Café volta a ser pressionado e tem dia de perdas na ICE Futures
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas, em uma sessão caracterizada pelo predomínio de vendas especulativas, principalmente após a posição março não ter conseguido se sustentar acima do nível psicológico de 150,00 centavos por libra. Os bears (baixistas) predominaram e conseguiram imprimir um ritmo vendedor considerável, o que permitiu fazer com que os ganhos do início da semana fossem integralmente neutralizados. Fundamentalmente, o mercado de arábica tem uma leitura de neutro a baixista no curto prazo e nitidamente baixista no longo prazo, sem uma demonstração mais efetiva de força por parte dos compradores. Níveis próximos de 155,00 e 156,00 centavos, testados ao longo deste mês de janeiro, parecem cada vez mais distantes, mesmo com o quadro de disponibilidade indicando que o cenário não é confortável. O volume de estoques de países consumidores e produtores é bastante limitado. Por outro lado, mesmo com a boa produção colhida no Brasil em 2012, se observa que o montante ofertado é relativamente limitado ante uma demanda que mantém um crescimento sustentado, amparada, principalmente, pelos países exportadores e economias emergentes, como o leste europeu. Com a fraqueza dos preços após as quedas recentes, tradicionais fornecedores continuam apáticos. Nas zonas produtoras do Brasil, por exemplo, as vendas são esporádicas e o cafeicultor se mostra inclinado a continuar segurando o produto no aguardo de preços mais consistentes. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 210 pontos, com 147,70 centavos, sendo a máxima em 150,80 e a mínima em 147,15 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 195 pontos, com a libra a 150,70 centavos, sendo a máxima em 153,60 e a mínima em 150,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 32 dólares, com 1.968 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 27 dólares, com 1.982 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma tentativa inicial de alta. No entanto, mais uma vez, o março nem sequer conseguiu atingir o patamar de 151,00 centavos por libra. Diante disso, os vendedores se sentiram estimulados e passaram a liquidar mais fortemente. O comportamento do café esteve dissociado do “macromercado”. O dólar, por exemplo, teve mais um dia de retração em relação a uma cesta de moedas internacionais. Isso estimulou alguns segmentos de risco, como o de commodities, que teve uma quarta de valorização para produtos como petróleo e ouro. "Mais uma vez não conseguimos avançar para resistências básicas e, com isso, os vendedores se mostraram mais ativos e, rapidamente, observamos uma inversão de tendência. Efetivamente, o tendência de curtíssimo prazo é o março tentar girar próximo de um nível psicológico efetivo, como o de 145,00 centavos por libra. Apesar de termos um quadro fundamental que suscita a recuperação, o que vemos, efetivamente, é a pressão dos vendedores mais forte que o 'fôlego' dos compradores", disse um trader. As exportações brasileiras de café no mês de janeiro, até o dia 29, totalizaram 1.681.911 sacas de café, queda de 22,55% em relação às 2.171.710 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 150,80, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50 e 156,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 147,15, 147,00, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Londres tem dia mais agitado e consegue registrar bons ganhos
Os contratos futuros de café robusta saíram do marasmo e tiveram uma sessão nesta quarta-feira, na Euronext/Liffe, com uma movimentação consistente e com uma volatilidade sólida. Ao final, a posição março conseguiu ganhar corpo e o fechamento dos negócios se deu no lado positivo da escala de preços, acima do intervalo psicológico de 1.950 dólares. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela predominância das compras. A mínima do dia ficou acima do fechamento do dia anterior e ordens de compra permitiram que o março recuperasse as perdas dos últimos pregões com relativa facilidade. A máxima da sessão tocou os 1.975 dólares. Nesse nível foram verificadas algumas realizações e vendas ligeiras de origens, que apenas dosaram ligeiramente os ganhos finais. "Mesmo com a pressão de novas quedas em Nova Iorque, Londres conseguiu 'caminhar sozinha' e de forma sustentável, com os ganhos sendo observados ao longo de todo o dia. Apesar das variações para baixo nos últimos dias e a recuperação de hoje, o que se nota é que o março se mantém consistente nesse range dentro do intervalo de 1.900 dólares", sustentou um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 9,16 mil lotes, com o maio tendo 5,98 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 14 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve alta de 32 dólares, com 1.968 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 27 dólares, com 1.982 dólares por tonelada.
