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domingo, 9 de janeiro de 2011

Ventos a favor para 2.011.
Depois de uma década com ventos contra esta começou a todo vapor, mostrando a cara da nova economia mundial.
O café que já passou por vários ciclos de alta e de baixa vê agora um novo ciclo de alta, só que desta vez o responsável pela alta não foi um problema climático nas lavouras brasileiras como sempre teria sido no passado, os últimos ciclos de alta da década de 70, com a geada de 75, a seca de 1986 ou a geada de 1994, apesar de ser um fator climático, desta vez não foi no Brasil e sim na America Central.
Para mim, este fator foi o que se chama de a ponta do iceberg, por vários anos os preços do café foram manipulados pelas grandes casas comercias deixando o produtor sempre debaixo do balaio esperando por preços que nunca vinham, fazendo o produtor se preocupar com a sobrevivência simplesmente há procura de produtividade e qualidade.
O aumento do consumo veio junto com o crescimento de economias dos países chamados de subdesenvolvidos, os estoques foram corroídos de uma forma perigosa deixando os participantes do mercado em xeque para qualquer fator climático que poderia acontecer.
A grande crise na locomotiva mundial e levando de arrasto o bloco europeu começada há dois anos teve por enquanto um desfecho feliz onde os economistas e os governantes resolveram a crise com a injeção de moeda circulante, nos EUA de dólar e no bloco europeu do Euro, o lançamento de moeda no mercado foi uma estratégia usada pelos economistas brasileiros na década de 80, e todos lembram o que aconteceu, uma inflação incontrolável que chegava a 30% ao mês, este será um dos fatores que levara a alta do café e das commodities em geral uma inflação internacional, não acredito em uma hiper inflação como tínhamos no Brasil, mas que ela virá podemos esperar.
A procura por commodities em tempos de crise ou guerra é um fator que acontece costumeiramente, os investidores procuram por ativos que teoricamente sejam mais seguros, e vimos isto no ano de 2.010 onde algodão, café, açúcar, ouro, foram os investimentos que deram maior retorno, acima da Bovespa, Dow Jones ou qualquer ativo derivativo de bolsa, o fator climático com a mudança do clima pelo aquecimento global, trará dificuldade para a produção de alimentos em geral, e o crescimento da China nas ultimas três décadas onde tirou 400 milhões de pessoas da pobreza e trouxe para uma classe media consumidora, principalmente de alimentos outro fator que continuará a escalada de alta das commodities.
O café com o seu ciclo de bienualidade produtivo traz 2.011 para o ano de ciclo baixo de produção, onde tivemos 2.010 com recordes de produção e na exportação, o consumo nacional em uma alta alucinante onde devemos sair da segunda para a primeira posição de consumidores de café em dois anos o que trouxe grande interesse pelas grandes indústrias mundiais de fincar bandeira por aqui, mostra que o vento esta favor e forte para o lado do produtor.
Com as economias mundiais crescente inclusive a nossa, com estoques baixos no
Brasil e nos países consumidores, com um grauzinho de dificuldade na produção vindo do clima podemos esperar por um ano de preços acima da media e com resultados positivo para a cafeicultura e para a agricultura nacional.
Tecnicamente o café vem em um gráfico com tendência de alta onde fechamos o ano com topo dos últimos 13 anos onde acredito que continuaremos nela ainda pelo menos por ais dois anos se o clima ajudar, no curto prazo o café esta em uma consolidação de topo entre 230 e 240 cents de dólar por libra peso na Ice bolsa mãe de Nova Iorque onde o rompimento para baixo traz alvos para os suportes técnicos em 225, 220, 216, o rompimento para cima de 240 temos como resistências em 242,90, 245, 247,5, 250 e o céu é o limite.
Depois da forte alta que tivemos no final do ano acredito em realização de lucro, ou seja, o rompimento para baixo de 230,00 para aliviar o mercado e movimentá-lo não mudando em nada a tendência onde abrimos trade de venda a 236,00 na Ice e de 290,5 na BMF, vamos ver no que vai dar.
Feliz 2.011 a todos que Deus os abençoe.
Paz saúde e prosperidade a todos.
Wagner Pimentel.

Exportador de café do Vietnã, prevê que as exportações do grão cresçam até 29% neste ano

O Thai Hoa Vietnam Group, maior exportador de café arábica do país, prevê que as exportações do grão cresçam até 29% neste ano, informou hoje Nguyen Van An, presidente e executivo-chefe da companhia vietnamita. Os embarques da Thai Hoa, incluindo as variedades robusta e arábica, podem atingir até 150 mil toneladas em 2011, ante 116 mil toneladas no ano passado.

A previsão de crescimento reflete a forte demanda global e um provável aumento das operações da empresa graças a uma proposta de expansão e à melhora das linhas de produção, explicou ele.

A companhia, que responde por cerca de dois terços das exportações totais do tipo arábica no Vietnã, também planeja elevar a área cultivada de dois mil para cerca de 2.500 hectares em 2011, disse o executivo. A produção vietnamita pode ficar em torno de 1,1 milhão de toneladas no ano-safra 2010/11, o que seria 10% superior à projeção divulgada pelo Ministério de Indústria e Comércio do país, em 28 de dezembro.

Os preços do café arábica devem subir nos próximos dois a três meses devido à escassez de ofertas e ao baixo nível dos estoques, estima ele. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o contrato março fechou cotado a 233 cents por libra-peso na quinta-feira, alta de 65% frente ao ano passado. As informações são da Dow Jones.