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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quadro negro permanece e café volta a registrar perdas na ICE Futures
Os contratos futuros de café arábica tiveram mais um dia de pressão para os preços na ICE Futures US. Mantendo o quadro amplamente negativo, outras perdas foram reportadas para o grão na sessão desta sexta-feira, com a posição maio chegando a romper o nível psicológico de 140,00 centavos, ainda que o fechamento tenha se dado ligeiramente acima desse patamar.
Mais uma vez, a predominância das operações na bolsa nova-iorquina foi de rolagens de posições, principalmente entre março e maio, com o primeiro contrato passando a ser notificado a partir do próximo dia 20. Ao longo de boa parte do dia, os preços não experimentaram grande movimentação, com uma volatilidade consideravelmente curta. No entanto, na segunda metade da sessão, os vendedores se mostraram um pouco mais efetivos e conseguiram romper o patamar psicológico do maio, sem, contudo, se observar uma continuidade nas ordens de venda ou acionamento de stops mais efetivos. Isso permitiu fazer com que o fechamento se desse num nível relativamente modesto de baixa, mas dentro de uma perspectiva amplamente negativa para o café.
Tecnicamente, o mercado se mostra baixista no curto e longo prazo, com muitos players continuando a bater na tecla da produção considerável do Brasil em 2012 e 2013 e o potencial que esse volume de café do maior produtor mundial vai permitir dar ao quadro de disponibilidade, que, na visão desses operadores, se tornaria bem mais confortável que aquela verificada ao longo dos últimos anos.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve queda de 105 pontos, com 136,95 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 138,20 centavos e a mínima de 136,45 centavos, com o maio tendo retração de 55 pontos, com 140,20 centavos por libra, com a máxima em 141,10 centavos e a mínima em 139,65 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 30 dólares, com 2.066 dólares por tonelada, com o março apresentou queda de 8 dólares, com 2.022 dólares por tonelada, com o maio tendo perda de 2 dólares, no nível de 2.057 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi, mais uma vez, caracterizado por ações de caráter técnico, com um quadro negativo evidenciado, principalmente pelas liquidações empreendidas pelos especuladores. Os compradores, por sua vez, se mostram cada vez menos estimulados, sem fôlego e dão oportunidade para que novos níveis de baixa, como foi o caso dos 140,00 centavos para o maio, sejam testados sem maiores transtornos.
"Temos um quadro fundamental que não enseja uma queda tão profunda, no entanto, o que se verifica é um quadro de pressão extrema. Uma previsão de um grande banco nesta semana indicou que teremos uma disponibilidade mais 'folgada' nesta temporada, devido, efetivamente, à safra do Brasil e isso abriu espaço para os baixista se tornarem ainda mais confiantes. A tendência é pouco animadora e, assim como o maio rompeu facilmente os 140,00 centavos nesta sexta ele poderá repetir essa tendência na próxima semana e buscar novos intervalos de baixa", disse um trader.
"A pressão sobre os preços do arábica em Nova Iorque e do outro lado, a força do mercado interno brasileiro, que já passou das 20 milhões de sacas por ano (o Brasil é o maior comprador e consumidor do café brasileiro), esta levando a uma distorção na cotação do café verde no Brasil. Diminui dia a dia o diferencial entre arábicas de boa qualidade e finos em relação aos mais fracos e ao conillon, utilizados em larga escala pelo consumo interno brasileiro. Boa parte dos lotes de ligas de consumo, comprados no ano passado para serem entregues e pagos agora por torrefações brasileiras, estão com preços próximos, em alguns casos superiores, aos oferecidos atualmente pelo mercado para cafés arábica de boa qualidade", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal.
Os estoques de café verde dos Estados Unidos, no final de janeiro tiveram alta de 39.736 sacas, indo para 4.775.561 sacas, de acordo com estatísticas emitidas pela CGA (Green Coffee Association). No final de dezembro, os armazéns do país ostentavam um total de 4.735.825 sacas.
As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia 14, totalizaram 522.508 sacas, alta de 31,55% em relação às 397.176 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 6.025 sacas, indo para 2.669.873 sacas.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 52.803 lotes, com as opções tendo 2.780 calls e 2.642 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência em 138,20, 138,50, 139,00, 139,25, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 141,00, 141,50, 141,65, 142,00, 142,50, 143,00, 143,30, 143,50, 144,00, 144,45-144,50, 144,90-145,00, 145,50, 145,70 e 146,00 com o suporte em 136,45, 136,00, 135,50, 135,10-135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50, 131,00, 130,50 e 130,10-130,00 centavos.
Londres fecha semana negativa com preços próximos da estabilidade
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com quedas, ainda que ligeiras, mas mantendo um quadro negativo, que fez com que a posição maio se distanciasse do nível psicológico de 2.100 dólares. Mais uma vez, o mercado foi caracterizado pela predominância das ações e rolagens de posição, principalmente entre o março e maio.
