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sexta-feira, 7 de março de 2014

# Café: prejuízos assustadores, por Armando Matielli

Armando Matielli é engenheiro agrônomo, cafeicultor em Guapé /MG, fez MBA em Agronegócio pela FGV e é diretor da SINCAL.

A seca lambe tudo pela frente. É mais nociva que uma geada, principalmente nessa época do ano. A seca corre entre os vales, nas planícies, nos planaltos, nos grotões, nas montanhas, nas encostas, nos sopés, nos topos, nos cumes, ou seja, não escolhe cantos nem recantos. A geada ocorre em locais específicos.
Essa seca ficará marcada na nossa geração de cafeicultores, como o pior evento climático já ocorrido.  Ainda, os reflexos virão nos anos vindouros como: 
- A diminuição de hormônios e compostos que impelem diversos ângulos fisiológicos do cafeeiro;
- Queda na produção de Carboidratos;
- Queda na produção de auxinas e citocininas que passaremos a descrever abaixo;
- Inibição da conversão de nutrientes em massas produtivas e de órgãos de sobrevivência;
- Estrangulamento do sistema radicular. Atrasando o próximo ciclo produtivo para 2016/2017, pois, terá que recuperar o sistema radicular e a posteriori as partes vegetativas como as ramas plagiotrópicos, que são os produtivos, onde originam as gemas florais na intersecção do par de folhas com o ramo donde originarão flores e rosetas.
> AUXINAS: Hormônios responsáveis pelo alongamento das células. São normalmente produzidos pelos meristemas. Em condições de seca como estamos atravessando, agora, ocorre uma baixa produção de auxinas que interferem juntamente com outros hormônios, nos distintos processos fisiológicos das plantas, inibindo o crescimento dos ramos plagiotrópicos, ortotrópicos e do próprio sistema radicular. As baixas concentrações das auxinas inibindo o desenvolvimento das partes citadas e, logicamente interferem diretamente na queda de produção de forma marcante. 
> CITOCININA: É o hormônio responsável pela divisão celular. Normalmente o sistema radicular produz a citocinina que é transportada pelo xilema, levando para todos os órgãos da planta. Nos frutos, no caso do café, estimula a divisão celular e o crescimento. A Citocinina atua em conjunto com a Auxina, sendo responsáveis pela divisão e alongamento celular simultaneamente e com isso, formam-se folhas, raízes, flores e frutos. A Citocinina ainda é responsável pela mobilização dos nutrientes. A baixa produção de Citocinina diminui o crescimento para as principais fontes de dreno dos frutos dos cafeeiros.
Portanto, os hormônios vegetais, tanto a Auxina e a Citocinina são fundamentais no processo produtivo do cafeeiro e são inibidos pela seca em decorrência a menor fotossíntese e fechamento dos estômatos.
Para elucidar o exposto passamos abaixo:
Regime Hídrico - Guapé
Observa-se que dentro do ano civil, temos na média histórica, 944 mm e nesse ano teremos uma somatória de 418, ou seja, 526 mm a menor no índice pluviométrico. Com esse índice pluviométrico de somente 418 mm até agosto, torna-se praticamente, impossível a produção cafeeira (vide argumentos no decorrer no artigo).
Comparando esse ano com a média histórica, temos 601 ml de chuvas a menor. Representa a média do cinturão cafeeiro e próximo dos levantamentos do PROCAFÉ (MAPA).
Esse regime hídrico acima exposto demonstra a catástrofe climática para a safra atual, como a vindoura. A Safra de 2015/2016 com a florada prevista, para setembro / outubro do ano vigente, ocorrerá em um ambiente de extrema secura com consequências previsíveis em relação ao percentual de quebra para 2015/2016. A secura do ar aliado à secura do solo obrigará a desidratação dos tecidos e ocorrerá uma violenta disputa entre os órgãos da planta no encalço da minguada disponibilidade de água e de substâncias nutricionais.
Nesta briga fisiológica vencerão aqueles órgãos munidos de maior força de sucção osmótica, sendo que folhas jovens roubam nutrientes e compostos das folhas mais velhas. Os mais prejudicados serão os botões florais e frutos pequenos (chumbinhos) que na maioria abortam. Pouca água, pouca fotossíntese e cessando a transpiração. Não vingarão as floradas e originarão um grande numero de grãos chochos que é muito comum em anos como tal. Ano seco, planta debilitada, solo seco, vegetação seca, recursos hídricos pobres e, o cafeeiro procurará se proteger, fechando os estômatos das folhas para não perder mais água e a planta deixa de receber gás carbônico que é um elemento primordial a elaboração da seiva e consequentemente prejudicará a fotossíntese. Esse será o cenário na próxima florada (setembro / outubro vindouro) o que levará a prejuízos expressivos, com grande probabilidade de perdermos acima de 50% da produção de 2015/2016. Além disso, as gemas florais começam a crescer e inicia a diferenciação quando paralisa ou diminui o desenvolvimento vegetativo. Isso é normal entre os períodos das chuvas e o inicio de período seco. Como ocorreu um período de seca, numa época totalmente atípica, poderemos ter floradas á partir da retomada das chuvas, agora em março ou abril, o que será um desastre na produção. 
O sensacionalismo passa longe da técnica. Como agrônomo, sabemos que o ar, a luz, a água e a planta são fundamentais para a produção de alimentos e outros. Quando um dos fatores expostos é insuficiente, os prejuízos são inevitáveis e catastróficos. Nesse caso, relatado, temos 601 milímetros de água a menor que a normalidade, ou seja, 60 cm de uma coluna de água cobrindo totalmente o solo em toda sua extensão. Drástico!
O mercado, os cafeicultores, ou seja, ninguém esperava por uma situação tão particular e incomum, mas, também servirá de alerta que a prática do “Just in Time” deverá ser repensada, pois, o mercado poderá ficar desabastecido e esse fato servirá de alerta para voltarmos a trabalhar com estoques nos armazéns que estarão protegidos desses adventos climáticos. Não podemos ficar a vida toda acostumados a pensar que a produção agrícola é robotizada e com logística como o setor industrial. A Natureza é sábia e soberana e nos ensina a respeitá-la. Precisamos aprender que a natureza foge dos nossos computadores e corre ao seu bel prazer, por caminhos distintos aos gráficos e estudos teóricos dos excelentes executivos e grandes comerciantes. PENSEM!!!

