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sábado, 13 de outubro de 2012

FMI: RISCOS DE SÉRIA DESACELERAÇÃO GLOBAL SÃO ASSUSTADORAMENTE ALTOS

FMI: RISCOS DE SÉRIA DESACELERAÇÃO GLOBAL SÃO ASSUSTADORAMENTE ALTOS  Tóquio, 08/10/2012 - "Os riscos para uma séria desaceleração global são assustadoramente altos", apontou o Fundo Monetário Internacional (FMI), numa avaliação sobre a tendência da economia mundial no curto e no médio prazo que, em princípio, poderia ser ponderada como pessimista, mas que ganha contorno dramático na medida em que os argumentos são sustentados por fatos e previsões conservadoras. De acordo com o relatório Perspectiva da Economia Global, divulgado hoje pela instituição, o mundo deve crescer 3,3% neste ano, em vez de avançar 3,5% como estimado anteriormente. Em 2013, a velocidade não deve ser muito maior, ficando em 3,6% de crescimento, abaixo dos 3,9% previstos antes.  Nesse processo de redução do ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta há colaborações negativas tanto das economias avançadas quanto das emergentes. Para o primeiro grupo de nações, o crescimento diminui a velocidade de 1,4% para 1,3% em 2012 e para o próximo ano a alta será menor, de 1,8% para 1,5%. Os países em desenvolvimento também vão perder vigor na atividade, pois devem avançar 5,3% neste ano, em vez de 5,6%, e exibir um incremento de 5,6% em 2013, abaixo dos 5,8% projetados pelo FMI em julho. Nesse contexto, o Brasil continuará sendo influenciado pela desinflação mundial neste ano. Os preços ao consumidor devem baixar de uma alta de 2% para 1,9% nas nações mais potentes e desacelerar de 6,3% para 6,1% nos países em desenvolvimento.   Riscos de recessãoO que está por trás das avaliações pouco entusiasmadas do FMI sobre a economia mundial, como aponta o Panorama da Economia Global, é a intensificação e o prolongamento dos problemas estruturais vividos pelos principais polos geradores de riqueza do globo. Na zona do euro, a falta de soluções para estimular a atividade, prejudicada em boa parte pela escassez de crédito e pelo alto desemprego, fizeram com que o FMI elevasse a previsão de queda do PIB da região de 0,3% para 0,4% em 2012. Para 2013, haverá uma desaceleração ainda maior, de uma elevação de 0,7% para apenas 0,2% de alta.  O Japão, que tem sérias dificuldades para sair da deflação há vários anos, teve sua projeção de crescimento reduzida de 2,4% para 2,2% em 2012 e de 1,5% para 1,2% no ano que vem. Nesse contexto desapontador para a economia global, o GPM (sigla em inglês de Modelo de Projeções Globais do FMI) estima que, para 2013, há 15% de probabilidade de recessão nos EUA, acima de 25% no Japão e superior a 80% na zona do euro.A redução de velocidade da expansão da China, com o enfraquecimento das exportações ao mundo e especialmente à Europa, levou o FMI a reduzir em 0,2 ponto porcentual neste e no próximo ano o avanço do país, cujas previsões apontam agora alta de 7,8% em 2012 e de 8,2% em 2013. Os EUA apresentam um desempenho da economia abaixo do potencial, mas exibem um cenário que não é totalmente ruim, pois o FMI não acredita que deve se materializar o cenário de "desfiladeiro fiscal", provocado por uma redução drástica de redução do déficit público de 4% do PIB em 2013. O FMI reviu um pouco para cima a expansão do PIB da economia norte-americana em 2012, de 2,1% para 2,2%, mas previu uma redução do ritmo em 2013, de alta de 2,2% para 2,1%.  