Correção não avança e café tem dia de fortes perdas na ICE Futures
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com fortes perdas, em uma sessão caracterizada por liquidações de especuladores e fundos, com as cotações voltando a se mostrar consideravelmente pressionadas. A expectativa pelas correções, que cresceu após a sessão de terça-feira, se desfez rapidamente. A abertura dos negócios se deu em alta, com o nível de 185,00 centavos conseguindo ser rompido. No entanto, um fundo teria emitido ordens de vendas mais significativas e, rapidamente, novas liquidações foram verificadas e outros stops de venda, o que fez com que perdas consideráveis pudessem ser observadas. As quedas vieram em um dia de cenário externo positivo, com altas expressivas para as bolsas de valores nos Estados Unidos e com ganhos para a maior parte das commodities, com o dólar recuando em relação a uma cesta de moedas internacionais. No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve baixa de 675 pontos, com 176,75 centavos, sendo a máxima em 185,70 e a mínima em 175,25 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 655 pontos, com a libra a 179,25 centavos, sendo a máxima em 187,80 e a mínima em 177,90 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve queda de 24 dólares com 2.025 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 21 dólares, com 2.028 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quarta-feira foi negra para o café na bolsa nova-iorquina. Vários players que esperavam um comportamento corretivo viram suas expectativas plenamente frustradas. Os participantes indicaram que, por bom tempo o mercado se manteve acima do nível psicológico de 200,00 centavos por libra, devido, principalmente, ao fato de a disponibilidade global se manter estreita. Agora, avaliaram os analistas, com a aproximação da chegada da nova safra brasileira às mesas de comercialização, muitos operadores trabalham com a expectativa de que a disponibilidade esteja normalizada. As estimativas iniciais, principalmente de órgãos particulares, avaliam que a safra brasileira poderá ser recorde e isso é refletido diretamente nas cotações, que nos últimos dias atingiu a mínima de 18 meses, em 171,90 centavos por libra. Diante desse quadro, muitos players que estavam long no mercado estão fechando suas posições. O mais recente relatório dos traders da CFTC indicou um nível próximo de posições líquidas short no segmento arábica, conforme avaliou o Goldman Sachs. Nesta quarta-feira, uma liquidação mais intensa foi empreendida, com stops sendo acionados a partir de 180,00 centavos, o que levou os preços a caírem de forma mais intensa. Nas baixas do dia, em 175,25 centavos, alguns participantes viram uma boa oportunidade de compra, disse Hector Galvan, analista sênior da R. J. O'Brien Futures, em Chicago, que avaliou que o mercado tende a flutuar próximo da mínima de 18 meses, em 171,90 centavos, sendo que, com a entrada da nova safra brasileira, esse nível deverá ser rompido e baixas mais significativas podem ser buscadas. "Acho que um rally neste momento seria insustentável", sustentou Galvan, ao indicar que o mercado espera ansioso pelos números definitivos da safra brasileira e pelo alto número de posições short na bolsa nova-iorquina, o que inviabilizaria uma busca por níveis mais altos. "A safra brasileira não começa a chegar antes do mês que vem e muitos players estão incertos quanto ao seu volume", complementou. A safra de café da Costa Rica deverá cair 5% em 2012/2013, frente ao estimado para a atual temporada, devido ao ciclo bianual da cultura, indicou o Icafé (Instituto de Café da Costa Rica). Segundo a entidade, a safra do referido ano atingiria a marca de 1,70 milhão de sacas, contra 1,79 milhão de sacas projetadas para a corrente temporada de 2011/2012, cuja conclusão se dará em setembro. "Não vamos notar muito essa mudança, já que para nós essa safra que vai ser encerrada será muito boa", indicou Jorge Ramírez, diretor técnico do Instituto. O país centro-americano espera que a produção de café na temporada atual é 12% superior à verificada no ano anterior. As exportações do país, entre outubro de 2011 e março passado, registraram um aumento de 4,6%, com 691.854 sacas. As exportações brasileiras de café em abril, até o dia 24, somaram 1.273.223 sacas, contra 1.132.397 sacas registradas no mesmo período do mês passado, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.806 sacas, indo para 1.524.077 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 29.955 lotes, com as opções tendo 3.735 calls e 1.356 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 185,70, 186,00, 186,50, 187,00, 187,10, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00 e 190,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 175,25, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,55-173,00, 172,50, 172,05-172,00, 171,90, 171,50, 171,00 e 170,50 centavos por libra.
