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quarta-feira, 26 de março de 2014

BTG Pactual contrata gerente de armazéns de metais da Metro
Reuters -  20 de março de 2014

LONDRES, - O banco de investimentos BTG Pactual contratou o antigo gerente da empresa de armazéns Metro International, que pertence ao Goldman Sachs, em um momento que a empresa brasileira expande seu próprio negócio de estocagem de metais, disseram fontes com conhecimento da situação.

A gerente de vendas de armazenagem Gabriella Vagnini deixou a Metro depois de seis anos, no início do mês, para assumir uma função semelhante no BTG Pactual, disseram as fontes.

O BTG, controlado pelo bilionário André Esteves, entrou com força no mercado global de commodities e armazenagem, na contramão de outros bancos, apostando que pode evitar a pressão regulatória que está assustando seus rivais.

Em agosto, o banco brasileiro contratou Shon Loth, um especialista em armazenagem de metais que anteriormente trabalhava para a Noble, para construir seu próprio negócio de armazenagem.

Mais recentemente, o banco pediu o registro de seus armazéns tanto na Bolsa de Metais de Londres (LME), maior mercado global de metais, como na bolsa norte-americana CME Group.

O banco espera que a LME aprove os primeiros dois armazéns, um em Detroit e outro em Owensboro, Estados Unidos, dentro de poucas semanas, disseram as fontes.

O BTG e Gabriella Vagnini não quiseram comentar.


Após corte de rating pela S&P, dólar cai ao menor nível desde novembro

SÃO PAULO  -  O baixo risco de um novo rebaixamento do rating soberano brasileiro neste ano e um cenário internacional favorável sustentaram a valorização do real frente ao dólar, um dia após a agência Standard & Poor’s ter rebaixado a nota de classificação de risco de “BBB” para “BBB-",  mantendo a perspectiva estável para o grau de investimento. Nesse cenário, analistas não veem, pelo menos no curto prazo, uma reversão do ingresso de recursos, que tem levado a moeda americana a se desvalorizar - a baixa soma 1,66% só neste mês.

O dólar comercial fechou em queda de 0,69% a R$ 2,3060, menor nível desde 26 de novembro. Já o contrato futuro para abril recuava 0,88% para R$ 2,308. A queda do dólar no mercado local acompanhava o movimento de desvalorização da moeda americana no exterior e foi intensificada por um movimento de zeragem de perdas de alguns fundos locais, que estavam com posição comprada na moeda americana, após o dólar ter atingido a mínima de R$ 2,30. “Ninguém espera uma mudança na perspectiva do rating do Brasil pelo menos nos próximos seis meses”, afirma um executivo de uma tesouraria estrangeira, lembrando que as duas outras agências de classificação de risco, Fitch e Moody’s, mantêm a nota de classificação de risco do Brasil estável em um degrau acima do grau de investimento.

Para o diretor e chefe de pesquisas para mercados emergentes das Américas da Nomura, Tony Volpon , boa parte do risco de um rebaixamento do rating brasileiro já estava refletida nos preços dos ativos. “O evento já estava precificado e, além disso, a atual taxa de juros (de 10,75%) praticada nos mercados compensa os riscos que estão sendo discutidos pela S&P. O mercado está em um momento de humor um pouco mais positivo com o Brasil e não acredito que essa percepção vá mudar neste momento”, afirma.

No mercado interno, a grande entrada de recursos para renda fixa e de captações externas tem sustentado a boa performance do real neste mês. Os analistas não esperam uma reversão desse fluxo no curto prazo, pelo menos enquanto as condições externas continuarem favoráveis para ativos emergentes.

O diretor da Nomura destaca, no entanto, que se houver uma piora do apetite para ativos emergentes, os investidores passarão a ser mais seletivos e voltarão a olhar para os fundamentos. O Brasil poderia sofrer mais nesse cenário porque não apresentou uma melhora do quadro macroeconômico. “Não acho que esse ambiente vai durar muito tempo, dado que a valorização do real já parece um pouco exagerada, pois não há fundamentos para tal apreciação”, diz.




