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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Café despenca na ICE e volta a girar nas mínimas de 30 meses

Café despenca na ICE e volta a girar nas mínimas de 30 meses
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US despencaram nesta segunda-feira e voltaram a se aproximar dos menores níveis de preço em 30 meses. Liquidações especulativas e de fundos deram o tom dos negócios, principalmente na segunda metade do dia e os preços passaram a registrar perdas significativas, com o março fechando as ações do dia próximo da mínima do pregão. Operadores destacaram que o mercado seguiu tendências técnicas, que se mantêm baixistas, para voltar a liquidar, mesmo em um dia em que vários indicadores macroeconômicos se mostraram positivos. O dólar, por exemplo, registrou retração em relação a uma cesta internacional de moedas e as operações de maior risco, em sua maioria, se posicionaram próximas da estabilidade. A divulgação de dados por parte de uma das mais importantes exportadoras de café do Brasil nesta segunda-feira foi bastante comentada entre os players em Nova Iorque. O estranhamento se deu pelo fato de a empresa estimar uma produção em 2013/2014 maior que a obtida em 2012/2013, que foi um ano de ciclo alto. A Terra Forte Exportadora indicou que trabalha com a perspectiva de uma safra, em 2013/2014, a ser colhida a partir de maio do ano que vem, de 53,390 milhões de sacas, contra 52,230 milhões de sacas de 2012/2013 e 46,648 milhões de sacas de 2011/2012. No próximo ano, a produção de arábica, de acordo com a companhia, ficaria em 36,080 milhões de sacas (contra 36,100 milhões de 2012) e a de conillon em 17,310 milhões de sacas (contra 16,130 milhões deste ano). Vários operadores se mostraram contrariados com os números da empresa já que, historicamente, o Brasil produz uma safra menor na esteira de uma safra forte. Caso essa "inversão" ocorresse certamente o mercado teria de rever um grande número de contas que foram realizadas até agora, o quadro de disponibilidade teria um mudança considerável e a consequência disso para os preços do mercado seria até difícil de quantificar. Ainda nesta segunda, vários agentes de mercado se mostraram bastante contrariados com a estimativa da empresa paulista-mineira. Vários operadores questionaram a metodologia empregada para se chegar a esses números. A Cocatrel, uma das maiores cooperativas do país, instalada em Três Pontas, emitiu nota repudiando a avaliação e indicando que seus técnicos apontam que nessa região do país haverá uma quebra de 15% a 20% na safra. "Gostaríamos de saber qual a metodologia utilizada pela empresa, uma vez que, historicamente , nunca houve duas grandes safras seguidas", apontou a cooperativa em nota. No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 685 pontos, com 147,00 centavos, sendo a máxima em 153,70 e a mínima em 146,55 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 680 pontos, com a libra a 149,90 centavos, sendo a máxima em 156,40 e a mínima em 149,55 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve queda de 22 dólares, com 1.874 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 24 dólares, com 1.880 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela pressão vendedora que ganhou novo fôlego e rapidamente permitiu que os preços voltassem a flutuar próximos das mínimas de 30 meses. Mais uma vez, os compradores se mostraram pouco efetivos, não conseguiram nem se aproximar das máximas de sexta-feira e abriram espaço para que os bears (baixistas) se movimentassem com tranquilidade. "O mercado, efetivamente, continua a se mostrar pressionado do curtíssimo ao longo prazo, sem termos num horizonte próximo uma mudança para um quadro tão carregado. Os terminais mostram com clareza um quadro sobrevendido, mas isso não tem sido suficiente para que, ao menos, consigamos efetuar algumas correções básicas e é provável que tenhamos a manutenção da pressão para tentarmos patamares ainda mais fracos, como 145,00 e 140,00 centavos", disse um trader. A Organização Internacional do Café prevê uma produção de 146 milhões de sacas em 2012/2013, aalta de 8,4% sobre as 134,6 milhões no ciclo anterior. A produção de arábica deve ter reajuste de 10,6%, com 90 milhões de sacas e a colheita de robusta deve subir 5,1%, em 56 milhões de sacas. As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 7, somaram 312.807 sacas, contra 235.416 sacas registradas no mesmo período de novembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.045 sacas, indo para 2.525.095 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 23.418 lotes, com as opções tendo 5.123 calls e 6.436 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 153,70, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50, 156,00, 156,20-156,25, 156,50, 157,00, 157,15, 157,50, 158,00, 158,50 e 159,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,55-146,50, 146,35, 146,00, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50 e 140,10-140,00 centavos por libra.