De acordo com analistas internacionais, a sexta-feira foi caracterizada por poucas novidades. Ao longo do pregão, a posição maio chegou a esboçar alguma reação e bateu no nível de 2.070 dólares, mas não conseguiu dar continuidade às compras. Com isso, gradativamente, uma desaceleração foi proporcionada e a mínima chegou a tocar os 2.047 dólares. Nesse patamar foram registradas algumas recompras e aquisições de torrefadores, o que permitiu fazer com que o fechamento se desse próximo da estabilidade. O março na bolsa britânica tem cerca de 29,1 mil contratos em aberto, contra 41,4 mil do maio.
"Tivemos uma sessão sem maiores novidades, com ações técnicas e baseadas, principalmente, nas rolagens de posição. Foi uma semana de perdas para o café, sendo que, efetivamente, um novo intervalo, abaixo dos 2.100 dólares passou a ser predominante", disse um trader.
O março teve uma movimentação ao longo do dia de 6,08 mil contratos, contra 7,66 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 35 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou queda de 8 dólares, com 2.022 dólares por tonelada, com o maio tendo perda de 2 dólares, no nível de 2.057 dólares por tonelada.
Dólar sobe com atuação do BC e mercado vê sinal de piso em R$ 1,95
SÃO PAULO - O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, após o Banco Central
repetir a sexta-feira passada e realizar hoje mais um leilão de swaps cambiais
reversos. Para muitos operadores, a intervenção sinaliza o novo piso para o
câmbio, mesmo que alguns ainda não concordem e vejam espaço para novas quedas
da moeda americana.
O dólar comercial fechou em alta de 0,36%, a R$ 1,965, após operar entre R$
1,951 e R$ 1,971 entre mínima e máxima no dia. Na Bolsa de Mercadorias &
Futuros (BM&F), o contrato de dólar futuro para março subiu 0,56%, a R$ 1,9720.
Assim como na última sexta, o anúncio do leilão de swaps reversos, cujo efeito
é o de uma compra de dólar futuro, veio quando o dólar era cotado próximo a R$
1,95. A coincidência, para alguns agentes, indica que esse seria o novo piso
para a moeda.
"A leitura é que o BC está sinalizando o novo piso", disse David Beker, chefe
de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch no Brasil. "É uma
sinalização importante, já que por duas vezes fez leilão de swaps nesse nível."
Segundo o executivo do BofA, a expectativa é que o mercado volte a tentar
puxar o dólar para abaixo de R$ 1,95 para ver se o BC realmente defenderá esse
patamar. Para Beker, pelo menos no curto prazo, a autarquia efetivamente atuará
para sustentar esse piso.
O estrategista de volatilidade cambial do BNP Paribas, Vasilis Koutsaftis,
acredita que o objetivo do BC com os dois leilões de swaps reversos foi mesmo
estabelecer uma nova banda cambial. Ela teria piso em R$ 1,95 e teto entre R$ 2
e R$ 2,05. Segundo ele, as taxas devem se acomodar, reduzindo
significativamente a volatilidade do câmbio, que disparou nas últimas semanas.
No leilão de hoje, a autarquia vendeu todos os 27 mil contratos que ofereceu,
com valor equivalente a US$ 1,348 bilhão. Em conjunto com os US$ 502 milhões do
leilão da semana passada, o BC conseguiu antecipar todo o seu lote de US$ 1,85
bilhão em swaps tradicionais (cujo efeito é o de uma venda de dólar futuro) que
venceria em 1 de março.
Para Beker, do BofA, com a antecipação do vencimento dos swaps tradicionais, o
BC "zerou" sua posição em derivativos cambiais. Além da possibilidade de R$
1,95 ser realmente o piso, há também a chance de a autarquia promover novo
leilão de swaps reversos e, dessa forma, ficar "comprado" em dólares, o que
indicaria um piso acima desse patamar indicado hoje.
Para alguns operadores, porém, mesmo com o leilão de hoje ainda é cedo para
considerar R$ 1,95 como piso para o câmbio."O dólar caiu 10 centavos em duas
semanas. O movimento de correção foi muito forte nos últimos quinze dias",
disse Flavio Serrano, economista-sênior do Banco Espírito Santo de
Investimentos. "O BC ainda está preocupado em não permitir quedas fortes num
período muito curto. Se a baixa for mais gradual, até é possível o dólar cair
mais."
Segundo Serrano, a definição do nível de R$ 1,95 como piso dependeria, ainda,
de mais atuações do BC defendendo esse patamar. No BES, a convicção é que o
real ainda tem espaço para se apreciar, dados os fundamentos da economia
brasileira. Isso só não acontece, segundo Serrano, por conta da interferência
do governo.
Hoje em Moscou, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o câmbio "não é
instrumento para controlar a inflação, o instrumento é juro". Na semana
passada, ele havia dito que o governo não permitiria que o dólar caísse a R$
1,85, o que na ocasião foi interpretado como novo piso pelo mercado, que forçou
uma queda da moeda que só foi interrompida pelo leilão de swaps do BC.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Novas declarações do Governo podem mexer com DIs
São Paulo, 15 de fevereiro de 2013 - Depois da alta registrada nos
contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) mais curtos no pregão de hoje, o
mercado de juros futuros deve continuar a ser influenciado por possíveis
declarações de representantes da política monetária do governo.
Ures Folchini, vice-presidente de Tesouraria do Banco WestLB, ressalta que a
alta de hoje dos juros refletiu as declarações do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, que se mostrou preocupado com a alta da inflação. Mantega está em
Moscou, para participar da reunião dos ministros das Finanças dos países do
G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes).
