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quarta-feira, 11 de julho de 2012

ICE tem alta consistente e diferenciais para robustas aumentam

ICE tem alta consistente e diferenciais para robustas aumentam
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com ganhos consistentes, que permitiram uma ampliação do cenário favorável da semana. Contudo, a posição setembro não conseguiu testar a máxima da semana anterior, em 187,10 centavos por libra e, assim, uma desaceleração dos ganhos da manhã foi sentida ao longo da segunda parte do pregão. O café conseguiu se dissociar dos mercados externos e ter um dia de altas, mesmo com a pressão de nova valorização do dólar em relação a algumas moedas internacionais e também com a retração de vários segmentos de risco, como é o caso das commodities. Tecnicamente, o café volta a demonstrar consistência e já dá sinais de que pode buscar testar níveis de médias móveis de preço de prazos mais longos. Por outro lado, alguns traders consideram que o quadro gráfico começa a demonstrar um viés sobrecomprado, o que poderia abrir espaço para algumas realizações e correções, principalmente se algumas resistências básicas não forem rompidas mais facilmente, como o verificado ao longo desta terça-feira. O mercado se volta também para o mercado de opções, com o vencimento desses ativos de agosto se dando na próxima sexta-feira, o que pode direcionar alguns operadores a buscar patamares de preço diferenciados. Para alguns players, a tendência é que se busca posicionar os futuros para um nível entre 180,00 e 185,00 centavos, na base setembro, com foco para esse vencimento. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 215 pontos, com 184,50 centavos, sendo a máxima em 186,60 e a mínima em 180,20 centavos por libra, com o dezembro tendo valorização de 210 pontos, com a libra a 187,35 centavos, sendo a máxima em 189,35 e a mínima em 183,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve retração de 22 dólares, com 2.013 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 20 dólares, com 2.024 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, os ganhos vão sendo gradativos na bolsa nova-iorquina, com o setembro conseguindo romper alguns níveis de preço, com algumas realizações no meio do caminho. Para alguns desses analistas, o alvo mais imediato é o patamar de 190,00 centavos por libra que, se testado, poderia abrir espaço para compras mais consideráveis. Os diferenciais de Nova Iorque para os robustas em Londres continuam se alargando, passando de 90 centavos na segunda-feira para 93,5 centavos, o maior nível em dez semanas. "Alguns dealers continuam a comprar arábica e vender robusta, sendo que essa segunda variedade chegou a bater, ao longo desta terça, no menor nível de preços desde 30 de abril. Com isso, já trabalhamos com a expectativa de voltarmos a ter um spread normalizado entre os arábicas e robustas", indicou um trader. Os preços do café arábica também estão tendo um suporte climático, com a possibilidade da chegada de um novo fenômeno El Niño, que poderia afetar a produção de café de países como Brasil e Colômbia, indicou o banco Societé Generale. "As projeções de produção continuam sendo otimistas, mas poderemos sofrer com algumas retrações", indicou a instituição em comentário. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 6, somaram 135.243 sacas, contra 130.905 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 9.322 sacas, indo para 1.659.963 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.491 lotes, com as opções tendo 3.306 calls e 2.610 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 186,60, 187,00-187,10, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50 e 194,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 180,20, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00 e 174,65 centavos por libra.

Londres tem novo dia de retração e toca mínima de 30 de abril

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com quedas, em um dia relativamente movimentado e com considerável volatilidade. Ao longo da sessão, o setembro experimentou fortes quedas e chegou a tocar na mínima de 1.966 dólares, menor cotação desde 30 de abril. No entanto, nas baixas, algumas recompras e aquisições de indústrias de torrefação foram verificadas, o que permitiu a desaceleração das perdas e o setembro conseguisse, inclusive, fechar dentro do nível de 2.000 dólares. De acordo com analistas internacionais, o café em Londres sofreu com a influência externa, principalmente com o dólar em alta estimulando novas liquidações. Por sua vez, o quadro de vendas dosadas por parte de origens já não é tão nítido quanto o verificado até há algumas semanas. Novas vendas permitem que os preços recuem consideravelmente. "Não temos a consistência que era verificada até há algumas sessões. Os diferenciais contra os arábicas em Nova Iorque, que estavam consideravelmente curtos, voltaram a demonstrar uma ampliação considerável. Mas, ainda assim, não podemos indicar que a tendência atual seja baixista, já que alguns parâmetros importantes conseguem ser mantidos", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de setembro com uma movimentação de 14,4 mil lotes, com o novembro tendo 6,35 mil lotes negociados. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 9 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição setembro teve retração de 22 dólares, com 2.013 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 20 dólares, com 2.024 dólares por tonelada