Fonte: Notícias Agrícolas
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Arabica Coffee Rises as Traders Eye More Dry Weather

  NEW YORK--Arabica-coffee futures rebounded Friday morning after profit-taking took the wind out of
the market's sails during the previous session.
  Futures were recently trading back above the key technical and psychological level of $2 a pound,
but were still in a range inside of the previous day's price action.
  "It's a non-event so far because it's in the middle of yesterday's range," said Hernando de la
Roche, senior vice president at INTL FCStone in Miami. But given that "it's a weather market,"
futures are still volatile.
  "The weather forecast continues to be calling for some rain during the weekend," Mr. de la Roche
said. "But after that it appears there's going to be a dry couple of weeks."
  The worst drought in decades in top-coffee grower and exporter Brazil has pushed the market up 77%
since the start of 2014, as growers and analysts slashed their forecasts for the upcoming harvest.
Additional dry weather could crimp output further, traders and analysts have said.
  Arabica coffee for delivery in May on the ICE Futures U.S. exchange was recently 2.3% higher at
$2.0005 a pound.
Early Ag Weather Watch - Mar 7


EARLY LOOK WEATHER REPORT

NATIONAL TEMPERATURE/RAINFALL EXTREMES:
HIGH THU...90 AT EL CENTRO NAS CA AND THERMAL CA AND INDIO CA AND OCOTILLO
WELLS CA
LOW  THU...28 BELOW ZERO AT SARANAC LAKE NY
24 HOUR RAINFALL ENDING AT 06:00 PM CT...TALLAHASSEE FL 1.51 INCHES

US OUTLOOK AND MODEL DISCUSSION:

The US and European models are in fair to good agreement for only about 3 or
4 days, fair agreement and sometimes poor agreement during days 5 through 10. I
am using a little more of today's European model as it concerns days 5 through
7 and then a blend of the models during days 8-10.
The European model shows a stronger low developing over the southeast
plains, tracking through the lower Miss and Ohio river valleys and then over or
just south of New England during the period Tuesday through Thursday of next
week. This suggests a chance for significant precipitation for the east and
south Midwest, the Delta and possibly the southeast plains. The US model shows
a much weaker low forming over the southern plains before moving rapidly
through the lower Miss, well south of the Ohio river and well south of New
England. I favor the European model a little more than the US model since the
US model has a habit of moving systems too fast, at times.
The mean map for the 8-10 day period from today's US model shows a deep
trough over eastern Canada and the northeast US with a moderate ridge moving
across the northern Rockies and into the northwest plains. This suggests cold
east and warm west with not much precipitation. The European model mean map
shows a weaker eastern Canada trough with the ridge over the west coast and in
the eastern Pacific, northern California and Oregon westward. This model also
shows a moderate southern branch trough over the southern plains region. The US
model shows this trough as well but is weaker and further to the southwest with
it. I favor a blend of the models during the 8-10 day period. This means a
trough over eastern North America not as strong as the US model and not as weak
as the European model. A ridge somewhere between the two positions on the
models and a southern branch trough somewhere between the models as well.

MAJOR WORLD HIGHLIGHTS/IMPACT:

ARGENTINA: Mostly favorable conditions for filling and maturing corn and
soybeans at this time. Scattered thundershower activity later this weekend
should maintain favorable soil moisture for crops but does not linger enough to
cause concerns over a return to wet conditions.

BRAZIL SOYBEANS/CORN: Soil moisture for second crop corn, late filling soybeans
and late filling early corn is adequate to surplus at this time. A drier trend
is possible for the next 3 days or so. This should help improve conditions for
the delayed early harvests, at least for a time. Showers redevelop through
Parana and MGDS early next week.