Dólar fecha em alta após sinais conflitantes do governo
SÃO PAULO - O aparente conflito entre Banco Central (BC) e Fazenda sobre o que querem para o câmbio agitou ainda mais o mercado hoje, levando a uma disparada na volatilidade. Entre mínima e máxima, o dólar variou quase 1% apenas nesta quarta-feira. Sem saber se a moeda americana será usada como instrumento de controle da inflação, como parece querer o BC, ou para beneficiar a indústria, como defende o ministro da Fazenda, Guido Mantega, investidores já começam a evitar o mercado de câmbio.Após abrir em baixa, ameaçando as mínimas em mais de nove meses, o dólar passou a subir enquanto Mantega falava a prefeitos reunidos em Brasília, e chegou a superar o patamar de R$ 2. O BC, porém, entrou em cena pouco mais de meia hora depois, com anúncio de leilão de linha compromissada. A operação, para rolar US$ 1,2 bilhão desses papeis que vencem na próxima sexta, reduziu a alta do dólar, que que fechou a R$ 1,989, com ganho de 0,20%.Parte do mercado acredita num conflito de interesses entre BC e Fazenda, o que tem deixado o mercado sem rumo. Desde o fim de dezembro, a autarquia atuou pesado para derrubar o dólar. De 26 de dezembro, quando o BC pegou o mercado de surpresa com dois leilões de swap cambial tradicional (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), até hoje o real se valorizou 4,39% ante o dólar, e lidera os ganhos entre moedas de países exportadores. Mantega, por outro lado, defende um real mais fraco, para elevar a competitividade das empresas brasileiras no exterior."Eles conseguiram tirar a previsibilidade e a credibilidade do mercado ao mesmo tempo", disse Reginaldo Siaca, gerente de câmbio da Advanced Corretora. "O câmbio está imprevisível, o direcionamento nesse momento está muito incerto."O efeito dessa imprevisibilidade já se sente nas mesas de operação, onde começam a secar os pedidos de fechamento de câmbio por exportadores e de abertura de posições em dólar no mercado futuro. Sem tendências mais definidas, o risco mais alto afugenta investidores."Essa confusão nos discursos [entre BC e Fazenda] já está tendo efeito na exportação. Desde segunda, vários contratos que estavam para ser fechados foram travados, e os fechamentos para os próximos meses foram adiados", diz o gerente de câmbio de um banco. "O exportador que poderia internalizar receitas agora vai esperar."O imbróglio também acaba por impossibilitar, segundo alguns agentes, exatamente o que ambas instituições dizem querer para o câmbio: a queda na volatilidade do mercado."Há muito barulho. Essa comunicação do governo, bastante falha e cheia de brechas, resulta numa volatilidade desnecessária", disse um analista. "E essa volatilidade é o elemento mais negativo para o investimento, justamente o que o governo quer estimular. Isso explica porque o fluxo cambial não melhora."Segundo dados divulgados hoje pelo BC, o fluxo cambial está negativo em US$ 2,692 bilhões no ano até o último dia 25, resultado de um déficit de US$ 3,364 bilhões na conta comercial, parcialmente compensado pelo saldo positivo de US$ 672 milhões na conta financeira.O leilão de linha realizado pelo BC hoje teria sido motivado por aspectos técnicos: a falta de liquidez do mercado em ambiente de elevado fluxo cambial negativo."O fato de o BC ter vindo e renovado as linhas de crédito foi uma extensão das medidas que ele fez em dezembro", disse Flavia Cattan-Naslausky, estrategista de câmbio para a América Latina do RBS Securities. "O BC está vendo que a liquidez ?onshore' [do mercado local] não está boa e está tentando atacar esse problema."Outra corrente de pensamento no mercado, porém, enxerga uma ação coordenada entre BC e Fazenda, apesar das aparências. Enquanto a função do BC