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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Em dia técnico e corretivo, café registra bons ganhos na ICE

  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com ganhos, atingindo a máxima de uma semana. Apesar da valorização, as cotações continuaram a gravitar ao redor do nível psicológico de 120,00 centavos por libra, num quadro de recomposição do cenário observado até a última terça-feira. O dia foi meramente técnico, com a realização de algumas compras corretivas que, pela manhã, chegaram a ser até incisivas, levando a segunda posição para próximo do nível de 123,00 centavos. Esse referencial, no entanto, não foi testado e, assim, algumas vendas foram verificadas no decorrer do período, o que contribuiu para que os ganhos desacelerassem e o encerramento se desse dentro do intervalo de 121,00 centavos de dólar por libra peso.

Fundamentalmente, o mercado não tem novidades. Notadamente sobrevendido, o mercado abre espaço para algumas correções mais efetivas. Depois de ficar pressionado na quarta-feira, mas não ter registrado força mais consistente para atingir as mínimas recentes, o que se observou ao longo da sessão do dia é um movimento de recompra por parte de alguns especuladores, o que deu espaço para alguns ganhos. Um operador sustentou que o viés climático não foi o referencial para os ganhos do dia. As projeções para o clima no centro-sul do Brasil indicam uma queda das temperaturas no sul de Minas Gerais a partir da metade da próxima semana. Mas o frio não será intenso e as geadas não deverão ser observadas.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição setembro teve alta de 345 pontos, com 121,90 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 122,75 centavos e a mínima de 118,60 centavos, com o dezembro tendo valorização de 335 pontos, com 124,90 centavos por libra, com a máxima em 125,75 centavos e a mínima em 121,75 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve alta de 22 dólares, com 1.729 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 20 dólares, no nível de 1.745 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi técnico e de relativa calma, apesar das oscilações mais efetivas de preço. O cenário externo não mostrou grandes mudanças, com o dólar finalizando o dia com estabilidade em relação a maior parte das moedas internacionais, com uma ligeira alta em relação ao real brasileiro. A maior parte das commodities teve um dia de alta, sendo que apenas o ouro se dissociou dessa tendência e fechou com quedas consideráveis.

"Reportamos os ganhos do dia a termos meramente técnicos. Alguns operadores apontaram que esse avanço poderia estar 'linkado' com uma possível nova greve de cafeicultores na Colômbia, a partir do início de julho. No entanto, não acreditamos que esse movimento desperte tanto temor junto aos players. Ele já ocorreu em março e não afetou tão fortemente as vendas. Os ganhos do dia foram predominantemente corretivos, diante de um quadro claramente sobrevendido", disse um trader.

Os prêmios para o café robusta da Indonésia saltaram cerca de 30 dólares na última semana, apoiados por persistentes preocupações com o abastecimento, enquanto alguns carregamentos de grãos vietnamitas mudaram de mãos à medida que as tradings cobriam seus estoques. Os prêmios do robusta dos principais produtores do Vietnã e da Indonésia subiram para máximas de vários meses após chuvas excessivas interromperem entregas e os produtores segurarem devido aos preços deprimidos. As dificuldades na obtenção de grãos forçaram alguns exportadores indonésios a cancelar as remessas de até 4 mil toneladas de café neste mês de junho e negociações ainda estão em andamento para evitar mais cancelamentos.

As exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 25, totalizaram 1.296.274 sacas de café, queda de 12,37% em relação às 1.479.272 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.078 sacas, indo para 2.750.191 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 20.116 lotes, com as opções tendo 6.693 calls e 1.158 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 122,75, 123,00, 123,50, 123,75, 124,00, 124,50, 125,00, 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00 e 128,40-128,50 com o suporte em 118,60-118,50, 118,05-118,00, 117,50, 117,10-117,00, 116,50, 116,00, 115,50, 115,10-115,00, 114,50, 114,00, 113,50 e 113,00 centavos.




Londres segue Nova Iorque e tem dia de valorização para café

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com altas, seguindo o bom desempenho dos arábicas em Nova Iorque. Apesar dos avanços, o volume comercializado ficou abaixo da média recente da bolsa londrina, com algumas rolagens também sendo reportadas.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas, que permitiram ao setembro romper o patamar de 1.750 dólares. No entanto, acima desse nível psicológico foram verificadas algumas realizações, com o fechamento se dando, portanto, abaixo desse índice. O dia foi meramente técnico, corretivo, e os robustas seguiram o comportamento observado do outro lado do Atlântico, que também ostenta um quadro claramente sobrevendido.

"Tivemos boas altas, mas sem um amparo efetivamente fundamental. É uma correção natural. Temos de lembrar que num espaço de poucas semanas tivemos uma perda de mais de 300 dólares. Há pouco, o setembro variava fortemente acima dos 2.000, 2.100 dólares e nesta semana chegamos próximo dos 1.700 dólares. Assim, uma correção é algo natural", disse um trader.

O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 2,03 mil contratos, contra 6,04 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 16 dólares. No encerramento do dia, o julho teve alta de 22 dólares, com 1.729 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 20 dólares, no nível de 1.745 dólares por tonelada.





Prêmios do robusta disparam na Ásia; há temores de inadimplência

  Os prêmios para o café robusta da Indonésia saltaram cerca de 30 dólares na última semana, apoiados por persistentes preocupações com o abastecimento, enquanto alguns carregamentos de grãos vietnamitas mudaram de mãos à medida que as tradings cobriam seus estoques, disseram operadores nesta quinta-feira. Os prêmios do robusta dos principais produtores do Vietnã e da Indonésia subiram para máximas de vários meses após chuvas excessivas interromperem entregas de fazendas e preços globais em queda levarem os produtores a segurar seus grãos. Dificuldades na obtenção de grãos forçaram alguns exportadores indonésios a cancelar as remessas de até 4 mil toneladas dos grãos até o momento em junho, e negociações ainda estão em andamento para evitar mais cancelamentos. O café de Sumatra classe 4 com 80 grãos defeituosos ficou a prêmios de 200 dólares por tonelada contra o contrato julho da bolsa de Londres, nível mais alto desde o início de 2012, e ante 170 dólares na semana passada. Não há relatos de negócios fechados. O robusta do Vietnã registrou prêmios menores. "Alguns exportadores pediram para atrasar os carregamentos de cerca de 2,4 mil toneladas. Eles na verdade pediram por 'washouts' (cancelamentos negociados) e pagam uma multa de 50 dólares por tonelada para nós, mas não achamos que seja uma boa ideia, pois os preços do Vietnã estão loucos", disse um operador em Cingapura. Reuters





Prêmio para café da Ásia chega maior nível desde o início de 2012

  Os Prêmios de robusta da Indonésia subiram US$ 30 nesta semana em persistentes preocupações com o abastecimento, enquanto que algumas cargas de grãos vietnamitas mudou de mãos como casas comerciais coberto estoques, disse os concessionários. Robusta prêmios de top produtores Vietnã e Indonésia cresceram para o mior nível dos últimos 18 meses, após chuvas excessivas interromperam as entregas de plantações e a queda dos preços mundiais levou os agricultores a reter seus grãos. Dificuldades na obtenção de grãos forçaram alguns exportadores indonésios para cancelar as remessas de até 4.000 toneladas de café, até agora, em junho, e as negociações ainda estão em andamento para evitar mais cancelamentos. Sumatra grau 4, 80 grãos defeituosos ficou em prêmios de US $ 200 por tonelada para contrato de julho, em Londres, seu nível mais alto desde o início de 2012 e, a partir de US$ 170 dólares na semana passada. Não houve relatos de negócios. Robusta vietnamita foi buscar os prêmios menores. "Alguns exportadores pediram para atrasar os embarques de cerca de 2.400 toneladas. Eles realmente pediu para desmoronamentos e pagar uma multa de US$ 50 por tonelada para nós, mas não acho que é uma boa idéia, porque os preços no Vietnã são loucos", disse um traficante em Cingapura. "Se optar por apressar-los, eles poderiam padrão nos embarques e teremos que encontrar café substituição do Vietnã. Isso nos dará mais problemas", disse o comerciante que compra o café dos dois produtores. Desmoronamentos, em que os vendedores pagam uma penalidade para evitar a entrega, sacudiu os nervos de ambos os exportadores e compradores, que estavam tendo problemas para cumprir contratos a termo. Prêmios locais subiram, embora a produção da Indonésia deverá aumentar em cerca de 30 por cento, para 11,250 milhões de sacas de 60 kg no ano até setembro de 2013, de acordo com a Organização Internacional do Café No Vietnã, grau 2, 5 por cento e quebrado, foram negociados a US$ 90 a de futuros de Londres, constante da semana passada. Vietnã robusta é vendido normalmente abaixo de futuros de Londres, mas os grãos estão agora em prêmios como agricultores manter seus estoques depois que os preços globais caíram. "Nós compramos café de US $ 90 prémios, e acho que as casas comerciais têm de comprá-los de qualquer maneira, porque eles têm contratos a cumprir", disse outro representante em Cingapura. "O Vietnã ainda tem um monte de café, então eu não acho que eles vão padrão no embarques. Que eles estão fazendo agora é ajustar os diferenciais. Ouvi Vietnã ainda tem 200 mil toneladas de café." Setembro robusta na Liffe encerrou em queda de 24 dólares em 1725 dólares a tonelada na quarta-feira. O contrato caiu para 1.704 dólares americanos em 14 de junho, a menor para o segundo mês desde outubro 2010, depois de Nova York arabica afundou devido à pressão da cultura brasileira fora do ano. Até 100 mil toneladas de feijão embarques do Vietnã foram atrasados ou inadimplentes na temporada que termina em setembro de 2011, em parte após exportadores recusou-se a entregar em acordos anteriores e em vez disso tentou revender os grãos em diferenciais mais elevados. Semana frente prémios de café poderia ficar nos níveis atuais na próxima semana, com os concessionários esperam mais atrasos nos embarques da Indonésia se restrições de fornecimento piorar.