Preservação do grau de investimento ofusca rebaixamento e juros caem

Os juros futuros longos caíram em bloco na BM&F no primeiro pregão após a
agência de classificação de risco Standard & Poor's cortar o rating brasileiro.
A redução de prêmios de risco se dá em meio à apreciação do real e alta da
bolsa, sintomas claros de que o apetite dos investidores por ativos domésticos
não foi arranhado. A leitura geral é de que o rebaixamento, embora tenha vindo
antes do esperado, é uma informação já incorporada aos preços. Em vez de
lamentar uma informação velha (o corte do rating), o mercado celebrou uma
notícia nova (e boa): a perspectiva da nota local mudou de negativa para
estável, o que afasta a possibilidade de que o Brasil perca o grau de
investimento este ano. Com o selo do bom pagador do Brasil garantido, os
investidores se sentem à vontade para aproveitar as altas taxas locais enquanto
a situação externa não piora. DI janeiro/2017 caiu de 12,63% para 12,51%; DI
janeiro/2015 desceu de 11,17% para 11,16%.



JUROS: Desvalorização do dólar puxa queda das taxas dos DIs
   São Paulo, 25 de março de 2014 - As taxas dos contratos de DI terminaram a
sessão da BM&FBovespa desta terça-feira em queda, refletindo a
desvalorização da moeda norte-americana em relação ao real. Segundo o
gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa, esse
foi o principal fator que levou ao desempenho negativo.
   Dentre os contratos de juros com maior volume financeiro, os programados
para janeiro de 2017 caíram de 12,63% para 12,52%, movimentando R$ 31,7
bilhões. No curto prazo, os papéis que expiram em janeiro de 2015, na
contramão, subiam de 11,15% para 0,08%, com volume de R$ 14,5 bilhões.
   Ainda no curto prazo, os contratos de juros com vencimento em julho deste
ano ficaram estáveis em relação ao fechamento de ontem (24), a 10,84%, com
giro financeiro de R$ 11,9 bilhões. No longo prazo, para as taxas dos papéis
que vencem em janeiro de 2016, recuaram de 12,15% para 12,08%, a R$ 10,7
bilhões.



PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Câmbio refletirá fluxo cambial e dado dos EUA
   São Paulo, 25 de março de 2014 - O rumo que o dólar comercial terá nesta
quarta-feira (26) dependerá do resultado dos indicadores norte-americanos, que
serão divulgados pela manhã e do fluxo cambial, programado para o começo da
tarde. Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de
Gracia Corrêa, sem considerar a influência desses dados, existe a chance de
leve recuperação, devido às perdas dos últimos dias.
   Às 9h30, o Departamento do Comércio informará os pedidos de bens
duráveis de fevereiro, sendo que em janeiro os pedidos recuaram 1% ante
dezembro, para US$ 225 bilhões. A expectativa do mercado é de alta de 1%. Às
10h45, o instituto de pesquisas Markit revelará a leitura preliminar de março
do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de
serviços. Em fevereiro, o índice caiu para 53,3 pontos, de 56,7 no mês
anterior.
   No ambiente doméstico, o destaque para as negociações de câmbio será a
nota de política monetária até 21 de fevereiro, que será divulgada pelo
Banco Central (BC), às 10h30. "Se houver indicação de entrada maior de
fluxo, o dólar não registrará oscilação, mas se decepcionar, a tendência
será de valorização ante o real, pois os dados da balança comercial serão
levados mais em conta pelos investidores", afirma Corrêa.
   A leitura positiva dos indicadores da maior economia mundial também poderá
impulsionar o dólar comercial amanhã, mas por enquanto, os investidores
esperam que a análise sobre até que ponto o inverno rígido interferiu no
crescimento. Caso os números demonstrem a continuidade do avanço, a
perspectiva é de valorização da divisa, pois aumentam as chances de maior
retirada de estímulos econômicos e aumento da taxa de juros.
   Sobre as negociações desta terça-feira, o gestor de câmbio da Correparti
Corretora afirma que o cenário parece ter sido mais de uma elevação da nota
soberana do Brasil do que um corte, devido ao comportamento dos investidores
tanto no mercado de câmbio quanto no de renda variável. O dólar comercial
encerrou com desvalorização 0,68%, cotado a R$ 2,3040 para compra e a R$
2,3060 para venda.
   "Essa queda foi exagerada, por isso, deverá ocorrer alguma recuperação
amanhã. O comportamento da divisa não refletiu o corte no rating pela S&P
[Standard & Poor's, de 'BBB' para 'BBB-'], porque ele estava precificado
além do que o dólar havia subido muito durante o período de especulação do
corte. A valorização das moedas dos países emergentes e a possibilidade de
reformas na China para impulsionar o crescimento também influenciaram".
   Durante o dia, a moeda norte americana oscilou entre a mínima de R$ 2,3000
e a máxima de R$ 2,3320. No mercado futuro, os contratos da divisa com
vencimento em abril caíram 0,55%, negociados por R$ 2.316,000. O dólar iniciou
o dia com valorização, mas logo depois inverteu o sinal e passou a cair.
    Juros
   As taxas dos contratos de DI terminaram a sessão da BM&FBovespa em queda,
refletindo a desvalorização da moeda norte-americana em relação ao real. O
gerente de câmbio da Correparti Corretora, afirma que esse foi o principal
fator que levou ao desempenho negativo.
    