seria a de tranquilizar o mercado quanto a uma eventual pressão inflacionária causada pelo dólar muito valorizado e aliviar as expectativas de inflação, Mantega teria a responsabilidade de acalmar os receios da indústria com um real muito forte."O Mantega está cuidando do piso e o BC do teto da banda cambial", disse Luiz Eduardo Portella, sócio-gestor da Modal Asset. "Resumindo, o BC quer o dólar abaixo de R$ 2 e o Mantega não quer abaixo de R$ 1,95."Para ele, o governo quer realmente o dólar um pouco mais baixo, perto de R$ 1,90, onde pode ajudar no controle de preços, nesses primeiros meses do ano, quando se concentram as pressões inflacionárias. Depois disso, deixaria que a moeda voltasse a se apreciar até o patamar de R$ 2.Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, não há contradição nas atuações de BC e Fazenda, e a virada na tendência do dólar hoje veio mais do nervosismo do mercado com o PIB ruim dos EUA do que da fala do ministro Mantega. Para ele, a aparente "queda de braço" entre BC e Fazenda é apenas o resultado da necessidade de o ministério adotar um discurso mais politizado que a autarquia, que tem de mantar sua fachada de independente, ainda que siga as orientações do Planalto.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:
Mercado pode testar dólar abaixo de R$ 1,98 São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
O dólar comercial passou por mais um dia de pressão, após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a moeda norte-americana e a política cambial brasileira. Com isso, o mercado deixou para amanhã a tentativa de testar o dólar em patamares menores."Se o cenário estiver tranquilo amanhã, o mercado deve testar o dólar abaixo dos R$ 1,98. Mas como acredito que o mercado será turbulento, o dólar deve permanecer no patamar entre R$ 1,98 e R$ 1,99", afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio. Mantega afirmou hoje que a queda do dólar a patamares inferiores a R$ 2 não vai mudar a política cambial brasileira. O ministro voltou a dizer que o câmbio é flutuante e que seguirá assim, mas que não é para ninguém achar que o câmbio vai "derreter". "Nos não estamos mudando a política cambial.A política cambial é a mesma. Uma política que não permitirá uma valorização especulativa do Real", disse. Segundo o ministro o câmbio vai continuar flutuando, desde que flutue dentro de um determinado "patamar". Mantega enfatizou que o governo reduziu asintervenções no mercado de câmbio. Mantega afirmou que o Brasil não usa a política de câmbio para reduzir preços. "Não é instrumento para baixar preço. Não é instrumento de política monetária. O único instrumento para baixar preço é a redução dosjuros", afirmou. "Não está claro se o BC está buscando novos patamares para o dólar. É preciso aguardar alguns dias. O BC pode estar agindo de uma forma técnica, com a preocupação da inflação, ou está apenas tentando tirar a ideia de que o mercado tem um câmbio fixo. Não vejo uma tendência definida para amanhã", explicou Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole. O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,20%, cotado a R$ 1,9870 na compra e a R$ 1,9890 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,9840 e a máxima de R$ 2,0020. