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sábado, 14 de dezembro de 2013

Café: Com alta na Bolsa de Nova York e dólar valorizado preço no mercado físico melhora
Escritório Carvalhaes

Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, trabalharam em alta esta semana e o dólar se valorizou frente ao real. Neste quadro as cotações no mercado físico brasileiro melhoraram 10 a 15 reais e o volume de negócios fechados cresceu.

Com Nova Iorque trabalhando em alta, os compradores se mostraram mais interessados e os lotes de melhor qualidade que chegaram ao mercado foram bastante disputados.

Estamos no meio do mês de dezembro e aparentemente a maioria dos produtores já vendeu o que precisava para cumprir os compromissos de final de ano. Assim, o volume de lotes oferecido ao mercado não é grande. Por outro lado, como o dia de Natal e o primeiro dia de 2014 cairão no meio da semana, muitos compradores já informaram que entrarão em férias coletivas a partir do dia 23, segunda-feira, retornando às atividades no dia 6 de janeiro. A próxima semana deverá ser a última do ano para os negócios de café no mercado físico brasileiro.

O CNC - Conselho Nacional do Café, com apoio da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, realizará em Brasília, nos dias 18 e 19 de dezembro, na Casa do Cooperativismo, o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil”. No evento, especialistas de mercado e lideranças do setor vão debater sobre o cenário atual e traçar um prognóstico para o futuro da cafeicultura no País (fonte: CNC).

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de novembro foram embarcadas 2.552.238 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 10% (291.613 sacas) menos que no mesmo mês de 2012 e 20% (628.812 sacas) a menos que no último mês de outubro. Foram 2.248.157 sacas de café arábica e 76.641 sacas de café conillon, totalizando 2.324.798 sacas de café verde, que somadas a 224.068 sacas de solúvel e 3.372 sacas de torrado, totalizaram 2.552.238 sacas de café embarcadas.

Até o dia 12, os embarques de dezembro estavam em 716.547 sacas de café arábica, e 19.693 sacas de café conilon, somando 736.240 sacas de café verde, mais 53.277 sacas de café solúvel, totalizando 789.517 sacas embarcadas, contra 695.784 sacas no mesmo dia de novembro. Até o dia 12 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 1.220.544 sacas, contra 1.322.440 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 6, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 13, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 885 pontos ou US$ 11.71 (R$ 27,34) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 06 a R$ 328,22/saca e hoje, dia 13 a R$ 355,98/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 395 pontos

Café volta a ganhar corpo e março bate nos 115 cents na ICE

  Os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com bons ganhos, com a posição março conseguindo se posicionar acima do nível psicológico de 115,00 centavos de dólar por libra peso, melhor patamar de preço desde 21 de outubro passado.

As ações do dia estiveram centradas em aquisições de aspecto especulativo. Novamente as arbitragens foram efetivas, dado que os robustas em Londres registraram avanços significativos ao longo dos últimos dias, o que havia feito com que os diferenciais com os arábicas tivesse diminuído de forma muito consistente.

O nível de 112,80 centavos, que era uma resistência importante, conseguiu finalmente ser ultrapassado e isso, como já era esperado, abriu espaço para que alguns stops de compra fossem acionados. Um operador ressaltou que, diante desse comportamento, o mercado consegue recompor ligeiramente os preços. Entretanto, salientou, o café ainda está dentro de um quadro sobrevendido e, desse modo, há algum espaço para se posicionar acima das mínimas de 85 meses, registradas em novembro. E nesse diapasão, é possível fechar o ano acima dos 100,00 centavos, contrariando várias opiniões baixistas registradas no mercado ao longo dos últimos meses.

No longo prazo, o quadro baixista ainda está estampado, amparado, prioritariamente, na oferta abundante, por conta, principalmente, das produções altas de países como Brasil, Vietnã e Colômbia.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve alta de 395 pontos, com 115,25 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 115,50 centavos e a mínima de 111,75 centavos, com o maio registrando ganho de 385 pontos, com 117,45 centavos por libra, com a máxima em 117,70 centavos e a mínima em 113,75 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve queda de 5 dólares, com 1.816 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 24 dólares, para o nível de 1.799 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela ação dos especuladores e fundos, que voltaram a se posicionar no lado comprador. O março gradativamente foi ganhando força e fechou perto da máxima da sessão, tendo, no after hours, ganhado ainda mais corpo. No segmento externo, o dia não trouxe grandes novidades. As bolsas de valores nos Estados Unidos ficaram estáveis, assim como o dólar em relação a várias moedas internacionais. Já o complexo de commodities softs teve ganhos para café, cacau e algodão, mas quedas para o açúcar e suco de laranja.

"Tivemos um mercado cafeeiro mais movimentado e volátil que o de outros segmentos. As altas vieram quase que naturalmente. Essa reação era esperada, já que Londres se mantém consistente e os diferenciais estavam se encurtando de maneira drástica. Dificilmente Londres vai inverter essa situação de forma rápida e, portanto, é possível que tenhamos um fator de sustentação para os preços, ao menos no curto prazo. Já numa visão mais longa, a tendência ainda não é das mais positivas", disse um trader.

Dados da Euronext/Liffe (bolsa de Londres) apontaram que os estoques de café certificado nessa casa de comercialização recuaram 32% nas últimas duas semanas, indo para 31.420 toneladas. Esse volume é referente ao dia 09 de dezembro, sendo que no informe anterior o montante estocado era de 45.900 toneladas.

As exportações brasileiras no mês de dezembro, até o dia 11, totalizaram 690.691 sacas de café, alta de 21,65% em relação as 567.773 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.930 sacas, indo para 2.667.848 sacas. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência em 115,50, 116,00, 116,50, 117,00, 117,50, 118,00, 118,50, 119,00, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 121,00, 121,50 e 122,00 centavos de dólar, com o suporte em 111,75, 111,50, 111,00, 110,50, 110,10-110,00, 109,80, 109,50, 109,35, 109,00, 108,50, 108,00, 107,50, 107,00, 106,50, 106,00, 105,80, 105,65 e 105,50 centavos.




Março volta a subir em Londres, mas fica abaixo dos US$ 1.800   

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com altas para as posições futuras, porém com um ligeiro revés para o janeiro, por conta das ações de rolagens. O março, apesar do avanço, não conseguiu se sustentar acima dos 1.800 dólares, depois de ter tocado na máxima de 1.813 dólares.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi de novas aquisições especulativas. Levantamento realizado pela bolsa londrina mostra que os estoques certificados nessa casa de comercialização recuaram 32% em duas semanas. Diante da fraqueza do montante armazenado e da percepção que a recomposição desse volume não se dará de um dia para o outro, os compradores se mostram mais efetivos e os ganhos ocorrem naturalmente.

"Tivemos mais liquidações no janeiro, que vai diminuindo o seu montante de contratos em aberto. Porém, os compradores foram consistentes no março, no maio e os ganhos se efetivaram. O spread entre o primeiro e o segundo contrato diminuiu significativamente", disse um trader.

O janeiro teve uma movimentação ao longo do dia de 5,35 mil contratos, contra 10,8 mil do março. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 17 dólares. No encerramento do dia, o janeiro teve queda de 5 dólares, com 1.816 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 24 dólares, para o nível de 1.799 dólares por tonelada.