Cooxupé vai ampliar volume de exportações em 2012
Por De São Paulo
Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé: exportações diretas devem aumentar com as recentes mudanças no regime tributário do segmento A Cooxupé, a maior cooperativa de produtores de café do mundo, com sede no sul de Minas Gerais, prevê exportar neste ano um volume cerca de 18% superior ao de 2011, quando foram embarcadas 2,46 milhões de sacas.Responsável por cerca de 14% da produção nacional de café arábica, e em 2011, pelo terceiro ano a maior exportadora brasileira do grão, a Cooxupé recebeu dos produtores, no total, 5,1 milhões de sacas no ano passado. Em 2012, o volume deverá saltar para até 6 milhões, com a previsão de safra recorde devido à bienalidade da cultura.De acordo com Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da cooperativa desde 2003, das exportações totais do ano passado a maior parte já foi vendida diretamente a clientes, sem a intermediação de tradings, que representam um volume menor. Sem revelar detalhes, o dirigente afirma que as exportações diretas vão aumentar, principalmente com as mudanças da tributação no segmento no Brasil.De acordo com ele, antes as empresas não compravam diretamente de produtores, mas sim de "pessoas jurídicas", para aproveitar os créditos de PIS/Cofins. Assim, acabavam exportando o grão sem industrializá-lo (a industrialização era condição para obter a compensação tributária).Além disso, muitas empresas fora do ramo de café também participavam da exportação. Agora, essas companhias vão deixar de ganhar esses créditos, o que poderá abrir espaço para um maior volume de embarques por parte da cooperativa. "Se alguém deixar de usar esse mercado, vai deixar aberto para a gente", completa.Embora a cooperativa exporte vários tipos de café, não só produtos de alta qualidade, dependendo do cliente, a tendência é aumentar a comercialização de cafés certificados. Uma demanda cada vez maior em mercados exigentes, como a União Europeia e Estados Unidos, os maiores compradores de café da Cooxupé. Só os americanos representam cerca de 30% dos embarques totais.Existem vários tipos de certificação. A mais comum é a 4C, o Código Comum para a Comunidade Cafeeira, uma iniciativa que começou na Alemanha e envolve todos os elos do setor para ampliar a oferta de café verde produzido com sustentabilidade. Em 2010, das 1,87 milhão de sacas exportadas pela Cooxupé, 24% eram de grãos certificados. No ano passado, o percentual subiu para 52%. E a cooperativa acredita que a fatia possa ser ainda maior em 2012. (CF)
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