BRAZIL COFFEE, CITRUS, SUGARCANE AREAS: There appears to be good chance for
much needed rainfall to occur in through Minas Gerais coffee areas at the end
of this week and early in the weekend. This may help to stabilize crop
conditions somewhat but more rain will be needed to end the drought. Longer
range maps suggest a return to somewhat hotter and drier weather after the
weekend. Citrus, coffee and sugarcane areas will also receive needed rain but
probably not as much as will Minas Gerais.

CENTRAL/SOUTH PLAINS: Little rainfall is expected through the dry western
growing areas during the next 10 days. Concerns for this portion of the crop
will increase as we move further into the spring if rainfall does not improve.
There are shower threats for eastern growing areas during this period,
especially if you believe today's European model. If realized this will help
maintain more favorable conditions for wheat in these locations.

MIDWEST: A break in the extreme cold pattern is coming for early next week.
This should help ease usage of natural gas for heating and reduce the threat to
the soft red winter wheat crop. A return to cold weather is expected later next
week. There is also at least some risk for heavier snow, ice or rain through
southern and eastern areas during the middle of next week, ahead of the next
cold outbreak. This could mean delays to transportation and travel for a time.
It does not look to impact Iowa however.

SOUTH AFRICA: Heavy thunderstorms since the weekend will maintain adequate to
surplus moisture for maize and sugarcane crops. This likely means local
flooding of fields and is unfavorable for filling crops and early maturing
crops.

CHINA: Moderate to locally heavy snow and rain has occurred through central and
southern winter wheat areas of eastern China and through most winter rapeseed
areas during February. This will help to replenish soil moisture and it will
favor crops when they break dormancy in the spring. Snow to the north was not
as heavy but still fairly significant for this time of the year.

NORTH INDIA: Showers and thundershowers occurred through most of the winter
wheat belt during the second half of February. This favors wheat that is
usually flowering during the month. It should mean a good wheat crop for India.
The pattern may also favor the winter rapeseeds areas as well.

EXPANDED SUMMARIES/FORECASTS:

Midwest corn, soybean and winter wheat

Summary...

WEST: Mostly dry during the past 24 hours. Temperatures averaged below to well
below normal.

EAST: Mostly dry. Temperatures averaged below to well below normal.

Forecast....

WEST: Dry or with only a few light snow showers today or tonight. Dry during
the weekend period. Temperatures average near to above normal west and below
normal east today, below normal tomorrow and early Sunday, above normal west
and near to below normal east later Sunday.
Mostly dry during Monday. Chance for light to locally moderate
precipitation, favoring southern areas, during Tuesday or Tuesday night. Drier
again during Wednesday. Temperatures average above normal Monday, near to above
normal Tuesday, near to below normal Wednesday.

EAST: Dry today. A little light precipitation may occur through northwest areas
tonight. Chance for a little light precipitation during Saturday. Mostly dry
Sunday. Temperatures average near to above normal southwest and below normal
elsewhere in the region today, near to below normal tomorrow and Sunday.
Mostly dry during Monday. Light to locally moderate precipitation is
expected during Tuesday into Wednesday, favoring southern and eastern areas.
Temperatures average above normal Monday and Tuesday, near to below normal
Wednesday.

6-10 Day Outlook: Temperatures are expected to average near to below normal.
Precipitation should average near to below normal west, near to above normal
east.

Central/Southern Plains (Winter Wheat)

Summary: Dry or with only a few light showers in southern areas during the past
24 hours. Temperatures averaged above normal west, below normal east. The highs
Thursday ranged from 64 to 75F in the west, 44 to 55F in the east and central
areas.

Forecast: Dry today. Chance for a little light precipitation from southern
Colorado and southern Kansas into Texas during tonight or during tomorrow.
Drier again during Sunday. Temperatures average above normal south and below
normal north today, below normal tomorrow, above or well above normal west and
northeast and below normal southeast during Sunday.
Mostly dry Monday. Chance for light to moderate precipitation through the
east and a little light precipitation through the west during Tuesday. Drier
again Wednesday. Temperatures average above or well above normal Monday but it
should turn cooler Tuesday and Wednesday.

6-10 Day Outlook...Temperatures are expected to average near to below normal
during this period. Precipitation averages near to below normal, although there
is a slight chance for near to above normal rains through eastern areas.

Brazil (Corn, Soybeans, Citrus, Coffee, Sugarcane)

Summary...

Rio Grande do Sul and Parana: Mostly dry during the past 24 hours. Temperatures
averaged near to below normal yesterday.

Mato Grosso, MGDS and Goias: Isolated to widely scattered thunderstorms were
reported in Mato Grosso and in Goias during the past 24 hours. Mainly dry in
MGDS during this time. Temperatures averaged mostly near normal yesterday.

Sao Paulo/Minas Gerais: Scattered to widely scattered thundershowers, some
heavy, were reported in northern Sao Paulo and southwest Minas Gerais during
the past 24 hours. The remainder of Minas Gerais had only a few light showers
with isolated heavier. The remainder of Sao Paulo was drier. Temperatures
averaged near to above normal, except it was somewhat cooler in northeast Sao
Paulo and southwest Minas Gerais.

Forecast...

