Café cai na ICE em sessão de vendas e realizações de lucros
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com quedas, descontando cerca de um terço dos ganhos produzidos ao longo da sessão passada. Com isso, a posição maio voltou a se posicionar abaixo do nível psicológico de 200,00 centavos de dólar por libra peso, ainda que tenha conseguido preservar o patamar de 190,00 centavos. A sessão foi caracterizada por vendas especulativas e também por realizações de lucro. Entretanto, mesmo com as retrações, notadamente as ações efetuadas na casa de comercialização norte-americana demonstram um perfil climático, com os players continuando a se mostrar preocupados com os efeitos da seca e das altas temperaturas sobre a safra brasileira de café da atual temporada e, até mesmo, da temporada 2015. Vários operadores ressaltaram anormalidade de uma baixa forte como a desta quinta-feira. Afinal, ao longo do pregão passado a valorização esteve no patamar de impressionantes 1.600 pontos. Diante dessa "montanha russa", a volatilidade intensa é esperada e as ações de compras, assim como as realizações, são efetuadas de forma mais incisiva, o que faz com que a emoção dos terminais seja cada vez maior.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 685 pontos, com 195,55 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 202,85 centavos e a mínima de 193,05 centavos, com o julho registrando retração de 685 pontos, com 197,50 centavos por libra, com a máxima em 204,70 centavos e a mínima em 195,00 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de 18 dólares, com 2.083 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 24 dólares, para o nível de 2.081 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pelo predomínio dos vendedores na bolsa norte-americana. O contrato de maio não conseguiu romper a máxima da sessão passada, em 202,85 centavos de dólar por libra peso, o que abriu espaço para liquidações mais efetivas, até culminar na mínima de 193,05 centavos. Nesse patamar, algumas recompras ainda foram sentidas, o que permitiu uma pequena desaceleração das baixas. No segmento externo, a questão da Ucrânia vem perdendo força nos comentários dos players e isso abre espaço para que as bolsas voltem a operar com altas, ainda que bastante modestas. O dólar caiu consideravelmente em relação a uma cesta de moedas internacionais. No segmento de commodities, o petróleo continua a se recuperar e o segmento de softs teve um dia de altas generalizadas, excetuando o café e o cacau.
"O mercado continua focado no clima. Isso é fato e a volatilidade intensa desta semana apenas confirma tal premissa. Tivemos registro de boas chuvas em várias áreas de São Paulo e Minas Gerais e outras precipitações são prometidas para os próximos dias em pontos esparsos do cinturão cafeeiro do Brasil. Apesar disso, as temperaturas muito elevadas devem ser manter. Mesmo com as chuvas, pouca gente se arrisca a dizer o que vem pela frente. Afinal, quem está no mercado precisa de um bússola e sem existir um número mais exato sobre o maior produtor mundial praticamente não é possível encontrar o norte", disse um trader.
Em fevereiro, a safra de café da Colômbia apresentou incremento de 40% e superou a marca de 874 mil sacas, como resultado do esforço institucional de renovação do parque cafeeiro do país. Segundo a Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia), a produção registrada nos últimos 12 meses (março de 2013 a fevereiro de 2014) superou os 11,3 milhões de sacas, 38% a mais que as 8,1 milhões de sacas do mesmo período do ano anterior. Durante os cinco primeiros meses do ano cafeeiro (outubro 2013 a fevereiro de 2012), a safra superou as 5,2 milhões de sacas, 35% a maios que os 3,8 milhões de sacas obtidas em igual período do ano safra 2012/2013. Após a renovação, a produtividade das lavouras colombianas saltou de 11,1 sacas por hectare, em 2012, para 14,1 sacas, índice obtido ao final de 2013.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.385 sacas, indo para 2.592.558 sacas.
Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 202,85, 203,00, 203,50, 204,00, 204,10, 204,50, 205,00, 205,50, 206,00, 206,25,206,50, 207,00, 207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50 e 209,90-210,00 centavos de dólar, com o suporte em 193,05-193,00, 192,50, 192,00, 191,50, 191,00,190,50, 190,10-190,00, 189,50, 189,00, 188,50, 188,00, 187,50, 187,00, 186,50 e 186,00 centavos.
Londres chega a romper os 2.100 dólares, mas não sustenta intervalo
Os contratos futuros de café robusta encerraram esta quinta-feira, na Euronext/Liffe, com altas, num reflexo das arbitragens contra Nova Iorque levando-se em conta, principalmente, o comportamento dos preços do outro lado no Atlântico na sessão anterior, quando fortes oscilações foram sentidas.
De acordo com analistas internacionais, a bolsa londrina teve uma sessão sem grandes novidades. O maio chegou a flertar com um nível acima de 2.100 dólares, mas não conseguiu se sustentar. Além desse referencial foram registradas algumas realizações e vendas de origens, o que limitou significativamente os ganhos finais.
"Foi uma sessão mais técnica e com poucas novidades. Os ganhos deveriam ser bem mais retumbantes se Nova Iorque não tivesse descontado consideravelmente hoje. Desse modo, boa parte das arbitragens esperadas não se concretizaram. Ainda assim, o dia foi positiva, já que até um nível mais efetivo, como o de 2100 dólares, foi testado, ainda que não tenha havido fôlego para a sua manutenção", disse um trader.
O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 11,1 mil contratos, contra 5,83 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 2 dólares.
No encerramento do dia, o maio teve alta de 18 dólares, com2.083 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 24 dólares, para o nível de 2.081 dólares por tonelada.
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