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terça-feira, 6 de março de 2012

Café rompe suportes e preços despencam na ICE Futures

Café rompe suportes e preços despencam na ICE Futures  
   Uma terça-feira desesperadora para o café. Como já vinha se avizinhando, o primeiro grande suporte na ICE Futures US foi rompido, o que permitiu que vários stops de venda fossem acionados e, assim, perdas consideráveis fossem produzidas, com as cotações batendo nos menores níveis desde 1 de novembro de 2010.  O dia foi iniciado com pressão sobre os preços, refletindo o clima negativo dos mercados externos. Passo a passo, o nível de 200,00 centavos por libra foi rompido, entretanto, o contrato de maio ainda contava com uma "barreira" que impedia que o nível de 197,80 centavos, que era o primeiro grande suporte atual, fosse testado. No entanto, na parte da tarde, especuladores e fundos ampliaram sua pressão vendedora e o patamar foi rompido, o que deu espaço para que os stops de venda ocorressem e as perdas se acentuassem consideravelmente.  O clima baixista já vem se mostrando no segmento café desde maio do ano passado. Após ter conseguido testar um nível próximo de 300,00 centavos de dólar, os preços passaram a experimentar quedas sucessivas, com alguns momentos de recuperação, mas sem conseguir se firmar e buscar romper resistências mais expressivas. Os preços praticados ao longo dos últimos meses invariavelmente se situaram abaixo da linha da média móvel de 200 dias, o que é uma sinalização clara de um cenário baixista. Ao longo de fevereiro, novos suportes foram testados, mas algumas compras de comerciais impediram de esses níveis serem rompidos, algo que agora ocorre e faz com que o mercado se posicione nos piores níveis em 17 meses.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve baixa de 865 pontos com 193,05 centavos, sendo a máxima em 201,60 e a mínima em 192,55 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 850 pontos, com a libra a 195,80 centavos, sendo a máxima em 204,00 e a mínima em 195,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 48 dólares, com 1.955 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 41 dólares, com 1.944 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi negro. Bolsas de valores e a maior parte das commodities tiveram perdas, ao passo que o dólar subiu em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nesse cenário, o café sofreu com as vendas especulativas. O mau humor externo esteve relacionado a uma sério de notícias negativas, como a revisão para baixo da meta de crescimento da China, a retomada do temor de um calote da Grécia e os números de crescimento considerados fracos da economia do Brasil em 2011.  Assim, uma somatória de mercados externos nervosos e situação técnica fraca fez com que o café sofresse ainda mais pressão. "Foi um novo massacre sobre os preços e as perspectivas que existiam de alguma recuperação vão se esvaindo cada vez mais. O cenário é negativo, baixista e poderemos ampliar ainda mais essas perdas. Num primeiro momento, deveremos ver os baixista buscando se posicionar nos níveis de 191,25, 190,00 e 187,50 centavos", disse um trader.  O Ecobank emitiu relatório nesta terça-feira no qual indica que os preços do café tendem a se manter firmes nos próximos meses, antecipando um balaço do mercado global, que deve se manter apertado, conforme indicado pelas exportações globais em janeiro, que recuaram 9,0%. Para a instituição, a atual força dos robustas refletem a menor oferta do grão, por conta das vendas mais modestas do Vietnã.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 732 sacas, indo para 1.571.802 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 30.644 lotes, com as opções tendo 2.601 calls e 2.110 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 201,60, 201,80, 202,00, 202,50, 203,00, 203,50, 204,00, 204,50, 204,75, 205,00-205,10, 205,50, 206,00, 206,25, 206,50, 207,00, 207,35, 207,50, 208,00, 208,50 e 209,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 192,55-192,50, 192,00, 191,50, 191,25, 191,00, 190,50, 190,10-190,00, 189,50, 189,00, 188,50, 188,00 e 187,50 centavos por libra.  

Coffee Crop in Indonesia Poised for Highest in 3 YearsYoga Rusmana and Eko Listiyorini -

