Atividade da indústria recua e confirma desaceleração global
A atividade industrial global declina mais rápido do que o projetado e atingiu
seu mais baixo nível desde setembro de 2010, confirmando a desaceleração no
crescimento da economia mundial.
O Indice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), que mede a atividade
de milhares de fábricas em torno do mundo, caiu nos EUA, China e Europa. A
atividade declinou também na India, Coreia do Sul, Taiwan e Austrália
"A desaceleração no crescimento econômico é quase global", afirmou Chris
Williamson, economista-chefe da consultoria britânica Markit, que elabora o
PMI. A expectativa é de que o barril do petróleo, que chegou a US$ 125 no fim
de abril, custe menos de US$ 90 até o final do ano, na medida em que a demanda
global diminui. Menor custo de energia deve por sua vez reduzir os preços de
alimentos e metais industriais.
Os dados divulgados ontem mostram que a ruptura do fornecimento de peças pelo
Japão para a indústria automotiva e o setor eletrônico afetou a produção global
mais do que se previa, ampliando a anemia do crescimento nos países
desenvolvidos. Outro elemento forte na queda dos PMIs é que os altos preços das
commodities atingiram o consumo. A correção nas cotações das matérias-primas no
começo de maio dá um alivio, pelo menos no curto prazo.
Para o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os maiores
bancos do mundo, a desaceleração global será curta. Argumenta que a recuperação
de EUA, Europa e Japão é mais arraigada agora do que quando a atividade global
diminuiu em meados de 2010. Mas outros analistas esperam mais desaceleração
global, sobretudo quando políticas de estímulo estão sendo retiradas e até os
EUA estão indo na direção de aperto fiscal, e o cenário dos desenvolvidos
afetará o resto do mundo.
"O crescimento pode continuar razoavelmente robusto nas economias emergentes,
mas isso não pode ser compensado pela recuperação vacilante nas economias
avançadas", estima Andrew Kenning, da consultoria Capital Economics.
O Indice de Gerente de Compras do JP Morgan -Markit caiu de 55.0 para 52.9 em
maio, a terceira queda sucessiva e a maior desde o pior da crise financeira
global em 2008, e segue o que já aconteceu com o PMI de serviços.
A queda da atividade afeta quase todas as grandes economias. Nos EUA, o
esfriamento da produção industrial é atribuído à crise na produção automotiva
por causa da interrupção da cadeia de fornecimento pelo Japão. Em geral, as
indústrias continuam sofrendo fortes pressões de custos.
Outro relatório divulgado ontem mostrou que a criação de emprego no setor
privado nos EUA caiu em maio, elevando temores de que a recuperação é de fato
mais fraca do que esperada. O relatório diz que "a desaceleração no emprego,
embora decepcionante, não foi uma surpresa total".
Indicadores de construção e consumo têm sido fracos desde o começo do ano. Nos
últimos 18 meses, o excesso de casas não ocupadas nos EUA caiu em todo caso
para 1,8 milhão de unidades.
Na zona do euro, o PMI também caiu fortemente em maio, confirmando que a
recuperação europeia está perdendo fôlego, em meio a uma demanda doméstica
desapontadora. Indicadores sugerem que a Alemanha e França estão desacelerando
mais, depois de forte crescimento no começo do ano. A atividade industrial no
Reino Unido cresceu no seu menor ritmo em quase dois anos. Embora o crescimento
alemão continue forte, para os padrões europeus, não é suficiente para ajudar
as economias da periferia próximas ou na recessão.
Entre as economias desenvolvidas, a única exceção foi o Japão, com recuperação
na produção manufatureira em maio - no entanto, o resultado deveu-se à grande
queda em abril provocada pelo terremoto e tsunami; analistas, inclusive,
esperavam uma recuperação maior. A expectativa é de que as companhias japonesas
vão acelerar a produção em junho.
A desaceleração nas economias avançadas está afetando o resto do mundo, mas a
desaceleração nos emergentes é muito mais moderada. O índice PMI para a China
mostra queda marginal, confirmando em todo caso que a segunda maior economia do
mundo e principal parceiro comercial do Brasil desliza para uma "aterrissagem
suave".
A expansão dos lucros de indústrias chinesas também caiu para 29,7% nos
primeiros quatro meses do ano, comparada a ganho de 32% no três primeiros
meses, na medida em que o governo elevou os juros e reduziu os empréstimos para
combater a inflação e limitar riscos de bolhas de ativos.
Outros dados mostram que o crescimento econômico da India foi de 7,8%, abaixo
dos 8,1% esperados pelo mercado. A atividade no setor de serviços continuou
robusta, mas a produção de bens de capital diminuiu depois de forte aceleração
no ano passado.
A Austrália também registrou contração, no maior ritmo desde a recessão de
1991, devido ao impacto de enchentes no país. Mas a expectativa é de que o
crescimento será retomado nos próximos trimestres. Na Coreia do Sul, a produção
industrial diminuiu e as exportações caíram em maio. No México, o desemprego
foi de 5,1% em maio, contra 4,6% em março.
A expectativa é de que a recente "moderação" nos preços de petróleo e de outras
commodities dê espaço para os países desenvolvidos voltarem a se recuperar no
segundo semestre. O preço do barril de petróleo poderia ficar abaixo de US$ 90
até o fim do ano, nas projeções da consultoria Capital Economics, no rastro de
menor demanda, menor prêmio de risco por causa da situação no Oriente Médio e
recuperação do dólar.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Mercado ainda espera pouso suave da China
Mercado ainda espera pouso suave da China
A China vai se desacelerar suavemente, evitando uma aterrissagem forçada de sua
economia, na avaliação de boa parte dos analistas.
Um indicador da produção de manufaturados mostrou ontem que a atividade
industrial chinesa declinou, mas continuou mais forte do que se esperava, em
meio a medidas do governo para frear a inflação que atingiu seu mais alto nível
em três anos.
A maioria dos preços das commodities caiu em maio em meio a dúvidas sobre a
demanda global. A expectativa de algumas consultorias é de mais recuo nos
próximos meses, talvez com exceção de ouro e prata. Os indicadores de produção
de ontem confirmam que a demanda industrial global está enfraquecendo,
pressionando preços de metais como cobre e alumínio.
A China teve um papel importante para estabilizar o crescimento da economia
global nos últimos dois anos. Mas o reequilíbrio da economia prometido por
Pequim parece cada vez mais distante.
Os preços de exportação de suas empresas continuaram a declinar, indicando que
produtos chineses se tornam ainda mais competitivos em termos reais do que
mostram movimentos na taxa nominal do yuan. Ao mesmo tempo, as vendas no varejo
afundaram. Entre consumir, poupar, investir em imóveis ou ações, o primeiro
item nunca foi popular na China. Mas os gastos das famílias estão caindo mais
rapidamente do que se esperava. E pelo cenário atual não há razão para se
esperar que isso mude tão cedo.
A China vai se desacelerar suavemente, evitando uma aterrissagem forçada de sua
economia, na avaliação de boa parte dos analistas.
Um indicador da produção de manufaturados mostrou ontem que a atividade
industrial chinesa declinou, mas continuou mais forte do que se esperava, em
meio a medidas do governo para frear a inflação que atingiu seu mais alto nível
em três anos.
A maioria dos preços das commodities caiu em maio em meio a dúvidas sobre a
demanda global. A expectativa de algumas consultorias é de mais recuo nos
próximos meses, talvez com exceção de ouro e prata. Os indicadores de produção
de ontem confirmam que a demanda industrial global está enfraquecendo,
pressionando preços de metais como cobre e alumínio.