No caso do Brasil, a revisão para baixo do PIB neste ano foi a segunda mais forte: o Produto Interno Bruto deixará de avançar 2,5% para subir somente 1,5%. Para 2013, a instituição internacional espera que a economia brasileira não apresente mais uma alta de 4,6%, mas sim um avanço de 4%.E por traz da crônica desaceleração do mundo está a fraqueza da recuperação dos principais polos avançados. "As condições financeiras provavelmente devem continuar muito frágeis no curto prazo, porque a solução para a crise da Europa vai demorar e o teto da dívida dos EUA e o desfiladeiro fiscal levantam dúvidas sobre a recuperação dos EUA", aponta o FMI. "Os empréstimos de bancos nas economias avançadas devem continuar lentos, sobretudo na zona do euro, onde a periferia sofrerá reduções adicionais nos empréstimos. Muitos mercados emergentes provavelmente vão registrar volatilidade no fluxo de capitais."Nesse contexto, o FMI destaca que "subiram muito" as incertezas sobre as perspectivas da economia mundial para o médio prazo desde julho. A probabilidade da economia global de crescer abaixo de 2% em 2013 - o que seria consistente com a recessão em economias avançadas e a séria desaceleração em mercados emergentes e economias em desenvolvimento - subiu para perto de 17%, de 4% em abril de 2012. E a maior contribuição desse aumento de probabilidades veio da zona do euro, pois o Fundo começa a ponderar que há sérios riscos da recessão na qual a região está envolvida perdurar até pelo menos o começo de 2014.   Desaceleração duradoura"Um fator principal é se a economia global está somente atingindo um outro ataque de turbulência do qual era esperado a mais lenta e acidentada recuperação ou se a atual desaceleração tem um componente mais duradouro", apontou o FMI. A segunda hipótese foi manifestada na semana passada pelo diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central brasileiro, Luiz Awazu Pereira da Silva, ao ponderar que "o efeito da persistência desse quadro de crescimento medíocre por um período mais prolongado do que originalmente se antecipava, (seria) uma espécie de extensão do Japão pós-bolha".Na avaliação do FMI, se o mundo vai engrenar ou acentuar sua espiral de desaceleração, isso dependerá das autoridades da Europa e dos EUA, pois é preciso saber se elas serão dinâmicas para enfrentar os desafios econômicos de curto prazo. As projeções do relatório Panorama Econômico Mundial assumem que as autoridades vão atuar nessa direção, o que vai permitir que a atividade global se acelere. Do contrário, o nível de atividade provavelmente será decepcionante no futuro próximo.  "Para o médio prazo, um fator essencial é se a economia global vai funcionar num mundo de altas dívidas dos governos e se as economias emergentes podem manter a sua expansão forte enquanto mudam suas fontes de crescimento de externas para internas", diz o FMI. 