Colômbia comemora Dia do Café com preços baixos e dificuldades

  Nesta quinta-feira, 27 de junho, é comemorado o Dia Nacional do Café na Colômbia. Cafeicultores do departamento (Estado) de Caldas mostraram sua preocupação ante a crise que vive o setor por, entre outros motivos, o preço internacional do grão, que vem experimentando quedas sucessivas. O cafeicultor Luíz Gonzaga Cadavid afirmou que qualquer ponto econômico que se dê nos países desenvolvidos e consumidores, como os Estados Unidos, ou crises econômicas como a vivida pela União Européia, afeta de uma ou outra maneira a bolsa de Nova Iorque, na qual o café é comercializado. Durante a celebração do Dia do Café os cafeicultores desse departamento asseguraram que a produção anunciada pelo Brasil, de cerca de 50 milhões de sacas, que inclui um volume considerável de grãos suaves, como os colombianos, o que ocasiona uma pressão adicional sobre a bolsa, por um cenário de sobreoferta do produto. Apesar de as estatísticas indicarem que 82% dos colombianos serem consumidores habituais de café e que 89% tomam ocasionalmente, os produtores afirmam que a carteira cafeeira e os altos custos dos fertilizantes têm feito com que suas vidas passem por grandes dificuldades econômicas. Asseguram que cultivar o produto, que é considerado como bebida nacional por 90% dos colombianos, já não é rentável e, assim, reclamam o cumprimento dos acordos entre o governo nacional com os representantes do Movimento pela Defesa e Dignidade Cafeeira. Denunciam que o subsídio do PIC (Proteção da Receita Cafeeira) não tem chegado a todos os produtores e que o tema da normalização da carteira cafeeira também tem registrado falhas de cumprimento, com a exclusão dos benefícios a vários cafeicultores. Mesmo com um grande número de colombianos não dispensando um café no desjejum, os cafeicultores do país estudam a possibilidade de realizar uma nova paralisação em nível nacional, decisão que deverá ser tomada no início de julho, durante a oitava Assembléia Nacional da Dignidade Cafeeira, evento que deverá contar com a participação de aproximadamente 350 dirigentes cafeeiros de 80 municípios do país e também representantes do setor agrário local.




Mantega é cobrado sobre preço do café

  O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi bombardeado por todos os lados na audiência pública ocorrida hoje de manhã na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Até o café entrou na pauta. Os deputados ruralistas cobraram uma mudança no preço mínimo do café arábica, que, em maio, foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional em R$ 307 a saca de 60 quilos. Os parlamentares alegam que o preço base do grão está 10% abaixo do custo de produção, avaliado em R$ 337. Mantega não acenou com um possível aumento no valor.


Aos 126 anos, IAC lança no mercado sua milésima cultivar

  Fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Secretaria da Agricultura de São Paulo, completa hoje 126 anos e apresenta amanhã sua milésima cultivar, uma marca superada até agora no Brasil apenas pela estatal federal Embrapa. Fruto de pesquisas realizadas desde 2007 com recursos do governo paulista, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a IAC Milênio é uma cultivar de feijão mais produtiva e resistente à antracnose, doença que afeta folhas e vagens, e à murcha de Fusarium, que golpeia as raízes. A resistência à murcha de Fusarium, que pode provocar a morte da planta, é o "pulo do gato" da Milênio, uma vez que a cultivar de feijão carioca considerada padrão de mercado, a IAC Alvorada, não tem tal característica. Isso limita sua produção a áreas novas de plantio e a propriedades de alta tecnologia. Figura fácil no prato do brasileiro, o carioca é um tipo de feijão desenvolvido pelo IAC nos anos 70, e a cultivar Milênio é sua 9ª geração. Ao todo, o instituto já desenvolveu mais de 40 cultivares de feijão, o que inclui a leguminosa na lista de culturas com maior número de cultivares lançadas pelo IAC, ao lado de café, pêssego, videira, arroz, cana e seringueira. Todas resultados de pesquisas que fortalecem os bancos de germoplasma do instituto, como os de café e de cana - e este último servirá como base para um novo banco com variedades de todo o mundo. "Trabalhamos com mais de 100 culturas, e não podemos fugir desse perfil. Nossa missão é gerar e transmitir tecnologia para diversas cadeias produtivas. Mas também conseguimos aproveitar as boas oportunidades que há no mercado", diz Sérgio Augusto Morais Carbonell, diretor-geral do IAC desde março. O desenvolvimento de cada cultivar do IAC custa, em média, R$ 1 milhão. No total, incluindo fontes públicas e parcerias com grupos privados, o instituto trabalhará com um orçamento de quase R$ 60 milhões em 2013, para todos os fins. O Estado de São Paulo entrará com pouco menos de R$ 30 milhões, e as captações externas completarão o bolo. Essas captações externas, em agências de fomento como Fapesp e CNPq ou por meio de parcerias com a iniciativa privada, também incluem receitas obtidas com a venda de serviços e insumos, que poderão somar R$ 1,5 milhão em 2013. A produção de "sementes genéticas" vendidas pelo IAC aos multiplicadores, por exemplo, deverá chegar a 350 toneladas este ano. A Milênio é a 20ª cultivar que será lançada pelo IAC apenas em 2013. Segundo Carbonell, outras dez deverão sair do forno neste ano - de cana, amendoim, citros, arroz e quiabo -, ante um total de 31 no ano passado e 14 em 2011. Nos números aparece algo fundamental em órgãos públicos de pesquisa como o IAC: quiabo, açucena, marmelo, repolho, caruru e triticale, entre outras culturas do portfólio do instituto que não estão entre as prioridades de grandes multinacionais de pesquisas agrícolas, têm que continuar sendo melhoradas para agradar aos paladares e manter a competitividade na "disputa" por áreas de plantio com outras culturas. As cultivares desenvolvidas pelo IAC são resultado de melhoramento convencional, mas o instituto, que conta hoje com 165 pesquisadores, também desenvolve pesquisas com transgênicos, especialmente nas áreas de citros e cana-de-açúcar.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Com nova pressão vendedora, café tem mais um dia de queda na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com perdas, ampliando ainda mais o quadro negativo observado na casa de comercialização norte-americana. Após passar boa parte do dia flutuando dentro de um intervalo curto e sem oscilações mais efetivas, o café, na segunda metade do pregão, sentiu o efeito de novas vendas especulativas. A posição setembro, no entanto, não tocou nos 117,10 centavos, que foi o nível da mínima recente, atingida no último dia 20, valor que é o menor desde julho de 2009.

As ações do dia foram majoritariamente técnicas, com o café não conseguindo desestabilizar o atual viés baixista. Alguns players, diante de uma expectativa de disponibilidade efetiva para o grão, não parecem mais interessados em reter os contratos do grão e passam a liquidar com maior vigor, o que abre espaço para quedas consideráveis. As perdas recentes foram iniciadas após o setembro não ter conseguido se posicionar acima dos 150,00 centavos. O mercado inverteu e hoje se mostra claramente sobrevendido e, mesmo assim, não se tem uma correção. Temas como a disponibilidade do grão, a grande safra brasileira ou a quebra de vários países da América Central já estão precificados e o quadro de direcionamento é baixista e não se vê uma força mais efetiva dos compradores para, ao menos, amenizar o forte montante vendido.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição setembro teve queda de 210 pontos, com 118,45 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 121,20 centavos e a mínima de 118,05 centavos, com o dezembro tendo desvalorização de 195 pontos, com 121,55 centavos por libra, com a máxima em 124,25 centavos e a mínima em 121,15 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve queda de 25 dólares, com 1.707 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 24 dólares, no nível de 1.725 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por dois momentos distintos. O primeiro foi o da continuidade da calma, com preços com pouca oscilação e volatilidade mínima e o segundo, no qual alguns especuladores e fundos entraram liquidando. As baixas vieram rapidamente, mas, ao menos a mínima recente da bolsa nova-iorquina conseguiu ser preservada.

"As baixas do dia, em parte, também podem ser creditadas ao cenário externo. Tivemos um novo pregão de dólar em alta em relação a várias moedas internacionais e, com isso, muitas commodities recuaram, ainda que não de forma tão intensa. O problema só não foi maior devido ao fato de a moeda norte-americana não ter continuado a avançar sobre o real brasileiro. Ao contrário. Hoje a queda foi considerável e com o dólar menos valorizado os exportadores dessa origem não se mostram tão efetivos, como o verificado ao longo da semana passada", disse um trader.

As exportações de café do Vietnã em junho devem recuar 22% na comparação com maio, para 91 mil toneladas, informou o Ministério de Agricultura do país. No primeiro semestre de 2013, os embarques do produto ao exterior devem totalizar 795 mil toneladas, 24% menos que o volume registrado de janeiro a junho do ano passado, mostrou um relatório mensal do governo vietnamita. De acordo com o órgão governamental, a Alemanha e os Estados Unidos continuam sendo os principais destinos das exportações vietnamitas de café.

As exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 25, totalizaram 1.296.274 sacas de café, queda de 12,37% em relação às 1.479.272 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 845 sacas, indo para 2.749.113 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 22.630 lotes, com as opções tendo 3.261 calls e 1.920 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 121,20, 121,50-121,55, 122,00, 122,20, 122,50, 123,00, 123,50, 123,75, 124,00, 124,50, 125,00, 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00 e 128,40-128,50 com o suporte em 118,05-118,00, 117,50, 117,10-117,00, 116,50, 116,00, 115,50, 115,10-115,00, 114,50, 114,00, 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50 e 111,00 centavos.




