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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MARKET DIFERENCIAL internacional

MARKET DIFERENCIAL internacional
Colombians, UGQ, sold FOB for Dec./Jan. shipment at 21¢ over Mar. “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Dec./Jan. shipment from 31¢ to 34¢ over Mar. “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 15¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 22¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 25¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Dec./Jan. shipment from 37¢ to 34¢ under Mar. “C,” depending on description.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Jan./Feb. crossing from 14¢ over Mar. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 10¢ to 11¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $12 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $20 to $22 over, per 46 kilos, Mar. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $26 to $29 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $22 to $23 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $32 to $34 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Jan./Feb. shipment from $9 over Mar. “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $13 to $15 over per 46 kilos, Mar. “C.” Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $18 to $20 over, per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Jan. through Apr. equal shipment were offered FOB from $15 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $12 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, EP, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $15 to $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $15 over Mar. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $14 over Mar. “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Dec. shipment from 15¢ over Jan. London.
Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 13¢ over Jan. London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Dec. shipment from 8¢ over Jan. London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Dec. shipment from 9¢ over Jan. London.

Bom preço do café mexe com a economia

O bom preço do café mexe com a economia dos municípios das regiões produtoras. Nós fomos a Minas Gerais, mostrar a satisfação dos agricultores e comerciantes.

No sítio de seu Messias, em Guapé, no sul de Minas, a colheita terminou há quase um mês. Foram duas mil sacas e os pés já anunciam a próxima safra. O produtor fecha o ano com um balanço positivo. “O ano passado eu vendi o café em torno de 240 reais, agora, na semana passada eu já vendi a 340”, diz Messias Benjamim, agricultor.

No mercado internacional o preço atual do café está de cinquenta por cento acima do praticado há um ano. O presidente da Cooperativa do Cerrado mineiro, Jerry Resende, explica o que está acontecendo.

“Os estoques mundias de café estão muito baixos, os nossos concorrentes, colômbia e países da américa central tem enfrentado problemas na produção nos últimos três anos. E o consumo tanto no Brasil, como no mundo tem aumentado bastante. O brasileiro tem tomado mais café. O mundo tem tomado mais café”, avalia Jerry Magno Resende, presidente da Cooperativa do Cerrado.

O bom momento do preço do café está sendo sentido no comécio das cidades mineiras. De acordo coma Câmara Setorial do Café de Minas gerais, nos municípios da região do cerrado e do sul de Minas, o grão responde por até setenta por cento do dinheiro que gira no comércio.

Só em Guapé, cidade de quase 14 mil habitantes, a expectativa é que o café movimente 55 milhões de reais. São quase dois mil pequenos produtores que estão motivados a investir nas lavouras. Tanto movimento está gerando novas oportunidades de emprego.

Numa loja de produtos agropecuários houve contratação de mais três funcionários. “Eu estava desempregado, agora através do desenvolvimento do café apareceu esta oportunidade”, afirma Gilberto Silva, empregado da loja.

O supermercado de lucimara está sempre cheio, de uns tempos para cá. “Consome mais, paga em dia, então é algo que tem que ser olhado com muito carinho”, diz Lucimara Amaral Oliveira, comerciante.

Em Patos de Minas os comerciantes também estão felizes. Numa loja de eletrodomésticos, as vendas cresceram 15 por cento em relação ao ano passado.

“A gente tem percebido que o pessoal da zona rural tem comprado mais congeladores, geladeiras, TVs, eles tem adquirido mais bens durante este ano. E o interessante é que eles têm comprado mais à vista”, declara Lia Mundin, gerente da loja.

Dona Ilda mostra com orgulho os novos móveis que comprou. “É um bom produto e a gente estava precisando, veio na hora certa”, diz.

Seu José Astrogildo também está realizando sonhos este ano. A lavoura dele fica em Patrocínio e produziu 630 sacas, em dez hectares. Com o dinheiro que recebeu, colocou em dia a prestação do trator, comprou uma carretinha e uma roçadeira, mas não quer parar por aí. “Pretendo comprar um imóvel na cidade, um apartamento, pra se caso uma hora a gente ir pra lá, ter onde ficar, mas se isso não acontecer eu alugo, é um dinheirinho extra”, diz o produtor rural.

Enquanto não fecha o negócio do apartamento na cidade, dona Gislene, a mulher dele, revela que outro sonho vai ser realizado: uma viagem de avião, para Maceió, no estado de Alagoas. “Desta vez o sonho dele vai sair, porque as passagens estão aqui”, afirma.

Café Não é objetivo ser policialesco, diz ministério

MERCADO
20/11/2010


MAURO ZAFALON
ENVIADO ESPECIAL A NATAL


A nova normatização para o setor do café visa apenas a qualidade do alimento que chega ao consumidor.

\"Não é intenção do Ministério da Agricultura ser policialesco\", diz Maçao Tadano, diretor do Dipov (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal).

