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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SEMANA: AMPLA OFERTA FAZ PREÇOS DO CAFÉ RECUAREM EM NOVEMBRO
Os preços internacionais do café perderam valor em
novembro. As cotações futuras do café arábica da ICE Futures US (Bolsa de
Nova York) caíram mais de 3% ao longo do mês, desconsiderando a sessão do dia
30 de novembro. Os contratos com entrega em março/2013 encerraram a sessão da
quinta-feira, 29 de novembro a 156,40 centavos de dólar por libra-peso, ante
os 161,70 cents/libra na sessão do dia 31 de outubro, uma queda de 3,27%.
Continua o peso no mercado do sentimento de ampla oferta disponível com
produtores. O Brasil, mesmo com os produtores tentando retrair a oferta, dispõe
de grande parte da safra 2012 a negociar. Além disso, a América Central e
Colômbia iniciaram a colheita nestes últimos meses do ano e o Vietnã também
está no começo da safra de robusta, o que sugere boa oferta se acumulando no
mercado.
Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gil C. Barabach, o cenário de baixa
no mercado de café já toma corpo há um bom tempo. "o mercado de café
atualmente, além de focado no curto prazo, dá impressão de estar cada dia
mais tendenciosamente baixista", aponta. Segundo ele, o viés de baixa está
atrelado ao ambiente de crise econômica, que se instaurou com mais força nesse
ano de 2012 e ainda deve influenciar os mercados em 2013. A preocupação é o
que acontecerá no próximo mês, talvez nos próximos dois e, para os que atuam
no foco mais longo, nos três meses seguintes.
O mês de dezembro, normalmente, é marcado pela volatilidade trazida pelos
primeiros números e impressões mais consistentes em relação à próxima
safra brasileira. O fluxo de embarques de Centrais, Colômbia e Vietnã também
agita o mercado, contribuindo com a volatilidade. É comum o preço subir em
dezembro, tanto no referencial de Nova York como no mercado físico interno. Lá
fora, o que dá suporte aos preços é a demanda mais aquecida, devido ao
inverno, e aqui dentro o que oferece sustentação e o avanço da entressafra,
e, com ela, a menor agressividade vendedora. Essas variáveis, com alguns
ajustes, mantêm o mercado sustentado até fevereiro.

Encafe

ENCAFÉ: DIRETOR DO CECAFÉ ACREDITA EM REAÇÃO DO MERCADO NO CURTO PRAZO
Os preços do café têm tudo para voltar a se sustentar no
curto prazo e apresentar uma recuperação na Bolsa de Mercadorias de Nova
York, que baliza as cotações internacionais do arábica, nos próximos 30 a 60
dias. A opinião é do diretor geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de
Café do Brasil), Guilherme Braga, que deu entrevista exclusiva à Agência
SAFRAS durante o 20o Encafé (Encontro Nacional da Indústria do Café), que
ocorre de 28 de novembro a 02 de dezembro, em Mata de São João, na Bahia.
Guilherme Braga disse que não esperava por uma queda como a vista na
bolsa, já que os fundamentos seguem positivos. "Não há excesso de oferta,
tanto que o Brasil vai exportar de 4,5 a 5,0 milhões de sacas a menos em
2012", comentou. O estoque global segue limitado e agora ainda é período de
frio no Hemisfério Norte, quando cresce o consumo.
A "desculpa" de que o cenário macroeconômico é negativo não basta
para tanta queda, observa, até porque a crise na Europa e problemas nos Estados
Unidos e outras regiões consumidoras não trazem grandes mudanças no consumo.
"A situação é firme nos fundamentos", reitera. Recentemente, a maior
substituição de arábica por robusta em blends pode ser indicada como fator
baixista para o arábica. Mesmo assim, o mercado já teve tempo para absorver
isso. A chegada da safra da América Central e da Colômbia no caso do arábica,
e no Vietnã do robusta, agora no fim do ano inegavelmente pesa sobre as
cotações, mas o equilíbrio de oferta e demanda persiste. "Os estoques de
robusta caíram e os de arábica também na mão dos consumidores", avalia
Braga.