   Dentre os contratos de juros com maior volume financeiro, os programados
para janeiro de 2017 caíram de 12,63% para 12,52%, movimentando R$ 31,7
bilhões. No curto prazo, os papéis que expiram em janeiro de 2015, na
contramão, subiam de 11,15% para 0,08%, com volume de R$ 14,5 bilhões.
    
   Ainda no curto prazo, os contratos de juros com vencimento em julho deste
ano ficaram estáveis em relação ao fechamento de ontem (24), a 10,84%, com
giro financeiro de R$ 11,9 bilhões. No longo prazo, para as taxas dos papéis
que vencem em janeiro de 2016, recuaram de 12,15% para 12,08%, a R$ 10,7
bilhões.


Bovespa fecha em alta mesmo após S&P, ajudada por fluxo externo

A bolsa brasileira chegou ao sétimo pregão consecutivo de alta nesta
terça-feira, mesmo após a confirmação do rebaixamento da nota de risco de
crédito do Brasil pela S&P. Tal sequência não era vista desde 19 de agosto de
2013, quando a Bovespa completou nove pregões seguidos de ganhos. O fluxo
positivo de capital externo ajudou, mais uma vez, a sustentar o avanço do
mercado local, diante da avaliação de que o corte no rating soberano já era
mais do que esperado.
"Como o país não perdeu o grau de investimento e a nota não teve novo viés
negativo, fica a avaliação de que o corte já estava embutido no preço dos
ativos", aponta o especialista em bolsa da Icap Brasil, Rogério Oliveira. "A
surpresa foi o timing. A S&P poderia ter esperado mais alguns meses, como fez a
Fitch. Por outro lado, após a visita dos analistas da agência ao país, na
semana retrasada, havia uma chance de que o corte acontecesse logo."
Oliveira avalia que o pessimismo em relação ao país ainda é grande entre os
investidores locais, en quanto os estrangeiros aproveitam para fazer compras na
bolsa, visando ganhos de curto prazo e aproveitando a relativa tranquilidade no
mercado cambial. Segundo os últimos dados da BM&FBovespa, os estrangeiros estão
com um saldo líquido positivo de R$ 1 bilhão na bolsa brasileira neste mês até
o dia 21.
O Ibovespa subiu 0,39%, aos 48.180 pontos, com volume de R$ 5,732 bilhões.
Desde 14 de fevereiro, a bolsa brasileira não fechava acima da linha dos 48 mil
pontos. Entre as principais ações do índice, Vale PNA ganhou 1,65% , a R$
27,61; Petrobras PN subiu 0,55%, para R$ 14,48, e Itaú PN avançou 0,55%, a R$
32,45.
No topo do Ibovespa ficaram Copel PNB (3,53%), Anhanguera ON (3,33%) e Usiminas
PNA (2,57%). Na outra ponta apareceram JBS ON (-4,95%), Suzano PNA (-3,38%) e
Eletrobras PNB (-3,07%). O frigorífico JBS divulgou ontem à noite um lucro de
R$ 140,7 milhões no quarto trimestre, o que representa um aumento de 112%
frente a igual período do ano passado. Apesar do crescimento da última linha, o
resultado ficou muito aquém das projeções dos analistas ouvidos pelo Valor, que
variaram entre R$ 320 milhões e R$ 590 milhões.