A China teve um papel importante para estabilizar o crescimento da economia
global nos últimos dois anos. Mas o reequilíbrio da economia prometido por
Pequim parece cada vez mais distante.
Os preços de exportação de suas empresas continuaram a declinar, indicando que
produtos chineses se tornam ainda mais competitivos em termos reais do que
mostram movimentos na taxa nominal do yuan. Ao mesmo tempo, as vendas no varejo
afundaram. Entre consumir, poupar, investir em imóveis ou ações, o primeiro
item nunca foi popular na China. Mas os gastos das famílias estão caindo mais
rapidamente do que se esperava. E pelo cenário atual não há razão para se
esperar que isso mude tão cedo.
Fluxo de dólares inverte sentido e fica negativo
Fluxo de dólares inverte sentido e fica negativo
O movimento de divisas para o país manteve a forte volatilidade que tem
caracterizado esse mercado ao longo do mês. Depois de um intenso fluxo de
dólares nos primeiros quinze dias, somando US$ 8,8 bilhões em duas semanas, os
investidores inverteram suas estratégias e o saldo ficou negativo em US$ 3,2
bilhões entre os dias 16 e 27 de maio.
A conta financeira, que registra o movimento para aplicações em bolsa, títulos
e investimento estrangeiro direto passou a registrar saída líquida de recursos
a partir da segunda quinzena do mês. Ao mesmo tempo, o segmento comercial,
decorrente dos contratos de exportação e importação, mais empréstimos de
adiantamento de câmbio, ampliou a entrada de dólares.
Como resultado, o saldo no mês de maio, até a última sexta-feira, permanece
positivo em US$ 5,626 bilhões, mas sem o mesmo vigor apurado no início do mês.
Na última semana, o saldo total foi negativo em US$ 2,642 bilhões, entre os
dias 23 e 27 de maio. O resultado decorre de um fluxo negativo de US$ 3,742
bilhões na conta financeira e um movimento positivo de US$ 1,1 bilhão na conta
comercial.
No acumulado do ano, entretanto, o saldo líquido de moeda estrangeira que
entrou no país até o dia 27 de maio é de US$ 42,759 bilhões, sendo US$ 29,125
bilhões da conta financeira e US$ 13,634 bilhões do segmento comercial.
Sem um fluxo de recursos consistente, o BC reduziu suas intervenções no mercado
à vista de câmbio. As compras do BC na última semana somaram US$ 495 milhões,
volume bem inferior aos primeiros dias do mês, quando a autoridade monetária
adquiriu mais de US$ 3 bilhões. No ano, o BC já retirou do mercado US$ 34,068
bilhões, elevando as reservas internacionais para US$ 332,498 bilhões.
Na semana passada, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento organizado
pelo FMI e pelo próprio ministério, defendeu as intervenções do BC e as medidas
tomadas pelo governo para reduzir a apreciação do real frente ao dólar
(elevação do IOF). Segundo ele, as ações foram eficazes em manter a cotação da
moeda americana ao redor do patamar de R$ 1,60 e também em limitar o fluxo de
divisas que inundaram o país nos primeiros três meses do ano, atingindo US$
35,6 bilhões entre janeiro e março.
O movimento de divisas para o país manteve a forte volatilidade que tem
caracterizado esse mercado ao longo do mês. Depois de um intenso fluxo de
dólares nos primeiros quinze dias, somando US$ 8,8 bilhões em duas semanas, os
investidores inverteram suas estratégias e o saldo ficou negativo em US$ 3,2
bilhões entre os dias 16 e 27 de maio.
A conta financeira, que registra o movimento para aplicações em bolsa, títulos
e investimento estrangeiro direto passou a registrar saída líquida de recursos
a partir da segunda quinzena do mês. Ao mesmo tempo, o segmento comercial,
decorrente dos contratos de exportação e importação, mais empréstimos de
adiantamento de câmbio, ampliou a entrada de dólares.
Como resultado, o saldo no mês de maio, até a última sexta-feira, permanece
positivo em US$ 5,626 bilhões, mas sem o mesmo vigor apurado no início do mês.
Na última semana, o saldo total foi negativo em US$ 2,642 bilhões, entre os
dias 23 e 27 de maio. O resultado decorre de um fluxo negativo de US$ 3,742
bilhões na conta financeira e um movimento positivo de US$ 1,1 bilhão na conta
comercial.
No acumulado do ano, entretanto, o saldo líquido de moeda estrangeira que
entrou no país até o dia 27 de maio é de US$ 42,759 bilhões, sendo US$ 29,125
bilhões da conta financeira e US$ 13,634 bilhões do segmento comercial.
Sem um fluxo de recursos consistente, o BC reduziu suas intervenções no mercado
à vista de câmbio. As compras do BC na última semana somaram US$ 495 milhões,
volume bem inferior aos primeiros dias do mês, quando a autoridade monetária
adquiriu mais de US$ 3 bilhões. No ano, o BC já retirou do mercado US$ 34,068
bilhões, elevando as reservas internacionais para US$ 332,498 bilhões.
Na semana passada, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em evento organizado
pelo FMI e pelo próprio ministério, defendeu as intervenções do BC e as medidas
tomadas pelo governo para reduzir a apreciação do real frente ao dólar
(elevação do IOF). Segundo ele, as ações foram eficazes em manter a cotação da
moeda americana ao redor do patamar de R$ 1,60 e também em limitar o fluxo de
divisas que inundaram o país nos primeiros três meses do ano, atingindo US$
35,6 bilhões entre janeiro e março.
Market International coffee today
Market International coffee today
Colombians, UGQ, were offered FOB, for July/Aug. shipment from 16.5¢ over Sept. “C,” and offered FOB, for July through Nov. equal shipment from 19¢ to 22¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for July through Nov. equal shipment from 24¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for July through Dec. equal shipment from equal to the relevant months “C.” Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 11¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 17¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for July shipment from 3¢ over Sept. London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June/July crossing from 7¢ over Sept. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for July/Aug. shipment from 5¢ over Sept. “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for July/Aug. shipment from 9¢ over Sept. “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, July/Aug. shipment from $7 to $8 over Sept. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $10 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for July/Aug. shipment from $27 over, per 46 kilos, Sept. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug. shipment from $32 over Sept. “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for July/Aug. shipment from $7 over Sept. “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $12 to $13 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $16 to $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for July/Aug. shipment were offered FOB from $16 to $17 over Sept. “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $1 to $2 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $5 to $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for July/Aug. shipment, per 46 kilos, from $2 to $1 under Sept. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for July/Aug. shipment, per 46 kilos, from $4 under Sept. “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June/July shipment from 15¢ over Sept. London. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June/July shipment from 10¢ over Sept. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June/July shipment from 10¢ over Sept. London.
Colombians, UGQ, were offered FOB, for July/Aug. shipment from 16.5¢ over Sept. “C,” and offered FOB, for July through Nov. equal shipment from 19¢ to 22¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for July through Nov. equal shipment from 24¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for July through Dec. equal shipment from equal to the relevant months “C.” Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 11¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 17¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for July shipment from 3¢ over Sept. London. Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June/July crossing from 7¢ over Sept. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for July/Aug. shipment from 5¢ over Sept. “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for July/Aug. shipment from 9¢ over Sept. “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, July/Aug. shipment from $7 to $8 over Sept. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $10 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for July/Aug. shipment from $27 over, per 46 kilos, Sept. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug. shipment from $32 over Sept. “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for July/Aug. shipment from $7 over Sept. “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $12 to $13 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for July/Aug./Sept. equal shipment from $16 to $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for July/Aug. shipment were offered FOB from $16 to $17 over Sept. “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $1 to $2 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for July/Aug./Sept. equal shipment from $5 to $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for July/Aug. shipment, per 46 kilos, from $2 to $1 under Sept. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for July/Aug. shipment, per 46 kilos, from $4 under Sept. “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June/July shipment from 15¢ over Sept. London. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June/July shipment from 10¢ over Sept. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June/July shipment from 10¢ over Sept. London.