  FMI REDUZ PROJEÇÃO DE PIB BRASILEIRO PARA 1,5% EM 2012 E 4% EM 2013
 Tóquio, 08/10/2012 - O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez uma sensível redução da estimativa de crescimento do Brasil em 2012. A projeção passou de uma alta de 2,5%, feita recentemente em julho, para uma elevação de 1,5%, um pouco inferior à previsão do Banco Central, que há quase duas semanas passou para 1,6% sua estimativa. Tal desaceleração expressiva do País não foi sentida apenas na economia local, mas provocou impactos expressivos na América Latina, pois conforme o FMI foi responsável em grande medida pela perda de vigor da região, que registrou uma velocidade do PIB ao redor de 3% na primeira metade de 2012.  A revisão do crescimento brasileiro foi a segunda maior feita pelo FMI entre países avançados e emergentes, ficando atrás apenas da Índia, cujos números diminuíram de um incremento de 6,2% para 4,9% em 2012. De acordo com o relatório Perspectiva da Economia Mundial, divulgado hoje, o FMI também reviu para baixo a projeção do PIB do Brasil de 2013, de uma alta de 4,6% para uma elevação de 4,0%.  Para a instituição, não foi somente o contágio da crise internacional, sobretudo a recessão na zona do euro, que fez com que o País desacelerasse tanto em tão pouco tempo. "A retomada do crescimento foi abaixo do esperado no Brasil - uma importante causa do desempenho regional mais fraco - devido a condições externas precárias e à transmissão mais lenta da distensão da política monetária desde agosto de 2011 como resultado do aumento da inadimplência, depois de muitos anos de rápida expansão do crédito", apontou o FMI. A necessidade de aperto dos juros em 2011 pelo BC para conter a inflação e a adoção de medidas macroprudenciais naquele ano para reduzir a forte expansão de alguns segmentos de crédito também foram apontados pelo FMI como elementos que contribuíram para a maior desaceleração do PIB do País neste ano.   Economia deve avançarEmbora a redução do ritmo do PIB do Brasil tenha sido avaliada pelo FMI como mais forte do que a da América Latina, classificada como "moderada", o Fundo manifesta que a economia nacional deve pegar tração no fim de 2012, puxada pela demanda doméstica. Esse movimento terá como um dos principais agentes responsáveis o ciclo de redução da Selic pelo Banco Central, que reduziu a taxa básica de 12,50% para os atuais 7,5% ao ano. "Também é esperado que a expansão do emprego continue robusta, especialmente nos setores de serviços."Segundo o FMI, a aceleração do PIB de uma alta de 1,5% em 2012 para 4% em 2013 deve ocorrer sobretudo em razão de ações adotadas pelo governo, como "medidas fiscais com o objetivo de fortalecer a demanda no curto prazo e distensão da política monetária", como a redução da Selic de 5 pontos porcentuais em um ano.  O FMI ressalta, sem entrar em detalhes, que a política fiscal no Brasil em 2012 será neutra para o nível de atividade, enquanto será levemente restritiva em 2013. Essa é uma avaliação divergente em relação à realizada pelo Banco Central no relatório trimestral de setembro, no qual relatava que "iniciativas recentes apontam o balanço do setor público se deslocando de uma posição de neutralidade para ligeiramente expansionista." AdvertênciasMas o Fundo Monetário Internacional faz algumas advertências para o País. "Preços de imóveis elevados ou em ascensão ou o crescimento do peso da dívida para as famílias, especialmente no Brasil, requerem contínua vigilância pelos formuladores de políticas", destacou. Segundo o FMI "o boom de consumo tem sido um grande componente do forte desempenho do crescimento" nos últimos anos, mas "a demanda doméstica e os investimentos continuam relativamente baixos". "Reformas (estruturais) poderão colocar o foco de forma útil em desenvolvimentos adicionais no pilar das contribuições definidas do sistema de pensões, racionalização do sistema tributário e desenvolvimento de instrumentos financeiros de longo prazo."  Para o FMI, essas reformas estruturais serão importantes para o País incrementar a oferta. De acordo com o Fundo, muitas economias da América Latina devem realizá-las para reforçar o PIB no médio prazo. "No Brasil, os gargalos de infraestrutura são uma restrição ao crescimento. As recentes (decisões do governo) de realizar concessões públicas ao setor privado para desenvolver a crítica infraestrutura de rodovias e ferrovias é um passo para frente bem vindo, mas o aumento do investimento público também é necessário."O Fundo manteve a projeção da alta da inflação no Brasil de 5,2% para este ano e reduziu suavemente a estimativa para 2013, pois passou de elevação de 5% para 4,9%. As projeções para o déficit de transações correntes de 3,2% do PIB para este ano e também para o próximo foram reduzidas para 2,6% e 2,8% do PIB, respectivamente. O FMI não detalhou os motivos de tais mudanças de previsão. Mas uma hipótese pode ser de que a desaceleração vigorosa do nível de atividade deve implicar em redução das importações. Para o desemprego, a instituição internacional manteve suas projeções de abril, de taxa média de 6% para 2012 e de 6,5% para o ano que vem.  