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para fevereiro avançou 0,15% a R$ 1.989,500 e o contrato para março valorizou 0,25% a R$ 1.998,000. Hoje, o BC realizou um leilão para venda com recompra conjunta. A taxa de corte ficou em R$ 2,005795. O volume total ofertado foi de US$ 1,273 bilhão. A taxa de câmbio utilizada para a venda de dólares pelo BC foi de R$ 1,9900, a taxa de venda do dólar do boletim fechamento Ptax de hoje. A data da liquidação das operações de venda nos leilões será dia 1 de fevereiro. A data da liquidação da operação de compra será dia 1 de abril de 2013. Para o mercado de contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI), Caramaschi acredita que a maior influência amanhã virá da divulgação da Pesquisa Mensal do Emprego referente ao ano de 2012 e ao mês de dezembro, que será informada às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mercado estima que a média de desemprego fique em 5,5% no ano de 2012 e em 4,5% no mês de dezembro, segundo a mediana das projeções coletadas pela Agência CMA para o Termômetro CMA. Se confirmada a projeção no mês de dezembro, a taxa de desemprego terá recuado em relação a novembro, quando a média de desemprego havia sido de 4,9%. "O mercado espera que os dados mostrem que o mercado de trabalho no Brasil continua aquecido, podendo dar uma pressionada nos contratos de juros, já que existe uma preocupação com a inflação", acrescentou o especialista do Crédit Agricole. Hoje, os DIs encerraram, na sua maioria, o pregão de hoje da BM&FBovespa apontando para uma elevação da Selic (taxa básica de juros). O contrato com maior liquidez, com vencimento para janeiro de 2015 e movimentação financeira de R$ 39,917 bilhões, passou de 7,88% para 7,91%. O vencimento para julho de 2013 passou de 7,04% para 7,05%, com volume financeiro de R$ 26,911 bilhões, enquanto o contrato para janeiro de 2014 avançou de 7,19% para 7,21%, com giro financeiro de R$ 17,086 bilhões e o vencimento para janeiro de 2017 subiu de 8,76% para 8,84% (R$ 16,790 bilhões). O contrato para abril de 2013 foi o único, entre os com mais liquidez, que apresentou retração, passando de 6,995% para 6,993%, com movimentação financeira de R$ 6,946 bilhões. O vencimento para julho de 2014 passou de 7,48%para 7,51, com volume financeiro de R$ 5,323 bilhões e o contrato para janeirode 2016 subiu de 8,45% para 8,48%, com giro de R$ 3,662 bilhões. O número de contratos negociados hoje atingiu 1.551.638, alta de 21,11% em relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das operações atingiu R$ 136,926 bilhões.
Governo não vai deixar câmbio derreter, diz Mantega
São Paulo, SP -
A recente desvalorização do dólar, cotado abaixo de R$ 2 pela primeira vez em cerca de sete meses, não implica derretimento da moeda norte-americana e tampouco é uma estratégia para conter a alta dos preços no Brasil, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega."O câmbio não irá derreter", disse Mantega nesta quarta-feira a jornalistas, acrescentando que a taxa poderá flutuar dentro de um patamar que não cause prejuízo à indústria nacional. Para ele, uma variação entre R$ 1,98 e R$ 2,03 não é "muito importante" e indica estabilidade.O dólar voltou a ser cotado abaixo de R$ 2 logo na abertura das operações de terça-feira, o que não ocorria desde julho do ano passado.Em novembro de 2012, Mantega havia dito que o patamar de R$ 2 por dólar "veio para ficar". Apesar disso, o ministro insistiu nesta manhã que a política cambial é a mesma."Não permitiremos uma valorização especulativa do real e isso veio para ficar. Aviso aos navegantes: isso veio para ficar. Não se entusiasmem porque isso (a valorização especulativa) não vai acontecer."Os comentários do ministro chegaram a influenciar a cotação da moeda norte-americana, que rompeu brevemente os R$ 2. Mas o dólar desacelerou a alta após o Banco Central anunciar leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, fechando a R$ 1,988 no mercado à vista: alta de 0,10% em relação à cotação de ontem."O importante é estabilidade sem muita volatilidade, porque atrapalha o exportador. Nos últimos seis meses, teve grande estabilidade do câmbio, isso não quer dizer que fique fixo, ele tem flutuação", disse Mantega.
