Números do prejuízo
Esta semana vimos através de noticias postadas na internet que uma auditoria na Conab mostra irregularidades, uma noticia para nos cafeicultores que não tem nada de novidade, pois sabemos que os números divulgados pela Conab no setor cafeeiro nada tem haver com nossa realidade, realidade nossa que é dura obtendo nosso sustento debaixo de sol e chuva.
Como já disse outras vezes é impossível manter um setor produtivo sem bases concretas de informação, pelos dados de produção da Conab aponta para uma falta de café que na realidade nunca aparece.
Este número manipulado por lobistas que defendem a indústria e a exportação põe em cheque a produção, pois se produz mais do que consome e vendem a ilusão para o produtor que falta café e desta forma podem manipular o mercado ao seu bel prazer.
A Conab é controlada pelo PMDB de São Paulo, mas também conta com diretores do PT gaúcho em sua cúpula. A Companhia operou um orçamento de R$ 2,3 bilhões para a aquisição de produtos agropecuários em 2009.
Com uma parcela desse orçamento que deveria ser co-administrada pelos produtores rurais, que são os maiores prejudicados, com esse dinheiro com certeza levantaríamos o estoque à área produtiva e a produtividade sem chutes.
Matemática é uma ciência exata e para nos produtores essa exatidão nos falta para administrar nosso parque cafeeiro.
A OIC também divulga dados que me parece incorretos, pois se levarmos em consideração o consumo por ela divulgado o café faltaria e com certeza não estaríamos trabalhando com preços tão ruins.
Segundo a Cecafe entidade que gere os dados das exportações de café do Brasil,
No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil embarcou 30,442 milhões de sacas, para uma receita de US$ 4,322 bilhões, então matemáticos simples uma media 2.5 milhões de sacas o que provocara um rombo nos estoques se admitirmos os números oficias.
O consumo de café no Brasil em 2009 aumentou 740 mil sacas e saltou de 17,65 milhões, em 2008, para 18,39 milhões de sacas. Esse crescimento de 4,15% superou até mesmo as expectativas iniciais da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, que eram de uma elevação de 3%. Esses resultados partem do estudo “Indicadores da Indústria de Café no Brasil/2009 – Desempenho da Produção e Consumo Interno”, elaborado pela Área de Pesquisas da entidade e que analisa os dados do período compreendido entre Novembro/2008 e Outubro/2009 estes são números divulgados pela Abic em estudo feito em conjunto com o Banco Bradesco, se remetermos novamente aos números representa 1.5 milhões de sacas de café consumidos por mês no Brasil.
Em uma tabela abaixo, anexada, baixada da internet, nos mostra a realidade dos números, que pelos dados da Conab e do IBGE e teríamos em 30/06/2010 uma falta Recorde de mercadoria de 4.5 milhões de sacas segundo o IBGE e um numero ainda maior de 5.5 milhões de sacas segundo a Conab.
Portanto companheiros produtores se mandarmos esse numero pra 10 anos passados chegaremos a um numero absurdo de 50 milhões de sacas de café faltando no mercado fazendo uma media entre os números as duas entidades.
Com relação aos números apresentado pelo mercado nos remete a uma realidade que está nela mesmo sendo enganados pelo mercado, pois segundo dado do mercado também retirado desta tabela nos mostra uma sobra de café de praticamente 6 milhões de sacas de café.
Quando vamos tomar consciência de nosso potencial, nossa estrutura nossa importância social?
Ate quando iremos gerir nossas propriedades com números falsos.
Nossos prejuízos são verdadeiros e nos tira o direito de crescer e sonhar.
Acordem produtores!!!!!!!!
Wagner Pimentel
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
TCU aponta irregularidades operacionais na Conab
TCU aponta irregularidades operacionais na Conab
Auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra uma estrutura sucateada, falta de gestão e controle sobre os ativos armazenados e diferenças "graves" nos volumes contabilizados pela matriz da estatal e suas superintendências regionais nos Estados.
