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quinta-feira, 8 de março de 2012

Sara Lee pagará dívidas antes de separar sua divisão de café


Sara Lee pagará dívidas antes de separar sua divisão de café

A americana Sara Lee, dona das marcas de café Douwe Egberts, Senseo e Moccona,
anunciou que pretende pagar até US$ 970 milhões em dívidas antes de fazer a
separação da divisão de café e chá da unidade de carne.
A separação já tinha sido anunciada pela companhia no começo do ano passado. O
presidente-executivo da empresa, Jan Bennink, disse que a meta é tornar a Sara
Lee a segunda maior do mundo em vendas de café, o que significa que ela terá
que ultrapassar a sua rival mais próxima, a Kraft Foods.
A suíça Nestlé lidera esse mercado mundial com participação de 22%, de acordo
com a Euromonitor. Segundo a empresa de pesquisa, a Sara Lee terá que mais que
dobrar sua participação no mercado mundial do produto para atingir seu objetivo.
No Brasil, a empresa é dona de marcas importantes, como Café Pilão, Café do
Ponto, entre outras, com 22,3% do mercado.
De acordo com a Bloomberg, a Sara Lee decidiu separar as unidades depois de
recusar a oferta de pretendentes como a Apollo Global Management, a brasileira
JBS e a KKR & Co.
Jan Bennink afirmou, em junho do ano passado, que vai desmembrar as operações
de café e não as de carne. Informou ainda que a empresa não vai manter o nome
Sara Lee após a divisão. Naquela época, sem mencionar alvos, o executivo também
disse que existiam aquisições "lógicas" para as operações de café da Sara Lee.
A expectativa da empresa é finalizar o processo de separação da divisão até o
fim de junho de 2012. No último dia 02, a companhia recebeu uma carta de
orientação do Serviço de Receitas Internas, da Receita Federal americana,
informando que já estaria apta a continuar o processo, fornecendo mais detalhes
sobre a operação de café e chá.
A partir do processo, será criada uma nova empresa de capital aberto listada na
bolsa de Amsterdã, na Holanda. Depois da operação, a Sara Lee deve separar
todas as ações de sua subsidiária nos Estados Unidos que mantém o negócio de
café e chá. A controlada americana vai tornar-se uma subsidiária da matriz
holandesa e uma holding da companhia para café e chá.
O executivo espera que consiga gerenciar de perto os principais mercados da
Europa Ocidental, a partir da Holanda, uma vez que a divisão de café e chá da
companhia tem posições de mercado sólidas em muitos países europeus. Com a
mudança, a companhia pretende ainda gerenciar com mais eficiência seu portfólio
global.


CAFÉ: NOVA YORK FECHA EM BAIXA DE 2,3% COM VENDAS DE PRODUTORES

Nova York, 7 - Os preços futuros do café arábica caíram com força nesta quarta-feira na bolsa ICE Futures US, em Nova York, e terminaram no menor nível em 17 meses. Investidores tiram as fichas da mesa antes da próxima colheita no Brasil. Os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, caíram 445 pontos ou 2,31%, para 188,60 cents/lb.

Além disso, segundo o analista James Cordier, da corretora Liberty Trading, produtores do Brasil estão vendendo a colheita 2011/12 para abrir espaço à nova safra, que deve ser um novo recorde.

"A oferta nunca foi tão apertada, mas o Brasil estava mantendo a oferta fora do mercado", disse. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones



PREÇOS DO CAFÉ CAEM FORTE NOVAMENTE EM NY
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica
encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais
baixos. O mercado deu sequência ao movimento negativo da terça-feira, caindo
fortemente em meio a fatores técnicos e gráficos e também fundamentais.
    A linha de US$ 1,90 a libra-peso no contrato maio foi rompida com
facilidade e o mercado deve testar patamares ainda mais baixos. A proximidade da
entrada de uma grande safra no Brasil, dentro do ciclo bienal da cultura,
pressiona as cotações internacionais. As informações partem de agências
internacionais de notícias.
    Por outro lado, a demanda agora se arrefece com a chegada do final do
inverno no Hemisfério Norte, e ainda há as preocupações com a crise
europeia. Tudo isso acaba pesando sobre as cotações do arábica em Nova York.

    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a
188,60 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 4,45 centavos,
ou de 2,3%. A posição julho fechou a 191,25 cents, com queda de 4,55 cents,
ou de 2,3%.
Câmbio
    O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 0,05%, a R$
1,7630 para compra e R$ 1,7650 para venda. Na terça-feira, a divisa havia
encerrado com alta de 1,55%, cotada a R$ 1,7640.  
    O dólar comercial devolveu boa parte da alta do dia nos instantes finais
do pregão, mas ainda assim completou o quarto dia de valorização ante o real.
Durante o dia a moeda norte-americana oscilou entre mínima de R$ 1,7580 e
máxima R$ 1,7740.