"A interpretação do mercado foi de que existe a possibilidade de o Banco
Central voltar a elevar a taxa básica de juros para controlar a inflação, em
vez de valorizar o real ante o dólar", afirma Folchini.
O vice-presidente de Tesouraria do WestLB diz que o Boletim Focus, a ser
divulgado na segunda-feira, pode ainda não refletir essa nova expectativa de
juros maiores, pois a maioria dos economistas ouvidos pelo Banco Central pode
ter entregado suas projeções antes da fala de Mantega.
Folchini ressalta que os juros futuros devem continuar refletindo novas
declarações de autoridades ligadas à política monetária. Se não houver
novidades, os DIs podem sofrer um ajuste em relação ao movimento de hoje,
considerando ainda que o mercado deve ter menos liquidez devido ao feriado nos
Estados Unidos.
No pregão de hoje, o contrato mais líquido foi o com vencimento em janeiro
de 2014, que avançou de 7,41% para 7,62%, com giro financeiro de
R$ 104,427 bilhões, seguido do para janeiro de 2015, com alta de 8,19% para
8,30%, movimentando R$ 59,337 bilhões.
Entre os DIs com vencimento mais curto, o para julho de 2013 aumentou de
7,12% para 7,17% (R$ 55,399 bilhões), o para julho de 2014 passou de 7,76% para
7,94% (R$ 11,996 bilhões) e o para outubro de 2013 expandiu de 7,26% para
7,41% (R$ 4,620 bilhões).
Em relação aos contratos mais longos, o para janeiro de 2017 caiu de 9,02%
para 8,99% (R$ 25,452 bilhões) e o para janeiro de 2011 recuou de 9,70% para
9,59% (R$ 1,763 bilhão).
O número de contratos negociados atingiu 3.239.612, mais que o dobro em
relação ao pregão de ontem. O volume financeiro das operações atingiu
R$ 287,046 bilhões.
Dólar
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje em alta com alta de
0,35% ante o real, a R$ 1,9630 para compra e a R$ 1,9650 para venda, depois de o
Banco Central (BC) realizar uma oferta de contratos de swap cambial reverso.
A valorização também ocorreu após o Mantega afirmar que o governo não
vai deixar a cotação do real avançar mais em relação à moeda-norte
americana, de acordo com Folchini. "Primeiro vieram as declarações de que o
governo não quer deixar o dólar cair muito. Depois, veio a atuação, por meio
do leilão, confirmando isso", diz.
O Banco Central (BC) vendeu o lote integral com 27 mil contratos de swap
cambial reverso na operação realizada na manhã de hoje, o que corresponde a
um volume financeiro de, aproximadamente, US$ 1,349 bilhão. A data da
liquidação da operação é segunda-feira, dia 18.
Assim como os juros futuros, o mercado de câmbio também deve sofrer
influência caso haja novas declarações de representantes da política
monetária do governo. Durante esta sexta-feira, a moeda norte-americana oscilou
entre a mínima de R$ 1,9510 e a máxima de R$ 1,9710. Na semana, a divisa
acumulou recuo de 0,35%.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em março valorizou
0,56%, a R$ 1.972,000, e o com vencimento em abril avançou 0,17%, cotado a
R$ 1.973,000.
Bovespa fecha em baixa entre pressão de OGX e alta de bancos
SÃO PAULO - Dados positivos da economia americana e declarações de membros e
ex-membros do governo conseguiram espantar nesta sexta-feira a apatia observada
na bolsa brasileira ao longo desta semana, mais curta por causa do Carnaval.
Depois de titubear no fim da semana passada com receio de que o governo usasse
o câmbio para conter a inflação, hoje o mercado mudou de rumo, após o ministro
Guido Mantega deixar claro que o câmbio não é o instrumento para controlar a
inflação, mas os juros.
A Bovespa chegou a operar em alta no início do pregão, ajudada por dados da
economia americana um pouco mais animadores. Porém, conforme as bolsas
americanas perderam força, o mercado doméstico acompanhou o movimento e fechou
abaixo da linha de 58 mil pontos, pressionado principalmente pelas ações da
OGX, que caíram 6,48%, para R$ 3,46, a menor cotação em mais de quatro anos.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,30%, aos 57.903 pontos, com volume de R$ 7,007
bilhões. Desta forma, a bolsa brasileira acumulou baixa de 1,02% nesta semana,
perde 3,11% no mês e 5% no ano. Em Nova York, por volta das 18h15, o índice Dow
Jones recuava 0,25%, o Nasdaq caía 0,36% e o S&P 500 perdia 0,33%.
O recado dado pelo ministro Mantega foi entendido pelo mercado como uma
sinalização de que poderá haver mudanças na política monetária em breve, com
alta dos juros. Juntou-se à fala do ministro uma entrevista publicada hoje pelo
Valor, com o ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo, para quem a alta dos
juros deve começar em abril.
As declarações impulsionaram o setor bancário. "O mercado vê alta dos juros
como sinônimo de lucro maior para os bancos", afirma o chefe de análise da SLW
Corretora, Pedro Galdi. "A expectativa é que haja recuperação nos resultados do
setor financeiro caso os juros subam", disse o estrategista da Futura
Corretora, Luis Gustavo Pereira.