As visitas dos auditores do TCU às unidades da estatal também revelaram a contratação irregular de empresas de armazenamento inscritas no cadastro de inadimplentes da União, além de "prejuízos aos cofres públicos" causados pela perda do prazo de recursos em processos de desvios de estoques públicos. O TCU estimou um "risco de desperdício" do dinheiro de R$ 1,12 bilhão apenas em ações não cobradas na Justiça por prescrição de prazo.
Em julho de 2009, a capacidade estática ociosa da Conab, seria suficiente para acomodar 43,5% dos estoques armazenados em estruturas privadas. À época, a Conab pagou R$ 1,9 milhão quinzenais para estocar 1,3 milhão de toneladas de grãos que poderiam estar em armazéns da estatal, aponta o relatório. A auditoria detectou que 48 armazéns privados estavam em situação fiscal irregular. Juntas, essas empresas detinham R$ 117,6 milhões em ativos públicos sob sua guarda.
Os prejuízos com aluguel desnecessário de áreas privadas foram estimados em R$ 45 milhões anuais, apontou o relatório. A auditoria apurou que 85% dos estoques públicos - 2,6 milhões de toneladas - estavam armazenados em silos privados. Em razão do sucateamento das unidades da Conab, apenas 1,6% da produção total da safra 2008/09 poderia ser acondicionada nos armazéns estatais, segundo a auditoria.
A auditoria do TCU na Conab avaliou os processos de armazenamento e fiscalização de estoques públicos, a qualidade dos sistemas informatizados de controle de estoques, a logística de armazenamento público e o processo de recuperação de débitos causados por desvios e perdas de produtos. Foi a primeira vez que o TCU fiscalizou a estatal.
A Conab é controlada pelo PMDB de São Paulo, mas também conta com diretores do PT gaúcho em sua cúpula. A Companhia operou um orçamento de R$ 2,3 bilhões para a aquisição de produtos agropecuários em 2009.
Há dois anos e meio no comando da Conab, Wagner Rossi admite todos os problemas apontados pelo TCU. E afirma que tem trabalhado em "estreita colaboração" com os órgãos de controle para melhorar a situação. "É verdade o que o TCU levantou. Mas estamos em um processo de recomposição da empresa. Temos imperfeições e vamos corrigi-las", afirmou ele.
"Há dificuldades, especialmente em tecnologia da informação. Mas estamos colocando as coisas em ordem". Rossi afirmou ter adquirido um novo programa para organizar as ações judiciais, além de realizado um amplo levantamento do patrimônio da estatal.
O relatório dos auditores do TCU determinou à Conab alguns procedimentos imediatos. Entre eles, está exigir garantia de depósito em todos os contratos com armazéns privados e a melhora dos controles internos dos estoques para corrigir as diferenças de volume entre matriz e superintendências. Além disso, o TCU determinou alteração nas fiscalizações de estoques para evitar a repetição nos mesmos estados em meses iguais e auditorias não-programadas constantes.
A Conab também deveria vetar a participação de gerentes ou encarregados de operações em fiscalizações em seus Estados, além de revisar os processos de recuperação de débitos causados por perdas ou desvios de estoques públicos em até 90 dias. Os auditores determinaram a revisão da situação das empresas armazenadoras com débitos não quitados e, em caso de irregularidade comprovada, providências para a remoção dos produtos públicos, além de apurar falhas de controle interno que originaram esses problemas.
Auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra uma estrutura sucateada, falta de gestão e controle sobre os ativos armazenados e diferenças "graves" nos volumes contabilizados pela matriz da estatal e suas superintendências regionais nos Estados.
As visitas dos auditores do TCU às unidades da estatal também revelaram a contratação irregular de empresas de armazenamento inscritas no cadastro de inadimplentes da União, além de "prejuízos aos cofres públicos" causados pela perda do prazo de recursos em processos de desvios de estoques públicos. O TCU estimou um "risco de desperdício" do dinheiro de R$ 1,12 bilhão apenas em ações não cobradas na Justiça por prescrição de prazo.
