Café tem o mais longo intervalo de baixas desde 1972
As cotações do café no mercado seguem para seu pior momento em mais de quatro décadas, com as previsões de uma safra cheia no Brasil, o maior produtor mundial. De acordo com a Bloomberg, as cotações caírem novamente hoje, foi 11a queda consecutiva e o mais longo intervalo de baixas desde 1972. O registro de chuvas nesta semana reforçam as expectativas de um clima úmido e favorável para a cultura. Na Colômbia, segundo maior produtor, a umidade do solo também favorece o desenvolvimento das lavouras. A Somar Meteorologia, baseada em São Paulo, confirma que o Brasil deverá colher uma safra recorde em 2014. A Federação de Produtores de Café da Colômbia prevê que esta será a maior safra desde 2007. A produção global de café deverá exceder a demanda pela quarta safra consecutiva, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). ”As floradas nas lavouras brasileiras estão fazendo com que os investidores acreditem que haverá uma produção maior que a esperada”, afirmou James Cordier, da consultoria Opitonsellers.com, na Flórida, EUA. “O país ainda tem muito café estocado do ano passado e precisam tirá-lo de lá para abrir espaço para a nova safra. A produção colombiana também está muito grande”. O café Arábica para entrega em dezembro caiu para 106,95 cents depois de atingir 106,60 cents, o valor mais baixo desde março de 2009. A produção global de café, que inclui o Robusta, variedade que representa 41% da oferta, deve exceder a demanda em 4,46 milhões de sacas na safra de 2013-14. No ano passado, o excedente foi de 10 milhões de sacas, de acordo com o USDA.