*INFLAÇÃO*
Mantega também rejeitou que a desvalorização recente do dólar indique uma preocupação com a inflação. "[O câmbio] não é instrumento de política monetária para baixar preços. O único instrumento é o juro e outros mecanismos que o Banco Central pratica", afirmou. "Se o câmbio ficar estável, ele não gera inflação."Segundo ele, a influência do câmbio nos preços foi maior em 2012 porque o real perdeu cerca de 20% de seu valor. Com as cotações mais estáveis agora, o impacto na inflação é minimizado. "Dos 5,8% de inflação do ano passado, 0,4 ou 0,5 [ponto percentual] foi pelo câmbio", disse o ministro.Os preços ao consumidor iniciaram o ano mais pressionados e alguns analistas avaliam que a inflação oficial em 12 meses entre abril e maio poderá desafiar o teto da meta de 4,5%, com tolerância de dois pontos para cima e para baixo.Apesar de o Indice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) ter desacelerado em janeiro sobre dezembro, os preços ao consumidor subiram 0,98% no mês, contra 0,73% na leitura anterior.
*GASOLINA*
A inflação terá mais um componente de pressão com o reajuste pela Petrobras nas refinarias dos preços da gasolina e do diesel, de 6,6% e de 5,4%, respectivamente, a partir desta quarta-feira.Segundo Mantega, o valor da gasolina nos postos de combustível deverá subir 4,4%, resultando num impacto de 0,16 ponto percentual no Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013.O reajuste que chegará às bombas é menor devido à mistura do etanol na gasolina, entre outros fatores, como as margens das distribuidoras.Em outras oportunidades que a gasolina subiu nas refinarias, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) para evitar repasses ao consumidor. Mas no reajuste anterior pela Petrobras a Cide foi zerada, tanto para a gasolina como para o diesel.O ministro esquivou-se de responder se o aumento dos combustíveis agora será o único deste ano. Disse apenas que novos reajustes vão depender do preço internacional do petróleo."É o último aumento da gasolina nesta semana", afirmou Mantega, em tom de brincadeira. "No ano passado, demos mais de um aumento. Não significa que este ano faremos o mesmo."
Ações de Petrobras e Gol derrubam a Bovespa
SÃO PAULO -
Depois da trégua de ontem, novas notícias corporativas desfavoráveis fizeram a Bovespa fechar em firme queda. O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira em baixa de 1,77%, aos 59.336 pontos. As ações da Petrobras tiveram forte baixa e volume de negócios robusto na bolsa, depois que a companhia anunciou ontem reajuste do preço de combustíveis, considerado por alguns analistas como insuficiente para equilibrar as contas da empresa.A ação PN da companhia de petróleo recuou 4,76%, para R$ 18,20, com volume financeiro de R$ 1,223 bilhão, ou 14% da bolsa, que girou R$ 8,833 bilhões. Para se ter uma ideia, Vale PNA, a segunda colocada em giro, somou metade da petrolífera, ou R$ 692 milhões.Gol também teve um dia difícil. A ação fechou em queda de 4%, depois de chegar a cair 7,8%. Os papéis reagiram à informação divulgada pela coluna Radar On-line, da "Veja", de que será publicado amanhã um edital convocando para uma audiência pública em que serão discutidas propostas do governo para o setor. Entre as possibilidades de mudanças estariam a definição de um teto para o preço das tarifas dos voos de Congonhas (SP) e alteração radical nos slots de cada empresa.O grupo X, de Eike Batista, caiu em bloco no fim do dia. A ação da companhia de energia MPX perdeu 10,08%. Puxou OGX, que caiu 7,81%, MMX (-4,9%) e LLX (-4,66%). Segundo operadores, a MPX reagiu à publicação, no Diário Oficial, de que a térmica Maranhão IV não iniciou as operações comerciais. PERSPECTIVA: Ibovespa deve seguir em queda influenciado por Petrobras São Paulo, 30 de janeiro de 2013 - A pressão sobre os papéis da Petrobrasapós o descontentamento do investidor com os reajustes de 6,6% no preço da gasolina e de 5,4% no custo do diesel deverá continuar no pregão desta quinta-feira, depois influenciar fortemente a queda do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, na sessão de hoje.
