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quarta-feira, 30 de março de 2011

Dólar fecha no menor preço desde a crise de 2008 fechando a R$ 1,629

SÃO PAULO - O pregão de quarta-feira foi de superlativos no mercado de câmbio. O dólar teve o maior tombo diário em nove meses e viu sua cotação voltar aos patamares anteriores à fase mais aguda da crise financeira de 2008.

Em forte queda desde a abertura, o dólar comercial terminou o dia com baixa de 1,51%, maior queda diária desde 10 de junho de 2010, valendo R$ 1,629 na venda, menor cotação desde 27 de agosto de 2008. No mês, o preço da moeda acumula perda de 2,04%.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o dólar pronto cedeu 1,22%, a R$ 1,6313. O volume subiu de US$ 162,25 milhões para US$ 221,25 milhões.

Também na BM&F, o dólar para abril apontava baixa de 1,12%, a R$ 1,6285, antes do ajuste final de posições. O contratos para março, que já apresenta grande liquidez, recuava 1,08%, a R$ 1,6395, também antes do ajuste final.

Entre as explicações para baixa, temos a decepção dos comprados com as medidas tomadas pelo governo na área cambial. A elevação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciada ontem, não surpreendeu. Então quem estava apostando na alta foi obrigado a rever apostas.

Os agentes também notaram algum movimento de entrada de recursos no mercado. Percepção de ganha respaldo no elevado volume negociado no interbancário. Foram mais de US$ 4,9 bilhões.
Também temos fatores técnicos. O mercado veio de uma sequência de "stops" de posição. Ou seja, agentes atingiram limites de perda e viraram a mão de comprado para vendido, adicionando pressão vendedora no mercado.

Também em pauta, a formação da Ptax (média das cotações ponderada pelo volume) que liquidará os contratos futuros. Como se pode notar, os vendidos estão passeando pelo mercado, trazendo a taxa para os valores que melhor lhes convém.

Segundo diretor da Futura Corretora, André Ferreira, não importa qual a explicação, mas tamanha oscilação de preço com volumes elevados indicam que tem alguma coisa errada acontecendo no mercado.
A percepção do especialista é que os agentes estão atuando fortemente na formação da Ptax, aproveitando que o mercado parece sem defesas. Mesmo assim, diz Ferreira, falta alguma ação do governo, pois essa movimentação está com cara de forte especulação.
Um sinal de que o mercado não pretende ficar vendido por muito tempo veio com o resultado do leilão de swap cambial reverso (operação que equivale à compra de dólares no mercado futuro).
O Banco Central (BC) ofertou 30 mil contratos em três vencimentos, mas o mercado tomou apenas 5.850 swaps, menos de 20%.

De acordo com Ferreira, isso mostra que o mercado não acredita que o dólar vá cair muito mais do que isso, pois a compra do swap pressupõe expectativa de valorização do real, já que a remuneração dos contratos envolve a variação cambial em determinado período, além da taxa de juros.
(Eduardo Campos | Valor)

Mercado quarta feira 30/3/2011

Onda3 nos 15 minutos
O mercado de café ontem fez um novo fundo em um rompimento chamado de falso rompimento em Nova Iorque voltou a subir ontem fechou a 261,45 fazendo onda 1 do gráfico de 15 minutos, hoje após teste de fundo fez uma mínima de hoje que ficou em 259,10 em onda 2 e subiu em onda 3 fazendo máxima de 265,70 e ainda continua dentro desta onda 3 com alvo em 268,00 podendo chegar a 270,00 que seria o alvo para manha.
A Bmfbovespa hoje como sempre abre muito depois que Nova Iorque já esta trabalhando, esta onda3 fica com dificuldades de visualização, mas projeta uma alta para 337,60.
O movimento de hoje da BMF ficou entre uma mínima no inicio do dia em 327,8 e sua máxima em 332,50 mais para o final do pregão.
Para amanha esperamos o final desta onda continuando desta alta de Nova Iorque que hoje fez uma nova máxima em cima do pregão de ontem e não fez mínima.
O mercado físico continua lento onde os cafés de maior qualidade encontram comprador com facilidade enquanto os cafés inferiores já estão sendo deixado de lado, onde os compradores já esperam a entrada do café da safra nova.
Café fino continua cotado na casa dos R$520,00 reais a saca enquanto o café rio na casa dos 310/330, 00 reais a saca de 60 kg.
A volatilidade deve começar a aumentar assim que começarmos a chegar perto do vencimento das opções de café em Nova Iorque que será no dia 08/04/2011, portanto vamos ter um mercado mais ativo a partir de amanha.
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

Torrefadores da Costa Rica querem importar café do Peru

29/03/2011

A Câmara de Torrefadores de Café da Costa Rica pediu a abertura de uma negociação para importar café do Peru, aproveitando o marco da negociação de um Tratado de Livre Comércio (TLC) entre os dois países. O interesse dos empresários é obter melhores condições para a importação de café verde, o qual, segundo dizem, ajudaria a compensar a escassez enfrentada pela indústria costarriquenha neste momento para abastecer o consumo interno.

A solicitação foi feita frente ao Ministério de Comércio Exterior (Comex). No entanto, o ministro da Agricultura considera que, no país, não há desabastecimento de café e insistiu que este tema seja resolvido com um dialogo entre os torrefadores de café e o Instituto de Café do país (Icafé).

Para o presidente da Câmara de Torrefadores de Café da Costa Rica, José Manual Hernando, desde 2009, como resultado das baixas colheitas, a oferta local de café tem sido insuficiente para abastecer o consumo e a exportação, de forma que, se um acordo comercial está sendo negociado, deveriam aproveitar o potencial do país. "Cada vez é mais difícil garantir localmente a matéria-prima nas quantidades e qualidades requeridas pelo setor industrial, e os efeitos desse desabastecimento está já chegando ao consumidor".

