Conforme postado hoje no site café e mercado um estudo sobre adubação do cafeeiro na zona da mata mineira. Esse estudo mostra em sue quadro comparativo uma produtividade media em 5 anos em torno de 45 sacas de café por há, portanto a cafeicultura no geral cisma em dizer que é deficitária com produções bem abaixo daquela que é demonstrada na realidade. Esta teoria prova o porque os estoques e a produção não fecha com dados governamentais.Produtores que gostam de aparecer dizendo custos fictícios.No relatório do governo onde diz que existe custo de produção de até R$370,00, onde fiz um desafio e não apareceu ninguém para receber seu premio,mostra que há uma discrepância nos dados,para se obter um custo de R$370,00 por saca de 60kg de café coloca-se um custo de insumos para uma produção de 45 sacas de café por media ano e depois coloca-se uma produtividade de 5 sacas por hectare chegando esse custo de R$370,00, como se o produtor cuidar de sua lavoura para se colher uma quantidade maior ele não só colhera essa quantidade se sofrer com algum problema climático ou seja uma seca severa,geada,chuva de granizo, portanto só se nosso Senhor nosso Deus apontar o dedo pra um produtor ou uma região.
Essa hipocrisia mentindo sobre dados leva-se uma realidade inexistente e a conclusões que não refletem a realidade principalmente da nossa região. Há 20 anos atrás quando cheguei com minha família em Manhuaçu MG a região produzia 2 milhões de sacas e hoje se estima em ano de safra alta acima de 8 milhões de sacas, essa realidade só existe por um único fator a cafeicultura dá e sempre deu lucro, isto demonstra que no geral um setor não cresce só com financiamentos, como disse o relatório do governo, cresce porque é uma atividade viável. E é essa realidade de mercado que esta fazendo com que chegássemos a uma produção de 60 milhões de sacas no Brasil em 2008 e aproximadamente essa para 2010 números em que o mercado já vem trabalhando é esse numero que esta derrubando o mercado, batendo recorde de exportação e mantendo os armazéns cheios.
A crise da marolinha nos trouxe uma realidade onde na prática, já estávamos sentindo, que teríamos que acostumar com lucratividades menores.
Para os que acham que estamos tomando prejuízo com a cafeicultura de montanha saibam que com as novas tecnologias de adubação de defensivos agrícolas como os granulados organo fosforado roçadeiras e derriçadeiras com adensamentos de lavoura estão conseguindo resultados positivos e nosso custo em torno de R$160,00 por sacas de 60 kg somos competitivos e continuaremos a ser ainda por um bom tempo.
A dívida se deve a alguns produtores que caíram na armadilha do mercado chamada CPR onde o produtor sai de uma realidade de juro de 6.75 ao ano e caiu em uma de mais de 30% ao ano transformando a atividade aí inviável. Essa armadilha feita pelo mercado e apoiada pelo governo que se escondeu e diminuiu financiamentos oficiais, colocando a cafeicultura e o produtor desavisado em situação difícil. Temos o direito desse rescalonamento da dívida, e de usar o credito de Funcafé, fomos traídos.
Portanto amigos produtores vamos cuidar de nossas lavouras e produzir o Máximo possível que é só com produção que rasgaremos nossas notas promissórias.
Como dizia meu bisavô, que já era produtor, só com café que pagamos nossas contas ou É o café que Põe o homem em Pé.
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
Manhaçu Mg 24/09/09
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
- Relatório da discórdia Por Ricardo Strenger
OPINIÃO - Relatório da discórdia Por Ricardo Strenger
Confesso que tive dificuldade de escrever algo sobre o relatório “Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira”. Fiquei muito impressionado com a forma que ele foi apresentado e redigido, pois há muitas incongruências, inconsistências e maldades.
O relatório apresenta conceitos velhos, infantis e requentados, atendendo a interesses que não são os do cafeicultor, os quais deveriam ser o objeto da análise.
Estas estórias de Vietnã, Draw Back, Alemanha, Robusta, custo de produção, estoques, qualidade, insuficiência de renda, mercado internacional, leilões, Colômbia, etc, etc...,são assuntos já amplamente discutidos, sabidos pelo mercado e que foram colocados de maneira a acharem, que os leitores seriam imbecis, lendo uma peça literária. Todas estas análises, até mesmo sobre café Robusta,crise e desunião, já foram discutidas no livro de Jorge Dumont Villares, em 1927.
O relatório é totalmente inconsistente e tendencioso, levando o leitor a crer em mentiras, que de tanto as dizerem, pensam que acabarão parecendo verdades. Premiam os outros elos da cadeia, enaltecem e se baseiam nos números do Departamento de Estado Americano (USDA), que são um disparate, um absurdo.
No dia 29/11/2000 a APAC já denunciava o Draw Back, e no ano de 2001, já analisou todos os tópicos deste relatório, e apresentou propostas estruturais para mudar a comercialização do café. Não fomos ouvidos, pois os nossos interlocutores, que são os mesmos de hoje, estavam preocupados em renegociar dívidas. Oito anos depois a mesma coisa, renegociar dívidas.