Para Mitsuko Kaduoka, diretora de análise de investimento do Banco Indusval & Partners (BI&P), o tom mais negativo persistirá devido às revisões nos cálculos das consultorias e corretoras para o fluxo de caixa da petrolífera neste ano. "O mercado esperavaalta de pelo menos 10%, mas o percentual veio muito abaixo", afirma. Na avaliação da executiva BI&P, os indicadores nos Estados Unidos estão influenciando cada vez menos o mercado acionário no País nas últimas sessões, tanto que os efeitos da queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no quatro trimestre do ano passado em relação ao trimestre anterior não exerceu grande pressão nos principais índices do país, mesmo com a expectativa dos analistas sendo de um avanço de 1% no indicador. "Os fatores domésticos estão pesando mais na decisão dos investidores nacionais eestrangeiros", diz Mitsuko. A iminência de uma revisão no plano de investimentos de US$ 236,5 bilhõesaté 2016 da estatal poderá pressionar ainda mais as ações na BM&FBovespa. Para a diretora de análise de investimento, é difícil fechar essa equação, pois a companhia não deverá ter caixa suficiente para investir com o reajuste nos combustíveis tão abaixo do esperado. "Essa situação cria um clima ruim no mercado financeiro, pois esse aporte é crucial para que a exploração do pré-sal aconteça e a companhia consiga vender mais e gerar mais lucro. Estima-se que nem uma emissão de títulos no exterior seria capaz de evitar umareadequação nos investimentos", comenta.
Na agenda de indicadores internacional serão informados amanhã os dados depedidos de seguro-desemprego da última semana pelo Departamento do Trabalho norte-americano. Os analistas estimam uma alta para 345 mil ante 330 mil do período anterior. Ainda antes da abertura dos mercados em Wall Street serão informados os dados de renda e gastos pessoais de dezembro pelo Departamento do Comércio, com projeção de alta de 0,7% na renda e alta de 0,3% nos gastos da população. Às 12h45 sairá o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial de janeiro. O pregão desta quarta-feira encerrou com o Ibovespa em queda de 1,77%, aos 59.336 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 8,8 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4; a R$ 18,20), com maior peso no índice nesta sessão, caíram 4,76%, assim como as da mineradora Vale (VALE5; -2,20%, a R$ 37,29) e as ordinárias da OGX (OGXP3; -7,80%, a R$ 4,37). No setor financeiro, os papéis da BM&FBovespa (BVMF3; -1,43%, a R$ 13,72), do Bradesco (BBDC4; -1,02%, a R$ 35,80) e do Itaú Unibanco (ITUB4; -1,89%, a R$ 34,09) desvalorizaram. Entre as principais quedas do índice ficaram com as empresas de commodities, e, entre elas a MMX (MMXM3; -4,90%, a R$ 3,49). No mercado de ações nos Estados Unidos o cenário também foi de queda, com o Dow Jones perdendo 0,32%, aos 13.910,42 pontos; o S&P 500 recuando 0,38%, aos 1.501,96 pontos; e o Nasdaq Composto caindo 0,36%, aos 3.124,31 pontos.
MERCADO EUA: Queda inesperada do PIB influencia índices negativamente
São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam as negociações de hoje em queda, refletindo a divulgação de uma contração no Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre do ano passado, contrariando as projeções de alta do mercado.O Dow Jones perdeu 0,32%, em 13.910,42 pontos; o S&P 500 recuou 0,38%, em 1.501,96 pontos; e o Nasdaq Composto caiu 0,36%, em 3.124,31 pontos. O Departamento do Comércio informou hoje cedo a primeira leitura anualizadado PIB norte-americano, que mostrou queda de 0,1% no quarto trimestre de 2012 na comparação com o trimestre anterior, quando cresceu 3,1% Analistas previam alta de 1%.
