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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Café tem dia de apatia e preços estáveis na ICE Futures US
   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com estabilidade, em uma sessão de novidades exíguas e com o cenário focado em movimentações meramente técnicas. Os preços se movimentaram dentro de um intervalo estreito: o dezembro operou ao longo de toda a sessão num range de apenas 115 dólares. Diante desse quadro, as ações estiveram mais distantes de fatores como disponibilidade do grão ou demanda de café e estiveram mais próximas de acertos pontuais, técnicos. A verdade é que, mesmo diante de um quadro tão pouco fundamental, o café continuou a experimentar preços muito próximos das mínimas de 55 meses.

Ainda que o mercado se mostre claramente sobrevendido, não se vê fôlego no lado comprador para mudar a tendência e, diante disso, os movimentos se mostram pouco animadores e levam os negócios para um cenário preso, sem maiores lances efetivos, bem diferente do quadro que tradicionalmente foi característico do segmento café. É um mercado letárgico, lateralizado e com preços presos num range estreito. Por sua vez, diante de uma leitura de ondas, sob a ótica da teoria Elliott, na qual se tem três linhas com uma tendência e duas para a contra tendência, alguns operadores verificaram que se atingiu o nível cinco e isso poderia dar espaço para alguma correção, mas, para tanto, seria importante o dezembro se aproximar dos 110,00-111,00 centavos. Algo que efetivamente não ocorreu nesta quarta-feira.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve baixa de 10 pontos, com 106,85 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 107,80 centavos e a mínima de 106,65 centavos, com o março registrando valorização de 5 pontos, com 109,95 centavos por libra, com a máxima em 110,75 centavos e a mínima em 109,65 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve alta de 2 dólares, com 1.488 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 5 dólares, para o nível de 1.509 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi dos mais calmos para o café, sem nenhuma grande novidade para abalar os preços fracos praticados há vários e vários dias. No segmento externo, o dia foi negativo. Ainda sob o temor em relação da reunião do Federal Reserve, as bolsas de valores recuaram nos Estados Unidos, ao passo que o dólar avançou em relação a várias moedas internacionais, o que afetou segmentos de risco, como as commodities. Várias delas encerraram o pregão no lado negativo da escala.

"Temos um cenário externo de pouca mudança para o café e mercados locais, como o do Brasil, continuam a se mostrar arredios. Existe pouca liquidez, os produtores não se sentem estimulados em praticamente 'entregar' o café, já que os custos são muito mais altos e não se vê muitas esperanças de que o cenário mude. Até agora o programa do governo não surtiu efeito, mesmo com 3 milhões de sacas envolvidas em opções, e, assim, muitos cafeicultores se mostram desesperançados com a atividade", disse um trader.

O Federal Reserve (equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos) decidiu, nesta quarta-feira, manter inalterado seu programa de estímulos monetários, em 85 bilhões de dólares mensais. Em nota, o Federal Open Market Committee (Fomc, equivalente ao Copom brasileiro), afirmou ver uma melhora na atividade econômica e nas condições do mercado de trabalho desde o início do programa de estímulo. "No entanto, o comitê decidiu esperar mais evidência de que o progresso vai se sustentar antes de ajustar o ritmo de suas compras", indicou a nota do Comitê.

As exportações brasileiras no mês de outubro, até o dia 29, totalizaram 2.124.667 sacas de café, alta de 14,79% em relação às 1.850.776 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 14.148 sacas, indo para 2.711.651 sacas. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 107,80-107,85, 108,00, 108,50, 109,00, 109,20, 109,50, 109,90-110,00, 110,50, 111,00, 111,45-111,50, 111,85, 112,00, 112,50, 113,00, 113,35, 113,50, 114,00, 114,50 e 114,70 centavos de dólar, com o suporte em 106,65, 106,60-106,50, 106,00, 105,50, 105,10-105,00, 104,50, 104,00, 103,50, 103,00, 102,50, 102,00 e 101,50 centavos.




Londres: dia de pequena reação e janeiro fica acima dos US$ 1.500
   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com ligeiras altas, insuficientes, porém, para ao menos corrigir parte das fortes retrações observadas no mercado ao longo dos últimos dias. A sessão contou com um volume relativamente bom de rolagens de posições, principalmente entre novembro, janeiro e março, com a posição janeiro, ao final dos negócios, conseguindo se manter acima do nível psicológico de 1.500 dólares.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por dois momentos distintos. Inicialmente, o janeiro buscou, mais uma vez, se posicionar abaixo do nível psicológico e chegou a tocar o patamar de 1.488 dólares por tonelada. No entanto, assim como já verificado na sessão passada, nas mínimas foram registradas algumas aquisições de comerciais, que deram impulso para uma recuperação, ainda que das mais modestas.

