Café tem reação moderada em dia movimentado na ICE
Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quarta-feira com valorização, permitindo que a posição maio voltasse a flutuar acima do patamar de 180,00 centavos. O dia foi de muitos contratos negociados e de manutenção das rolagens de posições, já que a notificação do maio se inicia no próximo dia 20. A sessão foi, mais uma vez, caracterizada pela tentativa de recuperação, com algumas ordens de compra sendo emitidas, mas, a exemplo dos últimos dias, encontrando algumas barreiras, já que os baixistas se mantêm ativos. A abertura do dia se deu com relativa fraqueza, no entanto, rapidamente algumas ordens de compra foram observadas, com a primeira posição chegando a acumular alta de 480 pontos. Nas máximas, no entanto, algumas vendas especulativas foram ativadas e fizeram com que os ganhos desacelerassem. Diferentemente da terça-feira, no entanto, alguma valorização conseguiu ser mantida ao final do pregão. Essa valorização foi, em parte, estimulada pelos mercados externos. As bolsas de valores nos Estados Unidos tiveram uma quarta-feira de boa recuperação, com reflexo em mercados de maior risco, como o de commodities. O dólar, por sua vez, teve retração em relação a uma cesta de moedas internacionais. Fundamentalmente, o mercado refletiu também uma análise da Organização Internacional do Café que avaliou que, mesmo diante de uma nova estimativa de safra mundial, no nível de 131 milhões de sacas, ainda se especula sobre uma disponibilidade curta do grão. No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 250 pontos com 180,65 centavos, sendo a máxima em 182,95 e a mínima em 177,90 centavos por libra, com o julho tendo valorização de 220 pontos, com a libra a 182,65 centavos, sendo a máxima em 185,00 e a mínima em 180,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou ganho de 34 dólares, com 2.009 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 28 dólares, com 2.019 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ações predominantemente de altas. Ao longo de parte da manhã, uma tentativa de equilibrar as cotações foi registrada, entretanto, diferentemente da sessão anterior, o intento não teve continuidade, já que os compradores voltaram a ganhar corpo. "Tivemos um volume alto de negócios e muitas rolagens. Basicamente, operamos amparados em aspectos mais técnicos, mas ainda nos posicionamos relativamente longe de uma correção técnica efetiva, ainda que o cenário técnico aponte para um quadro sobrevendido", indicou um trader. O Fundo Monetário Internacional lançou novo estudo que traz perspectivas negativas para as nações exportadores de commodities em 2012 e 2013. As cotações, inclusive as do petróleo, segundo a entidade, podem ter desvalorização num reflexo do declínio da atividade econômica mundial. O Fundo recomenda aos países afetados "aproveitar as vantagens" dos preços ainda altos para prepararem-se para os tempos de vacas magras. A instituição indica que o café e também os metais podem ser afetados por mais baixas. As exportações de café de Honduras tiveram um aumento de 63% em março, se comparado com o mesmo mês do ano anterior, somando 913.543 sacas, indicou o Instituto de Café de Honduras. Ao longo da sessão 2011/2012, iniciada em 1 de outubro, até o dia 10 de abril, as remessas do país tiveram um incremento de 17%, somando 2,67 milhões de sacas. Nesta temporada, o preço médio da libra exportada pelo país foi de 2,19 dólares, contra 2,34 dólares do ano anterior. As exportações brasileiras de café em abril, até o dia 10, somaram 335.361 sacas, contra 242.095 sacas registradas no mesmo período do mês passado, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.682 sacas, indo para 1.533.397 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 55.000 lotes, com as opções tendo 846 calls e 666 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 182,95-183,00, 183,50-183,60, 184,00, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,45-190,50 e 191,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 177,90-177,80, 177,50, 177,10-177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00 e 171,50 centavos por libra.