Coffee Crop in Indonesia Poised for Highest in 3 YearsYoga Rusmana and Eko Listiyorini -
Bloomberg
The coffee harvest in Indonesia, the third-biggest grower of the robusta variety used in instant drinks and espressos, is set to climb to the largest in three years, potentially capping an 11 percent rally. Production may increase 20 percent to 10 million bags this year from 8.3 million bags a year earlier, according to the median estimate in a Bloomberg survey of seven exporters, two traders and a roaster. That’s the most since 2009, according to U.S. government figures, and more than the 9.1 million bags predicted by Volcafe, a unit of ED&F Man Holdings Ltd. Robusta futures jumped to a five-month high in February as Vietnamese growers, the world’s biggest, held back supplies. The harvest from Indonesia starting in April may help replenish inventories, limiting gains and containing costs for Nestle SA (NESN), maker of Nescafe and Nespresso. Prices may drop as low as $1,700 a metric ton from $2,015 now, according to INTL FCStone Inc. “The tightness in the robusta market will be here for at least another month,” said Oscar L. Schaps, managing director of global soft commodities at INTL FCStone in Miami. “The recent rise will attract more exports from Vietnam.” Global coffee exports fell 9.9 percent to 7.99 million bags in January from a year earlier, the International Coffee Organization said Feb. 29. Shipments from Vietnam fell 19 percent to 292,000 tons in the first two months, according to the General Statistics Office in Hanoi. Farmers withheld beans after prices plunged 14 percent last year, forcing roasters to tap European stockpiles. ‘Lone Supplier’ “Vietnam is almost the lone supplier of volume robusta these last couple of months, until India, Uganda, Indonesia, Ivory Coast or even Brazil start to ship more volume come April and May,” Volcafe said in a report. Global robusta output will exceed demand by 2.5 million bags this season, compared with a 700,000-bag shortage last year, Macquarie Group Ltd. said Dec. 13. Expanding robusta harvests contrast with an anticipated shortage in the arabica variety favored by Starbucks Corp. (SBUX), after the heaviest rains in two decades damaged Central American plantations. The May-delivery robusta contract dropped as much as 0.5 percent to $2,010 a ton before trading at $2,015 a ton on the NYSE Liffe Exchange at 7:51 p.m. Singapore time. Prices for the most active contract have gained 11 percent this year. Exports may climb 14 percent to about 400,000 tons, said Suyanto Hussein, chairman of the Association of Indonesian Coffee Exporters and Industries. Local consumption may increase to 250,000 tons from 200,000 tons, he said. Output declined last year as a longer-than-usual rainy season damaged crops. ‘Enough Sunlight’ “The weather is relatively good for the coffee harvest this year,” Isdarmawan Asrikan, director at Surabaya, East Java-based exporter PT Lintas Utama said by phone on Feb. 27. The monsoon season was not as wet as a year earlier and “this is good for the drying process as we should get enough sunlight, resulting in good quality beans.” Robusta, which is mostly grown in Lampung, Bengkulu and South Sumatra provinces, represents about 75 percent of Indonesia’s production. The harvest runs from April to July, with a smaller crop through September. Each bag weighs 60 kilograms (132 pounds). Exports from southern Sumatra fell to 5,358 tons in February from 6,306 tons a month earlier, according to data released by Lampung’s trade office today.

Colheita de café na Indonésia deve crescer ao maior nível em três anos

Colheita de café na Indonésia deve crescer ao maior nível em três anos
 A colheita de café na Indonésia, a terceira maior produtora mundial da variedade robusta, deve subir ao mais alto nível em três anos. A produção deve aumentar 20% para 10 milhões de sacas este ano contra 8,3 milhões no período anterior, de acordo com pesquisa da Bloomberg.Esta deve ser a maior safra desde 2009, segundo dados do governo dos Estados Unidos. A produção também deve superar as 9,1 milhões de sacas previstas pela Volcafe, uma unidade da ED&F Man Holdings Ltd.Os preços futuros do grão robusta saltaram para uma máxima de cinco meses em fevereiro com a retenção das exportações dos produtores do Vietnã, o maior produtor mundial da variedade.A safra da Indonésia, que começa em abril, pode aliviar essa queda na oferta, limitando os ganhos e reduzindo os custos para a Nestlé SA. Os preços podem recuar para US$ 1.700 ante US$ 2.012 a tonelada, assim que a oferta começar a fluir, diz a INTL FCStone Inc.'O aperto no mercado de robusta vai continuar por pelo menos mais um mês', afirmou Oscar L. Schaps, diretor global de soft commodities da INTL FCStone.