Londres volta a ter perdas e fecha próximo das mínimas do dia

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram um novo dia de perdas, com o setembro encerrando as operações do pregão próximo das mínimas do dia. A sessão foi caracterizada pela calma na maior parte do tempo, com as baixas mais acentuadas sendo observadas ao final do processo, seguindo a tendência baixista verificada também para os arábicas em Nova Iorque.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por algumas vendas especulativas e também pela manutenção de algumas rolagens de posições. O julho continua a ser "esvaziado", no entanto, a posição ainda conta com cerca de 13,5 mil contratos em aberto na bolsa britânica. As ações foram técnicas, com o setembro pressionado, mas, em momento algum, tendo testado o nível psicológico de 1.700 dólares.

"Voltamos a ter ações vendedoras e algumas baixas mais efetivas foram verificadas. Depois de duas sessões mornas no início da semana, observamos um direcionamento do mercado para a continuidade do viés baixista. Ainda encontramos algumas 'zonas compradoras' antes do referencial de 1.700 dólares, mas caso esse nível seja rompido, poderemos ampliar ainda mais as perdas", disse um trader.

O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 4,44 mil contratos, contra 11,1 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 18 dólares. No encerramento do dia, o julho teve queda de 25 dólares, com 1.707 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 24 dólares, no nível de 1.725 dólares por tonelada.



Chuvas prejudicam qualidade do café no Cerrado Mineiro

  As chuvas que atingiram a região de Patrocínio, no Cerrado Mineiro, entre o fim de maio e este mês, atrasaram a colheita de café. Até o momento, cerca de 15% da safra foi colhida e o índice deve saltar para 25% a 30% na próxima semana, com a aceleração dos trabalhos no campo diante da interrupção das chuvas, de acordo com Umboldi Márcio Castro Alves, da Umcafé Corretora. Segundo ele, a região de Patrocínio, juntamente com algumas microrregiões, devem colher quase 1 milhão de sacas de café este ano (safra 2013/14). Além de atrasar a colheita, as chuvas prejudicaram a qualidade do grão. Muitos grãos ficaram maduros mais rapidamente, tornando-se secos, o que impede a produção de cereja descascado. Cerca de 15% a 20% dos grãos dos pés foram para o chão, observa Alves. Mas o corretor afirma que no ano passado as chuvas foram em volume ainda maior. Em 2012, a oferta e a qualidade foram prejudicadas, o que provocou menor exportação brasileira do produto. As negociações com o café no mercado físico da região estão com baixo volume, conforme Alves. Os produtores aguardam medidas do governo, como opções de venda para retirar produto do mercado. Hoje, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que o Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá aprovar, na próxima reunião, uma linha adicional de R$ 390 milhões aos produtores de café. O recurso será usado para financiar o pagamento de subsídios aos produtores, por meio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). O café tipo 6, voltado à exportação, é negociado em Patrocínio entre R$ 280 e R$ 290 por saca, tanto o produto da safra nova (2013/14) quanto o da anterior (2012/13).



Empresa espanhola lança novas cápsulas compatíveis com Nespresso

  A companhia espanhola Prosol, que se dedica à fabricação de café e produtos solúveis, com sede em Venta de Baños, na região de Valência, iniciou neste mês de junho a comercialização de suas cápsulas de café compatíveis com as máquinas Nespresso, em mais de 1,4 mil lojas da rede Mercadona, empresa da qual ela é provedora. O projeto empresarial foi consolidado após um período de provas, iniciado em dezembro do ano passado, com a distribuição de três referências distintas de cápsulas — forte, suave e descafeinado — em dez lojas de Valência. Uma vez superada a fase beta de aceitação do produto por parte dos clientes, a Prosol consegue agora introduzir suas cápsulas em todas as lojas da cadeia supermercadista. As cápsulas são comercializadas em uma bolsa "doypack" de dez unidade a 2,59 euros. Com a comercialização completa em todas as lojas da Mercadona se encerra um projeto de três anos, no qual foi desenvolvido um intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Ao longo desse período se trabalhou na seleção das melhores origens de café, com múltiplas provas que definiram os grãos torrados mais adequados para fazer parte do blend. Na última etapa de desenvolvimento do projeto foram superados diferentes tipos de teste de produtos realizados com clientes da Mercadona, que deram sugestões, sendo que várias delas foram incorporadas ao produto, o que valorizou a qualidade do café, um dos requisitos indispensáveis para poder consolidar a comercialização das cápsulas em todas as unidades da companhia. O novo projeto, compartilhado com a Mercadona, cujo departamento de prescrição trabalha estreitamente, teve um investimento superior aos 7 milhões de euros. Para poder se desenvolver e ter êxito, a Prosol destinou importantes recursos durante os últimos três anos, especialmente por parte de sua área de pesquisa e desenvolvimento, através das equipes de inovação.





Colômbia pode ter nova paralisação de cafeicultores em julho

  A cotação externa do café não dá sinais de recuperação e o grupo Dignidade Cafeeira da Colômbia já sinaliza que pode realizar uma nova paralisação no país. "O governo fez um chamado aos dirigentes do movimento Dignidade Cafeeira para que se abstenham de fechar estradas no momento de reclamar soluções a suas necessidades". Assim assinalou o ministro da Fazenda, Maurício Cárdenas, visivelmente preocupado com a ameaça de uma nova paralisação. A situação tem desembocado em um beco quase sem saída para o governo, pois o panorama é cada vez mais complexo devido à queda dos preços internacionais do grão. Em 20 de abril de 2011, uma libra de café em Nova Iorque custava 2,79 dólares e nesta semana chegou a 1,20 dólar. Essa retração se reflete no preço interno colombiano, que há dois anos alcançou níveis históricos, em 1 milhão de pesos (521,09 dólares) e agora está em 468,6 mil pesos (253,53 dólares). Ante essa realidade, e depois de uma greve de 12 dias dos produtores, o governo local decidiu, em março passado, mitigar a crise, outorgando um subsídio de 145 mil pesos (75,56 dólares) por carga de 125 quilos e de 20 mil pesos (10,42 dólares) adicionais quando o preço interno rompa o piso de 480 mil pesos (250,12 dólares), como ocorre neste momento. Até agora, foram entregues 411 bilhões de pesos (214 milhões de dólares) em subsídios. No entanto, os organizadores do movimento não estão satisfeitos. Pedem que o governo pague o subsídio no momento que entregam o produto. O governo indica que isso não é possível, uma vez que é necessário exercer controles para evitar irregularidades, tanto na entrega quanto na concessão do benefício. A Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia) demora de dois a três dias para liberar o subsídio, antes de verificar se a fatura apresentada pelo cafeicultor é correta. Porém, mais além da insatisfação dos produtores com a suposta demora na entrega dos recursos, os especialistas se perguntam até quando esse subsídio será pago. O governo tem a esperança de que o preço internacional melhore, porém, o mercado não está dando sinais nesse sentido, o que faz pensar que o recurso extra terá de ser pago até quando as condições mudem. "O dinheiro que está sendo entregue aos cafeicultores sai do bolso de todos os colombianos", disse o ministro da Fazenda, em entrevista à rádio Colmundo. Ele indicou que o governo tem honrado seu compromisso com os cafeicultores e cumprido acordos. "O subsídio vai sendo pago sem interrupções", concluiu. Por enquanto, o fato real é que os cafeicultores têm assegurado um subsídio de 165 mil pesos, que só baixará para 140 mil por carga quando o preço interno supere os 480 mil pesos. Adicionalmente, essas ajudas somente estão garantidas para este ano. A Dignidade Cafeeira assinalou que para o pagamento dos subsídios aos cafeicultores está sendo registrada uma produção abaixa das lavouras. Guillermo Gaviria, delegado de Antioquia do Movimento, assegurou que também não tem sido possível que o Banco Agrário refinancie as dívidas dos produtores, mesmo tendo sido efetuado um acordo com o governo sobre esse tema. Os produtores insistem que, com o preço atual mais o subsídio, a receita total segue abaixo dos custos de produção, o que significa prejuízo. No próximo dia 3 de julho o Movimento efetuará uma reunião em Armenia para decidir se vai parar novamente ou não. Os representantes do protestos passados se encontrarão para analisar os fatos, depois dos acordos traçados com o governo. Entre os temas que serão levantados está, efetivamente, uma nova jornada de protestos.




Deputado alerta para situação emergencial do café mexicano

  Em grande parte dos Estados do México se enfrenta uma severa crise no setor cafeeiro. A afirmação foi apresentada pelo presidente da comissão especial para a agroindústria do Congresso do Estado de Veracruz, Gustavo Moreno Ramos. Em entrevista, o deputado local do Panal (Partido Nova Aliança), ressaltou que no que se refere a Veracruz, 85 mil produtores cultivam o café em uma área de 140 mil hectares, sendo que a produção média é de 1 milhão de quintais ((767 mil sacas). Ele também assinalou que as regiões cafeeiras compreendem 90 municípios, dos 212 que existem no Estado, que representam 45% da geografia veracruzana. No entanto, lamentou que não se tem aproveitado o potencial da produção local. Ressaltou que o café é um produto presente na cesta básica mexicana, além de ser um artigo de consumo mundial, sendo que é o segundo gerador de receitas para o México, ficando somente atrás do petróleo. Diante desse teor, Moreno Ramos deixou claro que Veracruz se coloca como segundo produtor nacional, ao passo que o México hoje é o quinto maior produtor mundial do grão. O deputado manifestou que o Sistema Produto Café busca uma aliança para o campo, com apoio para os produtores, assim como a estabilização do preço do café e dos apoios financeiros para os produtores que tenham áreas de até dez hectares. "Eu creio que, no entanto, isso não tem sido suficiente, já que não tem crescido a atividade e novos casos as autoridades encarregadas desse setor em nível federal não têm oferecido o necessário e isso dana a produção cafeeira. Diante disso, considero que é urgente que as autoridades agropecuárias apóiem a atividade cafeeira no país", ressaltou o parlamentar do Panal. Por fim, Moreno Ramos lamentou que as plantações nos Estados produtores estão infestadas com a broca e, principalmente, com a ferrugem do colmo, situação que coloca em risco a qualidade do grão e a produtividade.


terça-feira, 25 de junho de 2013

Em sessão calma, café gira em torno dos 120 cents por libra na ICE

  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas ligeiras, em uma sessão modesta, sem maiores oscilações. A posição setembro variou dentro do intervalo de 120,00 centavos, sendo que, diferentemente da última sexta-feira, conseguiu ficar ligeiramente acima desse referencial, ainda que sem nenhuma tendência efetiva para buscar novos buy stops ou correções mais efetivas.

