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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Grécia : Para o diretor do FMI, sem uma solução, "vamos para o inferno"

Grécia : Para o diretor do FMI, sem uma solução, "vamos para o inferno"

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) estava ontem mergulhado em conversas a fundo com assessores para evitar de novo a falência da Grécia e as consequências dramáticas para a economia internacional, a ponto de deixar a discrição de lado. "Se não tiver nenhuma solução, ok, mas então nós vamos para o inferno", dizia Strauss-Khan no telefone celular tentando convencer um interlocutor, enquanto perambulava pelo elegante hotel "Baur au Lac", em Zurique. Ele deixou por um bom tempo um seminário sobre sistema monetário internacional, que o Fundo organizava com o Banco Central suíço, para se reunir no hall do hotel com alguns assessores e examinar a crise grega, sem se incomodar com dois jornalistas brasileiros que havia cumprimentado minutos antes. Um assessor discutia com Strauss-Khan o "reprofile" da Grécia, aparentemente uma maneira nova de falar de reescalonamento da dívida ou do programa aplicado ao país. Ele sugeria que era preciso fazer algo de maneira "suave" e "arrumar logo esse problema". Notou que os alemães eram contra, mas que não dava para esperar cinco semanas, senão "essa maldita coisa pode explodir". O assessor chegou a sugerir que uma ação tinha que ser aprontada até um domingo de manhã, para os alemães convencerem sua oposição durante a tarde e o programa ser anunciado na segunda-feira cedo. Por sua vez, o diretor do Departamento de Estratégia, Políticas e Avaliação do Fundo, Reza Moghadam, com um Ipad em mão, explicava tabelas sobre privatizações, que é um das questões complicadas na Grécia porque o dinheiro demora a entrar nos cofres. O governo de Atenas se comprometeu com um programa de venda de ativos estatais no total de € 50 bilhões até 2015. Mas isso é considerado ambicioso demais, a ponto de os alemães ironizarem que o montante só será alcançado se venderem também as ilhas gregas. Uma ideia em discussão no FMI seria de um socorro que compensasse o dinheiro que não vem ainda da privatização. A Grécia precisa de mais € 60 bilhões para os próximos três anos. Em seguida, Strauss-Khan passou a falar no telefone celular, usando uma linguagem bem pessimista, mencionando ação de três anos e alertando para "repercussão terrível" se tudo fosse adiado, e falando mesmo de "crash". No mesmo momento, o presidente do BC da Irlanda, Patrick Honohan, comentava sobre medidas que Dublin adotou, como garantir ao máximo os depósitos bancários, para seis meses depois constatar em todo caso a hemorragia nos bancos, diante da desconfiança popular. Horas depois, o diretor do FMI se reuniu com a ministra de Finanças da França, Cristine Lagarde, à margem do seminário, durante 90 minutos. Na saída, ela disse apenas uma frase e sobre a Grécia: "Vimos socorrendo (o país) há um ano e vamos continuar fazendo isso". Mas as agências de notícias informavam que a chefe de governo alemã, Angela Merkel, ignorando críticas dos parceiros europeus, recusava comprometer Berlim com mudanças no pacote grego, pelo menos até obter novas informações sobre o estado da economia do país. Tudo isso ocorria enquanto a "troika" de especialistas do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu chegava a Atenas para fazer o controle regular das contas do país, e o mercado se acalmava um momento com especulações de novo pacote de socorro de € 60 bilhões para a Grécia.

Expectativa é de queda para produção de café e recorde para cana

Maíra Gatto | Brasília (DF)

Foram anunciados nessa terça, dia 10, os números estimados para a safra de café e cana-de-açúcar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é de queda na cafeicultura, que está em ano de baixa produtividade. Já a produção de cana deve ser recorde, o que não garante, no entanto, o abastecimento do mercado de combustíveis. Devem ser colhidos 642 milhões de toneladas do produto. O número reflete o aumento de 4% na área plantada, que soma 8,44 milhões de hectares.

Atraídos pelos bons preços, os agricultores devem direcionar 48% do total para produção de açúcar, 2% a mais do que em 2010. A produção de etanol será 1,83% menor.