A perspectiva geral dos analistas para os bancos neste ano era de pressão sobre
as margens financeiras e rentabilidade menor, devido à expectativa de
manutenção da taxa básica de juros em nível historicamente baixo, explica o
analista da BB Investimentos Carlos Daltozo. Porém, a possibilidade de aumento
da Selic já nos próximos meses fez com que os analistas repensassem suas
projeções. "A alta da Selic reduzirá a pressão sobre a margem financeira",
afirma Daltozo.
O setor também se beneficiou de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que abriu precedente para que as instituições recebam os valores
emprestados a empresas que entraram em recuperação judicial. Pela decisão da
corte, os créditos garantidos por recebíveis estão fora do processo de
recuperação. "Enxergamos a notícia como positiva para os bancos brasileiros em
geral, dado que a decisão pode ajudar o processo de recuperação de crédito
nestes casos particulares", disse a equipe de análise do Espírito Santo
Investment Bank Research, em relatório.
Itaúsa PN (4,67%) liderou os ganhos do Ibovespa, ao lado de Itaú PN (4,64%),
Bradesco PN (4,42%), Santander Unit (3,45%) e Banco do Brasil ON (2,52%).
Entre as ações mais negociadas, Vale PNA perdeu 0,76% a R$ 36,47; e Petrobras
PN recuou 0,22%, a R$ 17,63. Operadores não viram motivos para a baixa dos
papéis, além da pressão dos "vendidos" para o vencimento de opções sobre ações
que acontece na segunda-feira.
Na ponta negativa do Ibovespa ficaram, além de OGX, CCR ON (-5,08%), BR Malls
ON (-4,44%) e Lojas Renner ON (-4,29%). Também caíram outras varejistas como
Hering ON (-3,60%) e Americanas PN (-3,52%) e construtoras como Gafisa ON
(-3,08%) e Rossi ON (-2,25%). Ao contrário dos bancos, esses setores são
prejudicados pela alta dos juros, o que encarece o crédito e diminui o consumo
das famílias, explica Galdi.
A expectativa do especialista para a próxima semana é que os negócios na
Bovespa ganhem força somente a partir de quarta-feira, quando a agenda de
indicadores ganhará força, com a divulgação da ata do Fed, banco central
americano. Na segunda-feira, apesar do vencimento de opções sobre ações, o
volume na Bovespa tende a ser enxuto devido ao feriado do Dia do Presidente nos
Estados Unidos, o que deve deixar a maior parte dos investidores estrangeiros
fora do mercado. "Essa semana foi apática por causa do Carnaval e a próxima vai
começar devagar devido a esse feriado lá fora", disse Galdi.
PERSPECTIVA:Bolsa seguirá em queda na segunda-feira, com feriado nos EUA
São Paulo, 15 de fevereiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deve seguir em terreno negativo na segunda-feira, com
movimentação financeira abaixo da média, devido ao feriado do Dia do
Presidente nos Estados Unidos. O mercado também deve ser influenciado pelo
vencimento de opções sobre ações, podendo elevar levemente o volume
negociado.
Para Walter Mendes, sócio-diretor da Cultivest Asset Management, o
movimento deve ser influenciado pela especulação de que o Banco Central (BC)
possa elevar a Selic (taxa básica de juros). "Com o feriado nos Estados
Unidos, o dia deve ser bem parado na bolsa. O que pode movimentar mais é a
expectativa de que a Selic seja aumentada. Essa é uma discussão que pode
movimentar o mercado nos próximos dias, com uma percepção maior de que o
governo pode combater a inflação com o aumento dos juros", afirmou o
especialista.
O sócio-diretor da Cultivest acrescenta que o exercício de opções pode
trazer volatilidade para os papéis da Petrobras e da Vale, "mas não sei se
vai pesar tanto no Ibovespa, quanto a especulação sobre o aumento dos juros".
Segundo José Costa, diretor da Máxima Corretora, o Ibovespa está muito
descolado dos mercados internacionais e que a tendência é de ter mais um
pregão de queda na segunda-feira. "Hoje, o que segurou o Ibovespa foram os
bancos. Se não tivesse essa alta, a nossa bolsa teria caído mais forte",
afirmou o especialista.
De acordo com Marcelo Cincão, sócio-diretor da TAO Investimentos, as
valorizações dos papéis dos bancos repercutiram a decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) de que créditos garantidos por cessão fiduciária
estão fora do processo de recuperação judicial de empresas. Com isso, as
instituições financeiras poderão recuperar valores emprestados sem se
submeterem às assembleias gerais de credores, conforme reportagem publicada no
jornal "Valor Econômico" de hoje.
No pregão de hoje, as maiores altas do Ibovespa foram apresentadas pelos
papéis preferenciais da Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco Itaú
Unibanco, com valorização de 4,67% a R$ 10,31, seguido pelo papel PN do Itaú
Unibanco (ITUB4), com ganho de 4,64% a R$ 35,18 e pela ação preferencial do
Bradesco (BBDC4), com avanço de 4,42% a R$ 36,36. No entanto, o Ibovespa
encerrou com queda de 0,30% aos 57.903 pontos. Entre as maiores quedas do dia, a
ação ordinária da OGX Petróleo (OGXP3) desvalorizou 6,48% a R$ 3,46,
enquanto a ação ON da CCR Rodovias (CCRO3) apresentou retração de 5,08% a R$
20,36 e o papel ON da BR Malls (BRML3) recuou 4,44% a R$ 25,80.