Governo argentino acusa maiores traders do mundo de sonegação
Governo argentino acusa maiores traders do mundo de sonegação
As quatro maiores traders de grãos do mundo, responsáveis por fornecimento e processamento de milho, soja e trigo, foram acusadas pelo governo argentino de evasão de impostos.
Ao "Guardian" Ricardo Echegaray, diretor da Afip (equivalente à Receita Federal), detalhou denúncias contra ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus. As empresas negam todas as acusações.
Segundo o jornal britânico apurou, a Afip exigirá US$ 476 milhões em supostos impostos e taxas não pagos da Bunge, US$ 252 milhões da Cargill e US$ 140 milhões da Dreyfus.
Echegaray disse que começou a investigar os grandes contribuintes argentinos no fim de 2008, cruzando informações das autoridades com os dados de países que são destino das exportações. Ele também cruzou declarações da aduaneira argentina com declarações de Impostos de Renda das empresas.
Segundo o diretor, há provas de que as quatro submeteram falsa declarações de vendas e despacharam lucros para paraísos fiscais ou para suas sedes, ferindo a lei argentina.
Ele também disse que elas chegaram a usar empresas-fantasmas para comprar grãos, inflaram os custos de operação no país e reduziram o lucro submetido a impostos.
Relatório da ONG britânica Oxfam divulgado nesta semana diz que a fome no mundo deve aumentar nos próximos anos e que a concentração do fornecimento de comida é falha estrutural desse sistema.
As quatro maiores traders de grãos do mundo, responsáveis por fornecimento e processamento de milho, soja e trigo, foram acusadas pelo governo argentino de evasão de impostos.
Ao "Guardian" Ricardo Echegaray, diretor da Afip (equivalente à Receita Federal), detalhou denúncias contra ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus. As empresas negam todas as acusações.
Segundo o jornal britânico apurou, a Afip exigirá US$ 476 milhões em supostos impostos e taxas não pagos da Bunge, US$ 252 milhões da Cargill e US$ 140 milhões da Dreyfus.
Echegaray disse que começou a investigar os grandes contribuintes argentinos no fim de 2008, cruzando informações das autoridades com os dados de países que são destino das exportações. Ele também cruzou declarações da aduaneira argentina com declarações de Impostos de Renda das empresas.
Segundo o diretor, há provas de que as quatro submeteram falsa declarações de vendas e despacharam lucros para paraísos fiscais ou para suas sedes, ferindo a lei argentina.
Ele também disse que elas chegaram a usar empresas-fantasmas para comprar grãos, inflaram os custos de operação no país e reduziram o lucro submetido a impostos.
Relatório da ONG britânica Oxfam divulgado nesta semana diz que a fome no mundo deve aumentar nos próximos anos e que a concentração do fornecimento de comida é falha estrutural desse sistema.
Fuga dos investidores das commodities continuaram nos próximos dias, diz trader
Fuga dos investidores das commodities continuaram nos próximos dias, diz trader
Um movimento de liquidação de contratos por parte de fundos de investimentos, também verificado em outros mercados de commodities, provocou forte queda das cotações do café ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em setembro fecharam a US$ 2,5930 por libra-peso, em baixa de 845 pontos sobre a véspera e menor patamar desde o início de abril, de acordo com a agência Dow Jones Newswires. O tombo assustou traders nova-iorquinos, que não descartam que a fuga dos investidores das commodities continue nos próximos dias, a depender de fatores macroeconômicos não relacionados aos fundamentos de oferta e demanda desses produtos. No longo prazo, contudo, a expectativa ainda é de preços sustentados. "No longo prazo, o café ainda será um mercado 'altista'. A demanda vai ultrapassar a oferta", disse à agência Reuters Nick Gentile, diretor do fundo Atlantic Capital Advisors baseado em Nova Jersey. Estima-se que mesmo os melhores tratos culturais e a intensificação do uso de insumos como fertilizantes, que ganham força com os atuais preços remuneradores, serão insuficientes para acompanhar a crescente demanda.
Um movimento de liquidação de contratos por parte de fundos de investimentos, também verificado em outros mercados de commodities, provocou forte queda das cotações do café ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em setembro fecharam a US$ 2,5930 por libra-peso, em baixa de 845 pontos sobre a véspera e menor patamar desde o início de abril, de acordo com a agência Dow Jones Newswires. O tombo assustou traders nova-iorquinos, que não descartam que a fuga dos investidores das commodities continue nos próximos dias, a depender de fatores macroeconômicos não relacionados aos fundamentos de oferta e demanda desses produtos. No longo prazo, contudo, a expectativa ainda é de preços sustentados. "No longo prazo, o café ainda será um mercado 'altista'. A demanda vai ultrapassar a oferta", disse à agência Reuters Nick Gentile, diretor do fundo Atlantic Capital Advisors baseado em Nova Jersey. Estima-se que mesmo os melhores tratos culturais e a intensificação do uso de insumos como fertilizantes, que ganham força com os atuais preços remuneradores, serão insuficientes para acompanhar a crescente demanda.
CAFÉ - INVERNO DE 2011 NÃO DEVE ASSUSTAR MUITO - CLIMATEMPO
CAFÉ - INVERNO DE 2011 NÃO DEVE ASSUSTAR MUITO - CLIMATEMPO
O inverno de 2011 não deve ser de muitos riscos para a
cafeicultura brasileira. A avaliação parte da meteorologista da Climatempo,
Patrícia Madeira. Ela diz que o inverno deste ano "não deve assustar muito",
em termos de grandes riscos de geadas no cinturão produtor de café.
Patrícia Madeira indica que 2011 é um ano de "neutralidade", sem a
influência do fenômeno La Niña. Em anos de La Niña o inverno é mais
rigoroso, com temperaturas caindo abaixo do normal. Assim, espera-se um inverno
mais "ameno" neste ano.
Para o mês de junho, a meteorologista aponta que devem chegar duas massas
polares de intensidade moderada a forte ainda na primeira quinzena do mês. Na
sequência, deve haver um período de mais ou menos um mês com temperatura
amena, sem entrada de massas polares.
Segundo Patrícia Madeira, a segunda quinzena de julho deve ser marcada por
passagens de massas polares intensas, mais fortes que as ocorridas em junho, o
que pode trazer maior risco às lavouras. Há possibilidade de geadas em áreas
de café, mas sem expectativa de grandes prejuízos aos cafezais. Geadas são
previstas para as áreas mais altas, sem maiores prejuízos aos cafezais. Depois
disso, deve haver frio ainda na primeira semana de agosto, e depois a
temperatura começa a se elevar gradativamente. É previsto mais uma massa de ar
polar de intensidade moderada para o começo de setembro, coloca a
meteorologista.
A meteorologista da Climatempo apontou a chance de umidade maior que o
normal para o mês de agosto. Isso pode atrapalhar a reta final da colheita,
tanto no trabalho de retirada do fruto do pé como na questão de qualidade da
bebida. Mas atenua dizendo que não é uma condição tão preocupante, com as
chuvas podendo ficar acima do normal no sul de Minas Gerais. Para setembro, são
esperadas chuvas em boa quantidade, o que deve beneficiar as floradas.