Sob pressão, Londres volta a registrar perdas para café
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com quedas, com a posição janeiro operando, ao longo de toda sessão, dentro do intervalo de 1.800 dólares, sem conseguir ao menos testar o patamar psicológico de 1.900 dólares, que vinha sendo uma tendência até a semana passada. As rolagens se ampliam na bolsa londrina e o janeiro e o março têm uma diferença de apenas 3,5 mil lotes em aberto entre elas. De acordo com analistas internacionais, a sessão desta segunda foi caracterizada por vendas especulativas, dentro de um ambiente técnico. As baixas também seguiram o mau humor dos arábicas em Nova Iorque, que tiveram uma segunda-feira amplamente negativa e despencaram, mais uma vez, para níveis próximos das mínimas de 30 meses. "Os robustas têm uma disponibilidade interessante, existe a perspectiva de muito café continuar a entrar no mercado, mas eles vinham sendo sustentados pela demanda consistente. No entanto, paulatinamente, começamos a observar que essa força não é tão consistente assim. Já operamos em um novo patamar e temos espaço para novas perdas. A mínima hoje ficou em 1.866 dólares, mas alguns operadores trabalham com a perspectiva de romper os 1.850 dólares no curto prazo", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de janeiro com uma movimentação de 6,08 mil lotes, com o março tendo 4,66 mil lotes negociados. O spread entre as posições janeiro e março ficou em 6 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve queda de 22 dólares, com 1.874 dólares por tonelada, com o março tendo desvalorização de 24 dólares, com 1.880 dólares por tonelada.
BC vê dólar acima de patamar ideal
O dólar encontra-se um pouco mais valorizado do que deveria estar em relação ao real, avaliou o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, segundo o qual, o tripé de política econômica baseado em câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário continua em vigor. Ontem, a moeda americana caiu 0,67%, encerrando o dia cotada a R$ 2,077."Acho que ainda tem um pouco de gordura na nossa taxa com o modelo que utilizamos [para calcular o patamar adequado do dólar ante o real]. Talvez tenha um pouco de gordura, talvez esteja um pouco acima do que o nosso modelo indicaria", afirmou ele, sem citar a taxa cambial ideal para o BC, ontem, durante o evento "Reavaliação do Risco Brasil 2012", organizado pelo Valor no Rio.Mendes negou que o tripé da política econômica brasileira não esteja em vigor. Questionado pelo ex-presidente do BC Carlos Langoni, Mendes disse que nada mudou. "Não vejo motivo para falar em fim do tripé de política econômica. Não mudou nada. O regime de metas [de inflação] continua como sempre esteve, a ata do Copom [Comitê de Política Monetária] continua válida, todo o trabalho de perseguir o centro da meta vai ser levado adiante", declarou o diretor do BC, no seminário promovido em parceria com o Comitê de Cooperação Empresarial da Fundação Getúlio Vargas, Standard & Poor's, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-RJ).O diretor do BC reiterou que a autoridade monetária nunca teve meta para o câmbio, mas irá garantir que não falte dólar. "O mercado flutua, o câmbio tem flutuado. É evidente que fim de ano é sempre de baixa liquidez, e o BC vai fornecer a liquidez que o mercado precisar. Não faltará dólar", enfatizou Mendes, citando os US$ 380 bilhões de reservas internacionais.Mendes também defendeu as medidas adotadas pelo governo na semana passada para melhorar o fluxo de dólares para o país: a redução de dois para um ano do prazo dos créditos externos sujeitos à cobrança de 6% de IOF; e a ampliação de um para cinco anos do prazo para antecipação de receitas de exportação. "Certamente, a medida vai facilitar o financiamento de empresas exportadoras e não exportadoras. O objetivo foi baratear fontes de capital de financiamento de médio e longo prazos", disse ele.Segundo Mendes, a taxa básica de juros (Selic) atual, de 7,25% ao ano, será suficiente para fazer convergir a inflação à meta de forma não linear. O centro da meta para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,5% ao ano, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até novembro, o IPCA sobe 5,01% no ano.Na avaliação do diretor do BC, a atividade econômica brasileira deverá se intensificar neste trimestre, ao passo que o cenário externo continuará "complexo". "O cenário internacional continua complexo e com perspectiva de baixo crescimento. Mas o ritmo da atividade econômica no Brasil deve se intensificar no último trimestre de 2012 e no próximo ano."