Entre as ações com maior liquidez na BM&FBovespa, o papel preferencial da
Vale (VALE5) liderou, com volume financeiro de R$ 490 milhões, finalizando o
pregão com queda de 0,76%, a R$ 36,47, seguido do preferencial da Petrobras
(PETR4), que movimentou R$ 402 milhões, encerrando com retração de 0,22% a R$
17,63.
MERCADO EUA: Indices fecham sem tendência; Dow Jones tem ligeira alta
São Paulo, 15 de fevereiro de 2013 - Embora o Dow Jones tenha se recuperado
nos instantes finais do pregão e passado a operar em leve alta, a maioria dos
índices acionários dos Estados Unidos terminaram esta sexta-feira em queda,
acompanhando as notícias da mídia internacional de que as vendas da varejista
Walmart foram "desastrosas" em fevereiro.
O Dow Jones teve ligeira alta de 0,06%, para 13.981,76 pontos, o S&P 500
caiu 0,11%, para 1.519,79 pontos, e o Nasdaq Composto perdeu 0,21%, em 3.192,03
pontos. Na semana, o Dow Jones caiu 0,08%, o S&P 500 subiu 0,12%, e o Nasdaq
Composto perdeu 0,05%.
O Walmart registrou em fevereiro o pior resultado de vendas nos Estados
Unidos em sete anos, uma vez que o aumento dos impostos na renda dos
norte-americanos afetou o consumo, de acordo com e-mail interno da empresa, o
qual a agência de notícias "Bloomberg" teve acesso. "Caso você ainda não
tenha visto os resultados de vendas nesses dias, fevereiro foi um desastre
total", teria escrito Jerry Murray, vice-presidente de Finanças e Logística
do Walmart, em um comunicado enviado a outros executivos. "Foi o pior começo
de mês que já vi em meus sete anos na empresa".
O mercado também ficou atento hoje ao encontro entre os ministros de
finanças e presidentes dos bancos centrais do G-20 (grupo que reúne economias
mais industrializadas e países emergentes), na Rússia, que discutem a
redução do déficit fiscal e as especulações sobre uma "guerra cambial.
No encontro, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI),
Christine Lagarde, descartou as preocupações sobre as crescentes
movimentações do câmbio pelos bancos centrais. "As conversas sobre uma
guerra cambial são exageradas. Sim, o euro está valorizando e o iene está
desvalorizando, mas isso é consequência das boas políticas na eurozona e do
afrouxamento no Japão", afirmou Lagarde.
PERSPECTIVA SEMANAL: Dados da Europa e balanços no Brasil guiarão Ibovespa
São Paulo, 15 de fevereiro de 2013 - Diante do feriado do Dia do Presidente
nos Estados Unidos na segunda-feira, o mercado acionário no Brasil começará
a semana influenciado pelo vencimento de opções sobre ações, e, na
terça-feira, será guiado pela avaliação dos investidores dos resultados
financeiros do quarto trimestre de 2012 da Usiminas, BR Properties e Oi
divulgados na noite anterior. "No primeiro pregão da semana, haverá uma
tendência de queda [do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa], porque a
maioria dos investidores estão em posição vendida nos papéis com maior
peso", afirma Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW. Esta semana, o Ibovespa
acumula queda de 1,01%, encerrando em 57.903 pontos.
Os principais balanços que poderão pesar no Ibovespa durante esta semana
são os da BM&FBovespa e Grupo Pão de Açúcar, que serão divulgados na
terça-feira após o fechamento do mercado, e os da siderúrgica Gerdau e do
Banco do Brasil, cujos números vão ser revelados na quinta-feira, antes da
abertura do pregão na bolsa brasileira.
Segundo Galdi, a agenda de indicadores internacionais ficará mais intensa
próximo do meio da semana com os dados da pesquisa sobre a confiança dos
analistas financeiros e investidores nas economias da Alemanha e eurozona
referentes a fevereiro. Em janeiro os índices subiram para 31,5 pontos e 31,2
pontos, respectivamente. "Na quarta-feira, o destaque será a confiança do
consumidor alemão e a ata do Fomc [Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla
em inglês] nos Estados Unidos", afirma.
No território norte-americano, os investidores estarão atentos às
informações tradicionais dos pedidos de seguro-desemprego da última semana,
relevados pelo Departamento do Trabalho na quinta-feira, os dados preliminares
do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) e os números
preliminares sobre as vendas de imóveis usados em janeiro.
Por fim, na sexta-feira, as perspectivas para a evolução da economia na
Europa serão o foco com a Comissão Europeia divulgando o relatório de
inverno com as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB), a inflação, os
déficits orçamentários, o desemprego entre outros indicadores da região pela
manhã, fator que poderá influenciar a primeira etapa do pregão na
BM&FBovespa e o mercado acionário em Wall Street.