Para o diretor do Cecafé, a bolsa de NY varia de humor segundo outros
fatores que não os fundamentais, acompanhando fatores técnicos. Mas isso vale
para o curto prazo, porque no longo o mercado segue os fundamentos de oferta e
demanda. Ele acredita que o mercado em 30 a 60 dias pode voltar a US$ 1,65 a US$
1,70 por libra-peso em Nova York. "Também não vejo espaço para grandes
altas", adverte. "O volume de negócios está menor, não só por causa do
produtor. O lado comprador está mesmo adiando compras", indica.
Recentes quedas podem estar sendo vistas, analisa Braga, com a chegada do
vencimento do contrato dezembro em NY. Quando se aproxima o período de
entregas, os comprados liquidam posições para não receber os cafés
certificados da bolsa, normalmente de safras "velhas" e que não tem tanto
deságio no preço em reclassificação por isso.
Guilherme Braga salientou que os cafés finos arábica brasileiros estão
bem valorizados no mercado internacional, com prêmios hoje acima do preço de
NY de 25 a 30 centavos de dólar por libra-peso. "A safra desse ano no Brasil
foi boa, mas não tão boa de qualidade por causa de problemas climáticos, e o
produtor vende primeiro os cafés mais fracos, por isso há escassez desses
grãos finos, que estão com prêmios acima da nossa concorrência", apontou.
Os cafés de qualidade superior do arábica, chamados diferenciados,
representam 20% das exportações desta safra, segundo Braga, devido ao clima
chuvoso na etapa final de maturação dos grãos e durante a colheita, que
afetaram a qualidade. Na safra passada representou 25% das exportações do
arábica. O produtor segura a oferta de qualidade e o exportador reflete isso, e
os prêmios de exportação sobem.

Café tenta manter correções na ICE e volta e registrar altas

Café tenta manter correções na ICE e volta e registrar altas  
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com ganhos, em uma sessão caracterizada por alguns altos e baixos, mas com a preservação do intervalo de 150,00 centavos por libra, depois de o março ter tocada, na última quarta-feira, nos menores patamares de preço em quase 30 meses.  A sessão foi caracterizada por relativa calma, com os bears (baixistas) não demonstrando todo o vigor que vinha sendo característico ao longo das últimas semanas. Assim, algumas compras especulativas buscaram forçar, ainda mais, um cenário de correção, aproveitando os fortes ganhos que já haviam sido amealhados na sessão passada. Inicialmente, essa tentativa não prosperou, diante de uma abertura tímida e de algumas ordens de venda. No entanto, ao não conseguir fazer com que o nível de 153,00 centavos fosse rompido, o que se observou foram recompras e aquisições especulativas, culminando com as altas do dia, que foram apenas modestas, mas suficientes para permitir que o março se posicionasse além do referencial de 155,00 centavos.  Tecnicamente, o mercado se mantém sobrevendido , ainda com um viés baixista de curto e longo prazo, no entanto, esse quadro pode se reverter, principalmente se o quadro macroeconômico favorecer. Apesar das altas no intraday, no after-hours os ganhos perderam fôlego e o fechamento foi próximo da estabilidade.  No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 155 pontos, com 156,40 centavos, sendo a máxima em 157,15 e a mínima em 153,50 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 155 pontos, com a libra a 159,25 centavos, sendo a máxima em 159,95 e a mínima em 156,40 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve alta de 3 dólares, com 1.938 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 6 dólares, com 1.942 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por algumas compras especulativas que permitiram a manutenção do clima favorável e a expectativa de uma correção mais efetiva, diante de um quadro fortemente sobrevendido que já perdura em Nova Iorque há um considerável período. Os ganhos não foram acentuados e, em parte, refletiram o comportamento dos mercados externos que, mesmo após o anúncio da ajuda para a economia grega, vinha se mostrando consideravelmente negativo. Nesta quinta, além do dólar em queda, as bolsas de valores nos Estados Unidos subiram e alguns segmentos de risco, como as commodities, puderam respirar, como o petróleo, que experimentou alta de 1,40%.  "A expectativa por um movimento corretivo é grande e, pela segunda sessão consecutiva, conseguimos 'romper' o clima baixista e fazer com que o mercado experimentasse ganhos, com o março fechando no nível de 156,00 centavos, o que é algo considerável. Vamos esperar patamares como de 160,00 centavos, que podem dar essa sustentação necessária para diminuirmos esse quadro sobrevendido atual", sustentou um trader.  As exportações de café do Brasil em novembro, até o dia 28, somaram 2.007.345 sacas, contra 1.594.242 sacas registradas no mesmo período de outubro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.129 sacas, indo para 2.493.478 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.745 lotes, com as opções tendo 4.999 calls e 4.927 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 157,15, 157,15, 157,50, 158,00, 158,50, 159,00, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,50, 162,00 e 162,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 153,50, 153,00, 152,50, 152,00, 151,50, 151,00, 150,50, 150,10-150,00, 149,50, 149,00, 148,50, 148,00, 147,50, 147,10-147,00 e 146,50 centavos por libra. 