O mercado mantém o perfil que vem sendo avaliado já há várias semanas. Notadamente, o café está sobrevendido, no entanto, não consegue ter correções mais consideráveis. Pelo contrário. Algumas altas observadas são pontuais, como as verificadas nesta segunda-feira, ao passo que, principalmente quando pressionado pelo segmento externo, o que se identifica é uma rápida assimilação dos sell stops, abrindo caminho para novas mínimas. Na semana passada, por exemplo, o setembro atingiu sem menor intervalo desde o distante julho de 2009.

Fundamentalmente, o mercado ressente-se da falta de novidades. A safra grande em ano de baixa do Brasil, a quebra menor que a esperada do Vietnã, a gradativa recuperação dos níveis produtivos da Colômbia, a quebra de safra dos centro-americanos devido à ferrugem do colmo são itens na agenda do mercado que já foram devidamente precificados e outros pontos, como o programa de financiamento para o setor cafeeiro do Brasil, ainda não estimularam mudanças de comportamento nos trader. O viés se mantém baixista, seja no curto, médio ou longo prazos.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição setembro teve alta de 85 pontos, com 120,15 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 121,25 centavos e a mínima de 118,70 centavos, com o dezembro tendo valorização de 85 pontos, com 123,20 centavos por libra, com a máxima em 124,15 centavos e a mínima em 121,95 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve alta de 18 dólares, com 1.749 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 18 dólares, no nível de 1.761 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por algumas aquisições especulativas, em uma sessão tranqüila, pouco volátil e sem sobressaltos. O segmento externo teve uma segunda-feira mais calma, se comparada com a pressão do final de semana passado. O dólar caiu em relação a várias moedas internacionais, incluindo o real brasileiro, o que abriu espaço para uma recuperação de várias commodities internacionais. As bolsas de valores dos Estados Unidos, por sua vez, não se mostraram tão bem humoradas e fecharam o dia com perdas.

"A sessão não teve tantos solavancos e vimos o setembro buscando se aproximar do patamar de 120,00 centavos. É uma tendência natural, após as oscilações recentes. Para muitos players, ainda há espaço para novas liquidações, ao passo que outros participantes acham inconcebível um nível de preço que, nem sequer cobre os custos de produção, ser praticado diante de uma situação de disponibilidade que seria bastante curta. Estamos, enfim, diante de um mercado com tendências divergentes, mas com os baixistas, ao menos por enquanto, ganhando a luta de braço", disse um trader.

"O Conselho Monetário Nacional aprovou a liberação de financiamento para a cafeicultura sem nenhuma intervenção do governo para retirar café da praça – o que certamente não deve acontecer depois de tantas outras prioridades terem surgido com os protestos que tomam conta das ruas de praticamente todo o país. O cenário não está para os altistas. Ainda assim mantenho a opinião de que o rompimento dos 110 centavos por libra não deve acontecer neste momento – salvo é claro se o real desvalorizar acima de 2,30 – enquanto uma recuperação deve perder força antes de chegar a 130 centavos por libra", sustentou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

A produção mundial de café em 2013/2014 foi estimada em 146 milhões de sacas, o que corresponde a uma queda de 4,4 milhões de sacas em relação ao período anterior, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A redução de cerca de 3% deve-se basicamente ao ano de ciclo negativo no Brasil e, em menor grau, ao problema de ferrugem nos cafezais da América Central e do México. A produção brasileira em 2013/2014 está projetada pelo Departamento em 53,7 milhões de sacas, queda de 2,4 milhões de sacas ante período anterior.

As exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 20, totalizaram 958.224 sacas de café, alta de 4,87% em relação às 913.684 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.395 sacas, indo para 2.748.218 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 13.738 lotes, com as opções tendo 5.495 calls e 642 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 121,25, 121,50, 122,00, 122,20, 122,50, 123,00, 123,50, 123,75, 124,00, 124,50, 125,00, 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00, 128,40-128,50, 129,00, 129,50, 129,75 e 129,90-130,00 com o suporte em 118,70, 118,50, 118,00, 117,50, 117,10-117,00, 116,50, 116,00, 115,50, 115,10-115,00, 114,50, 114,00, 113,50,




Café em Londres apresenta alta em dia de volatilidade estreita

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com altas, em uma sessão caracterizada pelo viés consolidativo e pela pequena volatilidade. Rolagens remanescentes, principalmente entre julho e setembro também foram reportadas, mas o volume negociado ao final do pregão foi apenas regular.

De acordo com analistas internacionais, o mercado registra uma situação de relativa pressão sobre os grãos de robustas. Esse tipo de café experimentou, ao longo das últimas semanas, uma perda de mais de 300 dólares. Alguns fatores continuam a predominar sobre o andamento dos negócios, como a expectativa de uma quebra bem menor que a anteriormente prevista para o Vietnã e os prêmios altos para os cafés da Indonésia.

"Temos notícias de vários adiamentos de embarques por parte de exportadores em Ho Chi Min ou em Jacarta. O mercado de robusta reverteu a tendência positiva que perdurou ao longo de um significativo período. Neste momento, encontramos bons compradores abaixo dos 1.750 dólares, por outro lado, não encontramos força para avançar para um patamar básico, como de 1.800 dólares", disse um trader.

O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 3,63 mil contratos, contra 9,77 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 12 dólares. No encerramento do dia, o julho teve alta de 18 dólares, com 1.749 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 18 dólares, no nível de 1.761 dólares por tonelada.




Analista indiano prevê possíveis geadas e forte alta para preço do café

  Mahendra Sharana é um respeitado analista(GURU E ESTUDIOSO DA ASTROLOGIA APLICADA AOS NEGÓCIOS) de mercado, do site mahendraprophecy.com. Misturando dados de mercado com astrologia, previu, por exemplo, as altas de 2011 para o café. Num novo estudo, o especialista agora fala em grande possibilidade de geadas e também em alta para os preços do café. Na sequência, sua análise mais recente para o segmento cafeeiro.

O clima tem um papel importante para o plantio e cultivo de café. Todos os anos, entre junho e setembro, os players começam a acompanhar mais de perto o clima nas zonas cafeeiras do Brasil. Geada é uma das poucas palavras que criam pânico no mercado do grão. Se ela for somada a "severa", então o clima de medo de prejuízo se torna ainda mais intenso. Não é preciso dizer muito sobre as geadas, já que todos sabem os seus impactos sobre o café.

Não há dúvida que a tecnologia ajuda os produtores a ter previsões meteorológicas mais embasados e também há novas maneiras de protegera das plantas. No entanto, uma geada severa ainda é sinônimo de dano ao café. Existem dois tipos de geada, a branca e a negra. A branca, em geral, tem impacto menor sobre a cultura e a negra destrói ramos e plantas de café e até pode matar a árvore. Se uma chuva aparece imediatamente após a geada o dano se amplia, já que a água nos troncos pode congelar a planta. Nesse caso, a solução é apenas uma poda radical ou o corte da árvore. E isso significa dois ou três anos sem produção. Ou seja, uma geada negra pode ser o extermínio de uma produção inteira do grão. Nos últimos dois anos, fizemos um intenso estudo sobre o padrão do tempo e sua combinação com os astros no Brasil.

Ainda estão vivas nas mentes de muitas pessoas, as ocorrências de 1975, quando uma devastadora geada atingiu o Paraná e regiões adjacentes, uma das maiores zonas cafeeiras do Brasil, entre os dias 17 e 20 de julho. Outras geadas negras foram registradas em 1942, 1955, 1963 e 1969. Em 1994 vimos uma forte geada com impacto sobre o café. Os preços mudam de rumo e em 2005 houve um bom lucro com café. Alguns players seguiram nossas previsões e os preços do café se moveram a partir de janeiro de 2004. Desde 2009, o café tem mantido um movimento de alta e atingiu uma máxima história, ao passo que nos dois últimos anos esses ganhos passaram a se reduzir. Em nossos livros contáveis, estamos prevendo que os preços do café comecem a iniciar um movimento de alta a partir deste mês de junho de 2013 e que deve continuar durante 2014 e 2015. Nós prevemos isso puramente por razões astrológicas, uma vez que temos dados de mais de 100 anos sobre o café e sobre a questão das geadas.

Ficamos muito surpresos com as verificações de geadas que estão para ser verificadas em 2014/2015, já que elas são muito parecidas com a de outros anos de geadas. Essa combinação teve início no dia 31 de maio de 2013, com Jupiter se mudando da casa de Touro para Gêmeos. Observamos claramente que os preços do café não só vão tocar em recordes históricos em 2014, mas como vão ser comercializados acima desses patamares. Poderemos ter preços de mais de 600 centavos de dólar por libra em 2015. Essa não será a única commodity em alta, mas será uma das mais ativas no campo da valorização. A maior parte dos planetas se move para o lado sudoeste da Terra que irá abranger boa parte do Brasil. Em 31 de maio de 2013, Júpiter se mudou para casa de Gêmeos. Em 15 de junho, o Sol também se muda para Gêmeos. Mercúrio retroage para Gêmeos em 24 de junho e Marte se une a esses planetas no início de julho. Essas combinações indicam frio extremo e chuva forte no Brasil, principalmente em zonas mais altas, o que pode resultar em geada negra.