Dólar cai a R$ 2,07 após declarações de diretor do BCSão Paulo, SP
 - A expectativa do mercado por novas atuações do Banco Central na ponta de venda de dólar derrubou a moeda nesta segunda-feira (10) para a menor cotação desde meados de novembro. As intervenções não se concretizaram, mas, em seu lugar, vieram declarações do diretor de política monetária do BC, Aldo Mendes, que contribuíram para manter o viés de baixa até o fim da sessão.No fim da sexta-feira, a autoridade monetária realizou pesquisa informal de demanda por swaps cambiais tradicionais, que têm o efeito de uma venda de dólar futuro, e por leilões de venda com compromisso de recompra, o que deixou o mercado esperando por intervenções hoje logo cedo. Com a ausência do BC, o câmbio começou a reduzir a baixa no fim da manhã, até Mendes dizer, em evento no Rio de Janeiro, que o dólar está "um pouco" acima do que deveria."Acho que ainda tem um pouco de gordura na nossa taxa com o modelo que utilizamos [para calcular o patamar adequado do dólar ante o real]. Talvez tenha um pouco de gordura, talvez esteja um pouco acima do que o nosso modelo indicaria", disse após participar do seminário "Reavaliação do Risco Brasil 2012", promovido pelo Valor.Mendes disse também que o BC está "pronto" para oferecer a liquidez necessária no fim do ano, quando tradicionalmente há aumento na demanda por moeda em virtude do aumento das remessas de lucros por empresas estrangeiras instaladas no país. Após essas declarações, o dólar voltou a recuar sem, entretanto, renovar as mínimas do início do dia, de R$ 2,074."O mercado ainda acha que os fundamentos vão apontar para um real mais fraco, então não há muita disposição em vender dólar apesar dessa intervenção verbal", disse o diretor de um banco estrangeiro.O dólar fechou em queda de 0,67%, a R$ 2,077, menor cotação desde 14 de novembro. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de dólar futuro para janeiro fechou em alta de 0,04%, indicando R$ 2,0835, corrigindo o descasamento da sexta, quando fechou abaixo do dólar à vista.As intervenções e medidas da semana passada sobre o câmbio, na opinião de profissionais do mercado, não apenas mostram um BC comprometido em reduzir a volatilidade do dólar, mas também manter a moeda americana em patamar um pouco mais baixo àquele em que estava. Segundo o diretor de câmbio de uma corretora, a consulta de demanda do BC na sexta já evidenciava o desejo por uma cotação mais baixa.Segundo Inês Filipa, economista-chefe da Icap Brasil, ainda que o câmbio não esteja dentro do "modelo do BC", indicando que o real ainda tem espaço para subir, não seria do interesse do governo estimular a alta do dólar no curto prazo. Para ela, seria "muito positivo" se o câmbio se sustentasse entre R$ 2,05 e R$ 2,15, pois nesse intervalo a moeda americana não causaria pressão inflacionária, além de manter importados com preço ainda atraente."A estabilidade nesses níveis por um período de tempo mais prolongado é favorável à competitividade externa", disse a economista. "De qualquer forma, o mercado vai seguir testando os limites."No exterior o Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta de seis moedas, caia 0,09%, a 80,34 pontos, enquanto o euro, principal componente dessa cesta, subia 0,35%, a R$ 2,193, às 18h34.