NOVA YORK FECHA COM VALORIZAÇÃO MOTIVADO POR MERCADOS EXTERNOS
Nova York, 11 - As cotações do café arábica encerraram em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mas a sessão foi pacata considerando o susto com o tsunami de magnitude 8.6 na Indonésia, quarto maior produtor da commodity no mundo. O mercado recebeu impulso de fatores externos, particularmente da firmeza dos mercados acionários, mas havia poucas notícias ligadas aos fundamentos para impulsionar os preços acentuadamente. Marcio Bernardo, da corretora Newedge, afirmou que nem as torrefadoras nem os produtores estavam ativos nesta quarta-feira. O contrato maio terminou com valorização de 1,4%, cotado a 180,65 cents por libra-peso, após ter atingido a mínima intraday de 182,95 cents por libra-peso. Veja na tabela abaixo como ficaram os principais vencimentos do produto na Liffe e na ICE.
NY FECHA EM ALTA COM RECUPERAÇÃO TÉCNICA
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços mais altos. As cotações subiram bem frente a uma recuperação técnica após recentes perdas e diante de um dia mais tranquilo nos mercados financeiros e para outras commodities. A queda do dólar contra outras moedas deu sustentação às commodities, com o petróleo e o índice de commodities CRB tendo avanços, e com o arábica em NY seguindo. A valorização das bolsas de valores na Europa e Estados Unidoscontribuíram para os ganhos do café. As notícias de terremoto na Indonésia, com temores de tsunamis, e dos efeitos para os cafezais do país preocuparam o mercado, mas sem grandes implicações no final das contas. As informações partem de agências internacionais. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 180,95 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 2,80 centavos, oude 1,6%. A posição julho fechou a 182,80 cents, com elevação de 2,35 cents,ou de 1,3%.
Londres interrompe seqüência e volta a ter ganhos na ICE
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com ganhos, interrompendo uma seqüência de perdas e permitindo que a posição maio voltasse a se posicionar acima do nível de 2.000 dólares. As rolagens de posições, notadamente entre maio e julho, continuaram bastante ativas na casa de negociações de commodities do Reino Unido. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pelas compras especulativas no segmento café, com o grão acompanhando a retomada do bom humor em mercados internacionais de maior risco. Adicionalmente, um terremoto de 8,6 graus na escala Richter na Indonésia também estimulou algumas aquisições em Londres, com vários operadores demonstrando temores com algum reflexo do cismo sobre as áreas produtoras desse país asiático. Ao longo do dia, devido ao fuso horário, poucas informações foram obtidas junto ao setores produtores de café, no entanto, notícias prévias vindas do país indicam que o tremor não deve trazer prejuízos a maior parte das lavouras. "A soma desses fatores externos com os técnicos permitiram uma reversão do quadro que vinha perdurando desde a semana passada. Assim, rapidamente, recuperamos terreno e voltamos para o nível de 1.800 dólares", disse um trader. O maio na bolsa londrina tem 28,6 mil contratos em aberto, contra 40,0 mil do julho. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 6,85 mil lotes, com o julho tendo 6,69 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 10 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou ganho de 34 dólares, com 2.009 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 28 dólares, com 2.019 dólares por tonelada.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Cenário de abastecimento de café mundial é de precaução
Cenário de abastecimento de café mundial é de precaução