Em julho de 2009, a capacidade estática ociosa da Conab, seria suficiente para acomodar 43,5% dos estoques armazenados em estruturas privadas. À época, a Conab pagou R$ 1,9 milhão quinzenais para estocar 1,3 milhão de toneladas de grãos que poderiam estar em armazéns da estatal, aponta o relatório. A auditoria detectou que 48 armazéns privados estavam em situação fiscal irregular. Juntas, essas empresas detinham R$ 117,6 milhões em ativos públicos sob sua guarda.
Os prejuízos com aluguel desnecessário de áreas privadas foram estimados em R$ 45 milhões anuais, apontou o relatório. A auditoria apurou que 85% dos estoques públicos - 2,6 milhões de toneladas - estavam armazenados em silos privados. Em razão do sucateamento das unidades da Conab, apenas 1,6% da produção total da safra 2008/09 poderia ser acondicionada nos armazéns estatais, segundo a auditoria.
A auditoria do TCU na Conab avaliou os processos de armazenamento e fiscalização de estoques públicos, a qualidade dos sistemas informatizados de controle de estoques, a logística de armazenamento público e o processo de recuperação de débitos causados por desvios e perdas de produtos. Foi a primeira vez que o TCU fiscalizou a estatal.
A Conab é controlada pelo PMDB de São Paulo, mas também conta com diretores do PT gaúcho em sua cúpula. A Companhia operou um orçamento de R$ 2,3 bilhões para a aquisição de produtos agropecuários em 2009.
Há dois anos e meio no comando da Conab, Wagner Rossi admite todos os problemas apontados pelo TCU. E afirma que tem trabalhado em "estreita colaboração" com os órgãos de controle para melhorar a situação. "É verdade o que o TCU levantou. Mas estamos em um processo de recomposição da empresa. Temos imperfeições e vamos corrigi-las", afirmou ele.
"Há dificuldades, especialmente em tecnologia da informação. Mas estamos colocando as coisas em ordem". Rossi afirmou ter adquirido um novo programa para organizar as ações judiciais, além de realizado um amplo levantamento do patrimônio da estatal.
O relatório dos auditores do TCU determinou à Conab alguns procedimentos imediatos. Entre eles, está exigir garantia de depósito em todos os contratos com armazéns privados e a melhora dos controles internos dos estoques para corrigir as diferenças de volume entre matriz e superintendências. Além disso, o TCU determinou alteração nas fiscalizações de estoques para evitar a repetição nos mesmos estados em meses iguais e auditorias não-programadas constantes.
A Conab também deveria vetar a participação de gerentes ou encarregados de operações em fiscalizações em seus Estados, além de revisar os processos de recuperação de débitos causados por perdas ou desvios de estoques públicos em até 90 dias. Os auditores determinaram a revisão da situação das empresas armazenadoras com débitos não quitados e, em caso de irregularidade comprovada, providências para a remoção dos produtos públicos, além de apurar falhas de controle interno que originaram esses problemas.
CeCafé:exportação de café do Brasil cresce em janeiro
CeCafé:exportação de café do Brasil cresce em janeiro
O volume de café verde exportado pelo Brasil em janeiro apresentou elevação de 4,8%, em relação ao mesmo mês de 2009. Foram embarcadas 2,21 milhões de sacas de 60 quilos, ante 2,109 milhões de sacas em janeiro de 2009, conforme levantamento divulgado na sexta-feira, dia 5, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
Considerando o volume solúvel embarcado, o total de café exportado pelo Brasil em janeiro alcança 2,436 milhões de sacas, representando aumento de 4,9% ante mesmo mês de 2009 (2,323 milhões de sacas).