Após pressão, café fecha próximo da estabilidade na ICE

Após pressão, café fecha próximo da estabilidade na ICE     

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US enceraram esta segunda-feira próximos da estabilidade, em um dia em que a posição maio chegou a romper o nível psicológico de 200,00 centavos de dólar por libra. Entretanto, abaixo desse nível de preço, mais uma vez, foi observada a ação de comerciais, que entraram comprando. Com isso, as perdas desaceleraram consideravelmente e o encerramento das operações do pregão se deu praticamente no mesmo patamar do final da semana anterior. Além disso, o primeiro grande suporte para o contrato de maio na bolsa, em 197,80 centavos de dólar por libra peso, não foi testado, o que abriu espaço para as recompras e aquisições, reequilibrando o mercado.  O mercado externo também contribuiu para a pressão. As bolsas de valores nos Estados Unidos voltaram a cair, ao passo que a maior parte das commodities também teve perdas, refletidas no fechamento negativo do índice CRB. Tecnicamente, o mercado vive entre o neutro e o baixista, ao passo que as perspectivas de longo prazo continuam negativas, principalmente quando confrontados os níveis atuais de preço com um referencial importante, como a média móvel de 200 dias. Fundamentalmente, o mercado também não conta com maiores novidades. Questões como oferta da Colômbia e safra no Brasil, apesar de suscitarem alguns comentários mais efetivos entre os players, já estão devidamente precificadas.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve baixa de 10 pontos com 201,70 centavos, sendo a máxima em 202,50 e a mínima em 199,05 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 15 pontos, com a libra a 204,30 centavos, sendo a máxima em 205,05 e a mínima em 201,80 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 17 dólares, com 2.003 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, com 1.985 dólares por tonelada.  Segundo analistas internacionais, o dia já se iniciou pressionado, com queda de 80 pontos, que foi se acentuando, até o nível de 200,00 centavos ser rompido. O mercado atingiu a mínima de 199,05 centavos, nesse nível, no entanto, algumas recompras e aquisições de comerciais passaram a ser verificadas e, rapidamente, o nível de 200,00 centavos foi "recuperado". "Ainda temos alguns obstáculos para que os suportes possam ser testados. É possível que, caso os 197,80 centavos seja rompido, tenhamos uma ampliação nas liquidações", disse um trader. "A consolidação acima de US$ 200.00 centavos em Nova Iorque ainda é frágil tecnicamente para que anime os altistas, ainda mais com um gráfico que forma uma bandeira de baixa, e com um fundamento um pouco menos firme. Ou seja, os altistas vão ter que ter um pouco mais de paciência e se precaver com suas posições", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, analista da Archer Consulting.  As exportações de café do Equador em janeiro tiveram queda de 12%, indicou o Conselho Nacional do Café do país. Naquele mês, o país remeteu 89.683 sacas ao exterior, contra 102.074 sacas de janeiro de 2011. Os embarques de café verde totalizaram 30.589 sacas, contra 59.094 sacas de solúvel. Essas remessas resultaram em uma receita de 15,55 milhões de sacas, 3% menor que os 16,06 milhões de sacas de janeiro do ano passado.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 915 sacas, indo para 1.572.534 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.753 lotes, com as opções tendo 662 calls e 1.325 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 202,50, 203,00, 203,50, 204,00, 204,50, 204,75, 205,00-205,10, 205,50, 206,00, 206,25, 206,50, 207,00, 207,35, 207,50, 208,00, 208,50 e 209,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 199,05-199,00, 198,50,198,00, 197,80, 197,50, 197,00, 196,50, 196,00, 195,50 e 195,10-195,00 centavos por libra. 

Todos contra Margarita

Todos contra Margarita    
 A vida não está fácil para a bilionária russa Margarita Louis-Dreyfus.