De modo geral, o quadro indicado por Patrícia Madeira é favorável às
lavouras nos próximos meses, com pouco risco de frio mais intenso e com
indicações de chuvas adequadas adiante para a abertura de floradas que vão
resultar na safra 2012.
O inverno de 2011 não deve ser de muitos riscos para a
cafeicultura brasileira. A avaliação parte da meteorologista da Climatempo,
Patrícia Madeira. Ela diz que o inverno deste ano "não deve assustar muito",
em termos de grandes riscos de geadas no cinturão produtor de café.
Patrícia Madeira indica que 2011 é um ano de "neutralidade", sem a
influência do fenômeno La Niña. Em anos de La Niña o inverno é mais
rigoroso, com temperaturas caindo abaixo do normal. Assim, espera-se um inverno
mais "ameno" neste ano.
Para o mês de junho, a meteorologista aponta que devem chegar duas massas
polares de intensidade moderada a forte ainda na primeira quinzena do mês. Na
sequência, deve haver um período de mais ou menos um mês com temperatura
amena, sem entrada de massas polares.
Segundo Patrícia Madeira, a segunda quinzena de julho deve ser marcada por
passagens de massas polares intensas, mais fortes que as ocorridas em junho, o
que pode trazer maior risco às lavouras. Há possibilidade de geadas em áreas
de café, mas sem expectativa de grandes prejuízos aos cafezais. Geadas são
previstas para as áreas mais altas, sem maiores prejuízos aos cafezais. Depois
disso, deve haver frio ainda na primeira semana de agosto, e depois a
temperatura começa a se elevar gradativamente. É previsto mais uma massa de ar
polar de intensidade moderada para o começo de setembro, coloca a
meteorologista.
A meteorologista da Climatempo apontou a chance de umidade maior que o
normal para o mês de agosto. Isso pode atrapalhar a reta final da colheita,
tanto no trabalho de retirada do fruto do pé como na questão de qualidade da
bebida. Mas atenua dizendo que não é uma condição tão preocupante, com as
chuvas podendo ficar acima do normal no sul de Minas Gerais. Para setembro, são
esperadas chuvas em boa quantidade, o que deve beneficiar as floradas.
De modo geral, o quadro indicado por Patrícia Madeira é favorável às
lavouras nos próximos meses, com pouco risco de frio mais intenso e com
indicações de chuvas adequadas adiante para a abertura de floradas que vão
resultar na safra 2012.
Economia mundial desacelera
Economia mundial desacelera
A economia mundial está claramente em desaceleração e o ritmo é mais rápido do
que se esperava. O nível de atividade já é o menor desde setembro, num
movimento que atinge Estados Unidos, Europa, China, India, Coreia do Sul e
muitos emergentes, inclusive o Brasil. O Indice de Gerente de Compras (PMI, na
sigla em inglês), que mede a atividade de milhares de fábricas em todo o mundo,
divulgado ontem, mostra que essa tendência é quase global, segundo Chris
Williamson, economista-chefe da consultoria britânica Markit, que elabora o
índice.
A ruptura de fornecimento de peças pelo Japão à industria automobilística e ao
setor eletrônico, após o terremoto de março, afetou a produção global mais do
que se previa. Outro fator foi a alta das commodities, que tirou poder de
consumo das famílias.
A bolsa de Nova York sentiu ontem o impacto das notícias negativas, inclusive
sobre a criação de empregos no setor privado americano, e caiu 2,28%. O barril
de petróleo baixou US$ 2,41 e fechou a US$ 100,29 para entrega em julho. A
expectativa é de que o preço fique aquém de US$ 90 até o fim do ano.
A China, que teve um papel importante para estabilizar o crescimento da
economia global nos últimos dois anos, vai desacelerar suavemente. Não haverá
uma "aterrissagem forçada" na avaliação de boa parte dos analistas. Em meio a
medidas do governo para segurar a inflação, a produção de manufaturados já
perdeu ritmo e as vendas no varejo desmoronaram. Entre consumir, poupar e
investir em imóveis ou ações, a primeira alternativa nunca foi particularmente
popular na China. Mas os gastos das famílias chinesas está em declínio maior do
que se poderia esperar.
A boa notícia é que a desaceleração global pode ser curta, pelo menos na
previsão do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os
maiores bancos do mundo. Outros analistas são mais pessimistas, sobretudo
porque políticas de estímulo estão sendo retiradas nos países ricos.
Notícias relacionadas
Atividade da indústria recua e confirma desaceleração global
IIF vê fluxo maior para o Brasil, mas desaconselha mais controle de capital
A economia mundial está claramente em desaceleração e o ritmo é mais rápido do
que se esperava. O nível de atividade já é o menor desde setembro, num
movimento que atinge Estados Unidos, Europa, China, India, Coreia do Sul e
muitos emergentes, inclusive o Brasil. O Indice de Gerente de Compras (PMI, na
sigla em inglês), que mede a atividade de milhares de fábricas em todo o mundo,
divulgado ontem, mostra que essa tendência é quase global, segundo Chris
Williamson, economista-chefe da consultoria britânica Markit, que elabora o
índice.
A ruptura de fornecimento de peças pelo Japão à industria automobilística e ao
setor eletrônico, após o terremoto de março, afetou a produção global mais do
que se previa. Outro fator foi a alta das commodities, que tirou poder de
consumo das famílias.
A bolsa de Nova York sentiu ontem o impacto das notícias negativas, inclusive
sobre a criação de empregos no setor privado americano, e caiu 2,28%. O barril
de petróleo baixou US$ 2,41 e fechou a US$ 100,29 para entrega em julho. A
expectativa é de que o preço fique aquém de US$ 90 até o fim do ano.
A China, que teve um papel importante para estabilizar o crescimento da
economia global nos últimos dois anos, vai desacelerar suavemente. Não haverá
uma "aterrissagem forçada" na avaliação de boa parte dos analistas. Em meio a
medidas do governo para segurar a inflação, a produção de manufaturados já
perdeu ritmo e as vendas no varejo desmoronaram. Entre consumir, poupar e
investir em imóveis ou ações, a primeira alternativa nunca foi particularmente
popular na China. Mas os gastos das famílias chinesas está em declínio maior do
que se poderia esperar.
A boa notícia é que a desaceleração global pode ser curta, pelo menos na
previsão do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os
maiores bancos do mundo. Outros analistas são mais pessimistas, sobretudo
porque políticas de estímulo estão sendo retiradas nos países ricos.
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China já testa yuan como moeda global
China já testa yuan como moeda global
O muro começa a rachar.
Durante anos, a China dificultou o fluxo de capital que entra e sai de sua
economia, a segunda maior do mundo. Agora, o governo de Pequim está levando
adiante uma campanha para colocar sua moeda, o yuan, no palco mundial - e já
surgem brechas naquela imponente barreira financeira.
Um yuan mais amplamente usado no comércio e investimento internacionais pode em
algum momento desafiar a supremacia do dólar, corrigir alguns dos
desequilíbrios que marcam a economia chinesa e mundial e forçar os Estados
Unidos, hoje perdulários, a viver de acordo com seus meios.
Não será uma transição fácil. Há poderosos interesses na China que estão
satisfeitos com o status quo e tentarão frear qualquer iniciativa de reforma.
Mas as mudanças que a China fez até agora ganharam força interna e
internacionalmente - e podem acabar sendo fortes demais para alguma resistência.
Durante mais de uma década, a fechada conta de capitais da China foi um
elemento marcante da economia mundial. Ela isolou o país dos fluxos de capitais
estrangeiros, permitindo que passasse ileso pela crise financeira asiática de
1997 e deixando seus bancos incólumes ao quase colapso do sistema financeiro
americano em 2008.