Em 2013, o fenômeno poderá ser moderado, mas em 2014 e 2015 será grave. Ou seja, o Brasil tem três anos seguidos de possíveis geadas. Não podemos afirmar que esses três anos gelados serão totalmente favoráveis para o café, mas as ondas de frio podem levar o grão até os 1000 centavos de dólar por libra. Atualmente, os preços do café estão em torno dos 126 centavos de dólar e, por isso, os players do café tem de planejar muito bem seus negócios, não assumir grandes riscos, fazer estudos próprios e tomar conselhos com especialistas. Certamente, pequenas apostas podem fazer fortunas. Nós não vemos o café abaixo dos 124,50 centavos em qualquer circunstância.




Estoques mundiais no maior nível dos últimos cinco anos

  Os preços do café teve um início firme nesta segunda feira , apesar da previsão de aumento dos estoques mundiais para o maior nível dos últimos cinco anos, liderada pela alta do Brasil de 22% . Os aumentos veio apesar de um início suave de verdade do Brasil, que, uma vez que o país é o maior produtor de café tem um impacto fundamental sobre os preços em dólar, e uma estimativa do Departamento de Agricultura de um segundo ano consecutivo de aumento de estoques mundiais dos EUA. Enquanto a produção mundial vai cair cerca de 4,4 milhões de sacas, para 146, 4 milhões de sacas em 2013-14, um reflexo da Central americano ferrugem surto e sendo um ano "off" no ciclo de anos alternados superiores e inferiores produtoras do Brasil - ele permanecerá bem consumo acima, a 14,9 milhões de sacas. Os estoques no Brasil subiu para de 8,23 milhões, representando mais de um quarto do total mundial, apesar de ser um ano de folga, e com alguma perda na produção de arábica para "frost e condições de seca em Minas Gerais, disse ea USDA. A colheita de robusta "tem previsão de continuar expandindo como clima favorável e bom manejo da cultura configurações de frutas ajudaram e desenvolvimento no Espírito Santo", o estado responsável pela maior parte da produção de robusta no Brasil. Do Brasil "estoques mais elevados irá fornecer almofada adicional deve haver um futuro de escassez de oferta", disse o USDA, em comentários tomadas por alguns investidores como de baixa para os preços. "Este aumento de estoques do Brasil iria impulsionar o crescimento estoques mundiais, e as preocupações armado sobre o aumento superávit global de grãos de alta qualidade que empurraram New York arábica futuros de café para perto de mínimos de quatro anos na semana passada," disse Joyce Liu no corretor Phillip Futures, disse. O USDA também teve uma visão relativamente otimista do surto de ferrugem na América Central, prevendo-se uma recuperação de 9% na produção de Honduras em 2013-14 ", com o amadurecimento de novas árvores".




Apoio para setor cafeeiro do Peru deve ser uma constante

Fala-se muito mais dos aspargos, que são cultivados na costa, muito visíveis e são considerados "não tradicionais". Porém, o café é nossa grande exportação silenciosa: há dois anos as exportações de café peruano, as principais remessas de café orgânico do mundo, nos deram 1,6 bilhão de dólares, porém, neste ano de 2013 elas redundaram em 800 milhões de dólares somente. A que se deve essa vertiginosa queda? Há duas causas. O vai-e-vem do preço internacional, que caiu quase 50% desde seu pico em 2011, por causa da maior produção no Brasil, Indonésia e Vietnã, entre outros. Esses ciclos são normais em um produto como o café. O que não é normal é a segunda causa do recuo das exportações: uma praga chamada ferrugem do colmo, que afeta vários países, entre eles o Peru, Colômbia e os centro-americanos. A importância do café não se mede apenas em dólar, mas pela enorme quantidade de postos de trabalho que esse silencioso setor oferece a centenas de milhares de pequenos produtores e trabalhadores que atuam na colheita, processamento, transporte e outras atividades. Ainda que os números não sejam muito exatos, calcula-se que há entre 250 e 300 mil hectares cultivados com o café no Peru, principalmente na selva desde Piura, Cajamarca e San Martín, até Cusco e Puno, no sul. Calcula-se que ha 150 mil produtores dedicados ao café, muitos deles em zonas aptas para a droga. Por essa razão, entre outras, é fundamental manter a saúde do setor cafeeiro. A ferrugem e agora também a praga denominada broca, que ataca diretamente o grão, explicam a queda da produção do ano passado, quando se esperavam 7,5 milhões de quintais e apenas 6 milhões de quintais foram obtidas. Calcula-se que entre 35% e 45% das lavouras estejam afetadas pela ferrugem. Que fazer? Felizmente, o fato de que o café peruano tenha um prêmio por ser orgânico tem despertado o interesse de autoridades da Europa e, principalmente, do Japão, governo que tem facilitado uma cooperação técnica e financeira para enfrentar a crise. O ministro da Agricultura declarou que o setor está em crise e o vice-ministro Juan Rheinebeck está ocupado diretamente com o tema. É bom, mas necessitamos de mais recursos. Deve-se promover a instalação de assessores agrícolas financiados pelo governo para que possam guiar os pequenos produtores a acompanhar suas plantações. A ferrugem vem, em grande parte, da falta de fertilização e de novas plantações. Esse tipo de assessoria agrícola é necessária em todos os setores agrícolas, onde há pequenos produtores. É algo que existe em todos os grandes países agrícolas do mundo, desde os Estados Unidos até a Austrália, porém, lamentavelmente, no Peru esse tipo de programas, que eram muito importantes há 50 anos, foram abandonados. Deve-se criar um fundo de apoio para enfrentar a crise de café, que ajude a fazer caixa rural e fortalecer os créditos do setor. Tínhamos algo parecido há 32 anos, no setor mineiro, com o Fundo de Compensação Mineira, administrada pelo Banco Mineiro e, dessa forma, evitamos os estragos causados, principalmente, pela informalidade. O café representa apenas de 3% a 4% das exportações totais do Peru, porém, gera uma quantidade enorme de emprego em zonas pobres. Por isso é fundamental ter um plano de ação que não só mantenha essa importante atividade, reconhecida internacional, mas que também mantenha a paz social nas zonas pobres. Tenho uma "queda" pelo café, não só por consumir muito o produto, mas também por ter sido há anos inspetor da Organização Internacional do Café. Juntamente com o famoso biólogo brasileiro Arnaldo Krug, fomos encarregados de avaliar a cota cafeeira de El Salvador. Naquele período, os cafeicultores salvadorenhos diziam que não tinham a produção que pretendiam, porém, uma avaliação que durou dois meses demonstrou que El Salvador tinha razão e sua cota, graças a nosso trabalho, foi aumentada. Desde essa época, guardo muitas recordações das plantações das colinas do país centro-americano, dos processadores e armazéns. No Peru existe um imenso potencial agrícola, não somente nos grandes distritos da costa, mas também em zonas mais distantes e em áreas de selva. Vamos manter e desenvolver esse potencial.

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Café tem quedas intensas na ICE e fica abaixo dos 120 cents

  Um dia para esquecer. Os contratos futuros de café despencaram nesta quinta-feira, seguindo o mau humor dos mercados externos. Com isso, a posição setembro rompeu com facilidade o nível de 120,00 centavos de dólar por libra peso e atingiu os menores patamares desde julho de 2009. O dia foi basicamente caracterizado pelas liquidações de especuladores e de fundos. Depois de uma abertura estável, as ordens de venda passaram a ser emitidas com rapidez e logo stops de venda foram acionados, pressionando os preços, sem uma contrapartida por parte dos compradores. Eles se mostraram apenas modestamente ativos nas mínimas, o que permitiu apenas uma ligeira desaceleração das perdas.

O café não esteve sozinho nesse quadro negro das cotações. O dia foi de perdas intensas para várias commodities, como o ouro, que teve retração de mais de 4,6%, com o petróleo caindo 3,63% e o açúcar caindo 3,71%. Todo o complexo de grãos registrou perdas no dia. O dólar, por sua vez, subiu em relação a uma cesta de moedas internacionais e teve uma forte alta sobre o real brasileira. As bolsas de valores nos Estados Unidos e em várias partes do mundo tiveram desvalorização. As perdas foram impulsionadas por notícias menos positivas da economia da China e, principalmente, devido ao "otimismo" do Federal Reserve quanto à economia. O diretor desse banco central norte-americano indicou que o governo do país pode reduzir gradualmente seu programa de estímulos à economia, o que prejudica as perspectivas para o crescimento global. Segundo o Fed, o programa de estímulos poderia ser encerrado até meados de 2014 caso a economia dos Estados Unidos esteja forte o suficiente. Segundo o Banco Central, ele continuará a realizar comprar de títulos no momento e acompanhará de perto as informações recebidas sobre a evolução econômica e financeira nos próximos meses. Assim que o Fed começar a diminuir suas compras de títulos deverá ser observado um dólar mais forte. Desse modo, as commodities, que são precificadas em dólar, tendem a enfraquecer nesse tipo de ambiente.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição setembro teve queda de 600 pontos, com 118,35 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 123,75 centavos e a mínima de 117,10 centavos, com o dezembro tendo desvalorização de 610 pontos, com 121,50 centavos por libra, com a máxima em 127,25 centavos e a mínima em 120,50 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve queda de 58 dólares, com 1.721 dólares por tonelada, com o setembro tendo retração de 59 dólares, no nível de 1.736 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pelas intensas liquidações, com os preços não se sustentando.

"Tivemos uma forte atividade dos especuladores e fundos, que atuam no lado vendedor, simplesmente ignorando o quadro predominantemente sobrevendido verificado no café já há algumas semanas. O café seguiu o quadro negativo observado nos mercados externos", disse um trader.

A BM&F indicou que pode efetuar uma ação de inter relação de contratos de café com o CME Group, principal concorrente da ICE Futures US. Segundo Fabiana Perobelli, diretora de agronegócios da bolsa paulista, o trabalho está em fase de estudos. As chuvas constantes que atingem, desde a segunda quinzena de maio, o centro-sul do Brasil poderão afetar a produção de cafés de qualidade em todas as principais regiões produtoras de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.

