Commodities Agrícolas
Correção à vista O mercado futuro de café da bolsa de Nova York fechou a segunda-feira com perdas modestas. Os contratos de arábica com entrega em dezembro recuaram 1,50 centavo, para US$ 2,6835 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, os preços da commodity podem sofrer alguma correção após subirem 14% em duas semanas sem que houvesse qualquer novidade do ponto de vista dos fundamentos. Fundos de investimento, que haviam apostado contra o café, cobriram suas posições nos últimos dias e deram impulso às cotações. "Acho que foi longe e rápido demais", disse Márcio Bernardo, analista da Newedge, sobre os ganhos recentes. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq caiu 0,67%, para R$ 482,05 por saca. Irene dá suporte A ameaça de que o Irene, o primeiro furacão do Atlântico da atual "temporada" americana, ganhe força nos próximos dias e prejudique os pomares de laranja da Flórida prevaleceu sobre o comportamento do dólar e garantiu a alta das cotações do suco ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em novembro fecharam a US$ 1,6565 por libra-peso, ganho de 150 pontos em relação ao fechamento de sexta. Segundo a agência Dow Jones Newswires, o Irene já está causando problemas em Porto Rico, o que alimenta expectativas sobre seus efeitos nos EUA. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura permaneceu, em média, a R$ 9,70 ao produtor, de acordo com levantamento do Cepea/Esalq. Efeito climático A preocupação com o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos voltou a impulsionar os preços futuros da soja ontem na bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, com vencimento em novembro, terminaram o pregão cotados a US$ 13,8525 por bushel, com valorização de 16,75 centavos. Durante o pregão, a commodity registrou a cotação mais alta desde 27 de julho. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 38%. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, as chuvas do fim de semana não foram suficientes para recuperar a umidade do solo nas áreas carentes do Meio-Oeste, onde choveu apenas um quarto do volume esperado desde o começo de agosto. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq subiu 0,69%, para R$ 49,34 por saca. Teto em dez semanas Os preços do milho atingiram ontem o patamar mais alto em dez semanas na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro, mais negociados, fecharam com valorização de 9,25 centavos, cotados a US$ 7,3450 por bushel. Mais cedo, a posição chegou a US$ 7,3650 por bushel, maior cotação desde 7 de junho. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, mais uma vez, as cotações foram impulsionados pelas más condições climáticas no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O comportamento dos mercados financeiros favoreceu o movimento, com maior apetite por ativos de risco. Os preços do milho subiram 68% ao longo do último ano. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&FBovespa teve aumento de 0,03%, para R$ 30,02 por saca. Conselho O novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ouviu ontem do ex-ministro Pratini de Moraes que a abertura de novos mercados para a suinocultura brasileira deve ser a prioridade na sua gestão, além do fim do embargo russo às carnes, que já dura dois meses. Renda em alta O produtor de soja deve ter renda de R$ 1.946 por hectare na safra 2011/12, estima a Céleres -alta de 32% em relação ao projetado para a safra anterior. Rentabilidade A consultoria também calcula que a margem operacional bruta dos produtores deva crescer 35%, o que deverá estimular o plantio de soja. Sem limite 1 O preço do ouro bateu novo recorde ontem e fechou a US$ 1.888,70 por onça-troy (31,1 gramas), alta de 2,15% em Nova York. Durante o dia, o metal chegou bem perto de US$ 1.900, ao atingir US$ 1.895. Em 30 dias, a alta é de 17,95%. Sem limite 2 O mercado brasileiro acompanhou e, na BM&F, o contrato à vista de 250 gramas subiu 2,11%, com o grama cotado a R$ 97.