PERSPECTIVA: Indice pode testar os 48.500 pts, dados dos EUA são destaque
   São Paulo, 25 de março de 2014 - Após sete pregões de alta consecutivos
e resistindo ao rebaixamento do rating do Brasil, o Ibovespa, principal índice
da BM&FBovespa, pode testar a resistência em torno dos 48.500 pontos no pregão
de amanhã podendo ainda abrir em alta. Em termos de agenda econômica, o
destaque fica com os dados dos Estados Unidos.
   "O Ibovespa começou a se recuperar no dia 17 e encontra uma resistência
forte entre os 48.500 e os 48.600 pontos, com a tendência de alta no curto
prazo. Vamos ver no pregão de amanhã se o índice vai testar essa resistência
e romper ou se vai bater nesse patamar e voltar. Se romper deve seguir em
alta", aponta Igor Graminhari, analista gráfico da Alpes Corretora.
   Graminhari ainda aponta que o gráfico das ações preferenciais da
Petrobras (PETR4) também está com tendência de alta no curto prazo,
encerrando hoje com avanço de  0,56%, a R$ 14,46, muito próximo da
resistência de R$ 14,67. O das ações PN da Vale (VALE5) encerraram a R$ 27,53
com alta de 1,66%, com resistência em R$ 27,57, também podendo confirmar a
inversão da tendência técnica para alta na sessão de amanhã, o que
colaboraria com o avanço do índice.

   Em relação a agenda econômica, Bruno Gonçalves, analista chefe da Alpes
Corretora, destaca os indicadores dos Estados Unidos. "Os números de bens
duráveis e o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de
serviços  são dados relativamente importantes e que podem ter alguma força 
nos mercados amanhã. Na agenda doméstica, a nota de crédito e o dado de
confiança do consumidor também podem influenciar", afirma Gonçalves.
   O Departamento do Comércio informa, às 9h30, os pedidos de bens duráveis
de fevereiro. Em janeiro os pedidos caíram 1% ante dezembro, para US$ 225
bilhões. Analistas preveem alta de 1%. O instituto de pesquisas Markit
Economics divulga, às 10h45, a leitura preliminar de março do índice dos
gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de
serviços. Em fevereiro, o índice caiu para 53,3 pontos, de 56,7 no mês
anterior. Não há estimativas.
   No Brasil, o Banco Central (BC) informa, às 10h30, a nota de política
monetária de fevereiro.
   Hoje, o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,39%, a 48.180 pontos. O
giro financeiro foi de R$ 5,7 bilhões. O bom humor externo colaborou com o
avanço do índice, principalmente os dados de confiança do consumidor nos
Estados Unidos e a expectativa de pacote de estímulos na China.
   O índice de confiança do consumidor norte-americano medido pelo Conference
Board subiu para 82,3 pontos em março, de 78,3 pontos em fevereiro (dado
revisado). Analistas previam que o índice subisse para 78,2 pontos em março,
após uma leitura original de 78,1 pontos em fevereiro.
   Na China, apesar dos boatos de pacote estímulos ainda não confirmados, os
preços de minério de ferro  subiram mais de 1%, com a cotação da commodity
medida pela Platts subindo 1,36% para US$ 111,75 por tonelada e a apurada pelo
Metal Bulletin avançando 1,07% para US$ 112,11/ton.



MERCADO EUA: Confiança do consumidor aumenta e índices fecham em alta
   São Paulo, 25 de março de 2014 - Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos fecharam em alta, influenciada pela melhoria da
confiança do consumidor e a elevação dos preços dos imóveis. O Dow Jones
subiu 0,56%, a 16.367 pontos; o S&P 500 encerrou com alta de 0,44%, a 1.865
pontos, e o Nasdaq Composto ganhou 0,19%, a 4.234 pontos.
    