Igualmente importante foi que, ao negar aos mercados um papel na definição da
taxa de câmbio, Pequim pôde manter o valor do yuan num nível artificialmente
baixo - sustentando uma expansão de 30 anos nas exportações. Como os poupadores
chineses não podem aplicar seu dinheiro no exterior, os bancos também
conseguiram oferecer-lhes baixos juros, o que manteve o custo do dinheiro para
a indústria em níveis bem baixos e sustentou um surto de investimentos.
Tome-se o caso de Shenzhen - uma cidadezinha pesqueira em 1979, uma metrópole
de 14 milhões de habitantes em 2011, erguida ao redor do quarto porto mais
movimentado do mundo. O baixo custo de capital subsidiou a construção de
infraestrutura de transporte e energia, fábricas e linhas de produção. Um yuan
subvalorizado, combinado com o baixo custo da mão de obra, permitiu às empresas
cobrar preços mais baixos que as rivais estrangeiras.
Mas a manipulação do câmbio e a repressão do juro têm seu custo. O capital
barato resultou num excesso de capacidade no setor industrial e em bolhas no
mercado imobiliário. A gestão do câmbio tendo superávits comerciais produziu o
acúmulo de gigantescas reservas internacionais, US$ 3,04 trilhões, que a China
se vê obrigada a aplicar na forma de empréstimos a custo baixíssimo aos EUA.
Uma das primeiras rachaduras na restritiva política chinesa ocorreu em julho de
2009, com um plano para permitir a liquidação de transações de exportação e
importação em yuans.
No primeiro trimestre de 2011, US$ 55 bilhões do comércio exterior chinês - 7%
do total - foram liquidados em yuans. No fim de abril de 2011, os depósitos em
yuan no sistema bancário de Hong Kong haviam crescido para 511 bilhões, ou US$
79 bilhões, nove vezes o total de julho de 2009, quando o programa para
compensação em yuans foi lançado.
Mas uma abertura mais substancial da conta de capitais vai exigir progresso em
duas áreas: uma taxa de câmbio que esteja mais próxima do valor justo e juros
definidos pelo mercado. O yuan ainda está subvalorizado, mas dois fatores
sugerem que está muito mais próximo do valor de mercado do que costumava: a
moeda chinesa teve uma valorização real de 20% diante de uma cesta de moedas
desde 2005, e o superávit de conta corrente da China caiu para 5,2% do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2010, ante 10,1% em 2007.
Se o yuan está perto do valor justo, o governo chinês poderá afrouxar os
controles sobre a conta de capitais com menos chance de provocar entradas
desestabilizadoras de dinheiro especulativo.
Os juros chineses, de sua parte, continuam a ser definidos pelo governo. Mas o
Banco do Povo da China, o banco central, está tentando mudar isso a partir de
um exemplo na história econômica do país.
No começo da era da reforma, o governo chinês designou Shenzhen como zona
econômica especial, onde as políticas de mercado poderiam ser testadas antes de
ser expandidas para o resto do país. Hong Kong vai servir como um local
parecido de experimentação para a reforma do sistema financeiro do país. O
rendimento dos papéis de dívida expressos em yuans que são negociados em Hong
Kong já é definido pelo mercado, em vez de seguir o juro referencial do banco
central.
De acordo com o Royal Bank of Scotland, o valor dos papéis de dívida em
circulação nesse mercado, conhecido como "dim-sum", subiu de US$ 5,3 bilhões no
fim de 2009 para o equivalente a US$ 15,8 bilhões. O McDonald's e a Caterpillar
estão entre as empresas que recorreram ao novo mercado em busca de
financiamento.
O aumento na liquidação de transações comerciais e o desenvolvimento de Hong
Kong como um centro financeiro do yuan se reforçam mutuamente. A maior
quantidade de transações compensadas em yuan aumenta o pool de liquidez em Hong
Kong, o que encoraja o desenvolvimento de mais instrumentos de investimento em
yuan, e a maior variedade de formas de investimento reforça o incentivo para o
uso do yuan na liquidação das transações de comércio exterior.
Agora aumenta a pressão na China para que abra mais canais para seus mercados
de capitais. A questão é se essa mudança será rápida ou lenta.
Se a China acelerar seu cronograma, as implicações serão enormes. Um juro mais
alto vai desacelerar a expansão do investimento, reduzindo o apetite do país
por commodities e diminuindo a marcha do principal motor de crescimento
doméstico.
Um yuan mais caro limitará a demanda por exportações que catalisou o explosivo
crescimento da costa leste da China. Os fabricantes de têxteis, brinquedos e
ferramentas de baixo valor agregado serão os primeiros a fechar as portas.
Fabricantes de aparelhos de alta tecnologia, como a Foxconn - o nome comercial
da Hon Hai Precision Industry, que fabrica o iPad - já decidiram transferir
fábricas para o interior do país, atrás de mão de obra mais barata que na costa.
A mesma dinâmica aumentará o poder de consumo dos lares chineses - dando um
empurrão aos esforços para fazer com que a demanda interna ganhe proeminência
como motor de crescimento.
O próximo passo no desenvolvimento do yuan como moeda internacional - servir
como moeda de reserva para os bancos centrais - vai exigir progresso mais
substancial. Como a conta de capitais chinesa ainda é rigidamente controlada, a
moeda chinesa não preenche a principal função de reserva: a de ser ativo
líquido que os bancos centrais podem usar para estabilizar o valor de sua
própria moeda.
A transição para uma conta de capitais aberta não será fácil. Poderosos grupos
no setor exportador, empresas estatais, bancos e governos regionais se
beneficiam de um juro baixo e do yuan desvalorizado. A porta para a reforma não
está escancarada, mas também não está trancada.
A reforma tem sua própria lógica e seu próprio ímpeto. As empresas que obtêm
financiamento em yuans no exterior vão exigir mais oportunidades para levar
esse dinheiro para o país amanhã. Se os juros forem maiores no exterior, os
investidores do país encontrarão meios de transferir seus yuans para fora. Se
não existirem canais legais, empresas com presença no país e fora encontrarão
meios de driblar os controles de capital.
O muro começa a rachar.
Durante anos, a China dificultou o fluxo de capital que entra e sai de sua
economia, a segunda maior do mundo. Agora, o governo de Pequim está levando
adiante uma campanha para colocar sua moeda, o yuan, no palco mundial - e já
surgem brechas naquela imponente barreira financeira.
Um yuan mais amplamente usado no comércio e investimento internacionais pode em
algum momento desafiar a supremacia do dólar, corrigir alguns dos
desequilíbrios que marcam a economia chinesa e mundial e forçar os Estados
Unidos, hoje perdulários, a viver de acordo com seus meios.
Não será uma transição fácil. Há poderosos interesses na China que estão
satisfeitos com o status quo e tentarão frear qualquer iniciativa de reforma.
Mas as mudanças que a China fez até agora ganharam força interna e
internacionalmente - e podem acabar sendo fortes demais para alguma resistência.
Durante mais de uma década, a fechada conta de capitais da China foi um
elemento marcante da economia mundial. Ela isolou o país dos fluxos de capitais
estrangeiros, permitindo que passasse ileso pela crise financeira asiática de
1997 e deixando seus bancos incólumes ao quase colapso do sistema financeiro
americano em 2008.