Pela nova instrução, as empresas terão dois caminhos para classificar seus produtos. Contratar o serviço de empresas registradas no ministério ou fazer o registro no ministério para ter um classificador.

No momento, nenhuma das duas opções é possível.

Fábio Fernandes Florenço, coordenador do Dipov, reconhece as dificuldades na montagem dessa estrutura, mas diz que os primeiros passos, após a vigência da instrução, serão mais orientativos. \"É uma contribuição para melhorar o café\", diz ele.

Almir José da Silva Filho, presidente da Abic, diz que a reação de parte do setor ocorre porque o tempo é curto para implementar as medidas, \"mas a instrução vai promover a melhora do produto do cafeicultor ao consumidor\".

Sidney Marques Paiva, do café Bom Dia, diz que, para a grande indústria, não haverá grandes problemas de adaptação, à exceção da burocracia para se cadastrar.

Para Ambrozio Cohen Assayag, da Café Manaus (AM), \"essas medidas vão burocratizar o que já é ruim. Quando entra o governo, começa o infortúnio de quem tem de cumprir a legislação\".

Mario Panhotta, da Cooxupé, maior cooperativa de café do país, diz que o produtor não produz café de baixa qualidade por opção, mas devido a problemas climáticos, como neste ano.

\"A instrução é um desafio e tem de ser implementada, mas o produtor não deve pagar a conta sozinho\", diz ele.

Guilherme Braga, do Cecafé (setor exportador), diz que, do lado dos exportadores, não há grandes alterações. Já os importadores -que começam a ter maior peso, com a entrada de produtos de valor agregado das multinacionais- estão preocupados.

\"Como classificar as cápsulas se o governo não tem equipamentos adequados para isso?\", indaga um importador. Além disso, o produto pode ficar dias parado no sol no porto, prejudicando sua qualidade, diz esse mesmo importador. (MZ)

Café volta a ser controlado pelo governo, e setor fica apreensivo

MERCADO
20/11/2010

Instrução normativa vigora a partir de fevereiro e visa retirar do mercado produto de baixa qualidade

MAURO ZAFALON
ENVIADO ESPECIAL A NATAL

Após 20 anos de autorregulação, a indústria de café volta a ficar sob o controle do governo. A partir de meados de fevereiro, o Ministério da Agricultura passa a fiscalizar a qualidade do café colocado à disposição do consumidor.

Quem for pego na contramão das novas regras poderá receber pesadas multas, que vão até R$ 5.000, mais 400% do valor do lote produzido, dependendo da infração.

O que era para ser uma transição tranquila, já que essa proposta vinha sendo endossada pela própria indústria, tomou o rumo de calorosas discussões no final da semana passada, em Natal (RN), onde a indústria esteve reunida no 18º Encafé -encontro anual do setor.

O acerto corria bem porque somava interesses tanto do ministério como da indústria. Ao ministério interessa esse acerto com a indústria porque, por lei, o órgão tem de classificar todos os produtos destinados à alimentação, o que não vinha ocorrendo com o café.

Já a indústria desenvolve um programa de pureza no setor, mas esbarra em dificuldades para punir infratores.

O ministério, agora, poderá assumir esse controle. A proposta do governo deverá retirar do mercado cafés que são de baixíssima qualidade, mas que ainda vão para o consumidor. Dos 19,3 milhões de sacas que o país consome anualmente, 400 mil vêm de palhas, paus, sementes de açaí e milheto.

Mas, a dois meses de entrar em vigor, a instrução normativa nº 16, que vai regular o setor, é vista com apreensão pela indústria, produtores e importadores de café processado.

A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) pediu o adiamento da vigência da instrução, mas o ministério promete mantê-lo.

REGRAS
A apreensão das indústrias ocorre porque a instrução entrará em vigor sem a montagem de uma estrutura adequada no ministério. Para se enquadrar às novas regras, as indústrias deverão produzir café com menos de 1% de impurezas e com 5% de umidade, no máximo.

Além disso, o café terá de obter pelo menos quatro pontos em uma avaliação sensorial. A escala varia de zero a dez e essa avaliação é feita por meio de degustação, em que se apuram o aroma e o sabor da bebida.

O setor aceita os controles de impureza e de umidade, mas quer o adiamento da avaliação sensorial. Essa será feita por um \"classificador de produtos vegetais habilitado para degustação de café torrado e moído\" -profissão ainda não regulamentada.

Na lista dos que se enquadram na nova regulamentação estão engenheiros-agrônomos, químicos, técnicos agrícolas etc., sem uma definição clara do aproveitamento dos técnicos que já atuam no mercado há muitos anos.

A indústria vê problemas, já que a degustação sensorial exige muito treino e é um sistema subjetivo para determinar a qualidade do produto. Para agilizar a formação dos profissionais, o ministério fará dois cursos, mas, quando o segundo acabar, a instrução já estará em vigor.