   O índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo
Conference Board, subiu para 82,3 pontos, em março, de 78,3 pontos em fevereiro
(dado revisado). O índice S&P/Case Shiller de preços de imóveis cresceu
13,2%, em janeiro, na comparação anual.
   Os investidores também reagiram às declarações de Charles Plosser,
presidente regional do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)
Filadélfia, segundo a Hargreaves Lansdown, ressaltando que o discurso de  Janet
Yellen, presidente do Fed, não representa uma mudança na atual política
monetária dos Estados Unidos.



PETRÓLEO: WTI cai com expectativa de alta no estoque; Brent sobe
   São Paulo, 25 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam mistos hoje, motivados tanto pelas expectativas de que os
dados do estoque dos Estados Unidos, divulgados amanhã, mostrem um aumento da
oferta quanto por rumores de que as autoridades da China preparam um pacote com
uma série de medidas para reanimar a economia.
   Na Nymex, os preços dos contratos futuros do WTI, com vencimento em maio,
encerraram a seção em queda de 0,41%, a US$ 99,19 o barril. Na plataforma ICE,
os preços dos contratos futuros do Brent, com o mesmo vencimento, subiram
0,67%, a US$ 106,99 o barril.
   Ontem, o Porto de Houston foi fechado devido à batida de dois navios.
Analistas esperam que os efeitos dessa interrupção sejam sentidos mais adiante
e não nos dados de estoques que serão divulgados amanhã. O canal já foi
parcialmente reaberto.
   O fechamento da cotação de hoje também foi influenciado pelo vazamento em
Indiana, nos Estados Unidos. A petrolífera britânica British Petroleum (BP)
reportou uma interrupção no seu processo de refino de petróleo, que resultou
em um vazamento no Lago Michigan, segundo um porta-voz da empresa. Ainda não
há estimativas sobre o volume de óleo derramado, mas a refinaria continuará a
operar.

Em dia menos agitado, café tem quedas apenas modestas na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas, ainda que bastante modestas, em uma sessão bem mais tranquila que a média recente da casa de comercialização norte-americana. A volatilidade intensa sentida ao longo de muitos pregões recentes deu lugar para oscilações dentro de parâmetros bem mais conservadores e nenhum suporte ou resistência mais efetivos foram testados ao longo do dia. Pela manhã, algumas tentativas de ampliação dos ganhos da sessão passada chegaram a ser esboçadas, entretanto, o maio não foi muito além do patamar de 177,00 centavos. Diante disso, novas ordens de venda passaram a ser empreendidas. Elas, contudo, não foram tão intensas quanto às verificadas recentemente. Diante disso, o dia teve um aspecto consolidativo, com a posição maio conseguindo, ao final das operações, flutuar proximamente do nível psicológico de 175,00 centavos. A questão disponibilidade continua sendo o principal tema das conversas entre os players. A disparidade de opiniões dá sustentação para o nervosismo dos terminais. Algumas tradings trabalham com números superavitários para a oferta global de 2014, ao passo que outras já falam em um déficit bastante expressivo. Na média, os que acreditam em uma produção inferior à demanda parecem ter maioria, mas ainda existe a questão numérica. Afinal, se essa diminuição se efetivar, qual será o patamar de déficit e quanto dos estoques globais serão consumidos para garantir o abastecimento. Diante dessas incertezas, a tendência é de o mercado se manter dentro de um espectro de oscilações consideráveis, para cima ou para baixo.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 110 pontos, com 175,30 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 177,30 centavos e a mínima de 173,65 centavos, com o julho registrando perda de 105 pontos, com 177,25 centavos por libra, com a máxima em 179,05 centavos e a mínima em 175,75 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve queda de 10 dólares, com 2.073 dólares por tonelada, com o julho apresentando retração de 8 dólares, para 2.067 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia não teve novidades significativas, fato que se refletiu inclusive nas variações menos bombásticas nos terminais. Alguma consolidação pode ser buscada no curto prazo, principalmente se o mercado já vislumbra um piso mais efetivo. Nos mercado internos do Brasil, após os ajustes recentes, os negócios continuam bastante contidos, com os produtores esperando uma retomada dos preços mais consistentes. No segmento externo, o dia foi de altas para as bolsas de valores nos Estados Unidos, ao passo que o dólar teve poucas oscilações e as commodities softs apresentaram queda para a maior parte das matérias-primas. Anota dissonante foi o algodão, que subiu quase 4% ao final do pregão.