  FMI: RISCO NO BRASIL SOBE COM VELOCIDADE DE CONCESSÃO DE CRÉDITO 
Tóquio, 08/10/2012 - Em seis meses, o Brasil registrou uma elevação dos riscos em função da velocidade de concessão de crédito, ao mesmo tempo em que viu uma redução do perigo das contas externas ficarem vulneráveis. É isso o que mostram indicadores que medem o sobreaquecimento das economias do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), desenvolvidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Os dados, divulgados hoje, fazem parte do estudo Perspectiva da Economia Mundial.  Esses índices buscam mostrar se o nível de atividade dessas nações está chegando ao limite da sua capacidade de crescer - ou, em outras palavras, se a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) está se tornando menos equilibrada e mais frágil para enfrentar choques.  De acordo com o FMI, em abril havia risco médio, um sinal amarelo do crescimento do crédito no Brasil. Porém, em outubro a luz vermelha foi acesa. Esse é um dos três indicadores financeiros analisados pelo Fundo, sendo que os outros dois mantiveram suas posições anteriores: os preços das residências permaneceram com a cor amarela e os valores das ações mantiveram a cor azul, o que significa baixo risco de sobreaquecimento da economia.  Por outro lado, houve melhora das contas externas do Brasil. O FMI prevê que o déficit de transações correntes deve baixar de 3,2% do PIB tanto em 2012 como em 2013 para um resultado negativo de 2,6% e 2,8% do Produto Interno Bruto, respectivamente. Desta forma, esse indicador passou de amarelo para azul, ou seja, de risco médio para baixo. No geral, as condições do balanço de pagamentos do País continuam na cor azul, já registrada em abril.  O Fundo também manteve as notas concedidas há seis meses para os quatro principais indicadores da economia doméstica brasileira: baixo risco para inflação e para o fechamento rápido do hiato do produto; contudo, o FMI classifica como alto o perigo de que a taxa de desemprego possa ajudar a aquecer demais a economia; e mantém em vermelho o indicador para o ritmo do nível de atividade ante a tendência apurada antes da crise de 2007/2008.Um pequeno destaque feito pelo FMI foi a mudança da avaliação sobre o patamar dos juros reais no Brasil. Em abril, o Panorama Econômico Mundial indicava que este tema merecia uma seta para cima, o que simbolizava taxa real de juros acima de 3%. Como esta taxa baixou e está ao redor de 1,80%, pelo critério ex-ante, o sinal ficou num nível intermediário entre o anterior e os países que tem taxas de juros reais negativas. 