O Peru é fornecedor de café para outros países produtores, como a Colômbia, que tem sabido aproveitar suas qualidades para completar seu abastecimento para o consumo interno.

A Câmara de Torrefadores insistiu que o produtor nacional está recebendo preços muito bons pelo seu café, tanto pelo que exporta como pele que fica no país, tendo, inclusive, mais de 85% da atual colheita vendida nesse momento. Por outro lado, o setor industrial torrefador enfrenta a dificuldade de se abastecer de grão verde, que requer para fabricar o café consumido no país, de forma que pede condições de maior flexibilidade na oferta de matéria-prima.

"Sabemos que a posição das instituições do setor agrícola é a exclusão como estratégia para defender o produtor nacional, mas essa visão não pode seguir sendo a receita para todos os acordos comerciais no futuro, porque as condições de mercado do café têm mudado irreversivelmente e hoje o país está em uma posição muito diferente". A reportagem é do www.diarioextra.com, CaféPoint.

Exportações de café do Equador crescem 47% em janeiro

Agência Safras
29/03/2011

As exportações de café do Equador totalizaram 102.057 sacas de 60 quilos em janeiro, aumento de 47% frente ao embarque de 69.419 sacas no mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Conselho Nacional do Café (Cofenac, na sigla em espanhol).

Segundo a entidade, a exportação de café em grãos em janeiro saltou para 44.766 sacas ante as 17.073 exportadas em janeiro do ano passado. Já os embarques de café solúvel cresceram 9% para 57.291, ante a 52.346 sacas em janeiro de 2010.

A receita com as exportações em janeiro deste ano aumentou 68%, totalizando US$ 16,06 milhões, comparado a arrecadação de US$ 9,56 milhões no mesmo mês do ano passado, apontou os dados da Cofenac.

Do total exportado em janeiro de 2011, 42.523 sacas de café foram vendidas para a Colômbia, 25.324 sacas para a Alemanha, 11.050 sacas para a Rússia e o restante para outros países.

O Equador produz café principalmente em Manabi, El Oro e Los Rios na região costeira, em Sucumbios e Napo na região amazônica, e Loja e Zamora na região das montanhas. As informações partem de agências internacionais.

Produção de café ameaçada pelo aquecimento global

Folha de S.Paulo

Mas, enquanto os estoques de alguns dos melhores grãos diminuem, a demanda global cresce rapidamente, com a ascensão das classes médias em economias emergentes como Brasil, Índia e China, que desenvolvem o hábito de tomar café.

As plantas de café exigem uma mistura certa de temperatura, chuva e períodos de seca para que os grãos amadureçam adequadamente e mantenham o sabor. As pragas dos cafeeiros prosperam em clima mais quente e úmido.

A maioria dos pequenos proprietários de terra na luxuriante região montanhosa de Cauca, na Colômbia, prosperou por décadas fornecendo o café Arabica, cultivado à sombra da floresta tropical, para marcas como Nespresso e Green Mountain.

A escassez do grão Arabica está sendo sentida em Nova York e Paris, enquanto os clientes se assustam com a escalada dos preços. Os analistas temem que a produção de Arabica na Colômbia não se recupere.

As grandes marcas aumentaram os preços no varejo de muitas variedades em 25% ou mais. Os lucros das redes de café como Starbucks e Green Mountain diminuíram. Os futuros do café Arabica aumentaram mais de 85% desde junho, para US$ 2,95 por meio quilo, em parte por causa das preocupações sobre o suprimento, o clima e a futura qualidade, segundo George Kopp, analista do International Futures Group em Chicago.

"A produção de café está sendo ameaçada pelo aquecimento global, e a previsão para o Arabica em particular não é boa", disse Peter Baker, especialista em café do grupo de pesquisa CABI, no Reino Unido, que se concentra em agricultura e meio ambiente, notando que as mudanças climáticas prejudicaram as plantações nas Américas Central e do Sul.

Os cafés das variedades Arabica e Robusta representam virtualmente todo o consumo. Com seu sabor mais delicado e menor conteúdo de cafeína, o Arabica é mais popular e mais caro, embora mais sensível ao clima. A produção de Robusta predomina na Ásia e na África.

As temperaturas médias nas regiões cafeeiras aumentaram quase 1 grau em 30 anos e, em algumas áreas de montanha, o dobro disso, segundo a Cenicafé, o centro de pesquisa do café da Colômbia. A chuva nessa área foi mais de 25% acima da média nos últimos anos.

Com temperaturas mais altas, os brotos das plantas abortam ou seus frutos amadurecem depressa demais. O calor também traz a ferrugem do café, um fungo devastador. As chuvas fortes danificam as flores do Arabica, e os períodos de seca de duas semanas que levam a planta a produzir grãos ocorrem com menos frequência, dizem os plantadores. Os pesquisadores da entidade estão trabalhando duro sobre esse problema.

A federação de cafeicultores aconselhou os agricultores a mudar para uma nova variedade de Arabica mais resistente, que foi desenvolvida pela Cenicafé. Os agricultores resistem porque não podem passar sem a renda enquanto as novas plantas amadurecem. Eles temem que a mudança possa afetar o sabor.

Sabor, qualidade e suprimento são questões delicadas para uma indústria cujos aficionados são notoriamente detalhistas.

A federação de cafeicultores está criando um programa de certificações de "origem do produto" semelhante ao que protege o queijo parmesão da Itália. Dessa maneira, os importadores não serão tentados a substituir o café do Brasil ou da Indonésia.