"Espero que a oferta e a demanda continuem equilibrados nos atuais níveis de preço. Nós vemos um estoque forte para ser transferido dos produtores para os torrefadores", indicou o diretor executivo da Organização Internacional do Café, Robério Silva, em entrevista à agência Bloomberg.

"Fala-se em quebra de safra no Brasil, na América Central e isso vai ser refletido na disponibilidade global. Entretanto, temos de lembrar que ainda há um bom volume de estoques, que deve ser utilizado para cobrir a boa demanda existente. As opiniões são muito divergentes, seja na afirmativa sobre déficit ou superávit global, seja nos patamares que o mercado pode alcançar. Enquanto alguns traders acreditam que o maio pode voltar para níveis próximos de 150,00 centavos, outros avaliam que um patamar de 180,00 centavos seria adequado para o momento", disse um trader.

A Stockler, uma das maiores exportadoras de café do Brasil, e membro da do grupo Neumann Kafee, divulgou um relatório em que analisa a situação dos cafezais nas principais regiões produtoras do país, sem, contudo, apresentar uma previsão para o tamanho da safra. Segundo a empresa, os seus especialistas viajaram 4 mil quilômetros, entre várias zonas produtoras, sendo que foi verificado que a seca teve seus piores efeitos em plantações novas (com até cinco anos), devido a suas raízes menos arraigadas. Plantações mais velhas tiveram um efeito bem menor. Ainda na avaliação da empresa, o efeito mais aparente da seca é o aumento de grãos mal desenvolvidos e “bóias”, além da parcela de grãos que já mostram sinais de que se tornarão “bóias” se as chuvas continuarem deficientes, mas que ainda podem se recuperar se a semente não se soltar do pergaminho.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 24, totalizaram 1.313.508 sacas, queda de 12,92% em relação às 1.508.388 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.150 sacas, indo para 2.580.331 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência 177,30, 177,50-177,55, 178,00, 178,50, 179,00, 179,50, 179,90-180,00, 180,50,181,00, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50 e 184,90-185,00centavos de dólar, com o suporte em 173,65, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00,171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00, 168,50, 168,00, 167,50,167,00, 166,50 e 166,00 centavos.




Londres: café tem retração, mas consegue preservar suportes

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com quedas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, com um volume comercializado apenas modesto. Algumas rolagens, entre maio e julho já são identificadas, ainda que de forma tímida.

De acordo com analistas internacionais, a sessão foi caracterizada por uma tentativa inicial dos compradores em romper o nível psicológico de 2.100 dólares. No entanto, a máxima do pregão não passou dos2.099 dólares. Sem o "apoio" das arbitragens, dado que os arábicas também não avançaram ao longo desta terça na bolsa de Nova Iorque, o que se observou foi a retomada das vendas, ainda que de forma bem mais regrada. Comisso, a mínima do dia não passou dos 2.068 dólares, com os suportes sendo, portanto, preservados.

"Tivemos uma sessão tranquila, daquelas bastante técnicas e com os parâmetros sendo mantidos. O que se observa é um mercado ainda relativamente dependente das arbitragens, principalmente pela falta de um norte mais concreto quanto à disponibilidade global. Caso, realmente, tenhamos uma quebra mais forte dos arábicas, a tendência é de os robustas repetirem o verificado num passado recente, quando ganharam corpo e puderam romper barreiras interessantes, por conta de uma demanda mais expressiva", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 6,14 mil contratos, contra 3,71 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 6 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve queda de 10 dólares, com2.073 dólares por tonelada, com o julho apresentando retração de 8 dólares, para 2.067 dólares por tonelada.