   Londres tem dia de ligeiras altas e diminuição da volatilidade    
 Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com altas ligeiras, em uma sessão mais calma que as anteriores da semana e com a posição janeiro variando dentro do intervalo de 1.900 dólares, com a volatilidade voltando a se mostrar consideravelmente modesta. A segunda posição flutuou, ao longo do dia, dentro de um intervalo de apenas 22 dólares.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por algumas compras especulativas, que contrabalançaram as tentativas iniciais de baixa. Ao longo da manhã, a posição janeiro chegou a tocar os 1.923 dólares por tonelada, mas as recompras ganharam corpo e, seguindo o sentimento positivo dos mercados externos, Londres fechou o dia no lado positivo. "Foi uma sessão calma, bem menos movimentada que as registradas na terça ou quarta-feira, por exemplo, mas que confirmou um novo intervalo para os robustas. Até há pouco estávamos 'travados' em um range curto ao redor de preços abaixo dos 1.900 dólares e, agora, chegamos a tocar os 1.945 dólares. É um bom sinal e acreditamos que o mercado, diante da boa demanda, pode buscar até novas altas", disse um trader.  O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 6,27 mil lotes, com o março tendo 3,72 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 4 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve alta de 3 dólares, com 1.938 dólares por tonelada, com o março tendo valorização de 6 dólares, com 1.942 dólares por tonelada. 
   PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: DIs devem seguir em alta com otimismo nos EUA  
São Paulo, 29 de novembro de 2012 - A maioria dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) encerrou o pregão de hoje da BM&FBovespa em altae devem seguir o mesmo ritmo no pregão de amanhã, ainda influenciados pelo otimismo externo, principalmente com a possível rapidez na resolução do "abismo fiscal" nos Estados Unidos.   Para Vladmir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole, a questão fiscal nos Estados Unidos deve demorar mais que o mercado está prevendo, mesmo assim, os DIs devem seguir mais um dia de alta. "Não estou tão otimista em relação à questão do abismo fiscal. Creio que vai demorar um pouco mais do que os investidores estão achando", explicou o especialista, dizendo ainda quea movimentação dos DIs hoje não foi tão forte.   O único vencimento que apresentou queda, foi o com maior liquidez, com movimentação financeira de R$ 50,328 bilhões, para janeiro de 2013, caindo de7,10% para 7,09%. O contrato para abril de 2013 subiu de 7,10% para 7,11%, com giro financeiro de R$ 28,162 bilhões.   O vencimento para janeiro de 2014 passou de 7,30% para 7,32%, com volume financeiro de R$ 23,549 bilhões, enquanto o vencimento para julho de 2013 avançou de 7,10% para 7,11%, com giro financeiro de R$ 16,653 bilhões e o contrato para janeiro de 2017 saltou de 8,71% para 8,75%, com movimentação financeira de R$ 13,489 bilhões.   O contrato para janeiro de 2015 passou de 7,90% para 7,93%, com volume de R$13,264 bilhões, enquanto o vencimento para janeiro de 2016 subiu de 8,42% para8,44%, com giro financeiro de R$ 8,126 bilhões e o contrato para outubro de 2013 avançou de 7,18% para 7,19% (R$ 6,777 bilhões).   O número de contratos negociados atingiu 1.984.552, alta de 0,58% em relação aos negócios realizados ontem. O giro financeiro somou R$ 181,563 bilhões.   Mais cedo, Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB, disse que "a decisão de ontem do Copom [Comitê de Política Monetária] não está influenciando a curva de juros, pois veio em linha com o que o mercado esperava.A alta do DI tem sido influenciada por questões externas, basicamente dos Estados Unidos. Se nada de importante for divulgado, acredito que o mercado deveseguir neste ritmo", explicou Rostagno.   