Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quinta-feira com quedas, mantendo integralmente o intervalo informal que vem sendo trabalhado ao longo dos últimos dias na bolsa norte-americana.
Ao longo da manhã, algumas baixas mais incisivas chegaram a ser ensaiadas, sem, contudo, ameaçarem suportes mais consistentes. Mesmo assim, os preços permanecem próximos dos níveis de baixa de mais de quatro anos e não encontram uma sustentação mais significativa no lado comprador que dê expectativa quanto a ganhos mais proeminentes.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve queda de 80 pontos, com 117,65 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 118,80 centavos e a mínima de 116,80 centavos, com o dezembro apresentando desvalorização de 70 pontos, com 120,60 centavos por libra, com a máxima em 121,60 centavos e a mínima em 119,70 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve queda de 4 dólares, com 1.730 dólares por tonelada, com o novembro tendo perda de 1 dólar, no nível de 1.764 dólares por tonelada.
No Brasil, o dólar apresentou uma expressiva alta de mais de 1% em relação ao real local e abriu perspectivas para que alguns participantes dessa origem ofertassem mais significativamente. No mercado externo, algumas notícias favoráveis sobre a economia dos Estados Unidos fizeram bolsas e dólar subir, mas o temor de que o plano de contenção de crise pode ser afrouxado no país aumentou a pressão sobre várias commodities, como petróleo, vários grãos, assim como cacau, café e algodão.
“Foi mais uma sessão marcada por pequena volatilidade. Continuamos a ter preços presos em um intervalo ligeiramente acima das mínimas de 49 meses, que foram testadas recentemente e não parece haver uma motivação para uma mudança de direcionamento, ao menos no curtíssimo prazo. No entanto, a leitura gráfica continua a direcionar os preços para um viés baixista, seja no curto, médio e longo prazo, além de termos a pressão fundamental de uma disponibilidade considerável do grão”, disse um trader.
As exportações de café robusta de Uganda nos dez primeiros meses do ano safra iniciado em 01 de outubro de 2012 cresceram 31% frente ao mesmo período de 2011/2012, segundo a Autoridade para o Desenvolvimento de Café. Em relatório divulgado pela entidade há indicação de que foram embarcadas ao exterior 3,03 milhões de sacas entre outubro de 2012 e julho deste ano, ante 2,31 milhões de sacas nos dez primeiros meses da temporada anterior. Conforme a entidade, as exportações de café robusta registraram alta de 35% no período, para 2,33 milhões de sacas, assim que mais cafezais renovados entraram em produção. Já as remessas de arábica cresceram 8,8%, indo para 700 mil sacas.
As exportações brasileiras no mês de agosto, mais especificamente até o dia 27, totalizaram 1.481.334 sacas de café, alta de 20,61% em relação às 1.228.159 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.710 sacas, indo para 2.803.385 sacas.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 13.108 lotes, com as opções tendo 884 calls e 1.157 puts — floor mais eletrônico.
Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 118,80, 118,95-119,00, 119,50, 119,70, 119,90-120,00, 120,50, 121,00, 121,50, 122,00, 122,50, 122,20, 122,50, 122,75, 123,00, 123,50, 124,00, 124,50-124,60, 124,90-125,00, 125,50 e 125,90-126,00 centavos de dólar, com o suporte em 116,80, 116,65-116,60, 116,50, 116,35, 116,00, 115,80, 115,50, 115,35, 115,10-115,00, 114,50, 114,00, 113,50, 113,00, 112,50 e 112,00 centavos.