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sábado, 7 de abril de 2012

CNC ACREDITA QUE DUOGRÃO AJUDARÁ A AUMENTAR O CONSUMO INTERNO

CNC ACREDITA QUE DUOGRÃO AJUDARÁ A AUMENTAR O CONSUMO INTERNO
 O Conselho Nacional do Café (CNC) acompanhou, na última terça-feira (03/04), através dos veículos de comunicação, o lançamento do Nescafé Duogrão, produto que a Nestlé, sua fabricante, apresentou como um café microgranulado em pó solúvel com sabor e aroma de torrado e moído tradicional.De acordo com Silas Brasileiro, presidente executivo da entidade, é positivo ver empresas como a Nestlé adotando ações que contribuam para o aumento do consumo da bebida, principalmente com foco em qualidade. “É notório todo o esforço realizado pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) no sentido de melhorar a qualidade dos cafés consumidos no Brasil, e ver a Nestlé se preocupando em lançar produtos que contribuam com essa ideologia é fabuloso. O Duogrão tende a somar muito”, projeta. Ele anota que o foco do trabalho do Conselho será sempre a melhoria das condições do produtor de café no Brasil, mas informa que não serão descartadas as tratativas que envolvem os demais setores. “O CNC, como componente do Conselho Deliberativo da Política do Café, além da preocupação que tem com a nossa produção, não deixará de interagir e se preocupar com a cadeia como um todo. Até porque é importante produzir, porém ainda mais importante é ter demanda pelo café que se produz”, explica. Nessa linha, Brasileiro endossa a expectativa de crescimento no consumo interno de solúvel estimado pela Nestlé, que, atualmente, responde por apenas 9% do total. “O café solúvel não é tão consumido pelas características culturais do povo brasileiro, que se acostumou com aquele aroma de café passado na hora, no coador, ou mesmo ao espresso. Porém, mesclando essas características ao solúvel, acredito, assim como a Nestlé, que é possível incrementar a procura pelo produto”, argumenta. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com safras médias anuais próximas a 45 milhões de sacas de 60 kg. Além disso, o País também é responsável pelo segundo maior consumo global da bebida, com o volume consumido alcançando 19,7 milhões de sacas, conforme dados da ABIC. “Ampliando o gosto do brasileiro pelo solúvel, temos a certeza que os passos dados no caminho à liderança mundial do consumo serão mais largos”, prevê. O presidente executivo do CNC finaliza recordando que, para suprir o aumento da demanda, tanto interna quanto externa, a produção cafeeira nacional está bem preparada. “Acreditamos que, além de maior produtor, também seremos, em curto espaço de tempo, os maiores consumidores, mas não nos esquecendo do mercado internacional. A potencialidade do café no Brasil é fantástica. Sem aumentarmos nossa área destinada à cultura, podemos atender a todas as demandas, principalmente com o permanente trabalho de pesquisa desenvolvido pelas empresas do Consórcio de Pesquisa gerenciado pela Embrapa Café”, conclui.

Cooxupé vai ampliar volume de exportações em 2012

Cooxupé vai ampliar volume de exportações em 2012
Por De São Paulo
Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé: exportações diretas devem aumentar com as recentes mudanças no regime tributário do segmento A Cooxupé, a maior cooperativa de produtores de café do mundo, com sede no sul de Minas Gerais, prevê exportar neste ano um volume cerca de 18% superior ao de 2011, quando foram embarcadas 2,46 milhões de sacas.Responsável por cerca de 14% da produção nacional de café arábica, e em 2011, pelo terceiro ano a maior exportadora brasileira do grão, a Cooxupé recebeu dos produtores, no total, 5,1 milhões de sacas no ano passado. Em 2012, o volume deverá saltar para até 6 milhões, com a previsão de safra recorde devido à bienalidade da cultura.De acordo com Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da cooperativa desde 2003, das exportações totais do ano passado a maior parte já foi vendida diretamente a clientes, sem a intermediação de tradings, que representam um volume menor. Sem revelar detalhes, o dirigente afirma que as exportações diretas vão aumentar, principalmente com as mudanças da tributação no segmento no Brasil.De acordo com ele, antes as empresas não compravam diretamente de produtores, mas sim de "pessoas jurídicas", para aproveitar os créditos de PIS/Cofins. Assim, acabavam exportando o grão sem industrializá-lo (a industrialização era condição para obter a compensação tributária).Além disso, muitas empresas fora do ramo de café também participavam da exportação. Agora, essas companhias vão deixar de ganhar esses créditos, o que poderá abrir espaço para um maior volume de embarques por parte da cooperativa. "Se alguém deixar de usar esse mercado, vai deixar aberto para a gente", completa.Embora a cooperativa exporte vários tipos de café, não só produtos de alta qualidade, dependendo do cliente, a tendência é aumentar a comercialização de cafés certificados. Uma demanda cada vez maior em mercados exigentes, como a União Europeia e Estados Unidos, os maiores compradores de café da Cooxupé. Só os americanos representam cerca de 30% dos embarques totais.Existem vários tipos de certificação. A mais comum é a 4C, o Código Comum para a Comunidade Cafeeira, uma iniciativa que começou na Alemanha e envolve todos os elos do setor para ampliar a oferta de café verde produzido com sustentabilidade. Em 2010, das 1,87 milhão de sacas exportadas pela Cooxupé, 24% eram de grãos certificados. No ano passado, o percentual subiu para 52%. E a cooperativa acredita que a fatia possa ser ainda maior em 2012. (CF)