O Sr. Manoel Bertone, já foi autor intelectual de vários planos econômicos para a cafeicultura brasileira diga-se, todos fracassados. Agora apresenta mais um, que deve dar em nada, e só gerará mais desespero. O relatório não apresenta nenhuma proposta estrutural para solucionar os problemas de renda do cafeicultor. Nós da APAC apresentamos propostas estruturais. Sabem o que aconteceu? O Sr. Bertone, em recente reunião em Varginha, desqualificou nossa proposta de reativação da ABCA (Associação Brasileira de Café Arábica),apesar de não exercer cargo de liderança de liderança de classe e, portanto, não ser qualificado para isso, apresentando como motivo principal a desunião que isto provocaria, e que o momento não seria para isto. Estas palavras são requentadas, pois em 2003, quando da formação da ABCA, diziam a mesma coisa.
Vejam, que viram desunião onde não existia. O que faz este malfadado relatório, além de ofender os produtores brasileiros e de pregar acintosamente a desunião? Em diversas passagens, ele fala do problemático avanço do café Robusta, cujos preços baixos aliados à má qualidade do café Arábica, seriam os causadores das dificuldades atuais.
O relatório confronta, explicitamente, os cafeicultores de Arábica e os cafeicultores de Robusta/Conillon. Como se isto não bastasse, ele afronta os cafeicultores de Arábica em diversas passagens, pregando a discórdia entre estes produtores. Como era de se esperar, os cafeicultores capitalizados estão torcendo para que os “ineficientes” morram, o quanto antes, para poderem usufruir de melhores preços. Isto é perverso e desune a classe.
Sabemos que o Ministério da Agricultura fará política segmentada para o setor. Os cafeicultores de Conillon, como estão declarados no relatório, não precisam de nada. Será?
Ainda diz o relatório, que é uma minoria que está com problema econômico. Será?
Conclui-se, que esta “minoria” está à beira do abismo, e para ele será empurrado pela política do governo.
Os cafeicultores de montanha e os médios produtores também serão abandonados à própria sorte. Se quiserem que plantem eucalipto.
O Sr. Ministro da Agricultura não poderia concluir outra coisa, lendo o relatório, senão que há ineficientes na cafeicultura, e que estes têm que abandonar a atividade. Vários dos partícipes deste relatório e da perversa e estranha “Agenda Estratégica do Café” compuseram o grupo de trabalho 815/827 no ano de 2003, e ali fizeram excelentes propostas estruturais, que coincidiam com as da APAC, e que foram simplesmente abandonadas e esquecidas.
Em agosto de 2001 o editorial do Informativo Garcafé, assinado pelo Sr. Manoel Bertone dizia: “A indústria está propondo o programa de educação do mercado – PEM -, e nós estamos propondo um rígido sistema de controle de impurezas e de esclarecimento dos blends ao consumidor, através de uma lei que discipline a rotulação do produto embalado. Afinal, o consumidor deve saber claramente o que está comprando, inclusive para poder avaliar a relação entre o preço pago pelo café e a qualidade ofertada, sem subterfúgios mercadológicos”. Hoje, perguntamos, o que mudou? Por que as propostas da APAC já não seriam adequadas, entre elas, a rotulação do café e a normatização do grão cru?
A situação é crítica, e em mais duas safras o desespero deverá ser total, pois o mercado é cruel e não admite paternalismo.
As medidas tomadas nesta última década em nada ajudaram o cafeicultor brasileiro. Não adianta passear em Londres e participar de uma reunião da OIC, que é um órgão danoso ao cafeicultor. Nada vai mudar.
Portanto:
Chega de inverdades.
Chega de agendas do mal.
Chega de relatórios espúrios.
Chega de grupos de trabalho.
Chega de lideranças anacrônicas.
Chega de equipes ministeriais tendenciosas.
Chega de CDPC.
Chega de OIC.
Chega de artificialismo.
Chega de malabarismo econômico.
Não podemos mais dar ouvidos a quem prega a discórdia. Chega de relatórios da discórdia.
Ricardo Gonçalves Strenger
Presidente da APAC
Londrina, 23 de setembro de 2009.
ricardostrenger@yahoo.com.br
Confesso que tive dificuldade de escrever algo sobre o relatório “Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira”. Fiquei muito impressionado com a forma que ele foi apresentado e redigido, pois há muitas incongruências, inconsistências e maldades.
O relatório apresenta conceitos velhos, infantis e requentados, atendendo a interesses que não são os do cafeicultor, os quais deveriam ser o objeto da análise.
Estas estórias de Vietnã, Draw Back, Alemanha, Robusta, custo de produção, estoques, qualidade, insuficiência de renda, mercado internacional, leilões, Colômbia, etc, etc...,são assuntos já amplamente discutidos, sabidos pelo mercado e que foram colocados de maneira a acharem, que os leitores seriam imbecis, lendo uma peça literária. Todas estas análises, até mesmo sobre café Robusta,crise e desunião, já foram discutidas no livro de Jorge Dumont Villares, em 1927.