  FMI: CENÁRIO PRINCIPAL INDICA ACELERAÇÃO MODESTA DA ATIVIDADE ATÉ O FIM DE 2013  Tóquio, 08/10/2012 -
O cenário principal traçado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial até o fim de 2013 indica uma modesta aceleração da atividade, que poderá ser ajudada por alguma redução nas incertezas relacionadas à zona do euro e aos Estados Unidos. Nesse contexto, haverá continuidade da acomodação monetária nesses dois polos econômicos mundiais e gradual relaxamento das condições financeiras. E isso será acompanhado pela desalavancagem de bancos e pela redução das dívidas das famílias, o que vai estimular o paulatino avanço do consumo de bens duráveis e os investimentos, prevê o FMI, que divulgou hoje o relatório Panorama da Economia Mundial.  Mas o Fundo adverte: para que esse cenário se concretize será essencial que duas suposições ocorram. Uma delas é que a zona do euro comece a andar nos trilhos, com ajustes nas economias de cada país e maior integração regional, inclusive com o estabelecimento de uma entidade única de supervisão. Isso vai melhorar a credibilidade das políticas na região e incrementar aos poucos a confiança dos investidores, o que deve reduzir gradualmente os juros soberanos, especialmente dos países da periferia. Além disso, o fluxo de capitais - hoje muito dirigido às nações mais ricas, como Alemanha, Finlândia e Holanda - deve se desconcentrar.  Uma outra suposição vital, segundo o FMI, é que as autoridades dos EUA - a Casa Branca e o Congresso - consigam evitar o temido "desfiladeiro fiscal" e elevar o teto da dívida pública, com um plano para recuperar as contas públicas de forma sustentável ao longo dos próximos anos. O desfiladeiro fiscal é um conjunto de medidas restritivas de gastos oficiais que poderiam reduzir de forma brusca o déficit público em quatro pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. E as autoridades norte-americanas, como o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, já afirmaram que se o corte brutal de despesas oficiais ocorrer, isso poderá mergulhar o país numa recessão no próximo ano.  "No entanto, se uma das duas suposições falhar, a atividade global poderá se deteriorar de forma muito acentuada", destaca o FMI. Outro fator de risco, ressalta o Fundo, seria uma alta dos preços do petróleo provocar um novo choque. E isso provavelmente poderia surgir devido a fatores de tensão geopolítica.  Cenário de estresseEmbora ressalte que não é sua principal aposta, o FMI sugere que uma deterioração da crise na zona do euro precisa ser considerada com atenção. O Fundo tentou quantificar os impactos dessa piora através de um Modelo Integrado Monetário e Fiscal Global (GIMF, na sigla em inglês). Nesse cenário, o PIB dos principais países da zona do euro, entre eles Alemanha, França e Holanda, poderia cair ao redor de 1,75 ponto porcentual num horizonte de um ano. Na periferia daquela região, composta por Espanha, Itália, Irlanda, Portugal e Grécia, a retração do PIB seria ainda mais aguda e cairia próximo de 6 pontos porcentuais no mesmo período.  O cenário de estresse na zona do euro assume que as autoridades demorariam para adotar medidas suficientes para prevenir uma profunda deterioração das condições financeiras da região. Deste modo, a desalavancagem dos bancos europeus provocaria uma contração adicional de crédito na periferia da região de 450 bilhões de euros e de 50 bilhões de euros para os países centrais da região.  "Preocupações com a sustentabilidade fiscal elevariam os spreads soberanos da periferia em 350 pontos-base em 2013", aponta o FMI. Em tais circunstâncias, os spreads soberanos para países centrais deveriam declinar 50 pontos-base no próximo ano, em decorrência da busca dos investidores por supostos portos seguros. E essas incertezas devem difundir impactos negativos em todas as regiões do mundo, com o prêmio de risco das empresas subindo 50 pontos-base em economias avançadas e 150 pontos-base nos mercados emergentes no próximo ano.  No entanto, num cenário de ações oficiais que aliviam o estresse financeiro, o crédito na zona do euro deve crescer de forma relativa. "Nos países da periferia, os empréstimos devem subir perto de 225 bilhões de euros e os spreads soberanos devem declinar ao redor de 200 pontos-base em 2013", relata o Fundo. "Em outras economias avançadas, os spreads corporativos devem cair 50 pontos-base em 2013 e recuar 100 pontos-base nos mercados emergentes." 

