Governo prepara edital para construir quatro novos portos
SANTOS - O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse que o governo está "avançando" na abertura de licitações Daniel Wainstein / ValorMinistro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino: licitações para projetos no Pará, Amazonas, Bahia e Espírito Santopara a construção de quatro novos portos e terminais: porto de Manaus, Porto Sul, na Bahia, porto de Águas Profundas, no Espírito Santo, e terminal de múltiplo uso de Vila do Conde, no Pará. Todos eles estão em fase de estudos para lançamento dos editais, o que deve ocorrer até o fim do ano. Os mais adiantados são o de Manaus, que tem projeto básico e está em fase de conclusão do estudo de viabilidade técnica e econômica, e o de Vila do Conde. Na quarta-feira, foi realizada audiência pública na Companhia Docas do Pará sobre a licitação das áreas de arrendamento. Os dois portos representam investimento de R$ 2 bilhões.Em entrevista ao Valor, Cristino negou que o governo estuda a privatização do sistema portuário e reafirmou a manutenção do atual modelo. O arcabouço legal do setor prevê a concessão de porto público à iniciativa privada, por meio de licitação, por até 50 anos e autorização de terminal privativo, sem limite no tempo, desde que o empreendedor tenha carga própria. Segundo Cristino, o governo não prepara alteração no marco regulatório.Parte da iniciativa privada reivindica a flexibilização da legislação portuária, com a eliminação de licitações para construção de portos, para acelerar os investimentos em infraestrutura. Atualmente, só é possível abrir mão da licitação quando o empreendedor tem carga própria em quantidade superior à de terceiros e usa o porto como forma de verticalizar seu negócio principal, como, por exemplo, Petrobras e Vale. Se a finalidade do negócio é prestar serviço de movimentação a terceiros, a regra é a licitação. O Brasil conta com 129 portos privativos e 34 portos públicos marítimos."O que está na lei é o que vamos continuar a fazer no futuro próximo. Por enquanto não existe intenção de mudança", afirmou Cristino. "O sistema portuário nacional é de porto público com operação privada. Agora, se alguém precisa de porto, o governo federal tem a estrutura legal para fazer a autorização para construção de um terminal de uso privativo, desde que haja carga própria em quantidade superior à de terceiros e que essas sejam da mesma natureza. Isso é óbvio", disse o ministro.De acordo com levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alguns Estados das regiões Norte e Nordeste deixaram de produzir 3 milhões de toneladas de soja e milho na safra passada por falta de portos marítimos próximos com capacidade de escoamento.A CNA é uma das associações que lutam na Justiça contra o decreto 6.620, de 2008, que estabeleceu a necessidade de carga própria em quantidade superior à de terceiros para dispensa de licitação. Uma das reclamações é que a norma teria impedido os investimentos no setor. Cristino discorda. Para ele, os investimentos privados ocorrem à medida que o poder público acena com os aportes, que rareavam até a criação da SEP, em 2007. Até 2014, a SEP vai investir R$ 5,276 bilhões em 66 obras por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)."As estimativas dão contam de que a iniciativa privada vai investir em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões no período", afirmou o ministro. Da carteira referente ao PAC 1, até 2010, a SEP diz ter concluído 45% das obras civis e quase 70% do Programa Nacional de Dragagem, que está aprofundando os principais portos nacionais, o maior gargalo do setor, para permitir o tráfego de grandes embarcações.Cerca de R$ 500 milhões do montante previsto até 2014 serão destinados a um programa de inteligência logística que, segundo Cristino, deve aumentar em até 25% a eficiência da operação. São basicamente três ações: a instalação do VTMS (Vessel Traffic Management Information System, na sigla em inglês), ferramenta que fará o monitoramento virtual do tráfego de embarcações; o Porto Sem Papel, plataforma on-line para integrar os trâmites burocráticos de todos os quase 20 atores envolvidos numa operação de comércio exterior; e o Carga Inteligente, que fará a comunicação entre a indústria ou fazenda e o porto, de forma que a mercadoria só seja enviada se houver disponibilidade de navio. O objetivo é evitar congestionamentos e otimizar o fluxo logístico.Na terça-feira, durante visita ao porto de Santos para acompanhar a implementação do Porto Sem Papel, Cristino afirmou que o programa estará implantado até 1 de agosto - o prazo original era abril de 2010.Também anunciou que lançará no início de agosto a licitação para o VTMS de Santos, o primeiro porto que terá o sistema para auxiliar o controle da navegação principalmente