Páginas

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Café na ICE mantém pressão e amplia as perdas da sessão anterior

Café na ICE mantém pressão e amplia as perdas da sessão anterior
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US voltaram a demonstrar fragilidade e encerraram a sessão desta quinta-feira com novas baixas, ampliando, ainda mais, o quadro negativo construído na quarta. Algumas vendas especulativas deram direcionamento às baixas, ao passo que os bulls (altistas) não conseguiram se mostrar ativos para reverter o quadro. A expectativa de uma correção técnica, que parecia algo relativamente viável no final da semana passada, se mostra cada vez mais distante. Alguns operadores trabalham com a expectativa de ampliação das baixas, algo que poderia ser efetivo caso o nível de suporte de 171,90 centavos por libra fosse rompido. Alguns players voltaram a destacar a chegada da nova safra brasileira, que poderia ser recorde, como um fator de pressão sobre as cotações. Assim como observado na sessão anterior, o café se dissociou dos demais mercados. A quinta foi um dia de bons ganhos para as bolsas de valores internacionais e a maior parte do complexo de commodities também experimentou altas, ainda que tímidas. No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve baixa de 90 pontos, com 175,85 centavos, sendo a máxima em 178,25 e a mínima em 175,55 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 95 pontos, com a libra a 178,30 centavos, sendo a máxima em 180,40 e a mínima em 178,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve queda de 14 dólares com 2.011 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 14 dólares, com 2.014 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quinta-feira foi caracterizada por um viés consolidativo, na seqüência das perdas mais expressivas da sessão anterior. Um desses analistas sustentou que, por quase um ano, a tendência técnica dominante no mercado de café tem sido de baixa. Desde maio de 2011, o contrato de julho caiu de 306,30 centavos para 173,90 centavos. O mercado ainda continua abaixo da média móvel de 200 dias, atualmente em 229,66 centavos de dólar. Esse referencial é bastante empregado para avaliações de longo prazo e, no atual aspecto, tem um viés baixista. Dave Toth, diretor técnico de pesquisa da R. J. O'Brien, apontou que o gráfico para o café está em uma grande tendência de baixa. No entanto, ele ressaltou que o "potencial de perdas das últimas três ou quatro semanas diminuiu, o que abre espaço para uma divergência altista." Para quem quer se arriscar no mercado, Toth ressaltou que o atual cenário leva em conta análises de curto e longo prazo, mas que os riscos são altos. Para os traders que trabalham no longo prazo, Toth ressaltou que a chave gráfica é o nível de 185,70 centavos, obtido em 25 de abril. "Para uma perspectiva mais longa, não há dúvida: ela é baixista e deveremos continuar a recuar. Uma força acima de 185,70 centavos é necessária para neutralizar ou conter essa 'exposição baixista'", observou o especialista, que indicou que, se no curto prazo, esse nível de preço for rompido será possível confirmar plenamente a "divergência altista". Avaliando os comportamentos indicativos do mercado, Toth notou que as perdas de magnitude intensas dos últimos 11 meses criaram uma "condição historicamente pessimista" para o sentimento altista. O "Consenso Bullish" estaria hoje em 28%, o menor nível desde agosto de 2004. Os trader geralmente usam essas leituras como um contra-indicativo. Ou seja, uma leitura do Consenso muito baixo seria um sinal potencialmente para uma retomada de alta. Toth explicou que o nível atual poderia ser um sentimento típico para dar sustentação a uma reversão. No entanto, somente esse "sentimento de mercado" não seria bastante para mudar a situação dos negócios, já que a maior parte dos traders trabalham com números concretos e, o primeiro deles, seria a resistência de 185,70 centavos. No curto prazo, Toth vê um intervalo atual entre 173,90 e 185,70 centavos, sendo que se verificam compradores no quarto abaixo desse range e vendedores no quarto acima. As exportações brasileiras de café em abril, até o dia 25, totalizaram 1.360.224 sacas de café, queda de 4,59% em relação às 1.425.755 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.330 sacas, indo para 1.521.747 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.076 lotes, com as opções tendo 676 calls e 167 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 178,25, 178,50, 179,00, 179,50, 179,90-180,00, 180,50, 181,00, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50 e 184,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 175,55-175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,55-173,00, 172,50, 172,05-172,00, 171,90, 171,50, 171,00 e 170,50 centavos por libra.
NOVA YORK ENCERRA EM BAIXA COM INVESTIDORES À MARGEM DO MERCADO
 Nova York, 26 - Os futuros do café arábica encerraram em queda na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta quinta-feira. As vendas diminuíram e o volume de negócios foi quase um terço menor do que a média do ano passado, um sinal de que os investidores estão à margem do mercado depois da queda registrada ontem. O contrato com vencimento em julho fechou a 175,85 cents por libra-peso, baixa de 90 pontos (0,51%). De acordo com o banco Barclays, embora o consumo de café esteja crescendo muito na China a base de comparação anterior é baixa, por isso a demanda do país pelo produto "dificilmente exercerá muita influência nos preços pelos próximos cinco anos". Segundo a instituição, a demanda por café tem aumentado cerca de um terço desde 2006, mas o consumo da bebida da China representa apenas 2,5% do consumo de chá. Confira na tabela abaixo como ficaram os fechamentos nas Bolsa de Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones. NY VOLTA A FECHAR NO VERMELHO EM DIA DE MENOR MOVIMENTOA Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços mais baixos. As cotações atingiram no dia os patamares mais baixos em uma semana, em uma sessão de poucos negócios, de menor volume movimentado. O mercado chegou a esboçar uma reação técnica, mas não manteve. Com a menor movimentação, as cotações oscilaram menos entre a mínima e a máxima no pregão desta quinta. A chegada da safra brasileira, de ciclo alto produtivo,é um fator permanente de pressão sobre as cotações internacionais. As informações partem de agências de notícias. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 174,70 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 1,25 centavo, ou de 0,7%. A posição julho fechou a 175,85 cents, queda de 0,90 cent, ou de 0,5%. Londres repete comportamento de sessão anterior e cai Os contratos futuros de café robusta, negociados na Euronext/Liffe, encerraram esta quinta-feira com novas quedas, o que fez com que a posição julho se aproximasse do nível psicológico de 2.000 dólares por tonelada, no menor patamar desde o último dia 18 de abril. Vendas especulativas voltaram a ser efetivas. Na primeira parte da sessão, algumas ações compradoras foram observadas, mas ao não romper o nível de 2.038 dólares, algumas novas ordens de venda passaram a ser emitidas. De acordo com analistas internacionais, o comportamento do mercado no dia foi bastante parecido com o verificado na sessão anterior. Apesar do mercado externo se mostrar positivo, players atuaram nas arbitragens e seguiram o comportamento negativo dos arábicas em Nova Iorque. Nas baixas do dia foram verificadas pouquíssimas aquisições de comerciais e, assim, o encerramento da sessão se deu com o julho próximo da base. "Ainda não podemos falar de uma mudança de tendência, já que intervalos importantes estão conseguindo ser preservados, mas verificamos, nas duas últimas sessões, que os altistas não conseguiram manter os preços nos níveis de alta, sofrendo com uma atividade mais significativa dos vendedores. É de se esperar para verificar o comportamento de origens, como o Vietnã, diante desse quadro", sustentou um player. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 4,95 mil lotes, com o julho tendo 5,27 mil lotes negociados. O spread entre as posições maio e julho ficou em 27 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição julho teve queda de 14 dólares com 2.011 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 14 dólares, com 2.014 dólares por tonelada.


 PREÇOS ENCONTRAM SUPORTE ACIMA DE 150 CENTS, DIZ PACIFIC COFFEE
Cingapura, 26 - Os preços futuros do café arábica provavelmente encontrarão suporte acima dos 150 cents/lb nos próximos meses, com uma forte demanda por grãos de qualidade, mesmo que a colheita do Brasil ganhe ritmo e eleve a oferta global, afirmou hoje o executivo-chefe da companhia Pacific Coffee, Raymond Tong, de Hong Kong. As cotações globais vão subir levemente nos próximos meses, pois a demanda permanece forte em países emergentes como Brasil, Índia e China, segundo Tong, nos bastidores de uma conferência. Alguns produtores do Brasil devem ser influenciados pelo Vietnã, que está segurando o robusta desde dezembro, limitando a oferta e puxando os preços para cima, disse Tong. As cotações do arábica já caíram mais de 20% neste ano, atingindo mínimas em 18 meses na semana passada, em parte por causa das expectativas de que o Brasil vai ter colheita com volume recorde. A Pacific Coffee, que usa apenas café arábica, está praticamente coberta em suas necessidades de compra deste ano, segundo o CEO. A maior parte de sua matéria-prima é comprada na Colômbia, na Costa Rica, no Vietnã e na Indonésia. A companhia vem se expandido agressivamente, especialmente na China. "Temos 54 lojas na China, mas queremos chegar a 100 neste ano", disse. No total, são cerca de 180 lojas em Hong Kong, China, Cingapura, Malásia e Macau. As informações são da Dow Jones.
