Estudo aponta custos de produção do café nas principais regiões produtoras do País
(09/10/2009 14:42)
Artigo publicado na revista Informações Econômicas (edição de setembro/2009), do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, calcula e compara os custos de produção do café nas principais regiões produtoras brasileiras. O objetivo é fornecer subsídios aos cafeicultores para acompanhamento de seu negócio e para os governos formularem políticas públicas.
Os resultados indicam que as regiões que apresentam maior vantagem comparativa em relação aos custos de produção são o Norte Novo (Cornélio Procópio) e o Norte Velho (Jacarezinho) do Estado do Paraná. Essas regiões apresentam custos de produção inferiores aos observados na maior parte das outras áreas produtoras, principalmente se comparado com o Sul e Cerrado de Minas, Mogiana Paulista, Alto Caparaó e Planalto e Oeste baianos.
Em seguida, aparecem a região da Mogiana (Estado de São Paulo) e o Sul e o Cerrado de Minas Gerais. Além de apresentarem custos de produção similares, essas regiões apresentam excelentes condições para o desenvolvimento da cultura e são reconhecidas por produzir cafés de excelente qualidade de bebida, principalmente o sul de Minas e a Mogiana. Este fator, se estrategicamente explorado, pode resultar em prêmios no mercado de café de qualidade, conferindo ainda maior capacidade competitiva para esses cinturões.
O trabalho foi elaborado pelos pesquisadores Flávia Maria de Mello Bliska (IAC-APTA), Celso Luis Rodrigues Vegro (IEA-APTA), Paulo César Afonso Júnior e Elessandra Aparecida Bento Mourão (Embrapa Café) e Cleide Helena Santos Cardoso (estudante de Agronomia da Universidade Federal de São Carlos). Eles apuraram que os valores estimados neste estudo são em geral inferiores aos da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), que foram apresentados no levantamento de custo de produção disponibilizado em 2006 para o mesmo período.
Outros destaques
Entre os destaques da nova edição da revista, encontra-se ainda a análise da evolução do plantio de seringueiras no Estado de São Paulo entre 1995/96 e 2007/08, nos aspectos socioeconômicos, tecnológicos, agronômicos e ambientais. "Concluiu-se que o setor está crescendo com sinais claros de expansão de área, sendo esta uma lavoura estratégica do ponto de vista do emprego agrícola, mais precisamente, na fixação de famílias residentes no meio rural. A expansão da cultura da seringueira é relevante sobre o prisma ambiental pela sua capacidade de estocar carbono, bem como por substituir pastagens mal manejadas, que contribuem para o aumento do teor de carbono na atmosfera".
Outros destaques são os estudos sobre as exportações da cadeia de produção de cana para indústria (período 1997-2008); emprego na agricultura paulista; o agronegócio nos investimentos diretos brasileiros; e a nova estimativa de oferta e demanda de milho.
As informações partem do Governo do Estado de São Paulo, noticiou o Agrolink.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Recorde de entrega física na bolsa em setembro (09/10/2009 08:01)
Recorde de entrega física na bolsa em setembro
(09/10/2009 08:01)
Com a proximidade da realização do primeiro leilão de contratos de opção de venda de café e o anúncio da liberação de mais recursos para a aquisição do produto, o mercado do grão torna-se mais volátil e a BM&FBovespa registra recorde de entrega física no último mês.
A Bolsa verificou em setembro a liquidação de 4.557 contratos, equivalentes a 455,7 mil sacas - mais de 17% do volume total exportado pelo Brasil no período. O recorde anterior era de dezembro de 2003 com 2.147 contratos. Além da forte intervenção do governo, a dificuldade para se encontrar café arábica de qualidade nos preços praticados no mercado contribuiu para o alto volume de contratos.
A demanda dos exportadores aumentou pelo segundo mês consecutivo e o volume vendido ao mercado externo somou 2,6 milhões de sacas em setembro, o que pode ser indicador da dificuldade das tradings em adquirir café no mercado, avalia Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes. "Os exportadores estão indo buscar café físico na BM&F na entrada de safra. Isso pode ser reflexo da dificuldade em comprar café no mercado", diz Carvalhaes. Segundo ele, os preços na Bolsa estariam remuneradores e os produtores confiantes na política governamental.
De fato a cotação na BM&F mostrou um repique significativo no último mês. Os contratos com vencimento em dezembro de 2009 encerraram o mês de agosto negociados a US$ 143,40 a saca. Três semanas depois, no dia 23 de setembro, os contratos atingiram o pico de US$ 158,50/sc. O café iniciou o mês de outubro estável e ontem os contratos para dezembro deste ano fecharam cotados a US$ 156,50 a saca. "A diferença de quase US$ 15 justifica o interesse. A oportunidade veio mais do lado do produtor, mas o exportador também está fixando", afirma Gil Barabach, analista da Safras & Mercado. "Até o final do ano pode ter novos recordes", completa.
(09/10/2009 08:01)
Com a proximidade da realização do primeiro leilão de contratos de opção de venda de café e o anúncio da liberação de mais recursos para a aquisição do produto, o mercado do grão torna-se mais volátil e a BM&FBovespa registra recorde de entrega física no último mês.
A Bolsa verificou em setembro a liquidação de 4.557 contratos, equivalentes a 455,7 mil sacas - mais de 17% do volume total exportado pelo Brasil no período. O recorde anterior era de dezembro de 2003 com 2.147 contratos. Além da forte intervenção do governo, a dificuldade para se encontrar café arábica de qualidade nos preços praticados no mercado contribuiu para o alto volume de contratos.
A demanda dos exportadores aumentou pelo segundo mês consecutivo e o volume vendido ao mercado externo somou 2,6 milhões de sacas em setembro, o que pode ser indicador da dificuldade das tradings em adquirir café no mercado, avalia Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes. "Os exportadores estão indo buscar café físico na BM&F na entrada de safra. Isso pode ser reflexo da dificuldade em comprar café no mercado", diz Carvalhaes. Segundo ele, os preços na Bolsa estariam remuneradores e os produtores confiantes na política governamental.
De fato a cotação na BM&F mostrou um repique significativo no último mês. Os contratos com vencimento em dezembro de 2009 encerraram o mês de agosto negociados a US$ 143,40 a saca. Três semanas depois, no dia 23 de setembro, os contratos atingiram o pico de US$ 158,50/sc. O café iniciou o mês de outubro estável e ontem os contratos para dezembro deste ano fecharam cotados a US$ 156,50 a saca. "A diferença de quase US$ 15 justifica o interesse. A oportunidade veio mais do lado do produtor, mas o exportador também está fixando", afirma Gil Barabach, analista da Safras & Mercado. "Até o final do ano pode ter novos recordes", completa.
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