Bolsas americanas têm leve alta com tecnológicas e Mc Donald`sSão Paulo, SP
- Os principais índices acionários norte-americanos fecharam com leve alta nesta segunda-feira (10), com o setor tecnológico rebatendo perdas recentes e com a divulgação de fortes vendas mensais do McDonald's.O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,11%, para 13.169 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,03%, para 1.418 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,30%, para 2.986 pontos.As ações do setor tecnológico foram lideradas pela HP, que avançou 2,6%, para US$ 14,16, devido a rumores de que o investidor Carl Icahn estaria planejando uma participação na fabricante de computadores.O papel da HP acumulou perda de 44,5% no ano e é atualmente o de pior desempenho entre os componentes do Dow Jones.A boa performance do setor tecnológico também foi reforçada pela Cisco, que ganhou 2,4%, para 19,79%, após a companhia apresentar sua estratégia de crescimento na sexta-feira.O McDonald's deu ainda um impulso ao Dow Jones, variando positivamente 1,1%, para US$ 89,41, após divulgar vendas no conceito de "mesma loja" em novembro mais fortes do que o esperado, em uma recuperação após o declínio verificado em outubro.Houve poucas notícias novas nesta segunda-feira sobre as negociações em torno do abismo fiscal, uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos automáticos que podem prejudicar o crescimento econômico dos EUA no próximo ano.Temores em relação à possibilidade de que parlamentares não sejam capazes de chegar a um acordo para resolver a situação contiveram o otimismo do mercado."Há um sentimento geral de que se um acordo for firmado, nós poderemos ter um avanço no mercado no final deste ano e no início do próximo", disse o estrategista-chefe de mercado do RDM Financial em Westport, Connecticut, Michael Sheldon.Uma resolução positiva do impasse pode levar o S&P 500 novamente para acima de 1.474 pontos, pouco abaixo da máxima em 2012 do índice, disse, por sua vez, o estrategista do mercado de opções do Stifel Nicolaus, Elliot Spar.O índice referencial ainda não viu uma oscilação maior do que 0,5 por cento em qualquer direção em qualquer dia de dezembro, e não se movimentou mais de 1 por cento em qualquer sentido desde 23 de novembro.No entanto, o mercado recuperou boa parte dessas perdas que se seguiram às eleições nos EUA à medida que investidores voltaram suas atenções para o abismo fiscal.O presidente dos EUA, Barack Obama, reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, no domingo para negociar um acordo orçamentário. Um assessor de Boehner disse ainda nesta segunda-feira que as negociações continuam. Ibovespa sobe 1,3% empurrada por empresas "X" A forte alta das empresas de Eike Batista, a nova disparada de B2W e também os fechamentos positivos de Petrobras e Vale permitiram que o Ibovespa retomasse a linha dos 59 mil pontos ontem. Dados da economia chinesa e o avanço das bolsas americanas colaboraram para a bolsa brasileira recuperar o patamar, que não era visto desde 6 de novembro.Apesar de já acumular ganho de 3% no mês, analistas dizem que é cedo para se falar em "rali" de fim de ano na Bovespa. "Há alguns fatores de perigo pelo caminho, como o abismo fiscal", lembra Pedro Galdi, da SLW Corretora. A semana ainda reserva eventos de grande volatilidade, como o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro, além da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), ambos amanhã.
O Ibovespa fechou ontem em alta de 1,30%, aos 59.248 pontos, com volume de R$ 6,243 bilhões.
 Segundo operadores, os estrangeiros atuaram com força na ponta compradora do mercado. Uma explicação para o movimento seria a cobertura da grande posição vendida de contratos de índice futuro. Segundo dados da BM&FBovespa, os estrangeiros tinham 32 mil contratos em aberto na sexta-feira, contra 44 mil no dia anterior.As ações das empresas "X", de Eike Batista, lideraram os ganhos. Segundo operadores, os papéis reagiram à notícia da coluna Radar Online, da revista "Veja", informando que há uma negociação em curso entre Eike e o BNDESPar para a venda de participações de suas empresas. O BNDESPar faria um aumento de capital nas empresas "X", diluindo todos os acionistas, inclusive Eike. OGX ON teve alta de 8,76%, acompanhada de LLX ON (7,33%) e MMX ON (3,98%). Fora do Ibovespa, também subiram as ações MPX ON (3,85%), OSX ON (0,44%) e CCX ON (2,88%).Entre as mais negociadas, Vale PNA (1,38%) e Petrobras PN (2,56%) também marcaram altas. Dados da China impulsionaram as commodities pelo mundo e a bolsa brasileira acompanhou o movimento. A produção industrial do país cresceu 10,1% em novembro, na comparação anual, acima da previsão de alta de 9,8%. Foi o maior aumento desde março.B2W ON avançou 8,56% com a notícia de que o Carrefour fechou sua loja virtual no Brasil. Segundo operadores, a Itaú Corretora - que costuma atuar em nome da controladora da empresa - foi a maior compradora do papel ontem. Lojas Americanas PN (-1,83%) terminou na outra ponta da bolsa. Após o fechamento do pregão, a B2W informou que a Americanas recomprou 2,2 milhões de ações em novembro, equivalente a 1,4% do capital, e agora detém 61,8%.As ações da Ambev também mereceram destaque. O papel ON teve ganho de 11,29%, para R$ 85,25, enquanto o PN terminou em leve alta de 0,18%, a R$ 87,91. Na sexta-feira, a companhia anunciou uma reestruturação que resultará na existência apenas de ações ordinárias. Apesar da mudança, a Ambev não pretende ir ao Novo Mercado. A relação de troca entre preferenciais e ordinárias será de 1 para 1. A tendência é que a diferença de preço entre os papéis, que era de R$ 11 na sexta-feira, seja zerada.Time for Fun ON (1,42%) ensaiou uma recuperação depois que o "efeito Madonna" fez suas ações recuarem 31% na semana passada. A T4F admitiu ontem que o resultado do trimestre será fraco por causa do desempenho aquém do esperado de alguns shows de música ao vivo. O Credit Suisse cortou o preço-alvo das ações de R$ 20 para R$ 11, mas ainda vê força na recuperação da companhia.
BRASIL COLHERÁ 53,39 MILHÕES DE SACAS EM 2013/14 - TERRA FORTE
A safra brasileira de café em 2013/14 deverá ser de 53,39 sacas de 60 kg, projetou nesta segunda-feira a exportadora Terra Forte, sediada no interior de São Paulo, em sua primeira estimativa para o período. Seria uma alta de 15 por cento ante as 46,6 milhões de sacas na comparação com a mais recente safra de baixa do ciclo bianual de produtividadedos cafezais, em 2011/12, e também acima da atual safra 2012/13, de alta. Plantações de café arábica na Zona da Mata e no Espírito Santo terão a maior produtividade de todos os tempos, disse a empresa, compensando o desapontamento do ano passado, com produção excelente nas duas regiões. "A floração foi novamente muito boa, e diferente do ano passado, as condições foram ideais para manter sua sobrevivência. As chuvas de julho foram extremamente prejudiciais para a qualidade da safra 2012/13 mas proporcionaram umidade suficiente para as plantações atravessarem o inverno e chegarem às chuvas da primavera", disse a Terra Forte, em nota. A produção estimada para a safra 2013/14, que será colhida a partir de maio de 2013, é maior que a calculada para a safra 2012/13, considerada de altano ciclo bianual, com 52,23 milhões de sacas. "Alguém pode se perguntar por que o ciclo de baixa não está pronunciado. A resposta rápida é que para um ciclo de baixa forte, um ciclo dealta fraco era necessário." As informações partem de agências internacionais.
OIC estima safra mundial de café em 146 milhões de sacas no ciclo 2012
 A Organização Internacional do Café (OIC) estimou uma produção de 146 milhões de sacas no ano-safra 2012/13 de todos os países exportadores, aumento de 8,4% sobre as 134,6 milhões no ciclo 2011/12. A informação consta no relatório mensal divulgado pela entidade.A expansão na safra mundial é impulsionada principalmente pela produção de café arábica, que está prevista para aumentar 10,6% e totalizar 90 milhões de sacas. O crescimento pode ser atribuído ao ciclo de alta da safra brasileira. Já a colheita de robusta está projetada para crescer 5,1%, para cerca de 56 milhões de sacas, apesar de uma redução esperada de 8,6% no Vietnã.As exportações mundiais do produto alcançaram 8,9 milhões de sacas em outubro, 17,3% maiores que no mesmo período de 2011. De janeiro a outubro, foram embarcadas 92,2 milhões de sacas ante as 87,5 milhões de sacas em igual intervalo do ano passado. Arabica Coffee Settles at 30-Month Low of $1.47/Lb.Alexandra Wexler NEW YORK-
-Arabica-coffee futures cooled rapidly Monday as a flood of supplyfrom producing countries pressured prices lower. Traders closed out bets that prices would rise, locking in profits afterfutures rallied to a one-week high on Friday. But the tumbling prices weren'tenough to spark interest from industry buyers. "There are really no buyers coming in strongly enough to push [the market]up," said Jimmy Tintle, a market analyst at Florida-based GreenKey AlternativeAsset Services. Arabica coffee for March delivery fell 4.5% on the ICE Futures U.S. exchangeto $1.4700 a pound, the lowest settlement for the most actively traded contractsince June 2010. Joe Ricupero, a vice president at R.J. O'Brien Futures in New York, saidsupplies are outstripping demand, leading coffee roasters to wait for evenlower prices. "I see [futures] going down to around $1.45," Mr. Ricupero said. Harvests are under way in No. 1 coffee producer Brazil, as well as otherCentral and South American producing nations, whose arabica beans are prizedfor their mild flavor. Global coffee supplies in the season that started Oct. 1 are expected to rise8.4% to a record 146 million bags, the International Coffee Organization saidin a report released Monday. Mr. Tintle said he sees prices moving sideways through the end of the year.
Juros avançam após aceleração de índice de preços
O mercado de juros vai buscar nas declarações que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dará hoje à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pistas sobre os próximos passos da política monetária, em um ambiente apontado por especialistas como sujeito à manutenção da taxa Selic por longo período.Ontem, as taxas de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta pela segunda sessão seguida, após índices de preços mostrarem aceleração. Mas o ajuste foi atenuado pelo desconforto do mercado com os últimos dados de atividade que sinalizaram uma economia ainda em ritmo lento de recuperação.Dentre os contratos mais negociados na BM&F, o de vencimento em janeiro de 2014 (DI janeiro/2014) subiu para 7,05%, ante 7,00% de sexta-feira.Corroborando esse quadro, veio a declaração do próprio diretor de política monetária do BC, Aldo Mendes, que classificou como adequada a atual taxa de juros no país, apesar da inflação.O Indice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou e marcou alta de 0,50% na primeira prévia de dezembro, ante deflação de 0,19% no mesmo