Igualmente importante foi que, ao negar aos mercados um papel na definição da
taxa de câmbio, Pequim pôde manter o valor do yuan num nível artificialmente
baixo - sustentando uma expansão de 30 anos nas exportações. Como os poupadores
chineses não podem aplicar seu dinheiro no exterior, os bancos também
conseguiram oferecer-lhes baixos juros, o que manteve o custo do dinheiro para
a indústria em níveis bem baixos e sustentou um surto de investimentos.
Tome-se o caso de Shenzhen - uma cidadezinha pesqueira em 1979, uma metrópole
de 14 milhões de habitantes em 2011, erguida ao redor do quarto porto mais
movimentado do mundo. O baixo custo de capital subsidiou a construção de
infraestrutura de transporte e energia, fábricas e linhas de produção. Um yuan
subvalorizado, combinado com o baixo custo da mão de obra, permitiu às empresas
cobrar preços mais baixos que as rivais estrangeiras.
Mas a manipulação do câmbio e a repressão do juro têm seu custo. O capital
barato resultou num excesso de capacidade no setor industrial e em bolhas no
mercado imobiliário. A gestão do câmbio tendo superávits comerciais produziu o
acúmulo de gigantescas reservas internacionais, US$ 3,04 trilhões, que a China
se vê obrigada a aplicar na forma de empréstimos a custo baixíssimo aos EUA.
Uma das primeiras rachaduras na restritiva política chinesa ocorreu em julho de
2009, com um plano para permitir a liquidação de transações de exportação e
importação em yuans.
No primeiro trimestre de 2011, US$ 55 bilhões do comércio exterior chinês - 7%
do total - foram liquidados em yuans. No fim de abril de 2011, os depósitos em
yuan no sistema bancário de Hong Kong haviam crescido para 511 bilhões, ou US$
79 bilhões, nove vezes o total de julho de 2009, quando o programa para
compensação em yuans foi lançado.
Mas uma abertura mais substancial da conta de capitais vai exigir progresso em
duas áreas: uma taxa de câmbio que esteja mais próxima do valor justo e juros
definidos pelo mercado. O yuan ainda está subvalorizado, mas dois fatores
sugerem que está muito mais próximo do valor de mercado do que costumava: a
moeda chinesa teve uma valorização real de 20% diante de uma cesta de moedas
desde 2005, e o superávit de conta corrente da China caiu para 5,2% do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2010, ante 10,1% em 2007.
Se o yuan está perto do valor justo, o governo chinês poderá afrouxar os
controles sobre a conta de capitais com menos chance de provocar entradas
desestabilizadoras de dinheiro especulativo.
Os juros chineses, de sua parte, continuam a ser definidos pelo governo. Mas o
Banco do Povo da China, o banco central, está tentando mudar isso a partir de
um exemplo na história econômica do país.
No começo da era da reforma, o governo chinês designou Shenzhen como zona
econômica especial, onde as políticas de mercado poderiam ser testadas antes de
ser expandidas para o resto do país. Hong Kong vai servir como um local
parecido de experimentação para a reforma do sistema financeiro do país. O
rendimento dos papéis de dívida expressos em yuans que são negociados em Hong
Kong já é definido pelo mercado, em vez de seguir o juro referencial do banco
central.
De acordo com o Royal Bank of Scotland, o valor dos papéis de dívida em
circulação nesse mercado, conhecido como "dim-sum", subiu de US$ 5,3 bilhões no
fim de 2009 para o equivalente a US$ 15,8 bilhões. O McDonald's e a Caterpillar
estão entre as empresas que recorreram ao novo mercado em busca de
financiamento.
O aumento na liquidação de transações comerciais e o desenvolvimento de Hong
Kong como um centro financeiro do yuan se reforçam mutuamente. A maior
quantidade de transações compensadas em yuan aumenta o pool de liquidez em Hong
Kong, o que encoraja o desenvolvimento de mais instrumentos de investimento em
yuan, e a maior variedade de formas de investimento reforça o incentivo para o
uso do yuan na liquidação das transações de comércio exterior.
Agora aumenta a pressão na China para que abra mais canais para seus mercados
de capitais. A questão é se essa mudança será rápida ou lenta.
Se a China acelerar seu cronograma, as implicações serão enormes. Um juro mais
alto vai desacelerar a expansão do investimento, reduzindo o apetite do país
por commodities e diminuindo a marcha do principal motor de crescimento
doméstico.
Um yuan mais caro limitará a demanda por exportações que catalisou o explosivo
crescimento da costa leste da China. Os fabricantes de têxteis, brinquedos e
ferramentas de baixo valor agregado serão os primeiros a fechar as portas.
Fabricantes de aparelhos de alta tecnologia, como a Foxconn - o nome comercial
da Hon Hai Precision Industry, que fabrica o iPad - já decidiram transferir
fábricas para o interior do país, atrás de mão de obra mais barata que na costa.
A mesma dinâmica aumentará o poder de consumo dos lares chineses - dando um
empurrão aos esforços para fazer com que a demanda interna ganhe proeminência
como motor de crescimento.
O próximo passo no desenvolvimento do yuan como moeda internacional - servir
como moeda de reserva para os bancos centrais - vai exigir progresso mais
substancial. Como a conta de capitais chinesa ainda é rigidamente controlada, a
moeda chinesa não preenche a principal função de reserva: a de ser ativo
líquido que os bancos centrais podem usar para estabilizar o valor de sua
própria moeda.
A transição para uma conta de capitais aberta não será fácil. Poderosos grupos
no setor exportador, empresas estatais, bancos e governos regionais se
beneficiam de um juro baixo e do yuan desvalorizado. A porta para a reforma não
está escancarada, mas também não está trancada.
A reforma tem sua própria lógica e seu próprio ímpeto. As empresas que obtêm
financiamento em yuans no exterior vão exigir mais oportunidades para levar
esse dinheiro para o país amanhã. Se os juros forem maiores no exterior, os
investidores do país encontrarão meios de transferir seus yuans para fora. Se
não existirem canais legais, empresas com presença no país e fora encontrarão
meios de driblar os controles de capital.
Inflação já colabora para retração do consumo e da produção industrial
Inflação já colabora para retração do consumo e da produção industrial
A inflação fez o seu trabalho de sempre, corroendo o poder aquisitivo dos
assalariados, e sua colaboração está discretamente registrada na queda da
produção industrial de abril, de 2,1%, a maior desde dezembro de 2008. Alguns
setores de consumo de massa domésticos estão desacelerando sob o peso da
redução da demanda motivada pelos aumentos de preços - a concorrência dos
importados, o aperto seletivo de crédito e o aumento de juros fazem o resto do
serviço.
A disparada dos alimentos até abril deixou para trás mesmo os percentuais mais
generosos dos reajustes salariais concedidos em 2010. O aumento da cesta básica
em 16 capitais foi, na média, de 9,82% no ano - foi pior, de 12,5% em março. As
maiores altas estiveram disseminadas também por capitais do Nordeste, região
onde o desempenho de vendas e produção avançava com folga acima da média desses
indicadores no resto do país. Em Fortaleza, a alta em quatro meses foi de 19,3%
e de 19,8% em Goiânia.
O peso dos alimentos no orçamento doméstico atinge com mais força quem ganha
menos, as classes C e D, exatamente as que impulsionaram a economia para sua
mais alta taxa de crescimento em 25 anos, de 7,5% em 2010. Cerca de 60% das
pessoas ocupadas no país ganham até dois salários mínimos.
A resposta para a questão de que até que ponto a alta refreou o consumo no
varejo é imprecisa, pois os indicadores têm defasagens. Até março (último dado
disponível) o comércio varejista tinha reduzido pela metade sua velocidade de
crescimento, muito elevada em 2010, especialmente nos setores de hipermercados
e supermercados.
