"Não estamos vendo os preços se comportando com os fundamentos”
Os contratos Futuros de café arábica na ICE continuam em queda em torno de 2,4% , incapazes de escapar de aversão ao risco o sentimento dos investidores que pesava sobre o complexo de commodities. "O fato é que nós não estamos realmente vendo os preços se comportando de acordo com os fundamentos neste momento no tempo, porque o sentimento geral é bastante baixa e todo o complexo está sendo atingida por isso", disse um dealer. Dezembro de café arábica na ICE caiu 5,9 cento ou 2,4 por cento para 2,3600 dólares por libra. A geada em Minas Gerais, que atingiu na sexta-feira, teria um impacto mínimo sobre a colheita do ano seguinte. "Eu não acho que a preocupação com a geada foi para a magnitude que nós poderíamos ver uma grande redução na produção brasileira", disse ele.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Quem está certo? Macquarie ou J. Ganes Consulting
NY: preço do café pode superar 260 cents/lp no 4º tri, diz Macquarie Agência Estado 08/08/2011
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) devem superar 260 cents por libra-peso no quarto trimestre devido aos bons fundamentos de oferta e demanda, apesar das preocupações sobre a perspectiva macroeconômica, informou nesta segunda-feira o Macquarie Research. Na ICE, as cotações despencaram cerca de 20% depois de alcançarem as máximas em anos no mês de maio, conforme fundos liquidaram posições e embolsaram lucros, assim que a colheita brasileira começou. Na sexta-feira, o contrato setembro fechou cotado a 238 cents por libra-peso. O mercado mundial de café arábica ainda se encontra em um déficit da ordem de 1,8 milhão de sacas de 60 quilos cada, informou o Macquarie. O Brasil provavelmente colherá quase 45 milhões de sacas neste ano, com o consumo local projetado em 20 milhões de sacas. Contudo, a demanda de exportação deve somar 32 milhões de sacas. Outras origens pouco aliviarão o aperto da oferta, com a safra colombiana caindo fortemente abaixo do previsto, enquanto cafeicultores do Vietnã e da Indonésia carecem de estoques. "Nós esperamos que a demanda cresça novamente no quarto trimestre, à medida que entramos no pico sazonal de consumo de inverno", disse o banco. As informações são da Dow Jones. Café: preços devem cair nas próximas duas temporadas, diz consultoraAgência Estado08/08/2011 A corrida positiva dos preços do café deve ter realmente acabado, já que um de seus principais impulsos, a oferta apertada, deve abrir espaço para um fator baixista no mercado pela primeira vez em seis anos, de acordo com a consultora Judith Ganes-Chase, presidente da J. Ganes Consulting. Ela espera que os preços recuem de seus níveis atuais durante as próximas duas temporadas, enquanto o mercado se movimenta para um equilíbrio entre oferta e demanda em 2011/12 e, depois, para um "superávit massivo" de oferta em 2012/13. "Tenho sido altista para café por quase seis anos e acredito que a maré está virando", disse. "Os preços altos não podem durar para sempre e quanto mais tempo eles ficarem em níveis elevados, mais baixista o mercado vai ser depois." Os futuros de café em Nova York iniciaram um rali no início deste ano, enquanto os temores relacionados à oferta apertada puxaram as cotações para as máximas em décadas, a mais de 300 cents/lb em maio, e criaram um prêmio recorde para o café arábica. Mas desde então os preços caíram 25%, pois as preocupações perderam força e alguns analistas acreditam que os mercados de café agora enfrentam uma mudança estrutural, enquanto produtores respondem aos altos preços expandindo suas plantações e substituindo cafeeiros mais antigos. Ganes-Chase disse que concorda com as previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estima a produção global em 135 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2011/12, com consumo de 133 milhões de sacas, embora "uma perda de estatística entre exportações e importações" deva manter o mercado equilibrado. Com a produção da Colômbia, maior fornecedor de arábica suave, estimada entre 8,2 e 8,5 milhões de sacas, ante 9,5 milhões de sacas previstos antes pelo USDA, a oferta apertada de grãos premium manterá o mercado volátil. Como as torrefadoras dos Estados Unidos e da Europa já definiram suas misturas, apesar de recorrer a variedades mais baratas, os grãos arábica devem manter um prêmio elevado sobre a variedade robusta na próxima temporada. Entretanto, para mais adiante, Ganes-Chase está "com os baixistas", pois avalia que o aumento do consumo em países como o Brasil - que ela espera superar os Estados Unidos em dois anos como maior consumidor de café - não deve conter um aumento da oferta global no longo prazo. "Não acho que vai impactar nos preços, se estão produzindo mais de 60 milhões de sacas e são capazes de acomodá-las, além do consumo global", afirmou. "O pêndulo deve balançar de volta para o outro lado." As informações são da Dow Jones.