Rio Grande do Sul, Parana, MGDS: A few light showers may occur late today or
during tonight, mostly in Parana and possibly in MGDS. Drier during Saturday.
Dry Sunday. Temperatures average near to below normal today and Saturday, near
to above normal during Sunday.
Dry or with only a few light showers, favoring RGDS, during Monday. Chance
for scattered light to locally moderate showers in Parana and MGDS during
Tuesday or Wednesday. Mainly dry in RGDS during this time. Temperatures average
near to above normal during this period.

Sao Paulo/Minas Gerais: Scattered moderate to heavy showers and thundershowers
today. Showers and thunderstorms linger over Minas Gerais during Saturday,
somewhat drier through Sao Paulo during Saturday. Dry or with only a few light
showers through north and east areas Sunday. Rainfall potential during this
period appears to be 0.75 to 2.50 inches (20-65 mm) and locally heavier,
heaviest over the Minas Gerais crop areas. Temperatures turn cooler today and
Saturday, warmer again during Sunday.
Mostly dry or with only a few light showers during Monday through Wednesday.
Temperatures average near to above normal Monday, above normal Tuesday and
Wednesday.

Argentina (Corn, Soybean, Wheat)

Summary...Cordoba, Sante Fe, Buenos Aires, La Pampa.

Scattered light showers with locally heavier occurred in north and west
Cordoba during the past 24 hours. Little elsewhere in the region. Temperatures
averaged near to below normal yesterday.

Forecast...

Mostly dry today. Scattered light to locally moderate showers develop
through southwest areas during Saturday or Saturday night. Light to moderate
showers and thundershowers through northern and eastern areas during Sunday.
Temperatures turn somewhat warmer today and Saturday, cooler again during
Sunday.
Mostly dry Monday and Tuesday. Chance for a few showers and thundershowers
in the west, fair east, during Wednesday. Temperatures average near to below
normal Monday and Tuesday, near to above normal Wednesday.

Joel Burgio
Dólar perde força após dado da balança comercial e fecha em leve alta

Depois de atingir a mínima de R$ 2,3030, o dólar reduziu a queda frente ao real
após o dado fraco da balança comercial de fevereiro e encerrou em ligeira alta,
descolando do mercado externo, onde a moeda americana caiu frente às principais
divisas.
O dólar comercial encerrou em alta de 0,04% a R$ 2,3210. Já o contrato futuro
para abril avançava 0,14% para R$ 2,338.
A entrada de recursos, principalmente para renda fixa, levou o dólar a alcançar
a mínima de R$ 2,3030 hoje pela manhã, menor patamar desde 27 de novembro.
A intensificação das perdas da moeda americana ocorreu logo após o Tesouro
Nacional anunciar as condições para um leilão de 5,75 milhões de Notas do
Tesouro Nacional-Série F (NTN-F). Esse papel tem prazo de vencimento mais longo
e costuma ser bastante demandado por investidores estrangeiros. No leilão de
hoje, a oferta foi integralmente absorvida. Além disso, o Tesouro prepara uma
emissão de bônus denominados em euros no exterior, que deverá ocorrer até o fim
de março.
A moeda americana, no entanto, reduziu a queda após o dado da balança comercial
de fevereiro e da maior saída de recursos no período da tarde.
A balança comercial fechou fevereiro com déficit de US$ 2,215 bilhões,  o pior
resultado para o mês da série histórica que começa em 1993.
Segundo operadores, alguns investidores que estavam com posições vendidas em
dólar, apostando em uma cotação abaixo de R$ 2,30, reverteram as apostas após o
dado da balança comercial. A leitura é que o câmbio valorizado não condiz com o
resultado da balança, que requer uma taxa mais depreciada para incentivar as
exportações.
Apesar da entrada de US$ 272 milhões verificada na conta financeira no mês
passado, as saídas na conta comercial têm impedido a moeda americana de romper
o patamar de R$ 2,30. Em fevereiro, a conta comercial apresentou déficit de US$
2,129 bilhões. Com isso, o fluxo cambial ficou negativo em  US$ 1,856 bilhão em
fevereiro, o pior resultado para o mês desde 2002.
Segundo João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora, além dos
problemas enfrentados com os parceiros comerciais na América do Sul, como
Venezuela e Argentina, principal destino da exportação de produtos
manufaturados do  Brasil, muitos exportadores estão adiando as contratações de
fechamento de câmbio esperando uma cotação melhor da moeda americana e do preço
das commodities no mercado internacional. "Tem exportador de soja que está
estocando os produtos, esperando o preço melhorar."
De outro lado, o câmbio mais baixo atrai os importadores e incentiva o envio de
remessas para o exterior. "Tem empresa que deve estar antecipando o envio de
remessas de juros e dividendos, que costuma se concentrar no fechamento do
primeiro trimestre", afirma Medeiros . Na semana passada, o fluxo cambial
registrou saldo negativo de US$ 1,950 bilhão, impactado pela saída de US$ 1,755
bilhão da conta financeira.
Para o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, o próprio nível
do câmbio em torno de R$ 2,30 e a aproximação do fim do ciclo de aperto
monetário podem levar o estrangeiro a pensar com mais cuidado antes de tomar
renda fixa brasileira. "A R$ 2,30 a chance de o dólar subir é maior do que de
cair. A queda foi muito rápida e sempre há um medo de um ajuste na mesma
velocidade", diz ele, lembrando que uma nova valorização do dólar diluiria os
ganhos com o juro alto.
No cenário externo, o dólar caía frente às principais moedas  diante da redução
da aversão a risco em meio a um certo alívio nas tensões com Ucrânia e Rússia.
O dado de emprego privado nos EUA divulgado ontem, que veio abaixo do esperado,
também segue tirando o apetite por compra de dólares e mantém as expectativas
para um "payroll" mais fraco amanhã. O Dollar Index, que acompanha o desempenho
da divisa americana frente a uma cesta de moedas, recuava 0,53% ..
Hoje, o dado de encomendas à indústria dos Estados Unidos mostrou uma queda de
0,7% em janeiro em relação a dezembro, pior que a esperada pelos analistas, que
previam um recuo de 0,3%.
Seguindo o cronograma do programa de intervenção no câmbio, o Banco Central
vendeu hoje todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados no leilão, cuja
operação movimentou  US$ 198 milhões . Por conta do feriado do Carnaval, não
houve leilões de swap cambial nos dias 3, 4 e 5 de março.