O relatório é totalmente inconsistente e tendencioso, levando o leitor a crer em mentiras, que de tanto as dizerem, pensam que acabarão parecendo verdades. Premiam os outros elos da cadeia, enaltecem e se baseiam nos números do Departamento de Estado Americano (USDA), que são um disparate, um absurdo.
No dia 29/11/2000 a APAC já denunciava o Draw Back, e no ano de 2001, já analisou todos os tópicos deste relatório, e apresentou propostas estruturais para mudar a comercialização do café. Não fomos ouvidos, pois os nossos interlocutores, que são os mesmos de hoje, estavam preocupados em renegociar dívidas. Oito anos depois a mesma coisa, renegociar dívidas.
O Sr. Manoel Bertone, já foi autor intelectual de vários planos econômicos para a cafeicultura brasileira diga-se, todos fracassados. Agora apresenta mais um, que deve dar em nada, e só gerará mais desespero. O relatório não apresenta nenhuma proposta estrutural para solucionar os problemas de renda do cafeicultor. Nós da APAC apresentamos propostas estruturais. Sabem o que aconteceu? O Sr. Bertone, em recente reunião em Varginha, desqualificou nossa proposta de reativação da ABCA (Associação Brasileira de Café Arábica),apesar de não exercer cargo de liderança de liderança de classe e, portanto, não ser qualificado para isso, apresentando como motivo principal a desunião que isto provocaria, e que o momento não seria para isto. Estas palavras são requentadas, pois em 2003, quando da formação da ABCA, diziam a mesma coisa.
Vejam, que viram desunião onde não existia. O que faz este malfadado relatório, além de ofender os produtores brasileiros e de pregar acintosamente a desunião? Em diversas passagens, ele fala do problemático avanço do café Robusta, cujos preços baixos aliados à má qualidade do café Arábica, seriam os causadores das dificuldades atuais.
O relatório confronta, explicitamente, os cafeicultores de Arábica e os cafeicultores de Robusta/Conillon. Como se isto não bastasse, ele afronta os cafeicultores de Arábica em diversas passagens, pregando a discórdia entre estes produtores. Como era de se esperar, os cafeicultores capitalizados estão torcendo para que os “ineficientes” morram, o quanto antes, para poderem usufruir de melhores preços. Isto é perverso e desune a classe.
Sabemos que o Ministério da Agricultura fará política segmentada para o setor. Os cafeicultores de Conillon, como estão declarados no relatório, não precisam de nada. Será?
Ainda diz o relatório, que é uma minoria que está com problema econômico. Será?
Conclui-se, que esta “minoria” está à beira do abismo, e para ele será empurrado pela política do governo.
Os cafeicultores de montanha e os médios produtores também serão abandonados à própria sorte. Se quiserem que plantem eucalipto.
O Sr. Ministro da Agricultura não poderia concluir outra coisa, lendo o relatório, senão que há ineficientes na cafeicultura, e que estes têm que abandonar a atividade. Vários dos partícipes deste relatório e da perversa e estranha “Agenda Estratégica do Café” compuseram o grupo de trabalho 815/827 no ano de 2003, e ali fizeram excelentes propostas estruturais, que coincidiam com as da APAC, e que foram simplesmente abandonadas e esquecidas.
Em agosto de 2001 o editorial do Informativo Garcafé, assinado pelo Sr. Manoel Bertone dizia: “A indústria está propondo o programa de educação do mercado – PEM -, e nós estamos propondo um rígido sistema de controle de impurezas e de esclarecimento dos blends ao consumidor, através de uma lei que discipline a rotulação do produto embalado. Afinal, o consumidor deve saber claramente o que está comprando, inclusive para poder avaliar a relação entre o preço pago pelo café e a qualidade ofertada, sem subterfúgios mercadológicos”. Hoje, perguntamos, o que mudou? Por que as propostas da APAC já não seriam adequadas, entre elas, a rotulação do café e a normatização do grão cru?
A situação é crítica, e em mais duas safras o desespero deverá ser total, pois o mercado é cruel e não admite paternalismo.
As medidas tomadas nesta última década em nada ajudaram o cafeicultor brasileiro. Não adianta passear em Londres e participar de uma reunião da OIC, que é um órgão danoso ao cafeicultor. Nada vai mudar.
Portanto:
Chega de inverdades.
Chega de agendas do mal.
Chega de relatórios espúrios.
Chega de grupos de trabalho.
Chega de lideranças anacrônicas.
Chega de equipes ministeriais tendenciosas.
Chega de CDPC.
Chega de OIC.
Chega de artificialismo.
Chega de malabarismo econômico.
Não podemos mais dar ouvidos a quem prega a discórdia. Chega de relatórios da discórdia.
Ricardo Gonçalves Strenger
Presidente da APAC
Londrina, 23 de setembro de 2009.
ricardostrenger@yahoo.com.br
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