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domingo, 3 de junho de 2012

ESTOQUES QUE PRECISAM ENCONTRAR DEMANDA Por Rodrigo Costa

Em um cenário macroeconômico machucado, os Estados Unidos vinham mostrando sinais relativamente melhores que outras economias “ricas”. Ao que tudo indica o inverno ameno por aqui ajudou a estimular o consumo, adicionando trabalhadores no mercado e por consequência deixando muitos analistas mais otimistas para o ano de 2012.

Na sexta-feira os ânimos esfriaram com as revisões negativas da criação de postos de trabalho no mês de abril, e dos números de maio que vieram bem abaixo do esperado.
O efeito negativo fez com que o índice Dow Jones devolvesse todos os ganhos do ano, deixando no verde apenas o Nasdaq com ganho de 5.46% (graças principalmente a Apple), o S&P que está positivo 1.63% e o DAX (Alemanha) que ganhou 2.58% até 1º de junho.
Os investidores, mesmo receosos, tem dado preferência ao dólar americano (ou seria falta de opção?), que está no maior patamar desde 2010 considerando uma cesta de moedas (o DXY). Da mesma forma os títulos da dívida americana atingem recordes históricos (e rentabilidade-real negativa).
A moeda comum da Europa quebrou o patamar de 1.25 contra o dólar, pressionando os principais índices de commodities. Os três mais seguidos, CRB, DJUBS e SPGSCI, caíram 4.84%, 4.27%, e 6.11% respectivamente. Um indicador de retração da atividade industrial Chinesa divulgado na semana também trouxe vendas para praticamente todas as matérias-primas.
No café a estória não foi diferente, fundos mais uma vez liquidaram compras e colocaram vendas novas nos livros (em NY). A queda no arábica foi de US$ 13.62 por saca em cinco dias, e no robusta US$ 4.50 por saca.
Curioso notar que os comerciais, leia-se torradores e dealers, corajosamente compraram mais de 1 milhão de sacas entre os dias 23 e 29 de maio – e provavelmente compraram um pouco mais na quarta, quinta e sexta também.
Por outro lado, no físico não se fala de muitos negócios. A demanda para cafés suaves é muito retraída e a procura pelos naturais é feita com parcimônia – dada a crença de que a entrada da safra brasileira pressionará os diferenciais.
No robusta os preços mesmo estando altos encontram melhor interesse. A arbitragem entre LIFFE e ICE beira os US$ 60 centavos por libra, nível que poderemos encontrar um suporte momentâneo dada a posição bem comprada dos fundos em Londres, e bem vendida dos mesmos em Nova Iorque.
Mais números sobre produção divulgados na semana chamaram a atenção dos baixistas. O USDA disse que a safra 12/13 do Vietnã pode chagar a 22.45 milhões de sacas. No Brasil a agência Safras fala de uma produção de 54.9 milhões de sacas, sendo 14.5 milhões de conillon. Os que batem o pé dizendo que a produção do conillon será de 17 milhões, adicionam outros 2.5 aos 54.9, ou seja 57.4 – olha a confusão que se cria...
Dados de que as exportações mais baixas dos países membros da OIC, menor em 12.77% em abril comparado com o mesmo mês de 2011, nos faz crer em estoques ainda mais baixos nos destinos. Em algum momento isto será positivo, mas para tanto a indústria tem que usar mais do que está nas mãos dos intermediários (que não se incomodam em carregar estoques em função da estrutura do mercado).
A saca do café no Brasil a R$ 380.00 a bica causa desconforto aos que achavam que venderiam a R$ 600.00. Não dá para falar muita coisa a não ser o que sempre escrevemos por aqui, que só sabemos qual foi a alta depois que ela passou, e aí é tarde demais, portanto a disciplina é a regra do jogo.
A deterioração dos mercados internacionais pode pesar um pouco mais para o “C”, eventualmente fazendo o mesmo testar os US$ 150 centavos por libra.
O “limite” da alta por ora ficará ao redor de 170/175 centavos.
Uma excelente semana a todos e muito bons negócios.
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting







Coffee Caps Monthly Slump; Sugar Declines; Cotton Rallies

BLOOMBERG (USA)

Coffee futures fell, capping the longest monthly slide in 31 years, as global supply outpaces demand, while slowing economies erode consumption prospects. Sugar also dropped. Cotton, cocoa and orange juice rose. Global coffee production will rise to 134.3 million bags in the season that started in October in most countries, up from a previous forecast of 132 million bags, Winterthur, Switzerland- based trader Volcafe said May 28. World consumption climbed 1.7 percent in 2011, below the average of the past 12 years, as higher prices curbed demand in some regions, according to the International Coffee Organization in London.
“Demand is off and production is proving to be much better than expected,” Judy Ganes-Chase, the president of J. Ganes Consulting in Katonah, New York, said in an e-mail.
Arabica coffee for July delivery dropped 2.3 percent to settle at $1.6065 a pound at 2 p.m. on ICE Futures U.S., after touching $1.6015, the lowest for a most-active contract since July 22, 2010. The commodity sank 11 percent in May, the sixth straight drop and the longest slump since November 1980.
Last week, the Brazilian real weakened to a three-year low against the dollar, bolstering prospects for higher exports from the South American nation, which is the world’s top producer of coffee, sugar and orange juice.
Increased output, softening demand and a falling real “seems to me to be a winning recipe for lower prices and more downside to go,” Ganes-Chase said.
Coffee’s decline today trailed only soybeans among the 24 raw materials tracked by the Standard & Poor’s GSCI Spot Index, which was down 13 percent for the month, the biggest drop since 2008.
“Macro-economic uncertainty remains a major driver in the coffee market, impacting currency relationships and potential future demand,” analysts at Rabobank International, led by Luke Chandler, said today in an e-mailed report.
Raw-sugar futures for July delivery slid 0.3 percent to 19.42 cents a pound in New York, posting a monthly decline of 8 percent, the third in a row.
Cotton futures for July delivery rose 0.9 percent to 71.55 cents a pound on ICE, reducing its monthly slide to 20 percent, the biggest since April last year.
Cocoa futures for July delivery climbed 0.6 percent to $2,083 a metric ton on ICE, trimming this month’s losses to 6.1 percent.
Orange-juice futures for July delivery advanced 1.1 percent to $1.1205 a pound. Still, the beverage plummeted 21 percent in May, the biggest decline since February 1999.
In London futures trading, robusta coffee also slid on NYSE Liffe. Refined sugar and cocoa increased.
A bag weighs 60 kilograms, or 132 pounds.