– O que precisamos, de fato, é proporcionar condições para que os investimentos retornem ao setor. O governo tem que agir mostrando a prioridade que dá ao crescimento da produção e a diminuição da insegurança jurídica que ainda é significativa – esclarece o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Manoel Bertone, referindo-se aos bons resultados da safra de cana.

Os cafeicultores, em ano de bienalidade negativa, devem colher 43 milhões de sacas de 60 quilos. A quantidade é quase 10% menor do que a de 2010, mas superior em 3,5 milhões de sacas em comparação a 2009. A queda é mais significativa na produção de arábica, com o qual serão 4 milhões de sacas a menos do que em 2010.

– Eu acredito que os preços devem ser bons nos próximos anos, vejo bons momentos para o cafeicultor que deve se recuperar das perdas dos últimos dez anos – comemora Bertone.

Confira os levantamentos para safra 2010/2011 feitos pela Conab e IBGE

Rebelo diz que enviou novo relatório do Código Florestal ao governo (10/05)

Rebelo diz que enviou novo relatório do Código Florestal ao governo (10/05)
Conforme relator, texto já contempla acordo firmado nesta tarde. Votação está prevista para esta terça (10), mas resta impasse em um ponto.

00h01
Robson Bonin Do G1, em Brasília

O relator do texto do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou no começo da noite desta terça-feira (10) que enviou à Casa Civil uma minuta de seu relatório com alteração em relação à área de preservação permanente, após um acordo firmado com o governo.

Aldo Rebelo disse que espera uma resposta da Casa Civil sobre o texto. O G1 procurou a assessoria de imprensa do órgão, que não confirmou o recebimento do texto. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que participou mais cedo de reuniões sobre o código, não estava no Palácio do Planalto.

O relator diz crer em votação do texto ainda nesta terça. "Vou trabalhar muito para votar hoje. Tenho fé de que vote hoje."

Depois de sucessivas reuniões para tentar fechar acordo, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou mais cedo que as discussões evoluíram na questão do cultivo em Áreas de Preservação Permanente (APPs), mas permanece o impasse sobre a isenção da obrigatoriedade de recompor reserva legal em propriedades de até quatro módulos fiscais (que pode variar entre 40 e 100 hectares).

O Código Florestal é a legislação que trata sobre a preservação ambiental em propriedades rurais. As APPs são os locais mais frágeis, como beira de rios, topos de morros e encostas, que devem ter a vegetação original protegida.

Pelo acordo firmado entre representantes do agronegócio e do governo, caberá ao relator especificar no texto do código o que é APP e listar as culturas permitidas, como maçã, café, milho, entre outras. “O que ficar de fora do texto caberá ao governo autorizar por meio de decreto”, afirmou Vaccarezza.

Sobre o outro item sem consenso, Vaccarezza disse que as diferenças sobre a isenção para pequenos produtores serão debatidas no plenário da Casa.

“Não haverá mais reunião para debater as questões do texto. O relator ficou encarregado de elaborar a redação do relatório e agora vamos discutir no plenário.”

Em relação a esse ponto, Rebelo disse que aguarda um novo consenso. Ele afirma não ter recuado sobre a isenção de recompor reserva legal para os pequenos produtores. O governo defende que só a agricultura familiar e os cooperativados sejam beneficiados.

"A proposta do governo de agricultura familiar e cooperativa só resolve o problema do Sul e Sudeste. Mas não resolve no Nordeste, porque lá não tem cooperativas."

Ainda não é possível prever o momento que Rebelo irá divulgar o novo texto do código. A votação do texto está prevista para começar nas próximas horas, mas até o adiamento da sessão ainda não é descartado entre os líderes.

Oposição

Segundo o líder do PSDB, Duarte Nogueira (PSDB-SP), o impasse em torno das propriedades de quatro módulos ocorre porque o governo não concorda com a isenção total das áreas da obrigatoriedade de recompor reserva legal.

Os governistas defendem uma regra intermediária que estipularia a isenção apenas para cooperativas e produtores enquadrados na agricultura familiar. Sem consenso, o tema ainda permanece em aberto. “A maioria quer votar o texto. O governo é que está com receio de perder na questão dos quatro módulos”, argumentou Nogueira.