A queda do PIB refletiu as contribuições negativas dos gastos com investimentos em estoques privados, despesas do governo federal e exportações.
Eles foram parcialmente compensados pela contribuição positiva de investimentos não residenciais, consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) e investimentos residenciais. As importações, que são subtraídas no cálculo do PIB, caíram. A leitura do número de vagas criadas no país em janeiro pelo setor privadoveio um pouco acima do esperado, ajudando a reter parte das perdas de hoje no mercado acionário. De acordo com um relatório publicado pela Automatic Data Processing (ADP) e pela Macroeconomic Advisers, o setor privado dos Estados Unidos criou 192 mil vagas em janeiro, excluindo o setor rural. Analistas esperavam a abertura de 175 mil vagas.
Ainda no campo de indicadores, o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) doFederal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) relatou hoje que o crescimento da atividade econômica nos Estados Unidos reduziu nos últimos meses, influenciado principalmente por eventos climáticos e outros fatores transitórios. O comunicado foi feito junto com a decisão de manter a taxa de juros do país em zero a 0,25%.
O relatório apontou ainda que o emprego está expandindo em um ritmo moderado, mas a taxa de desemprego continua elevada. Os gastos das famílias e investimentos fixos das empresas norte-americanas, por outro lado, aumentaram e o mercado imobiliário apresentou mais uma melhora. Fed mantém juro baixo e programa de compra de ativos SÃO PAULO - O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu manter as taxas de juros próximas de zero em reunião de política monetária. A autoridade também decidiu manter a compra de US$ 85 bilhões por mês em ativos, entre papéis com lastro em hipotecas e títulos públicos (Tresuries) de longo prazo.Leia a íntegra do comunicado de política monetária do Federal Reserve:"A informação recebida desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto se reuniu em dezembro sugere que o crescimento na atividade econômica fez uma pausa nos últimos meses, em grande medida por causa das rupturas relacionadas as condições climáticas e outros fatores transitórios. O emprego continuou a expandir-se em um ritmo moderado, mas a taxa de desemprego permanece elevada. Os gastos domésticos e o investimento fixo das empresas avançou, e o setor de moradia mostrou uma melhora adicional. A inflação segue um tanto abaixo da meta de longo prazo do Comitê, com exceção de variações temporárias que, em grande medida, refletem flutuações nos preços de energia. As expectativas de inflação no longo prazo permanecem estáveis.Consistente com seu mandato, o Comitê busca fomentar o máximo emprego e a estabilidade de preço. O Comitê espera que, com a apropriada acomodação política, o crescimento econômico vai proceder em um ritmo moderado e a taxa de desemprego vai cair gradualmente em direção aos níveis que o Comitê julga consistente com seu mandato duplo. Embora a tensão nos mercados financeiros globais tenha cedido um pouco, o Comitê continua a ver riscos negativos para a perspectiva econômica. O Comitê também antecipa que a inflação ao longo do médio prazo provavelmente ficará em ou abaixo de sua meta de 2%.Para dar suporte a uma recuperação econômica mais forte e para ajudar a garantir que a inflação, ao longo do tempo, esteja na taxa mais consistente com seu mandato duplo, o Comitê continuará a comprar mais ativos lastreados em hipotecas de agências a um ritmo de US$ 40 bilhões por mês e Treasuries de longo prazo a um ritmo de US$ 45 bilhões por mês. O Comitê está mantendo sua política existente de reinvestir o principal dos pagamentos que recebe de suas posições em títulos de dívida de agências e ativos lastreados em hipotecas de agências e da rolagem do vencimento dos Treasuries em leilão. Em conjunto, essas ações devem manter a pressão de baixa sobre