"Operamos tecnicamente. Após as muitas quedas resultantes de liquidações especulativas, o mercado parece ter encontrado um patamar de apoio, próximo dos 1.500 dólares. No entanto, alguns vendedores se mostram ainda com apetite para ofertar mais fortemente, principalmente diante de um quadro de disponibilidade quanto o atual. Não seria improvável rompermos o atual nível", disse um trader.

O novembro teve uma movimentação ao longo do dia de 4,02 mil contratos, contra 8,64 mil do janeiro. O spread entre as posições novembro e janeiro ficou em 21 dólares. No encerramento do dia, o novembro teve alta de 2 dólares, com 1.488 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 5 dólares, para o nível de 1.509 dólares por tonelada.



Presidente do CCCMG faz discurso enfático em Poços de Caldas
   
  O presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais - CCCMG, Archimedes Coli Neto, participou, na manhã desta terça-feira (29), da abertura do 39º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. O evento, que está sendo realizado em Poços de Caldas, é promovido pela Fundação Procafé. Em sua rápida fala aos presentes no evento, Archimedes agradeceu o convite de participação do congresso e ressaltou que o CCCMG sempre estará presente nos trabalhos que norteiam o rumo da cafeicultura no Estado e no país. O presidente aproveitou o momento para comentar sobre a crise que assola a cafeicultura nacional. "Quero dizer em poucas palavras que não adianta lutarmos somente para termos um preço mínimo de R$400,00 por exemplo, e não conseguirmos sermos competitivos lá fora. O Brasil deixou de exportar 5 milhões de sacas no ano passado e este ano deverá também exportar um volume abaixo do esperado", disse. Archimedes foi enfático sobre as medidas governamentais adotadas nos últimos meses. "Estamos tendo boa produção graças aos senhores aqui presentes; agrônomos, engenheiros, técnicos etc. Estamos falando em custos de produção, em cortar empregados, custos de colheitas entre outras coisas, mas infelizmente o governo não faz a parte dele e é incompetente", argumenta. Ele também pontuou sobre os tropeços que o governo tem tido nos últimos anos. "Vejam que o Funrural foi julgado inconstitucional e está sendo cobrado. Tem muito dinheiro depositado em juízo. As cooperativas estão com um volume enorme de depósito em juízo que poderia estar nas mãos dos produtores. O governo não devolve o PIS/Cofins dos exportadores, dinheiro que poderia estar na comercialização do café e temos que entrar na justiça pra receber. O ICMS do Estado está demorando dois anos ou mais, o governo não devolve e quando devolve é para comprar caminhões com deságio, bancado pelo produtor", colocou. A logística brasileira também foi colocada em pauta por Archimedes. "Os portos demoram absurdo para fazer os embarques e o custo, taxas e pedágios são altos. As multinacionais nos vendem os produtos, que pagamos caro, não sabemos com absoluta certeza se teremos o resultado satisfatório, mas isto somente os senhores engenheiros, agrônomos e técnicos para poder nos dizer. Enfim, não basta só cortamos da nossa parte; o governo tem que ser mais eficiente na parte dele, como somos na nossa", disse. Ao final do discurso, Archimedes foi muito aplaudido pelo público presente e percebeu-se que muitos compartilham da mesma ideia do presidente do CCCMG.
Raw-Sugar, Arabica-Coffee Futures Bounce After Tumbles
  NEW YORK - Raw-sugar and arabica-coffee futures rebounded Wednesday after
tumbling in the previous session on robust supplies.
  Raw sugar for March delivery on ICE Futures U.S. was up 0.3% at 18.51 cents a
pound. Prices had dropped 2.4% to a four-week low Tuesday
  The contract is down 8.2% since its Oct. 18 intraday peak of 20.16 cents a
pound, hit when traders were betting that a fire at the Brazilian port of
Santos could curtail exports from the world's No. 1 sugar producer and
exporter.
  But global supplies of the sweetener are still exceeding demand. The
International Sugar Organization expects global sugar supplies to outpace
demand by 4.5 million metric tons in the 2013-14 season, which started Oct. 1.
  "As far as sugar prices are concerned, a warehouse fire at the Brazilian port
of Santos turned out to be but a 'flash in the pan,' for international supply
remains high despite the resulting export shortfall," said Commerzbank in a
note.
  Arabica-coffee futures were up slightly after hitting a new
four-and-a-half-year low Tuesday. December-delivery coffee was up 0.5% at
$1.0750 a pound.