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domingo, 7 de agosto de 2011

Greenspan adverte que mais turbulênci​a está por vir

NALU FERNANDES - Agencia Estado
WASHINGTON - Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), advertiu que o rebaixamento da classificação da dívida dos Estados Unidos pela Standard & Poor''s significa mais problemas para os mercados financeiros. "Considerando o fôlego com o qual o mercado caiu ao longo da última semana, é muito improvável, se a história pode servir de guia, que isso não irá levar um tempo até se estabilizar", disse o ex-chairman, em entrevista ao programa "Meet the Press", da rede NBC. "A reação inicial, na minha avaliação, vai ser negativa", afirmou.
Segundo a Dow Jones, Greenspan não está prevendo um duplo mergulho dos EUA na recessão, mas espera desaceleração.
Ele acrescentou que o mercado acionário de Israel, um dos poucos a estarem abertos, "afundou" hoje, mas disse que é difícil determinar se a causa havia sido o rebaixamento ou protestos amplos contra o alto preço ao consumidor em Israel.
Greenspan disse que há "zero probabilidade" de que os EUA deem o calote nas suas obrigações, mas acrescentou que a decisão da S&P "atingiu a autoestima dos Estados Unidos, a alma... Está tendo um efeito muito mais profundo do que eu imaginei que poderia ocorrer". As informações são da Dow Jones.

Café reflete cenário técnico e fundamental e sobe na ICE

Café reflete cenário técnico e fundamental e sobe na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram a sessão desta sexta-feira com altas, em uma sessão caracterizada por uma forte volatilidade e por muitos negócios, superando a média da bolsa nova-iorquina. Na primeira parte do dia, os preços conseguiram aferir fortes ganhos, com a percepção de que o mercado se recuperaria, até com facilidade, da retração observada na quinta-feira. No entanto, fundos e especuladores inverteram de mão e liquidaram, com as cotações chegando a bater em níveis de baixa. Mas, ao final do dia, com algumas recompras, o grão ficou com altas, ainda que relativamente modestas. Operadores indicaram que o mercado, mais uma vez, viveu ao sabor dos temores com a economia internacional, que mais uma vez pressionou bolsas de valores e o segmento de commodities. Mas, na parte da tarde, a pressão no mercado ficou menos intensa e isso permitiu a alguns setores, como o de café, até subir. Fundamentalmente, a questão climática no Brasil voltou a afetar os players. Um operador destacou que os ganhos fortes da manhã estiveram, em grande parte, atrelados ao frio no centro-sul do Brasil que gerou, inclusive, algumas geadas. No sul de Minas, maior área cafeeira do Brasil, a Cooxupé detectou geadas em vários pontos, principalmente em regiões de baixada em cidades como Botelhos e Campestre. Agrônomos dessa cooperativa apontam que a geada devera trazer perdas as lavouras de café, mas ainda é cedo para calcular a intensidade dessa quebra. Em Poços de Caldas, alguns pontos chegaram a registrar - 3,5º C. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 215 pontos com 238,00 centavos, sendo a máxima em 247,70 e a mínima em 233,50 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 215 pontos, com a libra a 241,90 centavos, sendo a máxima em 251,20 e a mínima em 237,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 17 dólares, com 2.062 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 19 dólares, com 2.095 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por boas altas na manhã e uma reversão, com perdas chegando a ser reportadas, até um final de sessão com ganhos modestos. O mercado, segundo os analistas, o mercado vinha se mostrando dentro de um padrão de consolidação, depois de várias semanas de pressão baixista, que passou a ser observada a partir da máxima de 3 de maio. No entanto, as ações desta sexta-feira foram marcadas pela volatilidade, com ganhos expressivos e o retorno dos baixistas. Nas mínimas, o mercado bateu nos menores patamares desde janeiro. Dave Toth, diretor técnico da R. J. O'Brien, em Chicago, indicou que o rompimento do nível de 237,20 centavos abriu umas preocupação entre os players, já que uma nova onda de liquidação poderia ser iniciada. No entanto, tal fato não se efetivou, já que recompras passaram a ser observadas nas mínimas, o que permitiu, inclusive, o fechamento em alta. Segundo o especialista, a baixa de 237,20 representa um ponto chave importante nos gráficos, sendo o nível tocado em 28 de julho. No lado positivo, Toth apontou que o "patamar de 248,00 centavos é fundamental para um mercado que quer se recuperar e que deve abrir espaço para testar níveis acima de 248,50 centavos, que, no longo prazo, se mostra uma linha importante de divisão para um tendência de baixa", disse. Para o especialista, o mercado pode ampliar sua pressão vendedora. "Analisando a magnitude do rally do ano passado a possibilidade de uma liquidação seria extrema", sustentou. Toth sustentou que diversos setores de commodities estão sendo afetados pelo temor generalizado do mercado e o segmento soft não é diferente. Questionado sobre o que indicaria aos traders, Toth é claro: "não esteja comprado". Para ele, a tendência do mercado é flutuar num range entre 235,00 e 245,00 centavos, sendo que efetuar algumas aquisições abaixo desse nível poderia ser um lance de risco, mas com possíveis resultados positivos. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque mantiveram-se estáveis em 1.525.063 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 48.092 lotes, com as opções tendo 5.483 calls e 2.519 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 247,70, 248,00, 248,50, 249,00, 249,50, 249,90-250,00, 250,50, 251,00, 251,50, 252,00, 252,50 e 253,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 233,50, 233,00, 232,50, 232,00, 231,50, 231,00, 230,50, 230,10-230,00, 229,50, 229,00 e 228,50 centavos por libra.