as taxas de juro de longo prazo, proporcionar suporte aos mercados hipotecários e ajudar a tornar as condições de financiamento no geral mais acomodatícias.O Comitê vai monitorar atentamente as próximas informações sobre os desenvolvimentos econômicos e financeiros nos próximos meses. Se a perspectiva para o melhora de trabalho não melhorar substancialmente, o Comitê continuará suas compras de Treasuries e de ativos lastreados em hipotecas e empregará seus outros instrumentos de política conforme for apropriado, até que tal melhora seja alcançada em um contexto de estabilidade de preço. Na determinação do tamanho, ritmo e composição de sua compra de ativos, o Comitê irá, como sempre, levar em devida consideração a provável eficácia e os custos de tais compras.Para dar suporte ao continuado progresso em direção ao máximo emprego e à estabilidade de preços, o Comitê espera que uma posição altamente acomodatícia permanecerá apropriada por um período considerável depois do encerramento dos programas de compra de ativos e do fortalecimento da recuperação econômica. Em particular, o Comitê decidiu manter a meta para a taxa dos Fed Funds em zero e 0,25% e atualmente antecipa que esta faixa excepcionalmente baixa para a taxa dos Fed Funds será apropriada enquanto a taxa de desemprego permanecer acima de 6,5%, a inflação projetada entre um e dois anos não estiver mais do que 0,50 ponto percentual acima da meta de longo prazo do Comitê, de 2%, e as expectativas de inflação no longo prazo continuarem bem ancoradas.Para determinar quanto tempo irá manter uma posição altamente acomodatícia da política monetária, o Comitê também vai considerar outras informações, incluindo medidas adicionais das condições do mercado de trabalho, indicadores de pressão inflacionária e de expectativas de inflação e leituras sobre o desenvolvimento financeiro. Quando o Comitê decidir começar a remover a acomodação política, adotará uma abordagem equilibrada consistente com suas metas de longo prazo de máximo emprego e inflação de 2%.Votaram pela ação de política monetária: Ben S. Bernanke, Chairman; William C. Dudley, Vice Chairman; James Bullard; Elizabeth A. Duke; Charles L. Evans; Jerome H. Powell; Sarah Bloom Raskin; Eric S. Rosengren; Jeremy C. Stein; Daniel K. Tarullo; e Janet L. Yellen. Votou contra a ação Esther L. George, que estava preocupada que a manutenção do elevado nível de acomodação monetária eleve os riscos de desequilíbrios econômicos e financeiros futuros e, ao longo do tempo, possa causar um aumento na expectativa de inflação no longo prazo."
São Paulo, 30 de janeiro de 2013 -
Os contratos futuros do petróleo internacional encerraram as negociações de hoje em alta, depois que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) informou que vai manter a políticamonetária acomodativa nos próximos meses, assim como o programa de compras deativos financeiros. Na Nymex, os contratos futuros do WTI com vencimento em março subiram 0,37%, a US$ 97,94 o barril. Na plataforma ICE, os futuros do Brent para o mesmo mês avançaram 0,47%, a US$ 114,90 o barril. O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Fed decidiu hoje continuar realizando compras mensais de US$ 85 bilhões em ativos financeiros (US$ 40 bilhões em títulos atrelados a hipotecas e US$ 45 bi em Treasuries), a fim de sustentar a recuperação da economia dos Estados Unidos e ajudar a assegurar que a inflação fique próxima da meta de 2%.
O Fomc decidiu também manter a taxa básica de juros do país entre zero e 0,25%, para continuar sustentando as políticas com a finalidade de reduzir a taxa de desemprego para níveis aceitáveis e manter a estabilidade de preços.
Essas políticas acomodativas, que incluem o programa de compras de ativos financeiros e os juros próximos de zero, devem ser mantidas enquanto a taxa de desemprego continuar acima de 6,5% e enquanto a inflação continuar abaixo de 2%, com expectativas ancoradas à essa meta.