A avaliação é da empresa Somar Meteorologia. O excesso de dias chuvosos e, conseqüentemente, o excesso de umidade sobre os grãos provoca a aceleração no processo de maturação dos grãos e, por isso, a produção de cafés cereja descascado diminuiu drasticamente nesta safra.

As exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 18, totalizaram 765.462 sacas de café, queda de 0,40% em relação às 768.544 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 158 sacas, indo para 2.748.157 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 35.105 lotes, com as opções tendo 13.731 calls e 7.186 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 123,75, 124,00, 124,50, 125,00, 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00, 128,40-128,50, 129,00, 129,50, 129,75 e 129,90-130,00 com o suporte em 117,10-117,00, 116,50, 116,00, 115,50, 115,10-115,00, 114,50, 114,00, 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50 e 111,00 centavos.




Londres segue outros mercados e tem dia de forte retração

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com quedas severas, com a posição setembro se consolidando abaixo dos 1.750 dólares. O comportamento dos robustas seguiu o dos arábicas em Nova Iorque e diversas outras commodities, que despencaram ao refletir informações econômicas negativas sobre a China e, principalmente, dados do Federal Reserve sobre o apoio ao setor econômico dos Estados Unidos.

De acordo com analistas internacionais, a sessão foi caracterizada pela liquidação efetiva por parte de especuladores e fundos, o que abriu espaço para quedas mais proeminentes, ainda que a posição setembro tenha preservado o nível psicológico de 1.700 dólares. Para esses analistas, o café apenas "seguiu a turba", uma vez que os mercados em geral tiveram um dia negro.

"As perdas, efetivamente, não estiveram relacionadas diretamente ao café. No entanto, a commodity enfrenta um momento baixista e, assim, a pressão externa apenas contribui para ampliar esse cenário. O plano norte-americano de estímulo deu suporte a várias matérias-primas e o temor sobre seu fim levou muitos players a liquidar de forma quase insana", disse um trader.

O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 10,4 mil contratos, contra 16,7 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 15 dólares. No encerramento do dia, o julho teve queda de 58 dólares, com 1.721 dólares por tonelada, com o setembro tendo retração de 59 dólares, no nível de 1.736 dólares por tonelada.




Cooxupé pode reavaliar safra de café; chuva preocupa produtor

SÃO PAULO, 19 Jun (Reuters) - A colheita de café na área de atuação da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do mundo, no sul de Minas Gerais, atingiu até o momento cerca de 10 por cento do total projetado e indica volumes menores do que os previstos, o que pode levar uma redução nas estimativas de produção na atual safra 2013/14.

A afirmação é do presidente da Cooxupé, Carlos Paulino da Costa, que avalia que a produtividade tem sido menor que a esperada por conta de um tempo excessivamente quente em dezembro e janeiro. Ele também disse estar preocupado com o efeito das recentes chuvas para a qualidade do café.

A área de atuação da Cooxupé, no Sul de Minas e Cerrado Mineiro, tem expectativa inicial de colheita de 8,5 milhões de sacas de 60 kg, o que já seria uma queda de 15 por cento na comparação com a temporada passada, em função de o ciclo atual ser o ano de baixa produtividade na bianualidade do café arábica. Mas as colheitas iniciais, de grãos "muito miúdos", indicam a possibilidade de uma produção ainda menor.

"Vai dar menos, tem um ponto de interrogação. Precisamos de uma avaliação melhor. Iria haver uma quebra de 15 por cento em relação ao ano passado, pode ser pior do que isso", afirmou ele à Reuters nesta quarta-feira, acrescentando que, conforme a colheita avança, será possível uma projeção mais detalhada.

O volume de café estimado para as regiões da Cooxupé representa 17,5 por cento da produção prevista para o país pelo Ministério da Agricultura, de 48,6 milhões de sacas de 60 kg, a maior safra para um ano de baixa do arábica.

Carlos Paulino citou um teste feito esta semana na cooperativa para exemplificar a menor produtividade. No ano passado, disse ele, para se obter 100 gramas de café eram necessários 740 grãos. Neste ano, para o mesmo volume foram necessários 900 grãos do produto que já entrou na cooperativa. "Pelo tamanho dos grãos, precisaremos de mais grãos para encher uma saca", explicou.

Até o momento, a cooperativa recebeu aproximadamente 100 mil sacas de café da safra nova, um volume ainda pequeno ante as mais de 4 milhões de sacas com potencial de receber este ano. Os recebimentos se intensificam a partir do agosto e setembro, quando os produtores já conseguiram formar maiores volumes para entregar nos armazéns.

CHUVAS AFETAM QUALIDADE

Chuvas acima da média para o mês de junho em algumas áreas produtoras do Brasil, incluindo o sul de Minas Gerais, estão preocupando os cafeicultores, uma vez que já afetam a qualidade do produto. E previsões de mais precipitações aumentam o alerta do setor produtivo, que teme a repetição de uma situação vista no ano passado.

"Parece que está repetindo o que aconteceu no ano passado, começou a chover e vai piorar a qualidade. Prejudica um pouco a qualidade, derruba o café...", comentou Carlos Paulino.

No entanto, ele lembrou que as chuvas foram mais intensas, no ano passado, ao final de junho.

"Está menos mau do que o ano passado, não está normal... A nível de Brasil, ela (a chuva) é preocupante, mas não representa perigo de atrapalhar. Ano passado ela (a safra) ficou prejudicada por conta da chuva", disse.

As recorrentes chuvas desde a segunda quinzena de maio estão afetando a qualidade do café da safra 2013/14, alertou a Somar Meteorologia na terça-feira, destacando problemas para a produção do café "cereja", de alta qualidade.

"Sobre o cereja, ela (Somar) tem razão, com a chuva adianta a maturação. Prejudicou o tipo de café... Cada chuva, o que poderia ser um futuro cereja descascado, passa a ser café boia."

Os produtores conseguem preços mais altos para os cafés de melhor qualidade, mas o presidente da Cooxupé observou que o mercado atual não estimula muito essa produção, uma vez que é pequena a diferença entre os melhores produtos e aqueles não tão bons.

Segundo ele, o café de boa qualidade está cotado a 285 reais por saca, enquanto o de baixa vale 245 reais por saca. O produtor lembrou que a commodity, que está oscilando perto do menor nível em quase quatro anos na bolsa de Nova York, é cotada no Brasil abaixo do preço mínimo de garantia do governo, de 307 reais por saca.

O indicador diário Cepea/Esalq, que mede os preços do arábica no mercado interno à vista, fechou a 283,12 reais por saca na terça-feira.

Carlos Paulino disse que mercado está "muito parado e produtor não está vendendo", enquanto aguarda programas do governo de apoio ao preço.

   

Commodities têm maior queda em 18 meses; China e Bernanke pressionam
Barani Krishnan
 
NOVA YORK, 20 Jun (Reuters) - As commodities sofreram sua maior liquidação em um ano e meio nesta quinta-feira, com dados chineses sombrios e devido ao plano do Banco Central dos EUA de reduzir gradualmente seu programa de estímulos à economia, o que prejudica as perspectivas para o crescimento global.
 
O ouro atingiu uma mínima de dois anos e meio e o petróleo despencou 3 por cento. Os preços do cobre recuaram para os menores níveis em 20 meses, enquanto o alumínio e o níquel caíram para mínimas de vários anos, por temores sobre uma desaceleração da atividade industrial na China, maior comprador mundial de metais.
 
Os mercados agrícolas tampouco foram poupados, com o milho, o trigo e a soja recuando, e o açúcar e o café renovando mínimas de vários anos.
 
Uma alta generalizada do dólar, impulsionado por um plano do chairman do Fed, Ben Bernanke, de possivelmente encerrar seu programa de estímulo, gerou fortes quedas nas commodities negociadas na moeda norte-americana.
 
"A queda de hoje é uma para os livros de história, pelo menos para o ouro", disse o analista da INTL FC Stone, Edward Meir.
 
O índice de 19 commodities da Thomson Reuters-Jefferies CRB recuou mais de 2,5 por cento, queda mais acentuada desde dezembro de 2011.
 
O ouro e a prata recuaram para uma mínima de setembro de 2010 após Bernanke afirmar que o Fed começaria a reduzir os 85 bilhões de dólares em compras mensais de títulos ainda neste ano.
 
A inundação de dinheiro que o Fed criou desde a crise financeira de 2008/2009 contribuiu fortemente com as altas no ouro e nas outras commodities. Bernanke indicou que o programa de estímulos poderia ser encerrado até meados de 2014 caso a economia dos EUA esteja forte o suficiente.

As observações do chairman foram muito além de um comunicado dos formuladores de políticas no início da quarta-feira após uma reunião que durou dois dias, e que dizia que o Banco Central continuará a realizar comprar de títulos no momento e "acompanhará de perto as informações recebidas sobre a evolução econômica e financeira nos próximos meses."
 
"Assim que o Banco Central dos EUA começar a diminuir suas compras de títulos, devemos a ver um dólar mais forte. As commodities que são precificadas em dólar tendem a enfraquecer neste tipo de ambiente", disse Lee Chen Hoay, analista de investimentos na Phillip Futures em Cingapura.
 
As fortes vendas do ouro aceleraram após a commodity recuar abaixo de sua mínima de abril de 1.321 dólares por onça, um nível de apoio, e atingir 1.285 dólares.
 
Às 14h (horário de Brasília), o spot recuava para 1.291 dólares por onça.
 
Os futuros do petróleo Brent recuavam mais de 3 dólares por barril, para a mínima de uma semana, perto de 103 dólares por barril, pressionados por uma pesquisa apontando uma desaceleração da economia chinesa.
 
Em Nova York, o primeiro contrato do petróleo perdia 2,7 por cento e era negociado a 95,52 dólares por barril, após fechar a sessão anterior a 98,24 dólares.
 