Dólar completa um mês abaixo de R$ 2,40; Bolsa sobe mais de 1%
São Paulo, SP  - Embora analistas afirmem que a tendência do dólar
no Brasil neste ano continue sendo de alta, a moeda americana completou nesta
quinta-feira (6) um mês abaixo de R$ 2,40 ""valor considerado por operadores
como confortável tanto pelo Banco Central quanto por empresas exportadoras""
com desvalorização de 3,5% no período.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em baixa de
0,34%, para R$ 2,317 ""menor valor desde 10 de dezembro do ano passado, quando
ficou em R$ 2,310. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, teve leve
alta de 0,04% nesta quinta-feira, a R$ 2,321, depois de ter operado
praticamente o dia todo em baixa.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu 1,08%, aos 47.093
pontos, com o mercado avaliando positivamente a ata da última reunião de
política monetária do Banco Central.
Segundo analistas consultados pela Folha, o movimento também refletiu um alívio
nos mercados externos, que subiram após quedas recentes em meio às tensões na
Ucrânia, e um ajuste à perda registrada ontem, de 1,07%.
A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco
Central) mostrou que o BC vê melhora na inflação, sinalizando um juro mais
moderado.
"A autoridade deixou claro que continua vigilante com os preços, o que é
positivo", diz João Brügger, analista da consultoria Leme Investimentos. "O tom
do documento foi um pouco duro, na nossa opinião, mas a clareza agradou o
mercado", acrescenta.
Para José Carlos Amado, operador da Renascença Corretora, a sinalização pelo BC
de que haverá mais um aumento de 0,25 ponto percentual no juro básico (a Selic)
em sua próxima reunião, em abril, trouxe certo alívio para o câmbio hoje.
"Isso, em tese, é benéfico, pois atrai mais estrangeiros ao país, que buscam
retornos maiores", diz.
O deficit de US$ 2,1 bilhões na balança comercial brasileira em fevereiro,
segundo os especialistas, ficou dentro do esperado, com influência limitada nos
mercados nesta quinta-feira.
PERSPECTIVAS
Apesar de ter cedido 3,5% desde 5 de fevereiro, quando esteve pela última vez
na casa de R$ 2,40, o dólar à vista se mantém em tendência de alta para o final
do ano, dizem operadores.
"É pontual. Reflete alguns fatores como a meta fiscal do governo para 2014, que
foi bem recebida pelos investidores. Não vemos nenhuma razão que possa manter a
moeda americana nos níveis atuais. O deficit nas transações correntes deve
continuar acima de US$ 70 bilhões e a balança comercial, ruim", diz Brügger.
O analista da Leme diz que é mais provável a moeda americana fechar 2014 mais
perto de R$ 2,50 do que R$ 2,30. O último Relatório Focus, do BC, mostrou
redução nessa projeção, que passou de R$ 2,50 para R$ 2,49.
"O mercado [de câmbio] pode estar na defensiva, esperando o que pode acontecer.
Ele sabe que o governo tem recursos para controlar uma alta do dólar e não quer
testar essa resistência, por ora. O BC tem agido corretamente ao afirmar que
está vigilante com a volatilidade do câmbio. Mas, se o governo não começar a
apresentar bons resultados, o BC não poderá fazer nada, pois a moeda americana
vai voltar a subir", completa.
Para Amado, ainda há desconfiança no mercado. "A meta do governo de economizar
1,9% do PIB é apenas uma projeção. Se isso vai se confirmar já é outra
história. Estamos em um ano eleitoral e parte do mercado ainda está cética com
essa possibilidade. Isso vai pressionar o câmbio até o final do ano", diz.
O superintendente de câmbio da Advanced Corretora Reginaldo Siaca lembra que
ainda há o risco de rebaixamento da nota soberana do Brasil, o que adiciona
cautela nos investidores. "A meta fiscal do governo pode ter adiado uma revisão
por parte das agências de risco, mas, se elas perceberem que o país não
cumprirá o que prometeu, podem cortar o rating' no decorrer do ano. Isso
causaria uma alta imediata do dólar", afirma.
Segundo ele, fatores externos como a retirada do estímulo dos EUA e a uma
possível piora na crise europeia, com o agravamento das tensões na Ucrânia,
seguem afetando negativamente o câmbio. A projeção de Siaca para o final de
2014 é de dólar entre R$ 2,40 e R$ 2,45.
AÇÕES
Os papéis mais negociados da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,05%,
devolvendo parte das perdas recentes. Apenas em 2014, ação, que representa mais
de 8% do Ibovespa, soma desvalorização de 21,4%.
As ações do Itaú Unibanco, que possuem o terceiro maior peso no índice, tiveram
ganho de 2,77%. Mas quem liderou a ponta positiva do Ibovespa foi a construtora
MRV, cujos papéis subiram 5,26%.
Em sentido oposto, as principais perdas entre as 72 ações que compõem o
Ibovespa foram da companhia aérea Gol (-2,32%), da Kroton Educacional (-2,31%)
e do Banco do Brasil (-2,17%).