Há três anos, ela é a mulher mais poderosa da agricultura mundial — sob seu comando, está a centenária Louis Dreyfus, uma das maiores vendedoras de commodities agrícolas do planeta, com faturamento de 60 bilhões de dólares. Sua vida mudou em 1988, quando, num voo entre Zurique e Londres, a então vendedora de equipamentos eletrônicos conheceu seu futuro marido, Robert Louis-Dreyfus. Casaram, tiveram três filhos e, após a morte de Robert, em 2009, coube a Margarita tocar os negócios.  O resto da família, como é típico em situações dessa natureza, não vai com sua cara — Margarita e os parentes franceses só se encontram em reuniões de acionistas da empresa. Desde que assumiu, Margarita vem enfrentando um mercado tumultuado: com a queda no preço dos grãos, o lucro caiu cerca de 30% em 2011. Diante das dificuldades, o mercado começou a especular se a empresa seria vendida ou se abriria o capital em busca de recursos.  Mas, no início de 2012, é o Brasil, país em que a Dreyfus tem sua maior unidade de produção, que está no topo de sua lista de problemas. Em 2 de fevereiro, Margarita desembarcou em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para tentar acalmar os sócios da segunda maior usina de açúcar e álcool do país: a Santelisa Vale, um colosso com capacidade de moer 40 milhões de toneladas de cana por ano. Comprada em outubro de 2009 pela Dreyfus, a Santelisa Vale vive um período conturbado. Nascida após a fusão entre a Santelisa e a Vale do Rosário, em 2007, a empresa entrou em crise logo depois e, mergulhada em dívidas impagáveis, acabou vendida aos franceses. Era mais uma multinacional investindo no então promissor mercado de energias renováveis — BP, Shell e Bunge seguiram trilha semelhante. Na nova composição acionária da Santelisa Vale, a família Biagi, ex-controladora da empresa, ficou com uma participação de cerca de 15%. O bilionário saudita Wafic Saïd, amigo dos Dreyfus, com outros 9%. Todos confiavam que, sob o comando da gigante francesa, a usina finalmente atingiria seu potencial. Mas, passados três anos, o que se vê é o oposto disso.  Com capacidade ociosa, um relacionamento difícil com plantadores de cana e minoritários insatisfeitos, a Santelisa Vale voltou a ser o que era até 2009: uma usina de problemas para seus controladores. Os maus resultados vêm na pior hora possível para Margarita: pelo contrato assinado três anos atrás, os minoritários têm o direito de vender suas participações em 2012. Na época do acordo, o caminho imaginado para a saída deles era a abertura de capital da Santelisa. Mas, com os atuais resultados e a tentativa frustrada de emissão de ações da rival Copersucar em 2011, essa é, hoje, uma possibilidade tida como remota. A solução seria a Dreyfus comprar as ações — mas, como Margarita também está precisando de dinheiro, essa é uma saída improvável. Diante disso, os minoritários decidiram se armar. Os Biagi contrataram a Arion Capital para buscar um comprador para sua participação. Saïd deu ao banco de investimento BR Partners mandato semelhante. Com base no valor total das usinas da Louis Dreyfus, calculado pelo analista Salim Morsy, da consultoria Bloomberg New Energy Finance, a fatia de 25% dos sócios pode valer até 1,3 bilhão de reais. Enquanto não conseguem vender, executivos dos dois lados não escondem sua insatisfação com a Dreyfus. Para os minoritários, o tempo é um inimigo. Se por um lado a associação com a Dreyfus resolveu o problema de endividamento da empresa, por outro a gestão da multinacional foi uma decepção para os sócios.  A última safra brasileira de cana não foi boa para ninguém, é preciso dizer. Pela primeira vez em dez anos, a produção caiu, devido principalmente a fatores climáticos. Mas para a Dreyfus a escassez de matéria-prima foi especialmente ruim. Na última safra, suas usinas moeram 17% menos cana do que no ano anterior, enquanto a média da quebra no Centro-Sul do país ficou em 11%. Por que isso aconteceu? De acordo com executivos e produtores ouvidos por EXAME, pesou contra a companhia a dificuldade de relacionamento com os plantadores de cana. Desde que assumiu as usinas da Santelisa Vale e trocou as equipes de compra da matéria-prima, a multinacional adotou aquilo que é considerado pelos produtores um estilo pouco amigável de negociação, muito mais preocupado com detalhes, como o custo do frete Para fazendeiros habituados a negociar diretamente com donos de usinas, o jeitão profissional dos jovens traders da Dreyfus foi difícil de engolir. Como havia pouca cana disponível, muitos desviaram a produção para outras usinas. “A Santelisa era meu maior comprador, mas hoje vendo só 10% da cana para ela”, diz um produtor de Sertãozinho, cidade próxima a Ribeirão Preto. Com 30% de ociosidade nas usinas, é inevitável que a companhia reduza sua rentabilidade (os números de 2011 ainda não foram divulgados). “Se essa situação se agravar, o valor da Santelisa Vale, e, por consequência, da fatia dos minoritários, tende apenas a cair”, afirma um executivo próximo à negociação. “É melhor vender o mais rápido possível.” Irritado, o saudita Saïd enviou no ano passado uma carta para Margarita em que pedia a cabeça dos principais executivos da empresa.  Em janeiro, a Dreyfus demitiu Bruno Melcher da presidência. Em seu lugar entrou o argelino Christophe Akli, até então vice-presidente de operações. “As mudanças tiveram motivos pessoais”, diz Akli. “Estamos buscando uma aproximação maior com os fornecedores.” Foi em missão diplomática que Margarita aterrissou no Brasil em fevereiro. Ela jantou na fazenda da família Biagi em Pontal, a 350 quilômetros de São Paulo. No encontro para 30 convidados, entre garfadas no cordeiro à caçadora (receita da matriarca Edilah Biagi), Margarita pediu mais tempo. Disse que pode encontrar uma saída caso os minoritários aceitem esperar mais um ano. No final de 2011, a Dreyfus contratou os bancos Bradesco e JP Morgan para preparar seu IPO ou encontrar um novo sócio. De acordo com executivos próximos à operação, a companhia já conversou com a Petrobras. A estatal é sócia da francesa Tereos na Açúcar Guarani, e a Dreyfus aceitaria uma estrutura semelhante. Dada a situação financeira da Dreyfus, não se descarta que a empresa venda também parte de suas ações numa eventual transação. Seria um problema a menos para Margarita.  Revista Exame