O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos expandiu 2,7% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior, quando cresceu 1,3%, de acordo com a leitura revisada dos dados anualizados divulgados hoje pelo Departamento do Comércio. Na leitura preliminar, o PIB do terceiro trimestre havia crescido 2,0%. Analistas previam alta revisada de 2,8%.   Ainda nos Estados Unidos, o Indice de Vendas Pendentes de Imóveis Residenciais (PHSI, na sigla em inglês) subiu 5,2% em outubro, para 104,8 pontos, ante leitura revisada de 99,6 pontos em setembro, informou hoje a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês). Em relação a outubro do ano passado, quando a leitura apontou 92,6 pontos, houve alta de 13,2%. Analistas esperavam alta de 1%, após o aumento de 0,3% inicialmente reportado para setembro.   Amanhã, no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, as Contas Nacionais Trimestrais, referente ao terceiro trimestre, com a variação do PIB no período. O mercado estima que o PIB do terceiro trimestre do ano fique em 1,20% em relação ao segundo trimestre de 2012, segundo a mediana das projeções do Termômetro CMA, pesquisa feita com instituições de mercado com as estimativas para os principais indicadores econômicos do País. Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, o mercado prevê que a atividade econômica do País tenha crescido 1,90% entre julho e setembro deste ano.   Em relação ao dólar comercial, Vladmir disse que a moeda deve seguir pressionada por motivos internos e que não vê os indicadores mexendo muito coma cotação. Além disso, o especialista acredita em mais um dia de valorização para o dólar. "O mercado segue testando o Banco Central e isso fez o dólar subir hoje", explicou o especialista.   O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,33%, cotado a R$ 2,0950 na compra e a R$ 2,0970 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,0890 e a máxima de R$ 2,1110. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para dezembro deste ano valorizou 0,21% a R$ 2.099,000, enquanto o vencimento para janeiro de 2013 avançou 0,30% a R$ 2.110,500.     MERCADO EUA: Revisão do PIB e indicadores puxam ganhos dos índices de ações   São Paulo, 29 de novembro de 2012 - Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos encerraram as negociações de hoje em alta, refletindo a segundaleitura do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que apontou uma alta maior quea da leitura preliminar, e também os dados positivos do setor imobiliário e do mercado de trabalho divulgados hoje. O Dow Jones teve aumento de 0,28%, em 13.021,82 pontos; o S&P 500 ganhou 0,42%, em 1.415,95 pontos; e o Nasdaq Composto avançou 0,68%, em 3.012,03 pontos.   Segundo a leitura anualizada divulgada hoje pelo Departamento do Comércio, o PIB dos Estados Unidos expandiu 2,7% no terceiro trimestre de 2012 na comparação com o trimestre anterior, quando cresceu 1,3%. Na leitura preliminar, o PIB do terceiro trimestre havia crescido 2,0%. O resultado, porém, continuou abaixo das projeções de analistas, que previam alta revisadade 2,8%.   No mercado de trabalho, o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em 23 mil na semana encerrada no dia 24 de novembro, para 393 mil, após ter registrado 416 mil na semana anterior, de acordo com os dadosdivulgados hoje pelo Departamento do Trabalho, com ajustes sazonais. O resultado ficou abaixo das projeções de analistas, que esperavam que o númerode novos pedidos fosse de 395 mil.     