O ministério não vê problemas nessa análise sensorial porque poderão ser usados profissionais e estrutura que já servem as próprias indústrias. Motivo: a Abic já tem um programa de qualidade com grau de exigência ainda maior do que o que será implantado pelo governo.

O jornalista MAURO ZAFALON viajou a convite da Abic

VOLATILIDADE AFASTA PARTICIPANTES

VOLATILIDADE AFASTA PARTICIPANTES

Está cada vez mais difícil ter uma opinião sobre os mercados de commodities, que sofrem mais influências dos fatores macroeconômicos e pouco conseguem ser analisados com base nos fundamentos.

A semana que passou deu mais uma prova disto com a volatilidade de diversos produtos e a falta de notícias que pudessem explicar os movimentos. Para piorar a situação – ou aumentar os intervalos de negociação dos preços – os números de contratos em aberto no café em Nova Iorque caem para os níveis mais baixos do ano, quando os preços da bolsa estavam ao redor de US$ 135.00 centavos por libra. Isto demonstra um esvaziamento do mercado, dado que os agentes naturais resolvem diminuir suas (ex)posições tamanha a incerteza da movimentação dos preços.

Os índices das commodities cederam nos últimos cinco dias, enquanto as bolsas e o dólar ficaram de lado. Olhando mais de perto podemos destacar a subida de quase 10% do gás natural, 4.77% da prata, 4.69 do café e de 3.33% do cacau entre os poucos ganhadores. Os perdedores (entre tantos) foram: o algodão que cedeu 8.76%, o alumínio com queda de 5.83% seguido pelas perdas de 4.87% da soja, e 3.97% do petróleo.

De novidade temos o relatório anual de café do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA em inglês), que divulgou uma revisão da estimativa da safra brasileira de 2010/2011 para uma produção de 54.5 milhões de sacas de 60 quilos, 800 mil sacas a menos do que originalmente previsto – a queda se deu na produção do conillon que caiu de 13.5 milhões para 12.7 milhões. Para o arábica nada mudou, a produção deve ser de 41.8 milhões de sacas. Com um consumo interno de 18.5 milhões e exportações de 33 milhões, a expectativa é de que o estoque de passagem para a safra 11/12 seja de 5.84 milhões de sacas – nada demais.

Aliás, aproveitando o momento de futurologia vamos considerar que o Brasil consuma 19.5 milhões de sacas no ciclo de 2011/2012, e que a exportação caia para 30 milhões, um desaparecimento de 49.5 milhões de sacas. Caso isto ocorra, para não zerar o estoque o país teria que produzir no mínimo 44 milhões de sacas – e aqui vale lembrar que alguns acreditam que a safra pode ser de 48/49 milhões. Pois bem, mesmo que a safra seja deste tamanho ou eventualmente um pouco maior, claramente podemos perceber que o mundo precisa que o Brasil produza safras cada vez maiores, o que não significa que os preços sejam impactados tão negativamente como muitos baixistas crêem (ou torçam).

Dado curioso no relatório do USDA foi a divulgação do custo de produção na região de Guaxupé, de US$ 156.39 por saca, que com o câmbio de 1.72 se converte em R$ 269.00 por saca. Considerando a média do indicador da ESALQ dos últimos 6 meses, os produtores venderam seus cafés a R$ 322.41, tendo um retorno de 19.86% - sem contar custos de dívidas. Ainda que não seja a rentabilidade almejada (como se isto fosse mensurável ou realmente definido), o resultado é melhor do que nos últimos anos, mas não necessariamente significa que estimulará uma explosão de novas lavouras – por ora...

Para a semana que se inicia resta ficarmos atentos as oportunidades de encaixar negócios e travar ganhos, sem a pretensão de tentar adivinhar o rumo do mercado no curto prazo. Caso Nova Iorque volte a negociar próximo de US$ 220 centavos, a saca de café no Brasil deve negociar a R$ 400.00 mais uma vez, porém eventualmente veremos menos vendedores dado que muitos produtores começam a olhar para a equalização do que terão que pagar de imposto de renda no ano que vem. Em uma eventual subida, os diferenciais também voltarão a baratear, ajudando a fluir mais negócios. Com o começo da notificação do contrato de Dezembro, os torradores voltam a ficar menos ansiosos para comprar o mercado, e mais caixa é liberado para os intermediários que querem comprar café em diferenciais atrativos. A semana é curta com o feriado do Dia de Ação de Graças (o mais importante por aqui) na quinta-feira dia 25 de novembro.

Resta saber se o pacote de ajuda financeira à Irlanda, e o incremento do depósito compulsório na China não vão atrapalhar os altistas. O macro vai continuar dando o tom, então não adianta ficar tentando justificar a movimentação dos preços do café com notícias recicladas.

Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting