização dos estoques visíveis corrobora para a tese de maior utilização do robusta.
De volta ao Brasil a safra do conillon já está sendo colhida em algumas áreas, e dentro de um mês devemos ver alguns lotes novos de arábica.
No relatório de posicionamento dos traders os fundos não colocaram novas vendas nos livros (será o limite?), mas os que estavam comprados perderam a paciência e liquidaram 3,405 lotes – incrementando a posição líquida vendida para um novo recorde (considerando o “CIT report”).
A figura técnica ainda encoraja os baixistas, mas a indústria deve continuar aproveitando para estender suas coberturas. Aos produtores que precisam de caixa parece que infelizmente não há muitas alternativas.
Uma excelente semana a todos e muito bons negócios.
Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting