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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ICE Coffee Bulls Carve Out Uptrend Pattern - Technical Analysis
Kira Brecht

  After two-and-a-half years of sustained bear market action, the bulls have finally carved out a
minor bottom on the ICE March daily coffee chart. The primary bear trend has been intact since May
2011, but November's bullish monthly reversal has opened the door to basing action.
ICE March coffee recently traded up 20 points at $1.1955 a pound.
   For now, it is too early to confirm a major bottom or end to the bear market, but the near-and
medium-term trends have turned bullish in recent weeks. Since bottoming out in early November, ICE
March coffee bulls have propelled the contract above the 20-, 40-, and 100-day moving averages,
which is a bullish signal to trend following traders.
   A minor uptrend pattern is seen on the daily chart off the early November low, with a series of
higher daily highs and higher daily lows.
   Earlier this week, however, ICE March coffee hit a ceiling of resistance near the Oct. 10 spike
high at $1.2105. The contract edged above that zone intraday, but hasn't been able to close above
that area for now. A minor consolidation phase has emerged on the daily chart, in the form of a
possible bull pennant pattern.
   However, in order for the bulls to confirm the bullish potential from the possible pennant
formation, a strong upside breakout would be needed above resistance at $1.2260. If that were
achieved it would project gains above the $1.3000 zone in the days ahead.
   ICE March coffee has made significant strides in recent weeks. After months of bearish dominance,
the bulls have been able to seize control of the short-term trend. The market is now at a critical
juncture. The $1.2100/1.2200 region represents strong congestive resistance from September and
October 2013 and that zone could be tough to crack at least initially.
   If the $1.2100/1.2200 resistance holds, look for short-term sideways consolidation and possible
modest downside correction as the coffee market digests its recent gains.
   Bottom line? ICE coffee bulls have turned the near and medium term trends bullish. The
longer-term trend remains bearish. The market has rallied substantially since the November low, but
has now run into a stiff resistance ceiling, which could trip up the bulls at least short-term. If
however, a strong upside breakout is seen over the next session or two, a potential bull flag
pattern would project significant gains higher.
Café tem retração na ICE, mas março continua próximo de referencial

  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com oscilações apenas relativas, com o março conseguindo, dentro de uma feição consolidativa, se manter muito perto do nível psicológico de 120,00 centavos de dólar. Ao longo do dia, a primeira posição chegou a aferir alguns ganhos, entretanto, não conseguiu superar a máxima do pregão passado. Não obtendo êxito nessa tentativa básica, o que se verificou foi o acionamento de algumas ordens de venda, quer proporcionaram algumas retrações, ainda que se mantendo os intervalos atuais. Ao final do dia, os vendedores imprimiram um ritmo mais forte, no entanto, o março conseguiu se manter dentro do patamar de 119 cents.

A questão da produção do Brasil continua em pauta entre os participantes e agora parece haver um consenso maior de que o país deverá realmente ter uma produção menos intensa que a registrada nas duas últimas temporadas, ainda que 2014 seja considerado um ano de safra alta. Apesar do otimismo momentâneo causado pelas últimas previsões de safra do Brasil, organismos importantes e respeitados, como é o caso da Organização Internacional do Café, não demonstram tanto entusiasmo. Essa entidade revelou que a recuperação dos preços do grão não deverá ser algo imediato, ressaltando que a forte onda vendedora observada ao longo do ano passado deverá ter continuidade em 2014. Para a Organização, o Brasil deverá ter uma safra apenas 3% menor que a da temporada passada e, além disso, outras origens poderão continuar a ofertar forte. Diante do quadro, a entidade entende que, no curto prazo, a tendência baixista se mantém, mas uma mudança pode ser identificada no longo prazo, principalmente por conta da queda constante dos estoques certificados e da manutenção da alta da demanda pelo grão.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve queda de 155 pontos, com 118,75 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 121,50 centavos e a mínima de 118,30 centavos, com o maio registrando baixa de 150 pontos, com 121,50 centavos por libra, com a máxima em 123,55 centavos e a mínima em 120,70 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, março teve alta de 15 dólares, com 1.727 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 15 dólares, para o nível de 1.691 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia na bolsa norte-americana foi técnico e o que se viu foi um processo de feição consolidativa, com o março buscando se posicionar, ao longo da maior parte do pregão, próximo do nível de 120,00 centavos. O café, na segunda metade do dia, seguiu o pessimismo de outros mercados. Pessimismo moderado, diga-se de passagem. As bolsas de valores nos Estados Unidos recuaram modestamente e o dólar apresentou ligeira baixa em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities, queda para ouro, petróleo e vários grãos, ao passo que nos softs, apenas café e cacau ficaram no lado negativo da escala.

"Tivemos um pregão aqui em Nova Iorque que pode ser qualificado de caráter consolidativo, já que parece que o março está confortável próximo dos 120,00 centavos. Mais uma vez, o tema oferta está na pauta dos operadores. Nesta quinta, o governo brasileiro lançou sua previsão de safra e os números estão próximos daqueles trabalhados pela Volcafé, o que significa que, efetivamente, o Brasil não deverá ter um ano de safra tão consistente quanto aquela que era apregoada até há bem pouco tempo", disse um trader.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou que neste ano a produção de café do Brasil deve ficar entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas. É o que aponta o primeiro levantamento da safra 2014. O resultado pode representar entre 5,4% de redução até 2% de crescimento, se comparado aos 49,15 milhões da safra anterior, considerados arábica e conillon. Segundo a empresa, a produção de arábica deve variar entre 35,08 e 37,53 milhões de sacas, o que corresponde a 75,1% do volume de café produzido no país. Já a produção do conillon, contabilizada entre 11,5 e 12,6 milhões de sacas, representa 24,9% do total nacional.

As exportações brasileiras no mês de janeiro, até o dia 8, totalizaram 316.363 sacas de café, queda de 27% em relação às 433.622 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.010 sacas, indo para 2.703.813 sacas. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência 121,50, 122,00, 122,50, 122,60, 123,00, 123,50, 124,00, 124,50, 125,00, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00, 127,50, 128,00, 128,50 e 129,00 centavos de dólar, com o suporte em 118,30, 118,00, 117,55-117,50, 117,00, 116,65, 116,50, 116,00, 115,70, 115,50, 115,10-115,00, 114,95, 114,50, 114,00, 113,50, 113,00 e 112,50 centavos.



Café na bolsa de Londres tem dia de alta e mantém intervalos

  Os contratos futuros de café arábica negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com altas, em uma sessão que foi novamente caracterizada pela tranquilidade e por preços gravitando próximo ao nível psicológico de 1.700 dólares. Algumas rolagens entre maio e março também foram verificadas, ainda que em volumes relativamente baixos.

De acordo com analistas internacionais, a sessão desta quinta foi marcada, na primeira parte, pela predominância dos vendedores. O março chegou a tocar no nível de 1.693 dólares. Entretanto, assim como já verificado em outras sessões, as origens estão sendo consideravelmente reticentes em suas liquidações abaixo dos 1.700 dólares. Depois de tocar a mínima, o mercado viu uma retomada compradora e as altas se consolidaram.

"Ainda existe o temor de quanto será o volume a ser liquidado pelos vietnamitas até o início do ano novo lunar. Tradicionalmente, os produtores do país liquidam nessa fase em busca de terem caixa para o período de festa. Desse modo, a expectativa é que as cotações não tenham fôlego para avançar muito, já que teriam as vendas segurando as rédeas. Entretanto, parece que há alguma consistência para que o mercado se mantenha em níveis mais firmes, ao contrário da opinião de alguns players mais catastrofistas", disse um trader.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 8,19 mil contratos, contra 4,60 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 36 dólares. No encerramento do dia, o março teve alta de 15 dólares, com 1.727 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 15 dólares, para o nível de 1.691 dólares por tonelada.
OIC prevê que pressão de queda dos preços continuará

  Os preços do café não devem se recuperar rapidamente. A previsão foi feita nesta quinta-feira pela Organização Internacional do Café (OIC). Em relatório anual divulgado na capital britânica, a entidade cita que a pressão vendedora vista em 2013 deve continuar nos próximos meses e só no longo prazo a tendência pode mudar. 'No curto prazo, é provável que a pressão de baixa continue no mercado de café', diz o documento divulgado há pouco, ao citar que a produção não deve recuar expressivamente no ano. 'Olhando para 2013/2014, o Brasil prevê safra de 49,15 milhões de sacas, apenas 3,3% menor que a safra 2012/2013 e outros grandes países exportadores têm perspectivas mistas', diz o relatório da entidade. Apesar do prognóstico pessimista para o curto prazo, a entidade mantém discurso otimista para o futuro. 'Estoques certificados se aproximando dos mínimos históricos e o crescimento do consumo que continua em torno de 2,4% ao ano, no entanto, fazem com que a demanda pelo café continue a ser flutuante e deve fornecer potencial de crescimento de longo prazo', diz a OIC.