Ainda na agenda de indicadores do dia, o Indice de Vendas Pendentes de Imóveis Residenciais (PHSI, na sigla em inglês) subiu 5,2% em outubro, para 104,8 pontos, ante leitura revisada de 99,6 pontos em setembro, informou hoje a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês). Em relação a outubro do ano passado, quando a leitura apontou 92,6 pontos, houve alta de 13,2%. O resultado superou as expectativas de analistas, que previam umaalta de 1% em outubro, após o aumento de 0,3% inicialmente reportado para setembro.   Parte dos ganhos do dia foram devolvidos, porém, depois que o presidente daCasa dos Representantes - a câmara baixa do Congresso norte-americano -, o republicano John Boehner, alegou que a Casa Branca e o presidente Barack Obama ainda não apresentaram uma proposta séria para resolver a questão do déficitfiscal do país e para evitar a ocorrência do "abismo fiscal".        "Não sabemos o que a Casa Branca está disposta a fazer para resolver seriamente a questão do déficit", afirmou. "Não é um jogo, trabalhos estão em risco, a economia está em risco".     O líder do Partido Democrata no Senado, Harry Reid, por sua vez, afirmou que a Casa Branca ainda espera uma proposta séria da oposição a respeito das medidas necessárias para evitar o abismo fiscal no ano que vem. Segundo ele, o governo norte-americano está aguardando os republicanos apresentarem uma proposta de corte nos gastos públicos que possa ser aceita pelos democratas. Ele disse também que a Casa Branca insistirá na necessidade de elevar os impostos para a parcela mais rica da população.     Bovespa tem maior alta em 2 meses; ação de empresa de Eike dispara 28%São Paulo, SP - A Bovespa teve a maior alta em mais de dois meses nesta quinta-feira (29), em um pregão marcado pelo salto de quase 30% das ações da empresa de logística LLX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista.A companhia anunciou ontem à noite que firmou um contrato de 30 anos, renovável por mais 30, com a GE (General Eletric) para a instalação de uma unidade industrial no porto do Açu, nem São João da Barra, município do Rio de Janeiro."São pelo menos 30 anos de uma fonte de receita garantida para LLX, graças a um contrato com uma das maiores empresas do mundo, e isso agradou o mercado", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos.O papel subiu 27,59% (R$ 2,22), e contribuiu para o avanço de 2,32% do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, que encerrou o pregão em 57.852 pontos.Entre as "blue chips" (principais ações da Bolsa brasileira), a preferencial da mineradora Vale teve alta de 3,92% (R$ 36,60) e a da Petrobras subiu 2,68% (R$ 19,15). A OGX, empresa petrolífera que faz parte do grupo EBX, subiu 1,59% (R$ 4,48).As siderúrgicas também ajudaram a impulsionar o Ibovespa, com destaque para a CSN e a Usiminas, que subiram 9,61% e 6,07%, respectivamente. Ambas foram beneficiadas por avaliações mais positivas para o setor.Segundo operadores, movimentos de ajustes de carteira, típicos do período de fim de mês, também contribuíram para o avanço das ações brasileiras.Apenas 10 ações do Ibovespa fecharam no vermelho, com destaque para a preferencial da Eletrobras, que perdeu 7,46 por cento, a 7,81 reais, com investidores preocupados sobre os impactos da possível renovação antecipada de concessões elétricas.O giro financeiro da bolsa paulista foi de R$ 8,33 bilhões, acima da média diária de R$ 7,2 bilhões em 2012. O destaque ficou com Qualicorp, que teve leilão nesta quinta-feira e movimentou R$ 988 milhões --giro maior que o da ação preferencial da Vale.Na cena externa, investidores continuavam acompanhando atentamente a evolução das negociações para evitar uma crise fiscal nos Estados Unidos, que poderia jogar o país novamente em recessão.Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,23% e o S&P 500 tinha alta de 0,38% às 18h36. Mais cedo, o principal índice acionário europeu fechou em alta de 1,13%. 