Juros futuros sobem com ata do Copom e leilão de títulos públicos

Depois do pregão em meio período ontem, o mercado de juros futuros da BM&F
voltou aos trabalhos após o Carnaval para valer nesta quinta-feira, empurrando
as taxas dos DIs para cima. Enquanto os contratos curtos subiram um degrau,
apoiados na ata do Copom, os longos avançaram impulsionados pelo leilão
expressivo de papéis públicos prefixados, pela alta do dólar e pelas tensões
geopolíticas. O Copom trouxe sinais dúbios na ata, ora alertando para a
resistência da inflação, ora para os efeitos cumulativos e defasados do aperto
monetário. A interpretação entre economistas é de que o BC "deixou a porta"
aberta para alta de 0,25 ponto percentual da Selic em abril (dias 1 e 2), para
11%.  Na BM&F, o DI julho/201 subiu de 10,77% para 10,79%. Já o DI janeiro/2015
avançou de 11,06% para 11,08%. Na prática, o mercado ratificou a aposta
majoritária de pelo menos mais uma alta de 0,25 ponto. Já o DI janeiro/2017
subiu de 12,28% para 12,36%, 




PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Dados de emprego nos EUA orientam negócios
   São Paulo, 6 de março de 2014 - Os dados de criação de vagas e de taxa
de desemprego nos Estados Unidos, conhecido como "payroll", devem ser o
principal fator a orientar tanto as negociações de câmbio, quanto de juros
nesta sexta-feira, segundo Flávio Serrano, economista-sênior do Espírito
Santo Investment Bank.
   "O mais importante amanhã na agenda mesmo será mesmo o payroll, devendo
ter um peso importante sobre a moeda e as taxas de juros lá fora, que sempre
podem influenciar as nossas taxas aqui também. Se o número vier forte, acima
da expectativa, a tendência é o dólar se valorizar ante o real e maior
pressão nos treasures nos Estados Unidos", explica Serrano.

   Amanhã, nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulga, às 10h30,
a taxa de desemprego e o número de vagas criadas ou eliminadas em fevereiro,
dado mais esperado da semana, já que vem sendo um dos principais pilares que
orienta a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano).

   Em janeiro, foram criadas 113 mil novas vagas e a taxa de desemprego caiu a
6,6%. A expectativa dos analistas ouvidos pela Agência CMA é de geração de
145 mil vagas e de queda na taxa de desemprego a 6,5%.
   O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,04% a R$
2,3190 para compra e R$ 2,3210 para venda. Durante o dia a moeda norte-americana
oscilou entre a mínima de R$ 2,3030 e a máxima de R$ 2,3240. No mercado
futuro, o contrato com vencimento em abril subiu 0,21% a R$ 2,339,500.
    
   Segundo o economista-sênior do Espirito Santo Investment Bank, a divisa que
chegou a recuar mais de 1% hoje ante o real inverteu o sinal após dados fracos
de fluxo cambial.
    
   O saldo entre a entrada e a saída de dólares no País ficou negativo em
US$ 1,856 bilhão em fevereiro, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central
(BC). No ano, o fluxo cambial está negativo em US$ 246 milhões.
    Juros
   As taxas dos depósitos interfinanceiros (DIs) encerraram as negociações
de hoje na BM&FBovespa em alta, após a divulgação da ata do Comitê de
Política Monetária (Copom) ter deixado brecha para um novo aumento da Selic
(taxa básica de juros) na reunião de abril. "Hoje o mercado se ajustou um
pouco a questão da ata, com a porta aberta para mais aumentos de juros",
afirmou Serrano.
   O Copom afirmou que a elevada variação dos índices de preços nos
últimos 12 meses "contribui para que a inflação ainda mostre resistência,
que, a propósito, tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se
antecipava". O Comitê disse ainda que "entende ser apropriada a continuidade
do ajuste das condições monetárias ora em curso".
    