Cápsulas impulsionam mercado italiano
Apesar da crise, há hábitos de que os italianos jamais prescindem, como é o caso do consumo de café, conforme atesta uma pesquisa promovida pela SymphonyIRI Group, uma das principais referências em dados de mercado. Mesmo num cenário de crise económica, a venda de café em cápsulas tem apresentado um crescimento notável. São vários os dados e evidências que permitem comprovar o estado de saúde do mercado de café italiano. Muito particularmente, nos últimos quatro anos, as famílias gastaram 25% a mais nesta bebida. Em relação ao consumo nas grandes cadeias de distribuição, houve um recuo ligeiro de apenas 0,6 pontos percentuais. No entanto, o volume de negócios nesta área aumentou dos 960 milhões para os 1120 milhões de euros, com a Lavazza continuando a ser o líder de mercado do país. Relembre-se que a marca anunciou, recentemente, a intenção de expandir os seus negócios no Reino Unido, através da abertura, nos próximos 10 anos, de 400 cafetarias. Mas entre os dados da pesquisa mais significativos, temos a considerar os valores respeitantes às vendas de cápsulas. A comercialização deste formato teve um aumento percentual impressionante, com uma subida de 63% em 2010 e de 28% em 2011. Para terminar, é de referir que, a partir de 2008, o segmento do café em monodose triplicou as suas vendas, com um preço por quilograma 5 vezes superior ao do café clássico
Diferença entre arábica e conilon cai para R$ 40 no mercado interno
Para o corretor Marcus Magalhães de Vitória (ES) a diferença de preço entre arábica e conilon é uma coisa “surreal”, totalmente fora da realidade. “ Enquanto um arábica está cotado a R$ 310,00 a R$ 312,00 e conilon está a R$ 265 a R$ 270,00, diferença de R$ 40,00, alguma coisa de errada está acontecendo” disse ele. A grande dificuldade para arábica, é que os compradores venderam barato entre de 18 a 22 cents abaixo de NY e não fixaram, esperando a baixa de preço e agora para cumprir os contratos estão tento forte prejuízo
Café continua a perder valor na Colômbia
O café continua a perder valor na Colômbia, que representa um dos preços mais baixos dos últimos quatro anos. Assim começa um novo capítulo na crise vivida pelos agricultores, que estão lidando com o pior dos males, preços baixos e um prejuízo superior a 200 pesos por carga. Atualmente 700.000 pesos é o custo de produção de café de carga 125 quilos, e o preço fechou em baixa ontem em 211.000 pesos. O valor interno da compra de grãos é definido principalmente pelo preço do dólar e do diário de negociação na New York Stock Exchange, este último vindo estável em 2013, começou a cair. "A ação do NYSE dois fatores, estoques de café do mundo e os juros e no mercado para vender e comprar, que influenciaram nos últimos dias para cair para US $ 1,40 o quilo, o que para o mercado internacional não é ruim, mas para nós, que estão seriamente afetados pela valorização do peso, que agrava as perspectivas ", disse Alejandro Corrales, Belen de produtor Umbria. Corrales disse que a queda dos preços, as tarefas que têm de fazer no café, como adubação e controle de pragas e doenças, começam a comprometer, comprometendo a qualidade e volume do produto ", e sem pressão pela broca e muitas fazendas não estão sendo cumpridos, ameaçando a cama ", disse. De acordo com o líder e agricultor, outro efeito dos preços baixos é que as dívidas dos produtores estão com os pagamentos atrasados, porque o café não têm renda suficiente. "A situação é muito dramática para todos nós e as medidas de política monetária do Banco da República não são eficazes o suficiente para nos ajudar no preço", disse o presidente do Comitê Departamental de Cafeicultores, Leonor Contreras Carmen Gonzalez. Por sua parte, o delegado de Risaralda Comissão Nacional do Café, James Maya, disse que a bajonazo nos preços é a pior coisa que pode acontecer para os produtores ", amanhã vai se reunir com ministros e vamos trabalhar juntos e aplicar como prometido pelo presidente em Chinchiná, onde ele disse que, se os preços caírem, aumentar a ajuda ", disse ele.
Carvalhaes - Boletim semanal - ano 80 - n° 7
Santos, sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, continuaram trabalhando em baixa esta semana. Os operadores no mercado internacional prosseguem acreditando que os números da atual safra brasileira foram maiores que os estimados pelo governo brasileiro e esperam uma ampla oferta de café arábica no Brasil neste começo de ano, antes do início da colheita da nova safra brasileira 2013/2014. Essa expectativa pressiona os preços do café na ICE desde o final de 2012. Trabalham também com números maiores que os da CONAB para a próxima safra brasileira, de ciclo baixo, e com a informação que muitas torrefações do hemisfério norte estão ampliando a presença de robusta em seus “blends”, em uma tentativa de derrubar o custo da matéria-prima.
No Brasil, com os feriados de carnaval, o mercado físico operou apenas dois dias: ontem, quinta-feira, e hoje, com pouco volume de negócios fechados e falta de interesse vendedor nas bases oferecidas pelos compradores.