Especialistas no setor cafeeiro indicaram um cenário de precaução quanto à oferta de café, mesmo com um aumento das estimativas para a próxima temporada cafeeira, dentro de um "debate intenso" sobre o tamanho da safra brasileira. A OIC (Organização Internacional do Café) aumentou em 2,4 milhões de sacas, para 131 milhões de sacas a estimativa para a produção de 2011/2012, com um incremento nos volumes obtidos nas lavouras da Índia e do Peru, país que deve ter uma produção de 5,2 milhões de sacas e que já se posiciona entre "as maiores nações produtoras do grão". A entidade intergovenamental também notou que a "situação do abastecimento é menor alarmante" na América Central, região em que os problemas climáticos parecem ter causados prejuízos menores que os esperados, sendo que se verificou, então, um aumento para estimativa de safra em países como Costa Rica, Honduras e Guatemala. A "garantia de abastecimento regular" dessa região fez com que o mercado tivesse uma pressão menor, o que contribuiu para o declínio dos preços, que já caíram mais de 20% na bolsa de Nova Iorque ao longo de 2012. No entanto, a Organização demonstrou preocupação quanto à continuidade das estimativas sobre a disponibilidade cafeeira, indicando que o Brasil, que em 2012/2012 terá um ciclo de alta, pode não ter o incremento de volume esperado para outras origens. Por sua vez, o alto custo de produção e de insumos, como os de combustíveis, deve ter um impacto negativo sobre a produção, segundo a OIC, que sustenta que os cafeicultores devem "buscar reduzir o uso de vários desses insumos, o que poderá refletir em uma retração da capacidade produtiva." A entidade evidencia que, diante desse quadro, mesmo o Brasil pode ter a garantia de uma produção consistente. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) avaliou que o Brasil deve produzir em 2012/2013 um montante de 50,6 milhões de sacas, 16,2% a mais que no ano anterior, sendo 37,7 milhões de sacas de arábica e 12,9 milhões de sacas de robusta. "É importante notar que o tamanho dessa safra ainda é objeto de intenso debate subjetivo", indicou a Organização, que ressaltou que "alguns membros independentes do mercado avaliam que a produção deverá ser substancialmente maior que a da Conab", indicou. "Alguns agrônomos, por outro lado, relatam poucas chuvas em várias regiões produtoras, principalmente na zona da Mata mineira, Espírito Santo e Bahia no momento de desenvolvimento do grão e isso pode afetar a produção", complementou.
Especialistas no setor cafeeiro indicaram um cenário de precaução quanto à oferta de café, mesmo com um aumento das estimativas para a próxima temporada cafeeira, dentro de um "debate intenso" sobre o tamanho da safra brasileira. A OIC (Organização Internacional do Café) aumentou em 2,4 milhões de sacas, para 131 milhões de sacas a estimativa para a produção de 2011/2012, com um incremento nos volumes obtidos nas lavouras da Índia e do Peru, país que deve ter uma produção de 5,2 milhões de sacas e que já se posiciona entre "as maiores nações produtoras do grão". A entidade intergovenamental também notou que a "situação do abastecimento é menor alarmante" na América Central, região em que os problemas climáticos parecem ter causados prejuízos menores que os esperados, sendo que se verificou, então, um aumento para estimativa de safra em países como Costa Rica, Honduras e Guatemala. A "garantia de abastecimento regular" dessa região fez com que o mercado tivesse uma pressão menor, o que contribuiu para o declínio dos preços, que já caíram mais de 20% na bolsa de Nova Iorque ao longo de 2012. No entanto, a Organização demonstrou preocupação quanto à continuidade das estimativas sobre a disponibilidade cafeeira, indicando que o Brasil, que em 2012/2012 terá um ciclo de alta, pode não ter o incremento de volume esperado para outras origens. Por sua vez, o alto custo de produção e de insumos, como os de combustíveis, deve ter um impacto negativo sobre a produção, segundo a OIC, que sustenta que os cafeicultores devem "buscar reduzir o uso de vários desses insumos, o que poderá refletir em uma retração da capacidade produtiva." A entidade evidencia que, diante desse quadro, mesmo o Brasil pode ter a garantia de uma produção consistente. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) avaliou que o Brasil deve produzir em 2012/2013 um montante de 50,6 milhões de sacas, 16,2% a mais que no ano anterior, sendo 37,7 milhões de sacas de arábica e 12,9 milhões de sacas de robusta. "É importante notar que o tamanho dessa safra ainda é objeto de intenso debate subjetivo", indicou a Organização, que ressaltou que "alguns membros independentes do mercado avaliam que a produção deverá ser substancialmente maior que a da Conab", indicou. "Alguns agrônomos, por outro lado, relatam poucas chuvas em várias regiões produtoras, principalmente na zona da Mata mineira, Espírito Santo e Bahia no momento de desenvolvimento do grão e isso pode afetar a produção", complementou.