CITI NÃO ACREDITA EM ROMPIMENTOS DE 190 CTS NESTE ANO
Nova York, 26 - O café parece vulnerável a uma queda no futuro apesar das preocupações com o impacto de doenças sobre a produção da Colômbia, afirmou o Citigroup, já que a redução foi compensada por aumentos na América Latina e Ásia. Segundo o banco, é improvável que os preços no mercado à vista rompam significativamente a resistência de 190 cents/lb neste ano.
 CMN APROVA R$ 200 MI PARA CAPITAL DE GIRO DE TORREFAÇÕES
Brasília, 26 -
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje um voto que altera as condições das linhas de financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira. Uma das principais alterações é a criação de uma linha de crédito de R$ 200 milhões para financiar o capital de giro das indústrias de torrefação. Outros R$ 25 milhões serão destinados ao financiamento do giro das indústrias de café solúvel. O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo, explicou que a criação da linha de crédito para financiar o capital de giro das torrefações irá atender 420 pequenas e médias empresas que enfrentam dificuldade devido ao aumento do custo da matéria-prima. O limite de crédito será de R$ 1,5 milhão e o prazo de contratação vai até R$ 30 de novembro deste ano. Rabelo afirmou que houve um remanejamentos nos recursos do Funcafé, que somam R$ 2 bilhões. Os recursos destinados a financiar o custeio e a colheita do café encolheram de R$ 900 milhões no ano passado para R$ 500 milhões neste ano. Já o total que será disponibilizado para estocagem passou de R$ 500 milhões para R$ 900 milhões. O secretário-adjunto afirmou que o aumento dos recursos para estocagem tem por objetivo proporcionar aos cafeicultores condições de reter a safra e evitar uma pressão sobre os preços logo após a colheita. O CMN também aprovou uma linha extraordinária de R$ 100 milhões para recomposição das dívidas da cafeicultura. O prazo de contratação vai até 30 de outubro deste ano. Nas demais linhas do Funcafé houve mudança apenas na de financiamento para aquisição de café por parte das torrefações, que passou de R$ 500 milhões no ano passado para R$ 250 milhões neste ano. As demais mantiveram os mesmos valores, sendo R$ 40 milhões para recuperação de cafezais e R$ 50 milhões para financiamento das operações com contratos de opções e futuros em bolsa. CMN confirma recursos para o FuncaféO Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem o direcionamento dos recursos da União para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), para linhas de financiamento da safra 2012. Entre as definições estão o valor de R$ 500 milhões para custeio, R$ 900 milhões para estocagem, R$ 250 milhões para o Financiamento para a Aquisição de Café (FAC), R$ 50 milhões para contratos de opções e de operações em mercados futuros e R$ 225 milhões divididos entre o financiamento de capital de giro para indústrias de café solúvel e torrefadoras.Constam nesse pacote, também, o valor de R$ 40 milhões destinado para a recuperação de cafezais e R$ 100 milhões para uma linha especial de crédito destinada às dívidas provenientes de financiamentos rurais.O CMN aprovou, ainda, a inclusão de micros, pequenas e médias indústrias de torrefação como beneficiárias da linha de financiamento de capital de giro para indústrias de café solúvel. O limite de crédito é de R$ 1,5 milhão por tomador, com prazo de contratação até o fim do ano.Outra medida trata da prorrogação e da renegociação de operações de crédito contratadas com recursos administrados pelo BNDES, relativo ao Programa de Sustentação de Investimento (PSI), por produtores rurais que tiveram prejuízos em decorrência de adversidades climáticas nas regiões Sul, Nordeste e Norte. Houve, também, alteração do preço mínimo do trigo em até 5%. Na região Sul, a tonelada custará R$ 501, no Centro-Oeste, Sudeste e Bahia, valerá R$ 522.