Pressões

O próprio relator afirmou na semana passada que não iria ceder às pressões do governo e de entidades ambientalistas, que defendem a obrigatoriedade de recomposição de reserva legal também para a faixa de quatro módulos.

Para Rebelo, recuar na isenção das propriedades de quatro módulos seria “decretar a extinção” dos pequenos produtores, serviço que o relator diz que “não irá fazer”. O relator citou como exemplo o Nordeste, onde, segundo ele, mais de 50% dos produtores rurais têm até cinco hectares de propriedade. Dentro dessas terras, ainda de acordo com Rebelo, a área de reserva legal e de Área de Preservação Permanente (APP) não somaria 1%.

“Isso significa que eles têm o uso intensivo da terra. Aí você vai empurrar em cima deles 20% de reserva legal e mais 30 metros de cada lado do rio? Então, é melhor decretar que ele está extinto e que a família dele vai ter que morar na periferia das cidades e que a terra dele ao invés de ser uma terra produtiva vai virar uma chácara de lazer de classe média de fim de semana. Se alguém acha que essa é uma solução ambientalmente razoável, ou se alguém acha que é possível, então que faça esse serviço. Esse serviço eu não vou fazer”, afirmou Rebelo, em entrevista no Salão Verde da Câmara.

Colombia Flood Situation Update(16/12/2011)

Colombia Flood Situation Update(16/12/2011)


Report Highlights:
The agricultural area affected by flooding reached 680,000 hectares. Delay in planting of various commodities, expanding areas of flooding, and reduced yields are expected to diminish Colombia’s food supply in 2011 when import needs will arise. The Minister of Agriculture also announced subsidized loans worth $260 million to rehabilitate flooded areas and put them back into production. Colombia has 34 routes closed and an additional 221 face partial closures, which is affecting food distribution. Colombia’s meteorology institute (IDEAM) sees no end in sight and forecast continued rains throughout the first quarter of 2011.

General Information: Impact According to the Ministry of Agriculture, during the second week of December, the agricultural area in Colombia affected by flooding has increased from 200,000 hectares to 680,000 hectares. During this time period, 80,000 hectares were flooded in the Cauca and Atlantico departments. The Magdalena river dam in Colombia’s Atlantico department broke for a second time, increasing the amount of land currently under water. Also, drainage canals were damaged causing flooding on areas planted in several regions.

Crop losses and delays in planting decisions have occurred for annual crops, and have also reduced yields and increased pests in perennial crops. These factors will severely impact next year’s agricultural production. Qualitative and quantitative analysis on the damage to agricultural production is being conducted by the Ministry of Agriculture, supported by the Geographic Institute Agustin Codazzi (IGAC). The main purpose of the study is to assess the most affected zones in the country and focus the Government‘s resources to recover those specific areas. Colombia’s meteorology institute’s (IDEAM) forecast is for continued rains throughout the first quarter of 2011.

Credit The Government of Colombia modified the 2010 budget to dedicate its remaining balance to emergency related needs. The Minister of Agriculture also announced for 2011 subsidized loans worth $260 million, which will leverage an additional $1.3 billion to rehabilitate the areas flooded and move them back into production. Currently, the Ag Ministry has placed $16 million on the table for a program called the Agricultural Debt Relief Plan (PADA) to be made available to small and medium size farmers affected that already received credits from the Agrarian Bank during 2010. The program will give them a grace period of one year and will cover the interest rate for the year. The Ministry of Agriculture created a Strategic Plan focused on three main areas:
1. Restoration of critical agricultural conditions: A) to reduce risks of animal and plant health and B) to rebuild irrigation and drainage infrastructure affected by floods.
2. Financial assistance: A) debt relief for affected farmers, B) to recover producers' ability to generate income, and C) to provide access to financial programs once credits are restructured.
3. Rural housing to relocate affected families.
For these purposes the Ministry of Agriculture still needs $670 million for 2011. Infrastructure and Logistics

Infrastructure and Logistics
Ports operation and road infrastructure have been strongly affected by the heavy rains. At the Port of Barranquilla, increased sedimentation caused shipments to run aground and only vessels below 20,000 tons can reach its docks. This has forced uploading part of the cargo to Colombia's ports in Cartagena and Santa Marta, generating delays and increasing costs. Buenaventura, Colombia's largest port, is facing unloading delays up to 5 days due to damages in road infrastructure that has caused a slowdown in transporting agricultural inputs and other goods from ports to main distribution centers.

