O tempo chuvoso nas principais regiões produtoras de café do Brasil vem prejudicando a colheita, atrasando a entrada da safra e comprometendo a qualidade, afirmou nesta sexta-feira relatório do Conselho Nacional do Café (CNC).
"A persistir este padrão climático, o volume de café de boa qualidade será insuficiente para atender às demandas interna e externa", afirmou a entidade ligada aos produtores.
No entanto, segundo o CNC, a percepção do mercado em relação "a este enorme problema deverá ser tardia, já que muitas indústrias na Europa estão reduzindo suas atividades devido ao verão no Velho Continente".
As chuvas nas principais regiões de café do maior produtor mundial ficaram acima da média histórica em junho. No acumulado até o dia 21, áreas no Sul de Minas registraram até 76 milímetros, contra uma média de 23 mm para o período, segundo a Somar Meteorologia.
O CNC acrescentou que grande parte dos industriais no exterior deverá fazer a reposição do estoque somente a partir de setembro.
"O problema, que ainda não está sendo considerado com a devida atenção por estes agentes, é que terão dificuldade em recompor seus estoques de cafés de boa bebida ...", afirmou o CNC, em relatório assinado pelo presidente executivo da entidade, Silas Brasileiro.
A colheita de café nas principais regiões produtoras do Brasil está em fase inicial. (Reuters)
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Banco Central alerta para excesso de endividamento no Brasil
O caminho escolhido nos últimos anos para promover o crescimento econômico -
crédito - se tornou insustentável e pode levar o Brasil ao desastre. Ao lado de
outros emergentes, o País poderia conduzir a economia global a uma nova crise
financeira. O alerta é do BIS, o banco central dos bancos centrais, que neste fim de
semana reuniu os BCs de todo o mundo na Basileia.
Depois de anos de rasgados elogios à economia brasileira, o informe anual não
deixa dúvidas: o País já vive uma "desaceleração acentuada" e precisará agir com
urgência para mudar de rota. O BIS levanta a hipótese de que o endividamento no
Brasil já estaria em nível perigoso e vê riscos até de um boom imobiliário com
repercussões negativas no futuro. Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro,
esteve na reunião, mas se recusou a falar com a imprensa.
O BIS fez duas duras advertências. A primeira, aos países ricos: a injeção de
trilhões de dólares na economia inunda de forma perigosa os emergentes. "Isso cria
riscos nos emergentes similares aos que foram vistos nas economias avançadas nos
anos que precederam à crise."
O segundo recado chamou ainda mais atenção: ou os emergentes mudam de
modelo de crescimento ou verão a explosão de bolhas, com repercussão global.
Segundo o BIS, essas economias "enfrentam o risco de experimentar sua própria
versão do ciclo de expansão e estouro".
Para Jaime Caruana, diretor-gerente do BIS, os emergentes vivem um "crescimento
desequilibrado". Ele lembrou que esse cenário deixou "fortes danos nos países
avançados". A preocupação com os emergentes não ocorre por acaso.
Nos últimos quatro anos, eles foram responsáveis por 75% do crescimento global e
uma queda agora jogaria a economia mundial numa crise potencialmente pior que
a de 2008/2009. O BIS não disfarça a preocupação com o modelo da expansão
brasileira e aponta que o País registrou em três anos a quinta maior expansão em
créditos do planeta.
O crescimento médio de 13% foi três vezes superior ao aumento do Produto
Interno Bruto (PIB). Para o BIS, qualquer taxa que seja seis pontos porcentuais
acima da expansão do PIB é considerada insustentável. A diferença entre a
expansão de crédito e do PIB nos países emergentes está acima da tendência
histórica e, segundo o BIS, é um "presságio" de crise.
O BIS é claro: quer evitar que mercados como o do Brasil sofram em poucos anos o
mesmo drama da Europa hoje. Para isso, essas economias devem aproveitar que
ainda não entraram em recessão para reformar seus modelos de crescimento,
abandonando o modelo dependente de crédito e encontrar "fontes domésticas" de
expansão. "O modelo em muitos emergentes tem de mudar", disse Stephen
Cecchetti, economista-chefe do BIS. "Essas economias precisam tomar um caminho
sustentável." (Estado S.Paulo)
crédito - se tornou insustentável e pode levar o Brasil ao desastre. Ao lado de
outros emergentes, o País poderia conduzir a economia global a uma nova crise
financeira. O alerta é do BIS, o banco central dos bancos centrais, que neste fim de
semana reuniu os BCs de todo o mundo na Basileia.
Depois de anos de rasgados elogios à economia brasileira, o informe anual não
deixa dúvidas: o País já vive uma "desaceleração acentuada" e precisará agir com
urgência para mudar de rota. O BIS levanta a hipótese de que o endividamento no
Brasil já estaria em nível perigoso e vê riscos até de um boom imobiliário com
repercussões negativas no futuro. Alexandre Tombini, presidente do BC brasileiro,
esteve na reunião, mas se recusou a falar com a imprensa.