em dias de mau tempo. Será composto por torres de monitoramento instaladas ao longo do estuário e uma central de processamento e supervisão dos dados por elas transmitidos.A primeira licitação do VTMS foi cancelada, porque os equipamentos não puderam ser incluídos no Reporto, o programa do governo federal de isenção de impostos para aquisição de máquinas destinadas à modernização portuária. "Já conversei com o ministro Fernando Pimentel [do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior], para que possamos usar o Reporto para o Carga Inteligente e VTMS."Durante a visita a Santos, o ministro informou que já recebeu da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o desenho dos novos limites físicos do cais do porto. O novo traçado quase duplica a região portuária sob jurisdição da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que atingirá cerca de 15 milhões de metros quadrados.O pedido de ampliação foi protocolado há mais de um ano pela Codesp, que depende disso para poder tocar o projeto de expansão do porto, chamado Barnabé Bagres. Segundo Cristino, se não houver nenhum problema com o novo desenho, a intenção da Secretaria dos Portos é enviar a minuta do decreto para a Presidência da República ainda nesta semana.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Brasil deve passar os EUA em venda de defensivos agrícolas
Brasil deve passar os EUA em venda de defensivos agrícolas
O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior mercado mundial de agrotóxicos ainda em 2011, com vendas superiores a US$ 8 bilhões. Com o bom desempenho das vendas do insumo no primeiro semestre e a forte alta nos preços das principais commodities, o setor reviu suas estimativas e espera uma crescimento de até 10% na receita com as vendas.Isso significa que o mercado pode crescer duas vezes mais do que se previa no início do ano. As projeções iniciais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) indicavam uma expansão de 4,5%, ritmo compatível com o crescimento então esperado para a economia brasileira. Nesse cenário, o país provavelmente continuaria em segundo lugar no ranking global. Mas Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que congrega apenas os grandes players globais, como Monsanto, Bayer, Basf, DuPont e Syngenta, não tem dúvidas. "Se ainda não é, o Brasil será o maior mercado de agroquímicos do mundo até o fim de 2011", prevê. Estima-se que mercado americano tenha movimentado US$ 7,8 bilhões em 2010. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), esse número caiu 4,8% entre 1998, quando foi recorde, e 2007, último ano da série. Em 2010, as vendas no Brasil atingiram US$ 7,3 bilhões, com crescimento de 9%. Os EUA cultivam uma área 50% maior e ostentam uma produção de grãos que supera em três vezes e meia a brasileira. Daher rejeita a comparação e o título de "campeão mundial no uso de agrotóxicos", associado ao uso indiscriminado desses produtos. De posse de um estudo publicado recentemente pela consultoria Kleffmann, ele afirma que as vendas cresceram apenas 1,5% entre 2004 e 2009, quando analisada a receita por tonelada de alimento produzido.Sob essa ótica, o consumo no Brasil teria crescido menos que em países como França (28,6%) e Japão (19,34%). Os americanos, em compensação, reduziram seu uso em 6% neste período, ainda de acordo com o critério adotado pela Kleffmann. Daher pondera que americanos estão bastante à frente no uso de sementes transgênicas que, em alguns casos, dispensam o uso de agrotóxicos. E observa que o Brasil, por suas características climáticas, tem uma maior propensão ao uso de agroquímicos. "O bônus de ser um país tropical é que você planta duas, até três safras por ano. O ônus é que você tem uma incidência muito maior de pragas". "Só as vendas de fungicidas para combater a ferrugem asiática da soja, doença inexistente nas lavouras dos EUA, movimenta US$ 1 bilhão no Brasil", estima José Roberto Da Ros, presidente do Sindag. A participação do fungicidas nesse mercado mais que dobrou desde 2004, quando a ferrugem da soja tornou-se um problema sério no Brasil. Não à toa, em 2010, mais de 44% das vendas foram destinadas ao trato da soja. O algodão, cuja área plantada cresceu mais de 60% na última safra, é a segunda lavoura mais importante, com 11% de participação na receita desta indústria. Segundo Daher, a expansão do algodão explica o crescimento de mais de 30% nas vendas de inseticidas neste ano. Outro fator relevante é o aumento do poder de compra dos produtores, reflexo da alta das commodities e da redução nos preços de alguns defensivos. Em 2009, por exemplo, um sojicultor pagava o equivalente a 2,5 sacas do grão para cada cinco litros do herbicida glifosato, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA). Em janeiro deste ano, gastava apenas uma.