A pressão sobre os preços do arábica em Nova Iorque e do outro lado, a força do mercado interno brasileiro, que já passou das vinte milhões de sacas por ano (o Brasil é o maior comprador e consumidor do café brasileiro), esta levando a uma distorção na cotação do café verde no Brasil. Diminui dia a dia o diferencial entre arábicas de boa qualidade e finos em relação aos mais fracos e ao conilon, utilizados em larga escala pelo consumo interno brasileiro. Boa parte dos lotes de ligas de consumo, comprados no ano passado para serem entregues e pagos agora por torrefações brasileiras, estão com preços próximos, em alguns casos superiores, aos oferecidos atualmente pelo mercado para cafés arábica de boa qualidade.
Em seu último relatório mensal, a OIC – Organização Internacional do Café informou que surtos de ferrugem do café foram reportados nos principais países produtores da América Central, sem exceção. Na Costa Rica as autoridades declararam estado de emergência para enfrentar a propagação do fungo. Há notícias de que na Guatemala e em El Salvador a ferrugem pode ter afetado 40 a 50% de todos os cafeeiros; os dois países estão realizando programas para fornecer fungicidas aos cafeicultores. Recentemente a Nicarágua também lançou uma campanha para treinar especialistas e cafeicultores no combate à propagação. Honduras declarou uma emergência fitossanitária. Também se tem notícia de ferrugem em certas partes do México.
Ainda segundo a OIC, os surtos atuais podem ter sérias implicações de longo prazo para a produção de arábica lavado na América Central, com uma queda potencial da produção regional de 2,5 a 3 milhões de sacas de café, mas ainda é cedo para fornecer uma discriminação exata.
Até o dia 14 os embarques de fevereiro estavam em 475.362 sacas de café arábica e 325 sacas de café conillon, somando 475.687 sacas de café verde, mais 46.821 sacas de café solúvel, contra 397.176 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 14, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 924.920 sacas, contra 1.100.479 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 15, caiu nos contratos para entrega em maio próximo, 400 pontos ou US$ 5,30 (R$ 10,43) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 8 a R$ 376,15/saca e hoje, dia 15 a R$ 364,79/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 55 pontos.
Produção de pimenta, intercalada com café, garante renda extra a agricultores em
Em Minas Gerais, a produção de pimenta está presente em 57 municípios, dentro da realidade da agricultura familiar. Na região de Monte Carmelo, onde estão oito agroindústrias de pequeno e médio porte, novas variedades vão sendo testadas, incluindo a pimenta que chega ser mil vezes mais ardente do que a conhecida malagueta. Nos pequenos espaços entre os talhões de café, a produtora Aparecida dos Reis Dias cuida das plantações de pimenta. Filhos e sobrinhos, nas horas de folga, se juntam para ajudar na colheita. Três são filhos e dois são sobrinhos. Eles estudam, mais é diversão do que trabalho, porque eles gostam, pensam em crescer e gostam de trabalhar. Se fosse para colocar gente pra colher a gente ia abandonar, porque não tem como -- diz a produtora. O cultivo integrado café-pimenta proporciona uma renda a mais. Cada variedade, segundo Aparecida, tem um preço diferenciado. Tem a Comari Amarela, ela hoje está por volta de R$ 3 o pet, tem a pimenta doce, que é de bico, ela está R$ 4,50 hoje. A bode vermelha está R$ 5, só que a gente gasta mais do que pega. Para implantar um hectare de pimenta, o custo passa de R$ 5 mil, sem contar a mão de obra para colheita. Se não for familiar, a mão de obra pode comprometer até 50% da receita. Os desafios do setor passam por mudanças na forma de comercialização. Até a tradicional garrafa pet -- na qual o produto é entregue, em uma mistura que leva principalmente vinagre e sal -- vai sair do mercado. A questão das pets, apesar de ser muito prático para o produtor, a tendência ela ser substituída por bombonas, por uma questão sanitária. As grandes indústrias já trabalham com bombona só -- afirma o agrônomo Roberto Pena, da Emater/MG. As bombonas têm capacidade para armazenar 100 kg de pimenta, ensacadas dentro das normas sanitárias. O produtor Wilton Abreu Malta carregou, na semana passada, 20 mil garrafas pet de pimenta, que foram para o mercado de Minas Gerais e São Paulo. A gente vendeu na faixa de R$ 5,57, R$ 5,58, varia de acordo com a pimenta. A habanero grandona, o pessoal cata bastante por dia. A gente vende o quilo dela a R$ 3,50. Em relação ao ano passado, o mercado está crescendo bastante -- avalia Malta. Revitalização do setor Os produtores mineiros sentem falta de uma cadeia produtiva organizada e querem revitalizar o setor. Primeiro, na forma de associativismo; depois, formando uma cooperativa para atender às necessidades do mercado com conceitos modernos. Para o presidente da Associação dos Produtores de Pimenta de Monte Carmelo e Região, Helvio Xavier Resende, a revitalização passa por questões como a padronização dos produtos. A questão da assistência técnica, a padronização desde a semente, a muda e para que possivelmente possa levar a tecnologia de forma que possa estar ocorrendo a padronização dos frutos. De acordo com o secretário de Agricultura de Monte Carmelo, Pedro Paulo Marques, há perspectivas de o município obter o apoio da Embrapa no trabalho de padronização. A gente já manteve contato com a coordenação da Embrapa. O coordenador adiantou pra gente que existe uma vontade muito grande da Embrapa de estar desenvolvendo aqui um projeto de indicação geográfica da pimenta, levando em consideração parte de Minas e Goiás. O mercado é eminente, existe o mercado -- afirma o secretário. Os mineiros apostam em novas variedades para ampliar o mercado, como a Bhut Jolokia. Originária da Índia, a pimenta é considerada a variedade mais quente do mundo. Dentro dos critérios técnicos usados para calcular a ardência da pimenta, a malagueta alcança mil pontos. Já a Bhut Jolokia chega a um milhão de pontos. Nem mesmo o produtor Wilton Abreu Malta experimentou o produto. Não experimentei não porque não tenho coragem. Essa pimenta vai para restaurantes finos no Sul e para Israel, onde é usada para como bomba de efeito moral. E funciona, porque o trem é brabo.