Essa corrosão do poder de compra pela inflação teve impacto no índice de
produção industrial de abril e não só no setor de alimentação. Segundo o IBGE,
entre as maiores influências para o recuo da taxa global da produção, na
comparação com abril de 2010, estão alimentos (-8,2%) e têxteis (-15,2%). Em
bens intermediários para a produção de alimentos, a queda foi ainda mais
intensa, de 19,4%. No acumulado do ano, a produção de "bens de salário" começa
a ser contida. Na indústria de alimentos, até abril, o recuo é de 1,4%, na de
bebidas, 3%, e na de calçados, têxteis ou vestuário, há estagnação ou pequena
queda. As fartas importações têm um papel nessa história.
A manutenção do dinamismo industrial, em uma situação de corrosão do poder de
compra, dependerá de se os reajustes salariais e do salário mínimo reporão a
perda do poder de compra. O salário mínimo em 2011 perdeu por pouco da inflação
e há dúvidas sobre se os dissídios este ano ultrapassarão por margens
confortáveis a evolução dos índices de preços (como em 2010), em especial
diante de uma desaceleração da economia. Em 12 meses até março (último dado), o
salário real na indústria de transformação teve queda de 0,9%, ainda discreta,
mas significativa diante da longa série de aumentos no passado recente.
O total dos rendimentos das pessoas ocupadas na economia caiu 1,28% em março,
último dado divulgado. A massa salarial real na indústria de transformação
ainda cresce pelo aumento do emprego, que já se tornou residual na indústria e
tende a apresentar números negativos em um futuro próximo.
Os efeitos da política monetária sobre a situação do mercado de trabalho
determinarão, em boa parte, o comportamento da economia e o grau de acerto ou
erro do gradualismo do Banco Central, que obteve alguns sucessos até agora.
É impossível determinar a priori qual a dose de juros e de aperto monetário que
levará a economia a uma expansão moderada, com alguma folga na oferta de mão de
obra e modestos reajustes salariais. Se a redução do nível de atividade for
irrelevante ou pequena, haverá uma pressão adicional por indexação começando
dos salários, a inflação continuará acima da meta e a dose de juros terá de ser
maior.
A inflação fez o seu trabalho de sempre, corroendo o poder aquisitivo dos
assalariados, e sua colaboração está discretamente registrada na queda da
produção industrial de abril, de 2,1%, a maior desde dezembro de 2008. Alguns
setores de consumo de massa domésticos estão desacelerando sob o peso da
redução da demanda motivada pelos aumentos de preços - a concorrência dos
importados, o aperto seletivo de crédito e o aumento de juros fazem o resto do
serviço.
A disparada dos alimentos até abril deixou para trás mesmo os percentuais mais
generosos dos reajustes salariais concedidos em 2010. O aumento da cesta básica
em 16 capitais foi, na média, de 9,82% no ano - foi pior, de 12,5% em março. As
maiores altas estiveram disseminadas também por capitais do Nordeste, região
onde o desempenho de vendas e produção avançava com folga acima da média desses
indicadores no resto do país. Em Fortaleza, a alta em quatro meses foi de 19,3%
e de 19,8% em Goiânia.
O peso dos alimentos no orçamento doméstico atinge com mais força quem ganha
menos, as classes C e D, exatamente as que impulsionaram a economia para sua
mais alta taxa de crescimento em 25 anos, de 7,5% em 2010. Cerca de 60% das
pessoas ocupadas no país ganham até dois salários mínimos.
A resposta para a questão de que até que ponto a alta refreou o consumo no
varejo é imprecisa, pois os indicadores têm defasagens. Até março (último dado
disponível) o comércio varejista tinha reduzido pela metade sua velocidade de
crescimento, muito elevada em 2010, especialmente nos setores de hipermercados
e supermercados.
Essa corrosão do poder de compra pela inflação teve impacto no índice de
produção industrial de abril e não só no setor de alimentação. Segundo o IBGE,
entre as maiores influências para o recuo da taxa global da produção, na
comparação com abril de 2010, estão alimentos (-8,2%) e têxteis (-15,2%). Em
bens intermediários para a produção de alimentos, a queda foi ainda mais
intensa, de 19,4%. No acumulado do ano, a produção de "bens de salário" começa
a ser contida. Na indústria de alimentos, até abril, o recuo é de 1,4%, na de
bebidas, 3%, e na de calçados, têxteis ou vestuário, há estagnação ou pequena
queda. As fartas importações têm um papel nessa história.
A manutenção do dinamismo industrial, em uma situação de corrosão do poder de
compra, dependerá de se os reajustes salariais e do salário mínimo reporão a
perda do poder de compra. O salário mínimo em 2011 perdeu por pouco da inflação
e há dúvidas sobre se os dissídios este ano ultrapassarão por margens
confortáveis a evolução dos índices de preços (como em 2010), em especial
diante de uma desaceleração da economia. Em 12 meses até março (último dado), o
salário real na indústria de transformação teve queda de 0,9%, ainda discreta,
mas significativa diante da longa série de aumentos no passado recente.
O total dos rendimentos das pessoas ocupadas na economia caiu 1,28% em março,
último dado divulgado. A massa salarial real na indústria de transformação
ainda cresce pelo aumento do emprego, que já se tornou residual na indústria e
tende a apresentar números negativos em um futuro próximo.
Os efeitos da política monetária sobre a situação do mercado de trabalho
determinarão, em boa parte, o comportamento da economia e o grau de acerto ou
erro do gradualismo do Banco Central, que obteve alguns sucessos até agora.
É impossível determinar a priori qual a dose de juros e de aperto monetário que
levará a economia a uma expansão moderada, com alguma folga na oferta de mão de
obra e modestos reajustes salariais. Se a redução do nível de atividade for
irrelevante ou pequena, haverá uma pressão adicional por indexação começando
dos salários, a inflação continuará acima da meta e a dose de juros terá de ser
maior.
Muito pessimismo para pouca novidade
Muito pessimismo para pouca novidade
Junho começa de cara fechada nos mercados globais. Nada de muito novo foi
apresentado na quarta-feira, mas os indicadores financeiros pioram.
Os temas são os mesmos: menor crescimento da China, dados ruins nos Estados
Unidos e desconfiança com a capacidade de financiamento da Grécia e outros
pares europeus.
Acontece que ao contrário da terça-feira, quando o ambiente foi exatamente o
mesmo, no pregão de ontem esse quadro ditou o rumo dos mercados, ou serviu como
melhor explicação.
As bolsas americanas afundaram mais de 2%, e o petróleo também perdeu mais de
2%, mas ainda defendeu a linha dos US$ 100. No câmbio, o dólar ganhou valor,
mais por aversão ao risco do que porque qualquer outra coisa, enquanto o euro
devolveu parte dos ganhos recentes.
Para alguns operadores, tal comportamento do mercado tem cara de ajuste pós bom
humor de fim de mês. Todo fim de período, quem trabalha com cotas de fechamento
se mobilizada para melhorar o valor delas, afinal de contas sua remuneração
depende disso.
Nova Ptax deve impedir distorção do câmbio no fim de mês
O fato é que os dados sobre a atividade nos Estados Unidos e outros países vão
continuar apontando para baixo. E a crise de endividamento na Europa não tem
solução fácil.
Dentro de um ambiente de tamanha incerteza, os volumes negociados caem e a
volatilidade sobe, criando um cenário perfeito para aumento da oscilação de
humor entre pânico e euforia se não dentro do mesmo pregão em intervalos de
poucos dias.