O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior mercado mundial de agrotóxicos ainda em 2011, com vendas superiores a US$ 8 bilhões. Com o bom desempenho das vendas do insumo no primeiro semestre e a forte alta nos preços das principais commodities, o setor reviu suas estimativas e espera uma crescimento de até 10% na receita com as vendas.Isso significa que o mercado pode crescer duas vezes mais do que se previa no início do ano. As projeções iniciais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) indicavam uma expansão de 4,5%, ritmo compatível com o crescimento então esperado para a economia brasileira. Nesse cenário, o país provavelmente continuaria em segundo lugar no ranking global. Mas Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que congrega apenas os grandes players globais, como Monsanto, Bayer, Basf, DuPont e Syngenta, não tem dúvidas. "Se ainda não é, o Brasil será o maior mercado de agroquímicos do mundo até o fim de 2011", prevê. Estima-se que mercado americano tenha movimentado US$ 7,8 bilhões em 2010. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), esse número caiu 4,8% entre 1998, quando foi recorde, e 2007, último ano da série. Em 2010, as vendas no Brasil atingiram US$ 7,3 bilhões, com crescimento de 9%. Os EUA cultivam uma área 50% maior e ostentam uma produção de grãos que supera em três vezes e meia a brasileira. Daher rejeita a comparação e o título de "campeão mundial no uso de agrotóxicos", associado ao uso indiscriminado desses produtos. De posse de um estudo publicado recentemente pela consultoria Kleffmann, ele afirma que as vendas cresceram apenas 1,5% entre 2004 e 2009, quando analisada a receita por tonelada de alimento produzido.Sob essa ótica, o consumo no Brasil teria crescido menos que em países como França (28,6%) e Japão (19,34%). Os americanos, em compensação, reduziram seu uso em 6% neste período, ainda de acordo com o critério adotado pela Kleffmann. Daher pondera que americanos estão bastante à frente no uso de sementes transgênicas que, em alguns casos, dispensam o uso de agrotóxicos. E observa que o Brasil, por suas características climáticas, tem uma maior propensão ao uso de agroquímicos. "O bônus de ser um país tropical é que você planta duas, até três safras por ano. O ônus é que você tem uma incidência muito maior de pragas". "Só as vendas de fungicidas para combater a ferrugem asiática da soja, doença inexistente nas lavouras dos EUA, movimenta US$ 1 bilhão no Brasil", estima José Roberto Da Ros, presidente do Sindag. A participação do fungicidas nesse mercado mais que dobrou desde 2004, quando a ferrugem da soja tornou-se um problema sério no Brasil. Não à toa, em 2010, mais de 44% das vendas foram destinadas ao trato da soja. O algodão, cuja área plantada cresceu mais de 60% na última safra, é a segunda lavoura mais importante, com 11% de participação na receita desta indústria. Segundo Daher, a expansão do algodão explica o crescimento de mais de 30% nas vendas de inseticidas neste ano. Outro fator relevante é o aumento do poder de compra dos produtores, reflexo da alta das commodities e da redução nos preços de alguns defensivos. Em 2009, por exemplo, um sojicultor pagava o equivalente a 2,5 sacas do grão para cada cinco litros do herbicida glifosato, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA). Em janeiro deste ano, gastava apenas uma.
Boletim Diario do Mercado de Café - 21 Julho 2011
H.Commcor DTVM
O Mercado físico de café trabalhou o dia sem muitos negócios Para cafés safra 11/12 tendo ofertas de R$ 440,00 a R$ 450,00 para café com 15% de catação, e ofertas de R$ 430,00 a R$ 440,00 para cafés com 20% de catação.