Tratorista custa 5 sacas de café por mês na região de Garça
Além do baixo preço da saca de café, os produtores da região de Garça estão preocupados alto custo para produzir uma saca de café nesta safra . Atualmente, com o preço da saca está em R$ 320 livre ( R$ 1.600,00) o custo de um tratorista está em torno de 5 sacas de café por mês e um braçal consome 3,2 sacas. Segundo um grande cafeicultor da região, a colheita manual deste ano ficará altíssima. “ Esta ano , um boa fria deve pedir de R$ 70 a R$ 80 a diária 25% da saca de café”, disse ele.
Mercado - Produção agrícola brasileira deve alcançar valor recorde em 2013
São Paulo, SP - O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais
culturas agrícolas do país deverá alcançar o recorde de R$ 283,5 bilhões em
2013, de acordo com nova estimativa recém-concluída pelo Ministério da
Agricultura.
A projeção representa um aumento de 16,3% em relação ao resultado do ano
passado, calculado em R$ 243,9 bilhões e o maior VBP anual registrado até agora.
Esse aumento tende a ser puxado pela soja. Carro-chefe do agronegócio
brasileiro há mais de uma década, o grão mais produzido em território nacional
deverá gerar um VBP de R$ 89,3 bilhões neste ano, 30,8% mais que em 2012.
A cana deverá manter a segunda posição nesse ranking, com VBP de R$ 46,5
bilhões, aumento de 7,5% em igual comparação, e o milho poderá ficar em
terceiro na lista, com VBP de R$ 39,9 bilhões, em alta de 17,8%.
Com preços elevados nos mercados internacional e doméstico, soja e milho
lideram o previsto aumento da produção brasileira de grãos nesta safra 2012/12.
No caso da cana, a previsão também é de crescimento da produção no próximo
ciclo (2013/14), que terá início em abril, e a expectativa é de preços melhores
para o etanol.
Impulsionada sobretudo pela cana plantada em São Paulo, o Sudeste do país tende
a retomar a liderança entre as regiões do país em VBP agrícola.
Conforme o Ministério da Agricultura, o VBP do Sudeste deverá alcançar R$ 82,1
bilhões em 2013, 20,1% mais que no ano passado.
Forte em grãos, o Centro-Oeste, líder em 2012, poderá registrar um VBP total de
R$ 82,1 bilhões, um aumento de 17,5% na mesma comparação.
Também puxado pelos grãos, o VBP do Sul passou a ser previsto pelo ministério
em R$ 80,4 bilhões, salto de 39,9%. Esse forte incremento pode ser explicado
pelas perdas provocadas por uma severa estiagem na safra passada (2011/12).
O levantamento do governo leva em consideração as 20 principais culturas
produzidas no Brasil. De 2005 para cá, o Centro-Oeste só superou o Sudeste em
VBP em 2012.
Em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011, o VBP do Centro-Oeste também foi
inferior ao da região Sul.
Apesar de continuar atrás das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul em VBP, o
Nordeste continua a avançar em ritmo acelerado nesse ranking.
Conforme o Ministério da Agricultura, o VBP nordestino deverá alcançar R$ 33,5
bilhões em 2013, 28,5% mais que no ano passado. Os destaques da região são
Bahia, Pernambuco, Maranhão e Piauí. No Cerrado de Bahia, Maranhão e Piauí,
fronteira agrícola relativamente nova, o VBP é impulsionado pelo avanço do
plantio de soja, milho e algodão. Em Pernambuco, a cana é uma das culturas mais
importantes.
Percentual de cheques devolvidos é a maior para janeiro desde 2009
O percentual de cheques devolvidos por falta de fundos caiu para
1,98% em janeiro, ante 2,01% em dezembro, mas aumentou na comparação com o
mesmo período do ano passado, quando atingiu 1,9% dos documentos emitidos.
O percentual apurado em janeiro é o maior para o mês desde 2009, quando 2,24%
dos cheques emitidos foram devolvidos, informou a Boa Vista Serviços,
administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Dos 75,68 milhões de cheques emitidos, quase 1,5 milhão foram devolvidos em
janeiro.
Ainda de acordo com a Boa Vista, a devolução de cheques emitidos por pessoas
físicas caiu 3,3%, enquanto a de pessoas jurídicas aumentou 1,1% na comparação
com o mesmo período em 2012.