   Com isso, a taxa do DI para janeiro de 2017 subiu de 12,26% para 12,37%,
movimentando R$ 31,8 bilhões, seguida da taxa do contrato com vencimento em
janeiro de 2016, que passou de 11,85% para 11,95%, com giro financeiro de R$
22,7 bilhões.
    
   Ainda se destacaram entre os contratos mais negociados do dia o do DI para
janeiro de 2015, cuja taxa subiu de 11,04% para 11,08% (R$ 18,5 bilhões) e o
para julho de 2014, passando de 10,78% para 10,79% (R$ 17,6 bilhões).




Bolsa recupera os 47 mil pontos e zera perdas em março

A bolsa brasileira pegou carona no clima positivo dos mercados internacionais
nesta quinta-feira e recuperou a linha dos 47 mil pontos, com ajuda de
Petrobras, bancos, siderúrgicas, construtoras e até elétricas. Na ponta
negativa ficaram empresas de educação, Embraer, Brasil Foods e Banco do Brasil.
Mas, no fim das contas, depois de dois pregões, o Ibovespa voltou exatamente
para o mesmo ponto em que terminou fevereiro. O índice subiu 1,08%, aos 47.093
pontos, com volume de R$ 5,779 bilhões. E a tendência, segundo os analistas
técnicos, é que continue assim: sem forças para cair ou para se recuperar,
oscilando entre os 46 mil e os 48,5 mil pontos. O quadro de indefinição só deve
mudar quando o mercado romper um desses dois níveis. Operadores não encontraram
motivos para a alta expressiva de alguns papéis que não seja o fato deles terem
apanhado muito nos últimos pregões. "Tem muita ação amassada que recuperou um
pouco hoje", comentou um experiente operador. Foi o caso de Petrobras PN
(1,05%, a R$ 13,43) e ON (1,73%, a R$ 12,93), que depois de terem renovado suas
mínimas desde 2005 ontem, hoje chegaram a figurar entre os principais ganhos do
dia, mas perderam força no fechamento. Mais cedo, a estatal informou uma queda
de 2,2% na produção de petróleo e gás em janeiro ante dezembro. Só de petróleo,
a produção caiu 2,4% no mês. Segundo a companhia, a queda se deve à interrupção
da plataforma P-20, no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Ontem, no entanto,
a Petrobras divulgou novo recorde de produção diária nos campos do pré-sal,
alcançado em 27 de janeiro, de 412 mil barris de petróleo. "As notícias são
contraditórias e não justificam uma alta tão expressiva das ações", resumiu um
operador. Segundo ele, o que se especula no mercado é a possibilidade um novo
reajuste dos combustíveis. A data para que ele aconteça, porém, ninguém arrisca
dar palpite. A hipótese de reajuste ganhou força após a divulgação da Ata do
Copom, que deixou em aberto a possibilidade do Banco Central dar sequência ao
aperto monetário, com mais um ajuste de 0,25 ponto na Selic. Um aperto maior
ajudaria a inflação a ceder e daria espaço para o aumento dos combustíveis.
Vale PNA (R$ 28,11) não saiu do lugar, mesmo após a entrevista do presidente da
mineradora, Murilo Ferreira, ao Valor. Segundo ele, há três fatores que vêm
influenciando a visão dos investidores sobre a mineradora: os volumes de
produção de minério de ferro, a China e o processo eleitoral brasileiro. "Em
havendo uma evolução nesses três ambientes, a [avaliação da ação] da Vale vai
chegar ao nível que ela merece atualmente", disse. O presidente da Vale
reconheceu que esses três elementos impactaram o comportamento das ações da
empresa no começo de 2014. "Vivemos um começo de ano de verdadeiro apocalipse
em relação à China e ao Brasil. E não enxergo essa situação nem em um nem em
outro", afirmou Ferreira. Os bancos caminharam em sentidos opostos. Enquanto
Itaú PN (2,76%), Bradesco PN (3,81%) e ON (3,89%) marcaram ganhos expressivos,
Santander Unit (1,49%) teve alta moderada e Banco do Brasil ON (-2,17%) ficou
entre as maiores baixas do dia. Os analistas do J. Safra elevaram sua
recomendação para as ações do Bradesco para "outperform" (acima da média do
mercado) e a do Santander para "neutro". A recomendação para os papéis do Banco
do Brasil foi revisada para "underperform" (abaixo da média do mercado). O Itaú
já tinha recomendação "outperform". Em relatório assinado por Francisco Kops e
Giovanna Rosa, a equipe do J. Safra diz que a revisão leva em conta os
resultados do quarto trimestre do ano passado, novos guidances e taxas de
desconto maiores atualmente em vigor no país. Para os analistas, os papéis do
Bradesco, vistos por eles como "top pick", ainda não refletem a melhora do
balanço patrimonial após o quarto trimestre de 2013. A equipe também aponta o
momento positivo do Itaú, com o que considera como uma estratégia sólida e um
perfil de balanço patrimonial mais internacional. Já os papéis do BB inspiram
cautela pela exposição do banco ao julgamento dos planos, diz o J. Safra.
"Embora os números referentes aos passivos ainda sejam difíceis de estimar, o
Banco do Brasil está exposto quase três vezes mais que seus pares privados",
afirmam, em relatório. Na ponta positiva do Ibovespa ficaram MRV ON (5,26%),
Copel PNB (4,37%) e CCR ON (4,12%). Na outra ponta apareceram Gol PN (-2,32%),
Kroton ON (-2,31%), Banco do Brasil ON e Marfrig ON (-1,49%).