A queda do cobre foi parcialmente causada por uma alta dos estoques do metal nos armazéns monitorados pela Bolsa de Metais de Londres. Os estoques estão em seu maiores níveis de cerca de 10 anos, contribuindo para a queda de 14 por cento nos preços neste ano.
 
O contrato referência de três meses do cobre na LME recuou para 6.750 por tonelada, menor nível desde 20 de outubro de 2011.


Exportadores da Indonésia cancelaram contratros devido ao aumento dos prêmios

  Produtores mundiais de alimentos terão que pagar mais para os grãos de café robusta utilizadas nas bebidas, em grande crise de abastecimento envia prêmios para máximos de vários meses na Ásia, forçando alguns exportadores para cancelar embarques. Agricultores no Vietnã estão a atrasando a entrega o seu café, frustrado por persistentemente baixos preços futuros de Londres. Na Indonésia, clima excepcionalmente úmido durante a estação da colheita tornou difícil para os produtores colher e prepar o café. O aperto de abastecimento suscitou temores de inadimplência por casas comerciais no Vietnã e exportadores na Indonésia e pode reduzir as exportações dos dois países que respondem por quase um quarto da produção de café do mundo. "Os exportadores e fornecedores estão em uma posição difícil", disse Moelyono Soesilo, compra e comercialização de gerente de empresa exportadora Taman Delta Indonésia. "Alguns já assinaram contratos de longo prazo para vender café em diferenciais mais baixos. Os agricultores só vender em pequenas quantidades para cobrir as necessidades diárias ". London setembro robusta caiu para a 32 meses de baixa na semana passada, acompanhando New York arábica futuros que caíram como os fundos vendidos em face da ampla oferta do Brasil. Menores fornecimentos dos dois principais produtores de robusta pode travar o declínio em Londres. Robusta ou é misturado com grãos arábica de baixo custo café preparado ou transformado em café instantâneo. Robustas da Indonésia são normalmente vendidos abaixo ou um pouco acima de futuros de Londres, durante a colheita de março a junho, mas os prémios começaram a subir em abril e saltou para US $ 170 em junho, seu nível mais alto desde meados de 2012. Exportadores tinha assinado contratos para enviar os grãos em US$ 20 acima Londres. Exportadores indonésios cancelaram contratos para transportar até 4.000 toneladas de café, até agora, em junho. Grupos de exportação locais dizem que o número pode ser muito maior. "Podemos experimentar deja vu, uma repetição do que aconteceu em 2011", disse Moelyono. As fortes chuvas prejudicou a safra na temporada 2011/12, causando um desabastecimento crônico que enviou prémios para máximos históricos de US $ 550. No Vietnã, os prêmios estavam em máximos de vários meses em US $ 120 a tonelada nesta semana, em comparação com descontos de US $ 15 a US $ 35 no início de janeiro. Grãos vietnamitas são normalmente vendidos com descontos no futuro. "As pessoas podem chegar a um acordo de US $ 90, enquanto que abaixo (os exportadores vietnamitas) não poderiam vender", disse um trader em Ho Chi Minh City. Concessionárias em Cingapura confirmou acordos foram feitos em US $ 90 por tonelada para os grãos vietnamitas, enquanto robustas da Indonésia foram vendidos para compradores nacionais e estrangeiros US $ 170 prêmios nesta semana. "O que acontece em Londres realmente não refletir os fundamentos. Café estão em prêmios na Indonésia e no Vietnã e nós só não sei por que os futuros são tão baixos ", disse um representante em Jacarta. "A indústria local está confuso. Vamos olhar para Londres, ou devemos negociar em prêmios físicos? "

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mesmo com mercado externo pressionado, café tem alta na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em um dia caracterizado pela pequena volatilidade e por alguns movimentos remanescentes de rolagens de posições, já que nesta quinta-feira tem o início da notificação do julho na casa de comercialização norte-americana. A sessão, enfim, foi marcada por um viés consolidativo, sendo que uma resistência básica, como os 125,00 centavos por libra, para a posição setembro, chegou a ser rompida, mas, mais uma vez, se observou uma falta de "fôlego" dos compradores, o que não permitiu avanços mais significativos ou acionamentos de buy stops.

Operadores comentaram as notícias vindas do Brasil sobre o financiamento proporcionado pelo governo local para o café. Esses players ainda avaliam o impacto que o programa pode ter, mas, caso um volume expressivo de café seja tirado do mercado. Segundo o aprovado, o custeio do café do país terá 650 milhões de reais e a estocagem 1,14 bilhão de reais. Também existirá uma linha para aquisição de café de 500 milhões de reais, contratos de opções de até 50 milhões de reais e financiamento de capital de giro para o segmento de solúvel, para as torrefadoras e cooperativas, ao passo que ainda serão destinados 20 milhões de reais para financiamento de recuperação de cafezais danificados.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição julho teve alta de 75 pontos, com 122,75 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 123,40 centavos e a mínima de 121,90 centavos, com o setembro tendo valorização de 85 pontos, com 124,35 centavos por libra, com a máxima em 125,20 centavos e a mínima em 123,40 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve alta de 35 dólares, com 1.779 dólares por tonelada, com o setembro tendo ganho de 32 dólares, no nível de 1.795 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o café conseguiu se manter "ileso" do cenário negativo nos mercados externos. O anúncio da alocação de bilhões de reais para o café foi um dos fatores para a sustentação dos preços. Com notícias negativas em vários países, o dia foi de dólar em alta, o que refletiu diretamente nas perdas para várias commodities e também retração para diversas bolsas de valores internacionais.

"Um programa de financiamento como o do Brasil vai permitir tirar alguns milhões de sacas de circulação. No entanto, esse tipo de procedimento é datado, já que o mercado tem consciência do prazo que será dado para esse café voltar a circular. Ainda assim, é uma medida muito importante para tentar proteger os preços diante dessas quedas agudas que vêm se sucedendo desde maio de 2011", disse um trader.

As exportações de café de Uganda subiram 56% em maio, ante a mesmo mês do ano passado,, depois que os produtores locais venderam grandes volumes para evitar novas perdas com os preços em queda do grão. A informação é da Autoridade para o Desenvolvimento de Café de Uganda, que indicou que as remessas em maio atingiram 393.783 sacas, contra 252.548 sacas embarcadas no mesmo período do ano passado.

As exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 18, totalizaram 765.462 sacas de café, queda de 0,40% em relação às 768.544 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 314 sacas, indo para 2.747.999 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 34.701 lotes, com as opções tendo 3.660 calls e 1.571 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem resistência em 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00, 128,40-128,50, 129,00, 129,50, 129,75 e 129,90-130,00 com o suporte em 123,40, 123,00, 122,50, 122,15, 122,00, 121,85, 121,50, 121,35, 121,10-121,00, 120,50, 120,10-120,00, 119,50, 119,00, 118,50, 118,00, 117,50, 117,00, 116,50, 116,00 e 115,50 centavos.




Londres tem dia consistente e chega a testar nível de US$ 1.800

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma quarta-feira de boa recuperação, com a posição setembro chegando a tocar nos 1.800 dólares por tonelada. Ao contrário do verificado ao longo dos últimos dias, o pregão foi marcado pela predominância dos compradores, o que permitiu o avanço dos preços e o afastamento da segunda posição do suporte de 1.750 dólares.

De acordo com analistas internacionais, as ações desta quarta foram corretivas. O mercado já dá sinais de se posicionar num quadro sobrevendido, após as intensas liquidações recentes, que fizeram com que a primeira posição recuasse cerca de 300 dólares, depois do rompimento da linha referencial de 2.000 dólares. O mercado, fundamentalmente, não apresenta mudanças, mas algumas correções técnicas já eram esperadas.

"Conseguimos ter um bom avanço. O setembro chegou a tocar os 1.800 dólares, mas não houve o rompimento. Caso isso tivesse se efetivado poderia haver o acionamento de stops de compra e os ganhos seriam mais agudos. O dia também foi marcado pelas rolagens de posição, com o julho se esvaziando pouco a pouco", disse um trader.

O julho na casa de comercialização londrina tem 24,8 mil lotes em aberto, contra 60,1 mil do setembro. O julho teve uma movimentação ao longo do dia de 4,92 mil contratos, contra 11,9 mil do setembro. O spread entre as posições julho e setembro ficou em 16 dólares. No encerramento do dia, o julho teve alta de 35 dólares, com 1.779 dólares por tonelada, com o setembro tendo ganho de 32 dólares, no nível de 1.795 dólares por tonelada.




Colombianos voltam a produzir mais café
Folha de São Paulo

Os colombianos, aos poucos, voltam com força ao mercado mundial de café. Após um programa de renovação dos cafezais e a incidência de várias pragas, o que derrubou a produção, o país volta a produzir e a exportar mais nos últimos meses.

Os dados mais recentes da federação nacional dos produtores da Colômbia indicam que a área atual de produção atinge 931 mil hectares.

Pelo terceiro ano consecutivo, o espaço destinado ao produto esteve acima de 900 mil hectares. Antes ficava abaixo dessa área.

Área maior e parte do cafezal já renovado, a produção dos cinco primeiros meses deste ano atingiram 4,03 milhões de sacas, 36% mais do que o volume de igual período do ano passado.

Apesar dessa recuperação, os colombianos ainda não atingiram a produção de 5,1 milhões de sacas dos cinco primeiros meses de 2008.

A produção maior permitiu ao país uma ampliação das exportações. De janeiro a maio, as vendas externas somaram 3,7 milhões de sacas, 32% mais do que as 2,8 milhões de sacas dos cinco primeiros meses do ano passado.

 

A Colômbia, que exportou 15,1 milhões de sacas na safra 1991/92, foi perdendo espaço no mercado externo. Na safra 2011/12, as vendas externas do país somaram apenas 7,3 milhões de sacas.