O Cecafé informa, ainda, que a receita cambial com o produto teve elevação de 16,7% em janeiro passado em relação ao mesmo mês de 2009. Os exportadores faturaram US$ 377,070 milhões, em comparação com US$ 323,241 milhões em janeiro de 2009.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil embarcou 30,442 milhões de sacas, para uma receita de US$ 4,322 bilhões. No mês de janeiro, o número sobre a participação porcentual por qualidade nas exportações mostra que o arábica respondeu por 89% das vendas, o solúvel por 9% e o robusta por 2%.
Com relação às exportações de café robusta, assim com as do arábica, devem aumentar no segundo semestre, quando o Brasil terá disponível a safra nova. "A oferta de robusta deve melhorar no segundo semestre, e os preços brasileiros não estão fora de mercado", disse Guilherme Braga, diretor-executivo do Cecafé.
Em janeiro, os maiores compradores do café nacional foram: Alemanha (521.083 sacas), Estados Unidos (384.492 sacas), e Itália (254.794 sacas).
O Cecafé destaca, ainda, que as vendas para a Rússia tiveram bom desempenho em janeiro. Tradicional consumidor de café solúvel, a Rússia importou em janeiro 81 mil sacas, das quais 44 mil sacas de café verde. Em 2009, aquele país adquiriu 12 mil sacas, das quais sete mil de café solúvel. O aumento no volume adquirido fez a Rússia saltar do 23º lugar em janeiro de 2009 para o sexto lugar em janeiro de 2010, entre os principais compradores de café brasileiro.
Os principais portos de embarque foram: Santos, com uma participação de 77,8% no volume embarcado, Vitória, com 11,4%, e o Rio de Janeiro, com 9,4%.
O volume de café verde exportado pelo Brasil em janeiro apresentou elevação de 4,8%, em relação ao mesmo mês de 2009. Foram embarcadas 2,21 milhões de sacas de 60 quilos, ante 2,109 milhões de sacas em janeiro de 2009, conforme levantamento divulgado na sexta-feira, dia 5, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
Considerando o volume solúvel embarcado, o total de café exportado pelo Brasil em janeiro alcança 2,436 milhões de sacas, representando aumento de 4,9% ante mesmo mês de 2009 (2,323 milhões de sacas).
O Cecafé informa, ainda, que a receita cambial com o produto teve elevação de 16,7% em janeiro passado em relação ao mesmo mês de 2009. Os exportadores faturaram US$ 377,070 milhões, em comparação com US$ 323,241 milhões em janeiro de 2009.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil embarcou 30,442 milhões de sacas, para uma receita de US$ 4,322 bilhões. No mês de janeiro, o número sobre a participação porcentual por qualidade nas exportações mostra que o arábica respondeu por 89% das vendas, o solúvel por 9% e o robusta por 2%.
Com relação às exportações de café robusta, assim com as do arábica, devem aumentar no segundo semestre, quando o Brasil terá disponível a safra nova. "A oferta de robusta deve melhorar no segundo semestre, e os preços brasileiros não estão fora de mercado", disse Guilherme Braga, diretor-executivo do Cecafé.
Em janeiro, os maiores compradores do café nacional foram: Alemanha (521.083 sacas), Estados Unidos (384.492 sacas), e Itália (254.794 sacas).
O Cecafé destaca, ainda, que as vendas para a Rússia tiveram bom desempenho em janeiro. Tradicional consumidor de café solúvel, a Rússia importou em janeiro 81 mil sacas, das quais 44 mil sacas de café verde. Em 2009, aquele país adquiriu 12 mil sacas, das quais sete mil de café solúvel. O aumento no volume adquirido fez a Rússia saltar do 23º lugar em janeiro de 2009 para o sexto lugar em janeiro de 2010, entre os principais compradores de café brasileiro.
Os principais portos de embarque foram: Santos, com uma participação de 77,8% no volume embarcado, Vitória, com 11,4%, e o Rio de Janeiro, com 9,4%.
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