  FMI: ECONOMIA DOS EUA APRESENTA RECUPERAÇÃO DECEPCIONANTE
 Tóquio, 08/10/2012 - Embora não apresente um desempenho tão ruim quanto o da zona do euro, a evolução recente do nível de atividade nos EUA não empolga e é vista como frustrante pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O relatório Perspectiva Econômica Mundial, divulgado hoje, aponta que o país ainda está com uma recuperação incipiente do setor imobiliário, com avanço moderado do consumo, investimentos acanhados e elevado nível de desemprego. A boa notícia é a expansão gradual e continua da concessão de crédito privado.Para que ocorra uma melhora substancial das condições do mercado norte-americano, o FMI recomenda mais ações monetárias e fiscais. O Fed deve continuar o seu programa de ativos atrelados a hipotecas e é indispensável que os poderes Executivo e Legislativo definam um plano para saneamento das contas públicas nos próximos anos. "É imperativo que as autoridades dos EUA devem lidar urgentemente com o teto da dívida pública e o desfiladeiro fiscal, o que poderá afetar seriamente o crescimento no curto prazo", exorta o Fundo.O FMI estima que o PIB dos EUA deve registrar uma expansão de apenas 1,5% no segundo semestre de 2012, ritmo que deve subir aos poucos nos trimestres seguintes e chegará à velocidade de 2,75% no final de 2013.Além do incremento frágil do mercado residencial, o Fundo aponta que outros fatores colocam obstáculos sérios para a recuperação mais forte da demanda agregada, como as condições ainda apertadas do mercado de crédito e necessidade de consolidação das contas públicas, dado que a situação fiscal do país não inspira confiança aos agentes econômicos, sobretudo para estimular as empresas a voltar a investir com maior vigor.O déficit alto, na mente do dirigente da empresas, alimenta a dúvida de que o governo poderá a qualquer momento elevar impostos, o que vai contra aos interesses de quem pretende aplicar recursos na compra de máquinas ou ampliar suas fábricas, diz o FMI. No curto prazo, a seca vai também afetar o PIB, aponta o Fundo, referindo-se à estiagem registrada em 2012, a que mais castigou o solo norte-americano nos últimos 56 anos. Hiato do produtoA desaceleração do nível de atividade nos EUA desde 2007 faz com que o país apresente um hiato do produto muito amplo, próximo a 4% do PIB em 2012, aponta o FMI. Essa diferença da taxa atual de crescimento e seu potencial é de 2,5% do Produto Interno Bruto tanto no Japão como na zona do euro. Mas, segundo o Fundo, tal folga muito grande na capacidade de produção no mercado norte-americano pode ser reduzida gradualmente com um programa sólido no reequilíbrio de longo prazo das contas públicas.O Fundo não acredita que o desfiladeiro fiscal vai ocorrer em 2013 em sua plenitude, pois considera que as autoridades do governo federal e parlamentares em Washington vão encontrar alguma solução em breve. Ao invés de cortar de forma abrupta 4% do PIB em gastos do Tesouro, o que levaria muito provavelmente o país à recessão em 2013, o Fundo Monetário Internacional prevê uma redução das despesas mais razoável, que vai reduzir o resultado negativo do Orçamento em 1,25% do PIB. Como o impacto sobre o nível de atividade dessa medida não será súbito, o Panorama da Economia Mundial acredita que os EUA terão condições de crescer 2,2% neste ano e 2,1% em 2013. Afrouxamento QuantitativoO Fundo Monetário Internacional apoia a política de afrouxamento quantitativo sem limites adotada pelo Federal Reserve, cujo objetivo é cessar a injeção de liquidez na economia norte-americana quando o desemprego estiver mais baixo. A terceira edição dessa política agrega a compra mensal de US$ 40 bilhões de títulos atrelados a hipotecas, o que tem como foco principal reduzir os juros desses contratos e melhorar as condições do mercado imobiliário.O FMI também cita que o Fed vai manter a taxa básica de juros de 0% e 0,25% ao ano até meados de 2015 sem manifestar nenhum sinal de reprovação. Para o FMI, entre os principais riscos para a economia dos EUA no curto prazo está o surgimento do desfiladeiro fiscal e do agravamento intenso da crise na zona do euro. Contudo, como o Fundo acredita que aquela região econômica tem condições de sair da recessão no próximo ano, mesmo que fique relativamente estagnada com uma expansão de apenas 0,2% do seu PIB, suas previsões para a economia norte-americana não são catastróficas.O crescimento abaixo do potencial do país vai permitir que as pressões de alta da inflação se reduzam, o que fez o Fundo diminuir suas projeções feitas em abril para o indicador neste ano, de 2,1% para 2,0%, e em 2013, de 1,9% para 1,8%. O nível de atividade ainda morno deve colaborar para uma redução da estimativa do déficit das contas correntes, de 3,3% para 3,1% do PIB em 2012, enquanto a projeção de 3,1% do Produto Interno Bruto não foi alterada para o próximo ano.Uma previsão negativa, contudo, é relativa à taxa de desemprego, cuja média deste ano deve permanecer alta, em 8,2%, e baixar pouco em 2013, para 8,1%. A nova previsão é ainda maior que o patamar médio de 7,9% estimado pelo Fundo para os EUA no próximo ano. 