Segundo dados da OIC (Organização Internacional do Café), a Colômbia chegou a produzir 18,2 milhões de sacas de café na safra 1991/92.

Neste ano, a produção deverá subir para 8 milhões de sacas, após ter ficado em 7,65 milhões em 2011/12.

Até a safra 1998/99, o país ocupava o segundo lugar na lista dos maiores exportadores mundiais de café, perdendo o lugar para o Vietnã no ano seguinte. O Brasil tinha e ainda mantém a liderança nesse setor.

Os dados mais recentes da OIC indicam que os brasileiros exportaram 31,9 milhões de sacas na safra 2011/12, seguidos dos vietnamitas, cujas vendas externas somaram 23,5 milhões.

A Colômbia, que ocupa o terceiro posto, exportou 7,3 milhões de sacas no período.





Exportações de Uganda tem alta de 56% em maio

  As exportações de café de Uganda subiram 56% em maio, ante a mesmo mês do ano passado,, depois agricultores venderam grandes volumes para evitar novas perdas como os preços do grão caíram, disse uma fonte da estatal Uganda Coffee Development Authority (UCDA) nesta quarta-feira. A fonte disse UCDA Uganda exportou 393.783 sacas de café em maio, ante 252.548 sacas embarcadas no mesmo período do ano passado. "Os preços, tanto a nível internacional e local têm vindo a diminuir nos últimos meses e eu acho que os agricultores não estão otimistas", disse David Muwonge, marketing e gerente de produção da União Nacional do Agronegócio Café e Fazenda Empresas (NUCAFE). "Eles estão calculando que eles (os preços) pode continuar a cair nos próximos meses, então eles decidiram descarregar grandes volumes para limitar eventuais perdas futuras de preços baixos." Muwonge disse um quilo de cerejas secas robusta estava indo para entre 4.600 xelins ugandeses (1,78 dólares) e 4800 há alguns meses, mas já se recusou a shillings entre 4,000-4,200. Uma fonte diz que as exportações de café em maio gerou receita US$ 48,3 milhões em comparação com US$ 35,8 milhões no mesmo mês do ano passado.





Empresário angolano investe em torrefação e exporta café de qualidade

  Cansado de ver as nações desenvolvidas levar a parte do leão dos lucros da safra de café de seus compatriotas, o empresário Uganda Andrew Rugasira decidiu em 2003 que era hora de um novo acordo comercial. Uganda é o segundo maior exportador de grãos de café da África, produzindo atualmente cerca de 3,4 milhões de sacas por ano. No entanto, em vez de ser refinado localmente, a grande maioria dos grãos crus do país têm sido tradicionalmente exportados nos países consumidores do Ocidente para processamento. Mas a visão de Rugasira era criar uma empresa de café de qualidade de Uganda, que seria capaz de colocar um produto acabado nas prateleiras de ambos os supermercados locais e internacionais. A economista treinado, ele desenvolveu um modelo de negócio incentivando os cafeicultores locais para vender seus grãos para ele a um preço justo. Sua empresa, então, torrado, embalagem e marca do produto final, enquanto que os lucros seriam divididos 50/50. "A parte mais difícil foi dizer: 'olha, eu acho que como africanos, precisamos começar a olhar para nós mesmos como uma solução para alguns destes problemas de pobreza e subdesenvolvimento sistêmica. Nós abençoado solos, vocês têm um produto que é de grande valor ", diz Rugasira, relembrando suas primeiras reuniões para convencer os agricultores no distrito de Kasese de Uganda. "Podemos pagar um preço premium, mas que também pode agregar valor ao seu conhecimento, nós podemos ajudar treiná-lo, podemos criar poupança e cooperativas de crédito e que possamos realmente trabalhar juntos e começam a possuir a cadeia de valor, que é historicamente sendo controlada fora do país produtor. "Precisamos mudar isso - e por meio do comércio que poderia trazer prosperidade para os nossos agricultores e suas comunidades." Estas palavras de Rugasira plantou as sementes para o que veio a se tornar o bom café Africano, uma empresa baseada em Kampala que ajudou a transformar a vida de milhares de agricultores em Uganda. Ao longo dos últimos nove anos, o bom café africano diz ter construído uma rede de mais de 14 mil produtores de café, que estão organizados em 280 grupos de agricultores. A empresa, que é a primeira marca de café de propriedade africano para estar disponível em supermercados britânicos, também ajudou os agricultores locais para configurar várias cooperativas de poupança e crédito. "(É) sobre empoderamento e é também sobre a propriedade", diz Rugasira. "Trata-se de possuir a cadeia de valor, aumentando o café, processá-lo na fonte e é sobre como exportar um produto acabado", ele acrescenta. "Então, nós manter o valor, o que significa que podemos empregar pessoas, podemos pagar impostos, podemos prosperar os nossos agricultores e suas comunidades e essa é a única forma sustentável em que as sociedades têm prosperado -. Passando de agricultura de baixo valor em alta valor industrialização de fabricação. " No coração de todos os esforços de Rugasira é a sua forte crença no poder transformador da auto-ajuda. No comércio, e não ajuda, diz ele, é o lugar onde bem-estar futuro mentiras da África. "Toda a sociedade ea economia que está prosperando fez isso através de seu próprio trabalho duro, criatividade, dedicação e compromisso", diz ele. "Não por caridade, não por meio de apostilas, e eu acho que isso é uma mensagem poderosa e é um modelo poderoso. Ele não é novo, mas eu acho que é um que eu acho que ressoa com os consumidores que estão dispostos a interagir com os produtos desse tipo." A filosofia de Rugasira está claramente definido em "uma boa história Africano", seu livro publicado no início deste ano, registrando todos os desafios que ele e sua empresa enfrentou - de ganhar a confiança das instituições bancárias aos varejistas estrangeiros convincentes sobre como trabalhar diretamente com uma empresa Africano. Ele diz que decidiu escrever o livro porque apenas um punhado de empresários Africano escrever sobre suas experiências. "Todos nós temos uma história", diz ele. "Nós precisamos compartilhar essa história, essa história edifica, encoraja, inspira os outros em nosso próprio caminho e eu só encontrei Africano de negócios realmente não escrever". Ao compartilhar sua história com o mundo, Rugasira quer ajudar a criar uma nova narrativa sobre a África e inspirar a próxima geração do continente de empresários. "Setenta por cento da nossa população no continente são os jovens - os mesmos jovens que querem criar empresas, empreendedores, inovadores tornam-se nele, o nome dela", diz ele. "E a única maneira que eles vão ser incentivado e inspirado é se lerem sobre histórias sobre outros Africano pessoas de negócios." CNN


Good African Coffee wants trade, not aid


Every society and economy that's prospered has done it through their own hard work, ingenuity, dedication and commitment.
Andrew Rugasira, Good African Coffee

CNN -  Tired of seeing developed nations take the lion's share of profits from his countrymen's coffee crop, Ugandan businessman Andrew Rugasira decided back in 2003 that it was time for a new business arrangement.

Uganda is Africa's second-biggest exporter of coffee beans, currently producing around 3.4 million bags per year. Yet instead of being refined locally, the vast majority of the country's raw beans have been traditionally exported in the consuming countries of the West for processing.

But Rugasira's vision was to create a quality Ugandan coffee company that would be able to place a finished product on the shelves of both local and international supermarkets.

A trained economist, he devised a business model encouraging local coffee farmers to sell their beans to him at a fair price. His company would then roast, package and brand the final product, whilst the profits would be split 50/50.

"The hard part was saying, 'look, I think as Africans we need to begin to look at ourselves as a solution to some of these problems of systemic poverty and underdevelopment. We have blessed soils, you guys have a commodity which is of great value," says Rugasira, recalling his first meetings to convince the farmers in Uganda's Kasese district.

"We can pay you a premium price; we can also add value to your knowledge; we can help train you; we can set up savings and credit co-ops and we can really work together and begin to own the value chain which is historically being controlled outside the producer country.

"We needed to change that -- and through trade we could bring prosperity to our farmers and their communities."

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These words by Rugasira planted the seeds for what went on to become Good African Coffee, a Kampala-based company that has helped transform the lives of thousands of farmers in Uganda.

Over the last nine years Good African Coffee says it has built a network of more than 14,000 coffee farmers, who are organized into 280 farmer groups. The company, which is the first African-owned coffee brand to be available in British supermarkets, has also helped local farmers to set up several savings and credit cooperatives.

"(It's) about empowerment and it's also about ownership," says Rugasira. "It's about owning the value chain, growing the coffee, processing it at source and it's about exporting a finished product," he adds.

"So we retain the value, which means we can employ people, we can pay taxes, we can prosper our farmers and their communities. And that's the only sustainable way in which societies have prospered -- by moving from low-value agriculture into high-value manufacturing industrialization."

At the heart of all of Rugasira's efforts is his strong belief in the transformative power of self-help. In trade, and not aid, he says, is where Africa's future well-being lies.

"Every society and economy that's prospered has done it through their own hard work, ingenuity, dedication and commitment," he says.

"Not through charity, not through handouts, and I think that's a powerful message and it's a powerful model. It's not new, but I think it's one that I think resonates with consumers who are willing to interact with products like that."

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Rugasira's philosophy is clearly defined in "A Good African Story," his book published earlier this year chronicling all the challenges he and his enterprise faced -- from gaining the trust of banking institutions to convincing foreign retailers about working directly with an African company.

He says he decided to write the book because just a handful of African businesspeople write about their experiences.

"All of us have a story," he says. "We need to share that story; that story edifies, it encourages, it inspires others in our own way and I just found African business doesn't really write."

By sharing his story with the world, Rugasira wants to help create a new narrative about Africa and inspire the continent's next generation of entrepreneurs.

"Seventy percent of our population on the continent are young people -- the same young people that we want to set up businesses, become entrepreneurs, innovators in IT, you name it," he says. "And the only way they'll be encouraged and inspired is if they read about stories about other African business people."