O BIS fez duas duras advertências. A primeira, aos países ricos: a injeção de
trilhões de dólares na economia inunda de forma perigosa os emergentes. "Isso cria
riscos nos emergentes similares aos que foram vistos nas economias avançadas nos
anos que precederam à crise."
O segundo recado chamou ainda mais atenção: ou os emergentes mudam de
modelo de crescimento ou verão a explosão de bolhas, com repercussão global.
Segundo o BIS, essas economias "enfrentam o risco de experimentar sua própria
versão do ciclo de expansão e estouro".
Para Jaime Caruana, diretor-gerente do BIS, os emergentes vivem um "crescimento
desequilibrado". Ele lembrou que esse cenário deixou "fortes danos nos países
avançados". A preocupação com os emergentes não ocorre por acaso.
Nos últimos quatro anos, eles foram responsáveis por 75% do crescimento global e
uma queda agora jogaria a economia mundial numa crise potencialmente pior que
a de 2008/2009. O BIS não disfarça a preocupação com o modelo da expansão
brasileira e aponta que o País registrou em três anos a quinta maior expansão em
créditos do planeta.
O crescimento médio de 13% foi três vezes superior ao aumento do Produto
Interno Bruto (PIB). Para o BIS, qualquer taxa que seja seis pontos porcentuais
acima da expansão do PIB é considerada insustentável. A diferença entre a
expansão de crédito e do PIB nos países emergentes está acima da tendência
histórica e, segundo o BIS, é um "presságio" de crise.
O BIS é claro: quer evitar que mercados como o do Brasil sofram em poucos anos o
mesmo drama da Europa hoje. Para isso, essas economias devem aproveitar que
ainda não entraram em recessão para reformar seus modelos de crescimento,
abandonando o modelo dependente de crédito e encontrar "fontes domésticas" de
expansão. "O modelo em muitos emergentes tem de mudar", disse Stephen
Cecchetti, economista-chefe do BIS. "Essas economias precisam tomar um caminho
sustentável." (Estado S.Paulo)
USDA ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL 2012/13 EM 148 MILHÕES DE SACAS
USDA ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL 2012/13 EM 148 MILHÕES DE SACAS
A produção mundial de café em 2012/13 deverá totalizar o volume recorde de 148 milhões de sacas de 60 quilos, crescendo 10 milhões de sacas em relação ao ano anterior, de acordo com projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada nesta sexta-feira.
O Brasil está com a produção 2012/13 (colhida em 2012) estimada em 55,9 milhões de sacas - ante as 49,2 milhões de sacas de 2011/12 -, à frente do Vietnã, com 22,4 milhões de sacas, Indonésia (9,7 milhões de sacas), da Colômbia (7,5 milhões de sacas, Etiópia (6,5 milhões de sacas) e India (5,1milhões de sacas). O consumo total de café em 2012/13, segundo o USDA, deverá atingir 141,708 milhões de sacas, gerando um superávit entre oferta e demanda de 6,298milhões de sacas na temporada. Os estoques finais totais de café em 2012/13 deverão atingir 27,201 milhões de sacas, e os iniciais 24,101 milhões de sacas. O Brasil está com os estoques finais de café da temporada 2012/13 projetados em 2,926 milhões de sacas. As exportações de café em grão brasileiras, segundo o USDA, vão atingir 30,630 milhões de sacas em 2012/13, eo consumo doméstico poderá chegar a 20,76 milhões de sacas
A produção mundial de café em 2012/13 deverá totalizar o volume recorde de 148 milhões de sacas de 60 quilos, crescendo 10 milhões de sacas em relação ao ano anterior, de acordo com projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada nesta sexta-feira.
O Brasil está com a produção 2012/13 (colhida em 2012) estimada em 55,9 milhões de sacas - ante as 49,2 milhões de sacas de 2011/12 -, à frente do Vietnã, com 22,4 milhões de sacas, Indonésia (9,7 milhões de sacas), da Colômbia (7,5 milhões de sacas, Etiópia (6,5 milhões de sacas) e India (5,1milhões de sacas). O consumo total de café em 2012/13, segundo o USDA, deverá atingir 141,708 milhões de sacas, gerando um superávit entre oferta e demanda de 6,298milhões de sacas na temporada. Os estoques finais totais de café em 2012/13 deverão atingir 27,201 milhões de sacas, e os iniciais 24,101 milhões de sacas. O Brasil está com os estoques finais de café da temporada 2012/13 projetados em 2,926 milhões de sacas. As exportações de café em grão brasileiras, segundo o USDA, vão atingir 30,630 milhões de sacas em 2012/13, eo consumo doméstico poderá chegar a 20,76 milhões de sacas
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