período de novembro. E o Indice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,63% na primeira quadrissemana do mês, ante 0,45% no fechamento de novembro.A aceleração desses índices foi ao encontro de projeções de mercado para o IPCA, segundo apontou o Boletim Focus do BC. A mediana das estimativas para 12 meses subiu de 5,39% para 5,44%."Tudo considerado, parece pouco provável que em prazo curto haja uma nova rodada de flexibilização da taxa básica de juros, com finalidade de estímulo econômico", aponta o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg.A expectativa do mercado por novas atuações do BC, após pesquisa de demanda por swaps cambiais tradicionais e leilões de venda com compromisso de recompra na sexta-feira, fez o dólar cair ontem 0,67%, a R$ 2,077, menor cotação desde 14 de novembro. As intervenções não se concretizaram, mas, em seu lugar, vieram declarações de Aldo Mendes, do BC, sobre o câmbio.Segundo Inês Filipa, economista-chefe da Icap Brasil, ainda que o câmbio não esteja dentro do "modelo do BC", indicando que o real ainda tem espaço para subir, não seria de interesse do governo estimular a alta do dólar no curto prazo. Para ela, seria "muito positivo" se o câmbio ficasse entre R$ 2,05 e R$ 2,15 pois, nesse intervalo, o dólar não causaria pressão inflacionária, além de manter importados com preço ainda atraente."A estabilidade nesses níveis por um período de tempo mais prolongado é favorável à competitividade externa", disse a economista. "De qualquer forma, o mercado vai seguir testando os limites."Para Eduardo Velho, economista-chefe da Planner Corretora, o risco de pressão inflacionária já seria maior com o dólar acima de R$ 2,10, indicando que o BC poderia estar mirando a parte de baixo da banda cambial informal."O BC não quer volatilidade, mas também não quer impacto nas expectativas de inflação com um câmbio muito acima de R$ 2,10. Parece que quer ficar na parte de baixo da banda", disse Velho.
 Bolsas enfrentam dia de novas incertezas na Europa
 O mercado europeu puniu Itália e Espanha após o premiê italiano, Mario Monti, anunciar que pode deixar o cargo assim que o parlamento do país aprovar o orçamento para 2013. Na bolsa de Milão, o índice FTSE MIB perdeu 2,20%. Em Madri, o Ibex-35 terminou com baixa de 0,56%.A Grécia também gerou incerteza nos mercados. O governo grego informou que estendeu por mais um dia o programa de recompra de títulos da dívida do país, para hoje, depois de as ofertas da semana passada não terem atendido às metas. De acordo com fontes ouvidas pela Dow Jones, o país conseguiu atrair entre ? 26 bilhões e ? 28 bilhões em ofertas até o prazo original, que era sexta-feira. A agência de gerenciamento da dívida do país tinha como meta atingir ? 30 bilhões.Apesar das incertezas, as principais bolsas europeias conseguiram escapar do vermelho.Em Londres, o FTSE 100, avançou 0,12%, para 5.921,63 pontos. O CAC-40, de Paris, subiu 0,18%, para 3.612,10 pontos, apesar de a produção industrial da França ter recuado 0,7% em outubro na comparação com setembro, segundo o instituto de estatísticas do país. O DAX, de Frankfurt, ganhou 0,17% e terminou aos 7.530,92 pontos.Nesta semana, as negociações sobre o abismo fiscal nos Estados Unidos devem permanecer no foco dos agentes. E na quarta-feira, a atenção se volta para a decisão de política monetária do Federal Reserve. O índice Dow Jones fechou as operações em alta de 0,11%, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 0,30%.