PERSPECTIVA: Geração de emprego nos EUA determinará rumo do Ibovespa
   São Paulo, 6 de março de 2014 - A sessão da BM&FBovespa de amanhã (7)
será influenciada pelo resultado do indicador de criação de empregos e taxa
de desemprego nos Estados Unidos referente ao mês de fevereiro. "Esse será o
dado que orientará as decisões dos investidores, mas as expectativas são
positivas. O mercado deverá responder positivamente caso os números venham
dentro do previsto", diz Álvaro Bandeira, economista-chefe da Órama
Investimentos..
   A expectativa dos analistas ouvidos pela Agência CMA é de geração de 145
mil vagas e de queda na taxa de desemprego a 6,5%. Em janeiro, foram abertas
113 mil postos de trabalho e a taxa de desemprego caiu para 6,6%. Segundo o
economista, o ideal seria que a criação de vagas ficasse entre 170 mil e 180
mil, mas se o indicador ficar dentro desta média será satisfatório.
   O cenário para o mercado acionário brasileiro continuará positivo com os
preços dos principais papéis muito baixos. Bandeira destaca os da Petrobras,
das instituições financeiras e das construtoras como as que deverão continuar
a se recuperar das perdas intensas recentes nos próximos pregões.
   O Ibovespa encerrou as negociações desta quinta-feira com alta de 1,08%,
aos 47.093 pontos. O volume financeiro da bolsa brasileira atingiu R$ 5,8
bilhões. Dentre as ações com maior peso, as preferenciais da Petrobras
(PETR4) subiram 1,05%, cotadas a R$ 13,43. As preferenciais da Vale (VALE5)
ficaram estáveis a R$ 28,11, enquanto as do Bradesco (BBDC4; 3,81%, a R$ 28) e
as do Itaú Unibanco (ITUB4; 2,76%, a R$ 31,58) subiram.
   Os setores com as valorizações mais expressivas foram os de construção
civil, concessões e financeiro. Os papéis da MRV (MRVE3; 5,26%, a R$ 8,4)
lideraram os ganhos, seguidos por Copel (CPLE6; 4,37%, a R$ 26) e Companhia de
Concessões Rodoviárias (CCRO3; 4,12%, a R$ 16,9).




MERCADO EUA: S&P 500 atinge recorde e Nasdaq cai com biotecnológicas
   São Paulo, 5 de março de 2014 - Os índices do mercado de ações dos
Estados Unidos encerraram as negociações de hoje, em sua maioria, em alta, com
o S&P 500 registrando novo recorde de pontuação intraday em 12 meses e o
Nasdaq caindo por pressão de empresas do setor de biotecnologia. O Dow Jones
ganhou 0,38%, a 16.421 pontos, o S&P 500 subiu 0,17% a 1.877 pontos, e o Nasdaq
Composto teve queda de 0,13%, a 4.352 pontos.
   Os investidores focaram hoje em uma série de indicadores econômicos e
discursos de membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos),
além dos comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario
Draghi, que deixou a taxa de juros na eurozona inalterada.

   O principal impulso às bolsas veio do número melhor do que o esperado de
pedidos de seguro-desemprego, animando o mercado para o resultado oficial de
criação de vagas no país em fevereiro, que será divulgado amanhã. Analistas
da CMA preveem que o mercado de trabalho se recupere levemente e crie 145 mil
vagas, ante as 113 geradas em janeiro.
   Entre outros indicadores, a produtividade dos Estados Unidos do quarto
trimestre de 2013 subiu 1,8%, após dados revisados e as encomendas às
fábricas do mês de janeiro caíram 0,7% ante dezembro.




PETRÓLEO: Eventos na Ucrânia preocupam e preços de futuros fecham em alta
   São Paulo, 5 de março de 2014 -Em sessão volátil, os preços dos
contratos futuros internacionais do petróleo terminaram o dia em  alta, com os
investidores atentos em como os conflitos entre Ucrânia e Rússia terminarão.
Na Nymex, os preços dos contratos futuros do WTI para abril tiveram leve alta
de 0,1%, para US$ 101,56 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos
futuros do Brent com vencimento no mesmo mês subiram 0,3%, para US$ 107,76 o
barril.

   Após operarem em baixa, os contratos de futuros passaram a subir nos
último minutos da sessão, com os operadores avaliando sobre uma possível
interrupção da oferta de petróleo global, com as tensões entre Rússia e
Ucrânia.
   
   O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma lei hoje que
proíbe a emissão de vistos e o bloqueio de bens de pessoas que estão
"ameaçando a soberania e integridade territorial da Ucrânia".
    
   Além disso, o Parlamento da região da Crimeia decidiu se separar da
Ucrânia e se tornar parte da Rússia, e a medida será votada em referendo no
dia 16 de março.