INVIAS (the national roads institute) reported that due to heavy rains, 34 primary and secondary routes in the country are closed indefinitely and an additional 221 tertiary roads are facing partial closures. Closed roads have caused transportation costs to increased up to 5 times from ports to some regional centers of distribution and production. INVIAS also said that so far the amount spent to repair road damages totals $28 million.

Trade On the supply side, the total impact of the flooding is not yet calculated. Some commodities were harvested early to avoid further water damage, which created increased stocks, but resulted in lower yields. But due to the early harvesting which led to increased product inventories and stocks, Colombia's current demand is largely covered. However, the delay in planting, increasing flooded areas, and reduced yields as a result of this year's flooding are expected to diminish Colombia’s food supply in 2011. Increased import demand for food products such as dried beans, lentils, peas and those goods that can be easily handled and require less complex logistics and storage conditions will be in high demand. Demand for grain imports is also likely to increase.

The Agriculture Ministry's first step to deal with food shortage was the creation of a 40,000 ton rice quota that will only be imported from Andean community countries during the months of February to April, 2011. It is yet unknown whether the U.S. will be invited to participate in a future rice quota to deal with the shortage situation. However, resistance from the Rice Producers' Federation to this and future quotas has been extremely vocal.

USDA - Catastrophic Rainy Season Causes More Damage in Colombia (28/04/2011)

USDA - Catastrophic Rainy Season Causes More Damage in Colombia (28/04/2011)

Report Highlights: This year's intense rainy season has affected 1 million hectares of land, an increase of 300,000 hectares damaged since the last report on December 17, 2010. Livestock, dairy farms and greenhouses for flower production have been severely affected. The supply chain is also suffering breakdowns due to damages in the road infrastructure, which is also affecting distribution of imported products. The Minister of Agriculture stated that food imports could increase due to the impact on local production.

General Information: Colombia continues to undergo the impact of the largest rainy period ever known due to la Niña weather phenomenon. The Colombian government considers it the greatest natural disaster in history. Currently, there are more than 3 million people affected, with various crops and towns flooded. Road infrastructure is severely damaged, and there have been limited opportunities for land to dry out to initiate reconstruction. Strong rains are falling on the already saturated soils, causing main rivers to flood towns and land along their course. Virtually the entire country is under the threat of flooding, and the National Institute of Meteorology forecasts rains will continue until June. As of April 20, the Ministry of Agriculture states that the impact on agriculture due to the extreme rain situation has affected 1 million hectares of land, in 24 out of 32 Colombian departments. This represents an increase of more than 300,000 hectares affected by flooding since the December 2010 report. See Colombia Flood Situation Update_Bogota_Colombia_12-16-2010

Regarding agricultural sectors and products, the Ministry of Agriculture also noted that 115,000 cattle head were lost, 1.4 million cattle head were displaced and 600,000 birds were lost, an adverse effect on the poultry industry. In the second week of April, 30,000 hectares were flooded at the Ubate valley, a dairy producing area, as well as 22 hectares of greenhouses for flowers around the Bogota capital region with many greenhouses losing their entire crop. Milk production has declined by 50 percent and cows are sold at a loss, and potato, fruit and also vegetable crops have been lost. The rains continue and the final impact is yet to be determined.

It is expected that food prices will increase as a result of crop damages and perhaps, in a greater way, the damage to road infrastructure that increased freight rates by 30 percent, according to our sources. Overall, the food chain supply is far from normal conditions as the damage to the road infrastructure increases with continued rains. The Minister of Agriculture mentioned the possibility for importing food and the government is closely monitoring the market supply indicators to make that decision. However, the road infrastructure that affects supply from local production regions also affects the distribution of imported products. So it is not certain that imports could be effectively transported to main Colombian markets since roads from the ports to the consumption centers are closed at key points.