Londres diverge e, com pouca oferta, volta a ter ganhos


Londres diverge e, com pouca oferta, volta a ter ganhos
   
  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe divergiram do pessimismo dos mercados de robusta e tiveram uma quarta-feira de boa recuperação, com o maio voltando a flutuar acima do nível psicológico de 2.000 dólares. Mais uma vez, a oferta bastante apertada, resultado das vendas bastante limitadas das principais origens, notadamente o Vietnã, dá suporte para que os ganhos sejam observados. Segundo analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma significativa volatilidade na bolsa londrina. Após uma abertura com ligeiras baixas, o maio foi pressionado e chegou a atingir a mínima de 1.918 dólares, num sinal de que Londres poderiam acompanhar o quadro de fraqueza de Nova Iorque, que vê os preços dos arábicas simplesmente derreterem. No entanto, com os vendedores reticentes e com o temor de os estoques europeus do grão continuarem a diminuir, a movimentação de compra voltou a ser observada e os ganhos passaram a ser registrados e o encerramento do dia se deu, praticamente, nas máximas. "Enquanto em Nova Iorque sofremos com um quadro técnico baixista, aqui temos essa limitação de oferta das origens que, efetivamente, está dando resultados. Estamos com preços em níveis muito interessantes e operando de forma independente de outros mercados", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 8,25 mil lotes, com o julho tendo 2,33 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 36 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou alta de 76 dólares, com 2.031 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 51 dólares, com 1.995 dólares por tonelada.

Café sob pressão amplia ainda mais as perdas na ICE Futures


Café sob pressão amplia ainda mais as perdas na ICE Futures
   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram mais um dia negativo e as cotações do grão bateram, ao longo do dia, nos menores níveis em 17 meses. Vendas especulativas e de fundos fizeram com que as perdas já iniciadas na negra sessão de terça-feira fossem consideravelmente ampliadas ao longo do dia.

Tecnicamente, o mercado cafeeiro se mostra abalado. Com a perspectiva de uma safra considerável do Brasil e uma possível recomposição de estoques mundiais, a bolsa nova-iorquina vê o predomínio dos baixistas, que conseguiram romper facilmente vários suportes ao longo dos últimos dias, derrubando os preços. Apenas nesta semana, a posição maio em Nova Iorque acumula desvalorização de 6,54%.
Tecnicamente, o café assiste um processo de erosão dos preços desde maio de 2011. Após não buscar intervalo acima dos 300,00 centavos, pouco a pouco, o café veio experimentando perdas, com alguns momentos de recuperação, até culminar com a experimentação de alguns suportes em dezembro e, posteriormente, em fevereiro, sendo que nesta semana o processo de perdas ganhou contornos ainda mais sólidos, ao se verificar o rompimento de suportes de 14 meses.

Para alguns operadores, as baixas desta semana foram exageradas. Esses players avaliam que o mercado registrava uma tendência baixista clara, diante, principalmente, das formações técnicas. Porém, a força com que as perdas foram observadas surpreenderam, ainda mais se tendo em conta que, ainda na semana passada, alguns brokers já trabalhavam com um cenário sobrevendido, que, agora, estaria ainda mais exagerado.

Fundamentalmente, o mercado não tem maiores novidades, entretanto, alguns players continuam avaliando a questão "safra brasileira", sendo que alguns cálculos e estimativas independentes avaliam uma perspectiva recorde de produção do país neste ano, o que seria uma possibilidade para a recomposição dos estoques e, desse modo, uma solução para o problema que gerou as altas constantes dos últimos tempos, quando os estoques mundiais ficaram em níveis consideravelmente baixos, por conta de safras limitadas de países chaves, como a Colômbia e os centro-americanos.

No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve baixa de 445 pontos com 188,20 centavos, sendo a máxima em 194,50 e a mínima em 186,20 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 455 pontos, com a libra a 191,25 centavos, sendo a máxima em 197,05 e a mínima em 188,90 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 76 dólares, com 2.031 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 51 dólares, com 1.995 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela pressão sobre os preços. Ao longo da manhã, algumas altas chegaram a ser observadas, o que deu margem para uma avaliação de que a sessão seria caracterizada pela correção. No entanto, uma nova ação vendedora foi registrada e rapidamente alguns suportes foram rompidos e o maio chegou a bater no nível de 186,20 centavos, no menor patamar em 17 meses no mercado cafeeiro.

Ao final do dia, algumas recompras e aquisições de comerciais foram registradas, o que permitiu uma desaceleração das perdas, mas com os preços ainda se mostrando bastante deprimidos, em um dia que, ao contrário da terça-feira, os mercados externos se mostraram bem mais calmos, com altas nas bolsas de valores e estabilidade para as commodities.

"As liquidações foram muito mais consistentes que imaginávamos e os preços tiveram perdas muito fortes em apenas duas sessões. Estamos diante de um quadro muito sobrevendido e é possível que tenhamos algumas correções", disse um trader. "Eu penso que, definitivamente, o interesse comercial do mercado cafeeiro está focado no lado vendedor. Eu não acredito que teríamos tantos motivos para baixas tão fortes. Mas há definitivamente alguns players que estão tentando levar o mercado para o fundo do poço", disse Drew Geraghty, broker da Icap Futures.

As remessas internacionais de café verde do Brasil em fevereiro totalizaram 1,9 milhão de sacas, queda de 22,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). As remessas de arábica tiveram baixa de 23%, com 1,86 milhão de sacas, ao passou que os embarques de robusta recuaram 4%, com 50.734 sacas. Até agora, em 2012, o Cecafé estimou as exportações brasileiras do grão em 3,84 milhões de sacas, 24% abaixo dos primeiros dois meses de 2011. As exportações de café do Brasil em março, até o dia 6, somaram 141.006 sacas, contra 170.917 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 7.919 sacas, indo para 1.579.721 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 35.039 lotes, com as opções tendo 4.718 calls e 3.553 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 194,50, 194,90-195,00, 195,50, 196,00, 196,50, 197,00, 197,50, 198,00, 198,50, 199,00, 199,50 e 199,90-200,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 186,20, 186,00, 185,50, 185,10-185,00, 184,50, 184,00, 183,50, 183,00, 182,50, 182,30, 182,00 e 181,50 centavos por libra.