CAFÉ: TAMANHO DA SAFRA 2012/13 É QUESTIONÁVEL, AFIRMA OIC
Preços do café têm nível mais baixo em 17 meses, aponta OIC O indicador de preços do café da Organização Internacional do Café registrou queda de 8% em março na comparação com fevereiro, para US$ 1,6777 a libra-peso. É o mais baixo nível mensal desde outubro de 2010. De acordo com a entidade, as quedas dos preços do café arábica tiveram um efeito negativo sobre a média mensal do indicativo da OIC, enquanto os preços da variedade robusta aumentaram no período. A produção total dos países exportadores na temporada 2011/12 é estimada em torno de 131 milhões de sacas, queda de 2,4% em relação ao período anterior. O recuo é atribuído principalmente ao declínio em algumas regiões, como a Ásia, Oceania e América do Sul, prejudicadas por condições climáticas desfavoráveis. Para a safra 2012/13, a OIC diz que a única informação divulgada é a primeira estimativa oficial do Brasil, em torno de 50,6 milhões de sacas. Mas a entidade alerta que o tamanho da safra brasileira está sujeito a um grande debate, pois apesar das especulações de uma grande colheita diante da bienalidade da cultura, alguns agrônomos reportam falta de chuvas no estágio de desenvolvimento dos grãos em algumas regiões produtoras, especialmente na Zona da Mata em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. As exportações dos países exportadores em fevereiro totalizaram 9,3 milhões de sacas, aumento de 7,6% em relação ao mesmo mês de 2011. O total dos embarques no acumulado do período 2011/12 (de outubro de 2011 a fevereiro de 2012) somou 41,5 milhões de sacas, queda de 1,8% contra a temporada anterior.
CAFÉ: TAMANHO DA SAFRA 2012/13 É QUESTIONÁVEL, AFIRMA OIC
Nova York, 11 - O tamanho da safra 2012/13 de café do Brasil tem sido questionado intensamente, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), já que algumas fontes independentes têm feito previsões substancialmente maiores que as oficiais, enquanto agrônomos alertam para condições climáticas desfavoráveis. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção brasileira será de 50,6 milhões de sacas. A safra, que começou a ser colhida recentemente, corresponde a um ciclo de alta de produção. A OIC observou, contudo, que alguns agrônomos apontam para uma falta de chuvas em várias áreas nas quais os grãos estão na fase de desenvolvimento, particularmente na Zona da Mata mineira, Bahia e Espírito Santo. Há pouco, o contrato maio negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) subia 225 pontos (1,26%), a 180,40 cents/lb. No entanto, a commodity acumula queda de 20% neste ano. A OIC afirma que "há perspectivas limitadas de aumento na produção de café em outros países". "Os custos da mão de obra e os preços mais caros dos produtos derivados do petróleo devem ter um impacto negativo na renda dos agricultores, repercutindo na produtividade". As informações são da Dow Jones.
CAFÉ: TAMANHO DA SAFRA 2012/13 É QUESTIONÁVEL, AFIRMA OIC
Nova York, 11 - O tamanho da safra 2012/13 de café do Brasil tem sido questionado intensamente, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), já que algumas fontes independentes têm feito previsões substancialmente maiores que as oficiais, enquanto agrônomos alertam para condições climáticas desfavoráveis. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção brasileira será de 50,6 milhões de sacas. A safra, que começou a ser colhida recentemente, corresponde a um ciclo de alta de produção. A OIC observou, contudo, que alguns agrônomos apontam para uma falta de chuvas em várias áreas nas quais os grãos estão na fase de desenvolvimento, particularmente na Zona da Mata mineira, Bahia e Espírito Santo. Há pouco, o contrato maio negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) subia 225 pontos (1,26%), a 180,40 cents/lb. No entanto, a commodity acumula queda de 20% neste ano. A OIC afirma que "há perspectivas limitadas de aumento na produção de café em outros países". "Os custos da mão de obra e os preços mais caros dos produtos derivados do petróleo devem ter um impacto negativo na renda dos agricultores, repercutindo na produtividade". As informações são da Dow Jones.
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