  FMI: INVESTIMENTOS E QUEDA DE JUROS LEVAM CHINA A POUSO SUAVE  Tóquio, 09/10/2012 -
 Os investimentos públicos adotados pelo governo de Pequim para aumentar o vigor do nível de atividade na China devem viabilizar um pouso suave da economia chinesa e também melhorar o ritmo de crescimento dos países mais pobres da Ásia, aponta o FMI. De acordo com o relatório semestral Perspectiva da Economia Mundial divulgado hoje, o esforço da China de elevar os gastos em obras de infraestrutura, junto com a política monetária acomodatícia do seu banco central, fará com que sua economia avance 7,8% neste ano e 8,2% e em 2013. As projeções, contudo, são menores do que as estimativas de alta do PIB de 8% e 8,4%, respectivamente realizadas pelo Fundo em julho. Mas esse resultado, contudo, será importante para acelerar o nível de atividade das nações do continente com menor renda, de uma expansão pouco inferior a 7% no primeiro semestre para uma marca de 7,25% na segunda metade deste ano.  De acordo com o FMI, a redução no ritmo da demanda agregada na China registrada no primeiro semestre estava relacionada diretamente com a crise da Europa, seu principal mercado exportador. Além disso, também foram relevantes fatores domésticos, como a adoção de medidas para reduzir o ímpeto do crédito, a fim de evitar o surgimento de uma bolha imobiliária. Como o governo chinês quer aumentar com moderação a Formação Bruta de Capital Fixo, o Fundo acredita que a política fiscal na China terá efeito neutro em 2012 e 2013. Além disso, o banco central do país reduziu a taxa básica de juros em 0,56 ponto porcentual desde meados de 2011, para o patamar atual de 6,0% ao ano.  O FMI defende que os grandes países emergentes façam mais esforços de contenção de despesas públicas para exigir menos recursos de seus respectivos Tesouros. No caso da China, o Fundo avalia que a abordagem deve ser um pouco mais flexível nessa direção. Isso deve ocorrer por dois motivos: "Primeiro, as autoridades estão tentando reequilibrar o crescimento econômico na direção do consumo, o que vai requerer programas sociais expansionistas", aponta a instituição. "Segundo, há menor espaço disponível para aumento do crédito devido à Grande Recessão", destacou o FMI, referindo-se ao longo período de profunda retração da economia mundial iniciado há cinco anos. O Fundo alerta, contudo, que a China também precisará reduzir seus gastos públicos no médio prazo.   Apoio fiscalO Fundo aponta que a China vem registrando crescimento rápido do crédito, o que ajuda no consumo doméstico e mantém a moeda desvalorizada, elemento de apoio essencial para a política de exportações do país. Na avaliação do FMI, os esforços monetários podem dar lugar a medidas fiscais para apoiar a expansão do PIB, especialmente porque a inflação apresentou uma trajetória de desaceleração nos últimos trimestres.  O movimento de desinflação global, que cortou os preços de commodities neste ano, inclusive do petróleo, também está beneficiando a China. O FMI projetava em abril que o índice de preços ao consumidor subiria 3,3% neste ano, mas agora passou a estimar elevação de 3,0%. Para 2013, o Fundo manteve a previsão de alta de 3%.  Por outro lado, como a China está com dificuldades para crescer pouco acima de 8%, o FMI elevou a projeção da taxa de desemprego para este ano e o próximo, que era de 4% em ambos os casos, para 4,1% em 2012 e também em 2013.