. DÓLAR FECHA EM ALTA DEPOIS DE DETERIORAÇÃO DO AMBIENTE EXTERNO
 São Paulo, 10/07/2012 -
O dólar à vista fechou o dia na máxima, cotado a R$ 2,040 (+0,44%) no balcão, enquanto o dólar agosto valia R$ 2,046, também em alta de 0,44%, pouco depois das 17h00. A trajetória da moeda norte-americana ante o real nesta terça-feira acompanhou, principalmente, o ambiente internacional, que começou otimista em função do alívio dado pela União Europeia à Espanha, mas foi deteriorando no decorrer do dia.A decisão do Eurogrupo de garantir à Espanha um ano a mais para que o país atinja a meta de redução do déficit orçamentário e fornecer € 30 bilhões para ajuda aos bancos animou os mercados na abertura do dia. Em pouco tempo, no entanto, o mercado de moedas de risco, principalmente as atreladas às commodities, passou a sentir o peso dos dados da balança comercial chinesa. Mais especificamente, na desaceleração do crescimento das importações e da queda das compras de metais em junho com relação a maio.Para fortalecer o quadro negativo com que os negócios foram encerrados, houve o comentário do premiê italiano, Mario Monti. Ele não descartou a possibilidade da Itália pedir ajuda ao Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) e jogou o euro nas mínimas ante o dólar em dois anos, o que pressionou ainda mais a relação dólar/real.Internamente, os operadores do segmento comercial perceberam um "claro fluxo negativo", o que completou o ambiente que determinou a alta do dólar ao final do dia. Mas um descompasso ocorreu na cotação do dólar à vista da BM&F, que encerrou o pregão com perda de 0,20% a R$ 2,034.A diferença pode ser explicada pela falta de liquidez. Com somente nove negócios fechados por esse sistema de negociação, a cotação não acompanhou o comportamento geral do mercado doméstico de câmbio.

QUADRO DO USDA DE OFERTA E DEMANDA -
 ESTOQUES 2012/13 SOBEM 12,9%Os estoques finais mundiais de café da temporada 2012/13 deverão ficar em 27,201 milhões de sacas de 60 quilos, com um incremento de 12,9% na comparação com 2011/12, quando os estoques foram apontados em 24,101 milhões de sacas. As estimativas são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), partindo de seu último relatório. A produção total mundial 2012/13 é indicada pelo USDA em 147,9 milhões de sacas, apresentando aumento de 7,52% sobre as 137,558 milhões de sacas de 2011/12. O consumo é estimado em 2012/13 em 141,708 milhões de sacas, com incremento de 2,01% sobre 201/12 (138,910 milhões de sacas).

FITCH AFIRMA RATING DOS EUA EM AAA;
 PERSPECTIVA CONTINUA NEGATIVA Nova York, 10/07/2012 -
 A agência de classificação de risco Fitch reafirmou hoje os ratings de longo prazo em moeda local e estrangeira dos Estados Unidos em AAA. Simultaneamente, o teto país foi reafirmado em AAA, e os ratings de curto prazo mantidos em F1+. A perspectiva para os ratings de longo prazo foi mantida em "negativa"."A afirmação do rating AAA dos EUA é baseada na sua economia altamente produtiva, diversificada e saudável; sua flexibilidade monetária e da taxa de juros; e a excepcional flexibilidade de financiamento gerada pelo status de moeda de reserva global do dólar. Os ricos fiscais e macroeconômicos oriundos do setor financeiro são moderados e estão diminuindo. O perfil de crédito dos EUA também se beneficia do respeito aos direitos à propriedade, o papel do sistema judiciário e o alto grau de estabilidade política e social", diz a Fitch em relatório.A agência acredita que a lenta recuperação dos EUA reflete o reequilíbrio gradual da economia, notadamente a queda nas dívidas excessivas das famílias e a correção no mercado imobiliário, em vez de uma redução permanente na taxa de crescimento potencial do país. "Com as dívidas das famílias recuando para nos níveis pré-crise, o mercado imobiliário começando a se estabilizar e a situação saudável das finanças no setor corporativo, a Fitch acredita que a recuperação econômica vai se acelerar gradualmente em 2013 e 2014; e no médio prazo a Fitch projeta que a economia vai se expandir a uma taxa anual média de cerca de 2,5%", afirma a agência.A Fitch aponta que os ricos para suas projeções para a economia norte-americana são de baixa, em sua maioria, em função das incertezas em relação à política fiscal dos EUA e da crise da dívida na Europa, além da recessão no continente. Além disso, a agência acredita que o espaço para estímulos fiscais e de política monetária diminuiu bastante.A agência reduziu sua projeção para o rating de longo prazo dos EUA para "negativa" em 28 de novembro do ano passado, após o fracasso da Casa Branca em chegar a um acordo com o Congresso para um projeto de redução da dívida pública. "Isso se deveu principalmente à baixa confiança da Fitch de que as medidas fiscais necessárias para colocar as finanças públicas dos EUA em um caminho sustentável estavam próximas".A Fitch afirma que a perspectiva negativa para a nota soberana dos EUA também reflete as incertezas sobre os aumentos de impostos e cortes de gastos relacionados com o chamado "impasse fiscal", que pesam sobre as projeções para a economia no curto prazo. "Uma contração fiscal equivalente a 5% do PIB, que está implícita na legislação atual, levaria os EUA a uma recessão desnecessária e evitável", diz a agência.