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) devem superar 260 cents por libra-peso no quarto trimestre devido aos bons fundamentos de oferta e demanda, apesar das preocupações sobre a perspectiva macroeconômica, informou nesta segunda-feira o Macquarie Research. Na ICE, as cotações despencaram cerca de 20% depois de alcançarem as máximas em anos no mês de maio, conforme fundos liquidaram posições e embolsaram lucros, assim que a colheita brasileira começou. Na sexta-feira, o contrato setembro fechou cotado a 238 cents por libra-peso. O mercado mundial de café arábica ainda se encontra em um déficit da ordem de 1,8 milhão de sacas de 60 quilos cada, informou o Macquarie. O Brasil provavelmente colherá quase 45 milhões de sacas neste ano, com o consumo local projetado em 20 milhões de sacas. Contudo, a demanda de exportação deve somar 32 milhões de sacas. Outras origens pouco aliviarão o aperto da oferta, com a safra colombiana caindo fortemente abaixo do previsto, enquanto cafeicultores do Vietnã e da Indonésia carecem de estoques. "Nós esperamos que a demanda cresça novamente no quarto trimestre, à medida que entramos no pico sazonal de consumo de inverno", disse o banco. As informações são da Dow Jones. Café: preços devem cair nas próximas duas temporadas, diz consultoraAgência Estado08/08/2011 A corrida positiva dos preços do café deve ter realmente acabado, já que um de seus principais impulsos, a oferta apertada, deve abrir espaço para um fator baixista no mercado pela primeira vez em seis anos, de acordo com a consultora Judith Ganes-Chase, presidente da J. Ganes Consulting. Ela espera que os preços recuem de seus níveis atuais durante as próximas duas temporadas, enquanto o mercado se movimenta para um equilíbrio entre oferta e demanda em 2011/12 e, depois, para um "superávit massivo" de oferta em 2012/13. "Tenho sido altista para café por quase seis anos e acredito que a maré está virando", disse. "Os preços altos não podem durar para sempre e quanto mais tempo eles ficarem em níveis elevados, mais baixista o mercado vai ser depois." Os futuros de café em Nova York iniciaram um rali no início deste ano, enquanto os temores relacionados à oferta apertada puxaram as cotações para as máximas em décadas, a mais de 300 cents/lb em maio, e criaram um prêmio recorde para o café arábica. Mas desde então os preços caíram 25%, pois as preocupações perderam força e alguns analistas acreditam que os mercados de café agora enfrentam uma mudança estrutural, enquanto produtores respondem aos altos preços expandindo suas plantações e substituindo cafeeiros mais antigos. Ganes-Chase disse que concorda com as previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estima a produção global em 135 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2011/12, com consumo de 133 milhões de sacas, embora "uma perda de estatística entre exportações e importações" deva manter o mercado equilibrado. Com a produção da Colômbia, maior fornecedor de arábica suave, estimada entre 8,2 e 8,5 milhões de sacas, ante 9,5 milhões de sacas previstos antes pelo USDA, a oferta apertada de grãos premium manterá o mercado volátil. Como as torrefadoras dos Estados Unidos e da Europa já definiram suas misturas, apesar de recorrer a variedades mais baratas, os grãos arábica devem manter um prêmio elevado sobre a variedade robusta na próxima temporada. Entretanto, para mais adiante, Ganes-Chase está "com os baixistas", pois avalia que o aumento do consumo em países como o Brasil - que ela espera superar os Estados Unidos em dois anos como maior consumidor de café - não deve conter um aumento da oferta global no longo prazo. "Não acho que vai impactar nos preços, se estão produzindo mais de 60 milhões de sacas e são capazes de acomodá-las, além do consumo global", afirmou. "O pêndulo deve balançar de volta para o outro lado." As informações são da Dow Jones.
Assinar:
Postagens (Atom)