DJones - Uganda's Coffee Output Seen Up 10% Due to Good Weather - UCDA 10/10/2012

DJones - Uganda's Coffee Output Seen Up 10% Due to Good Weather - UCDA   KAMPALA, Uganda--Uganda's 2012-13 coffee output is expected to rebound by atleast 10% on the year, aided by good weather conditions, the state-run UgandaCoffee Development Authority said Thursday.   UCDA said in a report that the country's coffee output is expected to reach 3million 60-kilogram bags, compared with the 2.72 million bags produced duringthe 2011-12 season. Uganda's coffee season runs from October to September thefollowing year.   "The harvests are cyclic in nature and following a disappointing harvest lastseason, the next harvest is expected to improve," a UCDA trade official toldDow Jones Newswires.   Uganda is Africa's largest coffee exporter, according to the InternationalCoffee Organization.   UCDA's forecast is in line with the projection of the national coffeefarmers' body Nucafe issued last month. According to David Muwonge, the head ofproduction and marketing with Nucafe, the main coffee regions in the east andcentral Uganda have received timely and well distributed rains in the pastthree months, helping the crop to recover from drought experienced last yearand earlier this year.   The harvesting season in the east and central regions is expected to startbefore the end of October. The two regions account for at least 55% of thecountry's total coffee output.   Uganda endured one of its worst coffee seasons in recent years during 2011-12after a severe drought hurt yields from the main coffee harvest in the centraland eastern regions.   Coffee is Uganda's leading export crop and the country's second leadingforeign revenue earner after tourism.   During the 2010-11 season, Uganda exported 3.15 million bags of coffee.Robustas account for more than 80% of the country's total coffee output.

A comercialização da safra de café do Brasil 2012/13 atingiu 43%.

A comercialização da safra de café do Brasil 2012/13 (julho/junho) fechou o mês de setembro em 43%. O dado faz parte de levantamentode SAFRAS & Mercado, com base em informações compiladas até 30 de setembro. Em igual período do ano passado, 56% da safra 2011/12 estava comercializada.




Com isso, já foram comercializadas 23,45 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2012/13 de café brasileira de 54,9 milhões de sacas.



Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a comercialização segue lenta. O produtor aparece para negociar quando o preço melhora, mas volta a se esconder quando a cotação recua, o que ajuda a travar o fluxo de vendas, diz. Em meio à volatilidade da Bolsa de Mercadorias de Nova York, que guia as cotações mundiais do café, há espaços para "investidas" mais abruptas dos vendedores.



de R$ 400,00 a saca para as melhores bebidas. E, no auge do nervosismo com o atraso nas floradas no Brasil, que resultou em elevação nos preços internacionais, o café de melhor bebida chegou a trocar de mãos acima de R$ 425,00 a saca de 60 kg. "A ideia é seguir dosando a venda, tentando aproveitar repiques de preço. Administrar posições ao longo da temporada, sem menosprezar oportunidades e buscando evitar criar bolhas de oferta para a entressafra, como aconteceu na temporada passada", advertiu Barabach.



Se o produtor está segurando café, Barabach indica que, do outro lado, a demanda internacional também continua bem fraca por grãos da origem Brasil. "Diferenciais caros e cautela diante do cenário de crise (europeia e global) justificam essa conduta. Relatórios indicam um leve amento nos estoques dos importadores, o que reforça essa postura", comenta o analista. Ele lembra ainda que o período mais crítico de necessidade de oferta dos grandes consumidores do Hemisfério Norte ainda não chegou, que é o inverno. Estes compradores trabalham com o cenário de avanço da oferta de outras origens, bem como, com uma maior sensibilidade do produtor brasileiro. "Eles também evitam exposições em demasia, em virtude da incerteza econômica. A opção deles é trabalhar da mão-para-boca", conclui o analista.