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 315,65 com -0,45 de baixa, totalizando um volume de 1.386 contratos. Saiu spread de Set/Dez de -0,30 a 0,50; Set/Set de -15,50 a -14,80. Observamos arbitragens de Set/Set entre -6,00 a -2,50; Set/Dez entre -9,50 a -6,00. O mercado de Café na BMF chegou a trabalhar na parte da manha com uma leve alta, acompanhando o mercado de NY que, devido a piora do dólar perante as outras moedas se mostrou mais tomador tentando trabalhar acima da m-móvel de 200 dias 246,90. Mas como o mercado de NY acabou não dando sequencia encontramos fortes realizações de comprados, tivemos também uma forte liquidação por parte de fundos no mercado de Londres que fez o mercado fazer novas mínimas para o movimento.
O mercado de café para o vencimento Setembro/11 encerrou cotado a 240,80, com 260 pontos de queda, e range entre 239,50 e 247,90. Trabalhando em tendências mistas, a cotação do café nesta quinta-feira foi marcada com grande oscilação. Fazendo novamente certo movimento de correção a queda de ontem, o grão com acentuado volume de compras levaram o mercado a registrar logo pela abertura a máxima do dia a 247,90, nível acima da máxima anterior, quando então foi sentida defesa de vendas. A forte virada do café na bolsa de Londres, deu um tom negativo parao café em NY, quando mais uma vez, pela sexta sessão consecutiva, a commodity buscou suas mínimas anteriores a 243,00 / 242,50 até mínima do movimento de 240,00, quebrando assim, como leve ativação de stops, até nova mínima desde janeiro, a 239,50. Com moderada defesa de compras, ocafé fechou o dia cotado a 240,80. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 250,10 / 272,60 e 246,80 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de julho (entre os dias 01 e 20) somam 1.095.656 sacas, uma variação positiva de 32,3% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Setembro/11 encerrou cotado a 2002, com 108 pontos de queda, num range de 1985 e 2145.
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O Mercado físico de café trabalhou o dia sem muitos negócios Para cafés safra 11/12 tendo ofertas de R$ 440,00 a R$ 450,00 para café com 15% de catação, e ofertas de R$ 430,00 a R$ 440,00 para cafés com 20% de catação.
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 315,65 com -0,45 de baixa, totalizando um volume de 1.386 contratos. Saiu spread de Set/Dez de -0,30 a 0,50; Set/Set de -15,50 a -14,80. Observamos arbitragens de Set/Set entre -6,00 a -2,50; Set/Dez entre -9,50 a -6,00. O mercado de Café na BMF chegou a trabalhar na parte da manha com uma leve alta, acompanhando o mercado de NY que, devido a piora do dólar perante as outras moedas se mostrou mais tomador tentando trabalhar acima da m-móvel de 200 dias 246,90. Mas como o mercado de NY acabou não dando sequencia encontramos fortes realizações de comprados, tivemos também uma forte liquidação por parte de fundos no mercado de Londres que fez o mercado fazer novas mínimas para o movimento.
O mercado de café para o vencimento Setembro/11 encerrou cotado a 240,80, com 260 pontos de queda, e range entre 239,50 e 247,90. Trabalhando em tendências mistas, a cotação do café nesta quinta-feira foi marcada com grande oscilação. Fazendo novamente certo movimento de correção a queda de ontem, o grão com acentuado volume de compras levaram o mercado a registrar logo pela abertura a máxima do dia a 247,90, nível acima da máxima anterior, quando então foi sentida defesa de vendas. A forte virada do café na bolsa de Londres, deu um tom negativo parao café em NY, quando mais uma vez, pela sexta sessão consecutiva, a commodity buscou suas mínimas anteriores a 243,00 / 242,50 até mínima do movimento de 240,00, quebrando assim, como leve ativação de stops, até nova mínima desde janeiro, a 239,50. Com moderada defesa de compras, ocafé fechou o dia cotado a 240,80. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 250,10 / 272,60 e 246,80 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de julho (entre os dias 01 e 20) somam 1.095.656 sacas, uma variação positiva de 32,3% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Setembro/11 encerrou cotado a 2002, com 108 pontos de queda, num range de 1985 e 2145.
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