NOVA YORK FECHA EM BAIXA DE 3,7% COM LIQUIDAÇÃO DE POSIÇÕES
Nova York, 25 - Os contratos futuros do café arábica encerraram a quarta-feira com perdas na bolsa ICE Futures US, em Nova York, com um aumento da liquidação de posições compradas. Os lotes para entrega em julho recuaram 655 pontos, ou 3,68%, e fecharam a 176,75 cents/lb. Os detentores de posições compradas, ou aqueles que apostaram na alta dos preços, estão liquidando suas posições nas últimas semanas. A máxima de preços no ano, de 238,50 cents/lb em 12 de janeiro, e a especulação de que a safra brasileira alcançaria números recordes de produção retirou os incentivos para os traders mantivessem posições compradas. O último relatório de Comprometimento dos Traders revelou que os especuladores mantinham saldo vendido quase recorde no mercado futuro de café arábica, disse o Goldman Sachs em nota. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.
NY DESPENCA COM VENDA DE ORIGENS E LIQUIDAÇÃO DE POSIÇÕES
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais baixos. O mercado despencou diante de vendas por parte de origens e com liquidação de posições, com NY tecnicamente rompendo suportes e sucumbindo no dia. A sessão foi de muita volatilidade, com o mercado chegando a ter ganhos nodia e depois sofrendo com fortes perdas. Vendas de origens pressionaram o mercado, que reverteu ao território negativo e foi caindo e atingindo stops de venda, o que acelerou o movimento de baixa, em meio a liquidação de posições. As informações partem de agências internacionais. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 175,95 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 6,55 centavos,ou de 3,6%. A posição julho fechou a 176,75 cents, queda de 6,75 cents, ou de3,7%. Londres tem dia de maior volatilidade e registra quedas Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com quedas, relativamente mais pronunciadas que as observadas ao longo das últimas sessões, mas com o julho conseguindo manter, por exemplo, o intervalo de 1.800 dólares. As influências externas, notadamente as perdas incisivas dos arábicas em Nova Iorque, tiveram relação direta com as perdas do dia na bolsa britânica. De acordo com analistas internacionais, o dia na bolsa londrina foi consideravelmente volátil, diferentemente daquilo que vinha sendo observado ao longo dos últimos dias. A posição julho chegou a registrar ganhos interessantes, ao bater na máxima de 2.062 dólares. No entanto, com o aumento da pressão no segmento de arábicas, algumas vendas passaram a ser registradas também em Londres e uma inversão do quadro foi registrada, com a mínima chegando a 2.014 dólares. Nesse nível, algumas aquisições de comerciais foram identificadas. "Não tivemos a influência direta dos mercados internacionais, que, por sinal, tiveram um dia de valorização, com ganhos expressivos em várias bolsas de valores internacionais e com algum recuo do dólar. Mas a pressão das baixas intensas dos arábicas em Nova Iorque abriu espaço para que alguns vendedores buscassem se alinhar nas operações de arbitragem e, assim, recuamos", disse um trader. O maio na bolsa londrina tem 9,8 mil contratos em aberto, contra 54,9 mil do julho. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 4,34 mil lotes, com o julho tendo 7,50 mil lotes negociados. O spread entre as posições maio e julho ficou em 25 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição julho teve queda de 24 dólares com 2.025 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 21 dólares, com 2.028 dólares por tonelada.