Servindo de ilustração à falta de esperança de ontem, a taxa de retorno dos
títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos caiu abaixo de 3%, menor
leitura desde dezembro do ano passado.
Essa queda nas taxas americanas, que denotam menor otimismo e crescimento da
atividade, teve alguma influência na curva local, que voltou a perder prêmio de
risco.
A percepção nas mesas é de que o cenário traçado pelo Banco Central (BC) ganha
força. Além da redução da inflação em ambiente doméstico, a menor atividade nos
EUA, Europa e China tira ímpeto de alta das commodities, item que respondeu por
boa parte da inflação recente. Fica a dúvida quanto à resistência da inflação
de serviços no mercado local.
Olhando os contratos de juros de curto prazo, a curva seguiu sem grande
alteração. As duas altas de 0,25 ponto percentual na Selic continuam no preço,
mas também há apostas de apenas mais um aperto.
Tal discussão deve continuar ganhando corpo conforme nos aproximarmos da
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para a próxima
semana.
Mudando o foco para o câmbio local, findo o período de formação da Ptax (média
das cotações ponderada pelo volume), que contou com clara vitória do vendidos,
o mês começou com ares de ajuste técnico.
E esse movimento comprador ganhou força conforme cresceu a aversão ao risco no
ambiente externo. Uma boa medida do "medo do mercado" é o VIX, que mede a
volatilidade das opções no mercado americano, e disparou 18,45%, para 18,30
pontos.
Por aqui, o dólar comercial subiu 1,01%, e fechou a R$ 1,596 na venda.
Já no mercado futuro, o contrato para junho subia 0,78%, a R$ 1,604, antes do
ajuste final.
Nas mesas, a percepção é de que o dólar pode entrar em canal de alta, mirando o
R$ 1,63/R$ 1,64 testado no mês passado, para voltar a devolver toda a alta no
fim do mês.
Tal avaliação ganhará respaldo conforme o posicionamento dos agentes no mercado
futuro. Se a posição vendida dos estrangeiros seguir próxima dos US$ 18 bilhões
atuais, certamente a misteriosa pressão de baixa de fim de mês será vista agora
em junho.
Vale lembrar que este será o último mês no qual a Ptax será calculada como uma
média ponderada. Não é segredo para ninguém no mercado que todo o fim de mês os
agentes se articulam para manipular a formação dessa taxa da forma que lhes
convêm.
Por isso mesmo, o cálculo da Ptax será alterado em julho. A taxa será uma média
aritmética de quatro consultas feitas pelo BC entre 10 horas e 13 horas.
Dessa forma, pretende-se uma taxa mais transparente e que permitirá a
liquidação de operações mais cedo no dia. No modelo atual, a Ptax é divulgada
no fim do pregão, e, a partir de julho, sairá pouco depois das 13 horas.
Esse novo modelo também poderá gerar uma concentração de operações no período
da manhã. Outra crítica é que essa formação de taxa pode perder
representatividade, já que muitos estrangeiros só começam a operar após as 13
horas em função de fuso horário e outras questões práticas.
Junho começa de cara fechada nos mercados globais. Nada de muito novo foi
apresentado na quarta-feira, mas os indicadores financeiros pioram.
Os temas são os mesmos: menor crescimento da China, dados ruins nos Estados
Unidos e desconfiança com a capacidade de financiamento da Grécia e outros
pares europeus.
Acontece que ao contrário da terça-feira, quando o ambiente foi exatamente o
mesmo, no pregão de ontem esse quadro ditou o rumo dos mercados, ou serviu como
melhor explicação.
As bolsas americanas afundaram mais de 2%, e o petróleo também perdeu mais de
2%, mas ainda defendeu a linha dos US$ 100. No câmbio, o dólar ganhou valor,
mais por aversão ao risco do que porque qualquer outra coisa, enquanto o euro
devolveu parte dos ganhos recentes.
Para alguns operadores, tal comportamento do mercado tem cara de ajuste pós bom
humor de fim de mês. Todo fim de período, quem trabalha com cotas de fechamento
se mobilizada para melhorar o valor delas, afinal de contas sua remuneração
depende disso.
Nova Ptax deve impedir distorção do câmbio no fim de mês
O fato é que os dados sobre a atividade nos Estados Unidos e outros países vão
continuar apontando para baixo. E a crise de endividamento na Europa não tem
solução fácil.
Dentro de um ambiente de tamanha incerteza, os volumes negociados caem e a
volatilidade sobe, criando um cenário perfeito para aumento da oscilação de
humor entre pânico e euforia se não dentro do mesmo pregão em intervalos de
poucos dias.
Servindo de ilustração à falta de esperança de ontem, a taxa de retorno dos
títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos caiu abaixo de 3%, menor
leitura desde dezembro do ano passado.
Essa queda nas taxas americanas, que denotam menor otimismo e crescimento da
atividade, teve alguma influência na curva local, que voltou a perder prêmio de
risco.
A percepção nas mesas é de que o cenário traçado pelo Banco Central (BC) ganha
força. Além da redução da inflação em ambiente doméstico, a menor atividade nos
EUA, Europa e China tira ímpeto de alta das commodities, item que respondeu por
boa parte da inflação recente. Fica a dúvida quanto à resistência da inflação
de serviços no mercado local.
Olhando os contratos de juros de curto prazo, a curva seguiu sem grande
alteração. As duas altas de 0,25 ponto percentual na Selic continuam no preço,
mas também há apostas de apenas mais um aperto.
Tal discussão deve continuar ganhando corpo conforme nos aproximarmos da
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para a próxima
semana.
Mudando o foco para o câmbio local, findo o período de formação da Ptax (média
das cotações ponderada pelo volume), que contou com clara vitória do vendidos,
o mês começou com ares de ajuste técnico.
E esse movimento comprador ganhou força conforme cresceu a aversão ao risco no
ambiente externo. Uma boa medida do "medo do mercado" é o VIX, que mede a
volatilidade das opções no mercado americano, e disparou 18,45%, para 18,30
pontos.
Por aqui, o dólar comercial subiu 1,01%, e fechou a R$ 1,596 na venda.
Já no mercado futuro, o contrato para junho subia 0,78%, a R$ 1,604, antes do
ajuste final.
Nas mesas, a percepção é de que o dólar pode entrar em canal de alta, mirando o
R$ 1,63/R$ 1,64 testado no mês passado, para voltar a devolver toda a alta no
fim do mês.
Tal avaliação ganhará respaldo conforme o posicionamento dos agentes no mercado
futuro. Se a posição vendida dos estrangeiros seguir próxima dos US$ 18 bilhões
atuais, certamente a misteriosa pressão de baixa de fim de mês será vista agora
em junho.
Vale lembrar que este será o último mês no qual a Ptax será calculada como uma
média ponderada. Não é segredo para ninguém no mercado que todo o fim de mês os
agentes se articulam para manipular a formação dessa taxa da forma que lhes
convêm.
Por isso mesmo, o cálculo da Ptax será alterado em julho. A taxa será uma média
aritmética de quatro consultas feitas pelo BC entre 10 horas e 13 horas.
Dessa forma, pretende-se uma taxa mais transparente e que permitirá a
liquidação de operações mais cedo no dia. No modelo atual, a Ptax é divulgada
no fim do pregão, e, a partir de julho, sairá pouco depois das 13 horas.
Esse novo modelo também poderá gerar uma concentração de operações no período
da manhã. Outra crítica é que essa formação de taxa pode perder
representatividade, já que muitos estrangeiros só começam a operar após as 13
horas em função de fuso horário e outras questões práticas.
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