   PERSPECTIVA: Expectativa por acordo nos EUA pode manter Ibovespa em alta  
São Paulo, 29 de novembro de 2012 - A expectativa de que ocorra um acordo entre o presidente norte-americano, Barack Obama, e o congresso do país para a questão do "abismo fiscal" pode continuar estimulando o Ibovespa no pregão de amanhã. Em relação a indicadores econômicos, os investidores estarão atentos ao índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, e à divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre.     O economista chefe da Planner Corretora, Eduardo Velho, afirma que os mercados se mostram muito sensíveis em relação às negociações nos Estados Unidos. "A perspectiva é de que as negociações estão avançando, apontando para o acerto de um acordo, provavelmente com ajustes graduais realizados ao longo dos próximos anos. Mas, como as bolsas têm oscilado bastante diante que qualquer declaração sobre essa questão, algum comentário negativo sobre o processo pode pesar", diz.   Ainda assim, a expectativa é de que o Ibovespa possa registrar um novo pregão de alta, de acordo com o economista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira. "Continuo otimista, vendo o mercado com uma certa esperança emrelação a esses acordos. A bolsa pode continuar em alta, mas talvez não subindo tanto como hoje".   A influência dos dados econômicos não deve ser muito grande amanhã, de acordo com Velho, a menos que sejam muito diferentes das expectativas. No exterior, o economista destaca o PMI, que será divulgado pelo Instituto de Gerência e Oferta de Chicago. Em outubro, foi registrada alta para 49,9 pontos.Analistas esperam leitura de 50,7 pontos.   No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre. O mercado estima que o PIB do terceiro trimestre do ano fique em 1,20% em relação ao segundo trimestre deste ano, segundo a mediana das projeções do Termômetro CMA. "Se o PIB vier um pouco acima disso não será uma surpresa, mas se vier abaixo de 1% pode influenciar negativamente", diz Velho.   No pregão de hoje, o Ibovespa fechou com forte alta, impulsionado pelo setor de siderurgia e mineração e por expectativas de um acordo nos Estados Unidos para evitar o "abismo fiscal no país". O principal índice da BM&FBovespa subiu 2,32%, aos 57.852 pontos. O volume negociado na bolsa foi de R$ 8,2 bilhões.   O otimismo refletiu no desempenho das blue chips. As PNAs da Vale (VALE5) subiram 3,91%, a R$ 36,60, registrando o maior giro financeiro do dia, de R$ 982,108 milhões. Em seguida, as preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 2,68%, a R$ 19,15, movimentando R$ 488,420 milhões, e as do Itaú Unibanco (ITUB4) expandiram 2,53%, a R$  31,94, com volume de R$ 288,184 milhões.   Entre as siderúrgicas, o destaque foi a CSN (CSNA3) que avançou 9,61%, a R$ 11,06, após o banco Santander elevar sua recomendação para o papel, de underperform (abaixo da média do mercado) para compra. O movimento influenciou a alta de outros papéis do setor, como Usiminas (USIM3; 7,42%, a R$ 13,60) e MMX (MMXM3; 6,62%, a R$ 3,70).    A maior alta do Ibovespa foi da LLX (LLXL3), que avançou 27,58%, a R$ 2,22, após a empresa anunciar a assinatura de um contrato com a General Eletric (GE) para instalação de unidade industrial no Superporto do Açu (RJ).Apesar da alta, Eduardo Velho afirma que os investidores estão ainda cautelosos em relação à companhia e às demais integrantes do grupo do empresário Eike Batista. "Foi uma notícia, mas assim como outras empresas do grupo, os papéis são muito voláteis, oscilando muito para cima e para baixo", comenta.   No sentido inverso, as PNBs da Eletrobras (ELET6) recuaram 7,46%, cotadas a R$ 7,81, ainda refletindo dúvidas sobre renovação antecipada de concessões elétricas na Medida Provisória 579, que regula as concessões com vencimento entre 2015 e 2017. "Com a indefinição sobre esse tema, o setor elétrico continua apresentando volatilidade", afirma Vieira.
   PETRÓLEO: Futuros fecham em alta refletindo PIB dos EUA no 3 Trimentre de 2012 
  São Paulo, 29 de novembro de 2012 - Os contratos futuros do petróleo internacional encerraram as negociações de hoje em alta, refletindo a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre deste ano, que indicou aumento de 2,7% na comparação com o trimestre anterior. A primeira leitura havia indicado alta de2% no trimestre.   Na Nymex, os contratos futuros do WTI com vencimento em janeiro tiveram aumento de 1,82%, a US$ 88,07 o barril. Na plataforma ICE, os futuros do Brent para o mesmo mês subiram 1,14%, a US$ 110,76 o barril.   Segundo os dados divulgados hoje pelo Departamento do Comércio norte-ameicano, o aumento do PIB refletiu as contribuições positivas dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), investimentos em estoquesprivados, despesas do governo federal, investimentos residenciais e exportações. Eles foram parcialmente compensados pela contribuição negativa de investimentos não residenciais e gastos locais do governo. As importações,que são subtraídas no cálculo do PIB, subiram levemente.        Os contratos futuros do WTI e do Brent chegaram a registrar altas mais acentuadas no início do dia, mas perderam parte dos ganhos após o presidente da Casa dos Representantes - a câmara baixa do Congresso norte-americano -, o republicano John Boehner, afirmar que a Casa Branca e o presidente Barack Obama ainda não apresentaram uma proposta séria para resolver a questão do déficitfiscal do país e para evitar a ocorrência do "abismo fiscal".