Bônus italianos despencam às vésperas de leilão
 Os bônus do governo italiano despencaram - o rendimento do título de 10 anos, por exemplo, teve sua maior alta desde agosto -, após o premiê Mario Monti ter dito que renunciará ao cargo por ter perdido apoio no Parlamento.Os retornos das notas de dois anos saltaram para seu patamar mais elevado desde setembro quando o ex-premiê Silvio Berlusconi e seus aliados retiraram o apoio ao governo de Monti, ameaçando solapar a aprovação do orçamento de 2013. A Itália deverá vender bônus e notas esta semana.Os papéis do governo espanhol também caíram, enquanto os rendimentos dos bônus de França, Bélgica e Áustria recuaram para baixas recorde da era do euro. Os bônus gregos avançaram, uma vez que o país ampliou o prazo para a recompra de seus títulos. "Estamos assistindo a uma venda em massa, mas eu ainda não qualificaria isso como pânico", disse Elwin de Groot, economista-sênior do Rabobank Nederland de Utrecht, Holanda. "O leilão, esta semana, pode ser um balão de ensaio interessante para os investidores. Isso também criou incerteza para a formulação de políticas de âmbito europeu."O rendimento do bônus de 10 anos da Itália tinha subido 292 pontos-base, ou 0,292 ponto percentual, para 4,817%, no fechamento de ontem, após chegar a subir 38 pontos-base, sua maior alta desde 2 de agosto. O bônus de 5,5% com vencimento em novembro de 2022 perdeu ? 23,40 por ? 1 mil euros de valor de face, para ? 105,82 euros. O rendimento da nota de dois anos subiu 352 pontos-base, para 2,329%, após avançar para 2,47%, seu maior retorno desde 27 de setembro. A volatilidade dos bônus italianos foi a mais alta dos mercados da zona do euro, seguida pelos da Irlanda e da Bélgica, segundo mensurações dos títulos de vencimento em 10 anos ou equivalentes, do spread entre os papéis de 2 e de 10 anos e dos credit default swaps (CDSs, os instrumentos que asseguram o investidor contra um calote do tomador).Monti disse no sábado que renunciará ao cargo devido à oposição da parte de Berlusconi e de seus aliados no Parlamento, que anteriormente apoiavam seu governo. O ex-primeiro-ministro disse que disputará o cargo de primeiro-ministro nas eleições do ano que vem e criticou o programa de austeridade de seu sucessor.Os rendimentos dos bônus italianos de 10 anos caíram a partir de sua alta recorde de 7,48%, alcançada em novembro de 2011, uma vez que o governo de Monti adotou medidas de austeridade para preparar o país para reduzir seu déficit deste ano para 3% do Produto Interno Bruto (PIB), definido pela União Europeia (UE).A Itália deve leiloar ? 6,5 bilhões em notas de 364 dias amanhã e em bônus de cupom zero na quinta-feira. Os investidores devem "se preparar para alguma persistência da fragilidade até o leilão", escreveu Luca Cazzulani, estrategista-sênior de renda fixa do UniCredit de Milão em nota a clientes. "É importante enfatizar, no entanto, que a reação de curto prazo pouco provavelmente ficará embutida nos preços num horizonte de mais médio prazo."Os bônus de 10 anos da Grécia subiram pelo terceiro dia. O rendimento caiu 652 pontos-base, para 13,808%, o mais baixo desde a renegociação, em março. O preço do bônus de 2% com vencimento em fevereiro de 2023 subiu 1,94 ponto percentual, a 41,82% do valor de face. O país concedeu aos investidores o prazo até meio-dia de hoje para oferecer suas carteiras de bônus segundo as condições do programa de recompra, informou o Departamento de Administração da Dívida Pública. Os donos de títulos já licitados não podem revogar ou modificar sua participação. O prazo original era 17h do dia 7. A Grécia estava perto de sua meta de recompra, com quase ? 30 bilhões oferecidos, disse no domingo um alto funcionário do Ministério da Fazenda do país que preferiu não ter seu nome divulgado.O rendimento dos bônus da Alemanha de 10 anos permaneceu praticamente inalterado, em 1,306%, após recuar para 1,26%, seu nível mais baixo desde 3 de agosto. Os rendimentos das notas de dois anos estavam em -0,073% após bater -0,092%, nível próximo do de -0,097% alcançado em 2 de agosto. Um rendimento negativo significa que os investidores que mantiverem o papel até seu vencimento receberão menos do que pagaram para adquiri-lo.O retorno dos bônus de 10 anos da França caiu para um patamar recorde da era do euro, de 1,956%, antes de praticamente estabilizar-se a 1,95%. Os juros dos papéis belgas de 10 anos fecharam em 2,117% e os da Áustria em 1,708%. Os bunds da Alemanha, os papéis mais seguros da zona do euro, subiram apesar de um relatório ter mostrado que as exportações do país cresceram em outubro, contrariando as previsões. Os bônus alemães deram um retorno de 4,3% este ano, até a semana passada, segundo índices reunidos pela "Bloomberg" e pela Federação Europeia de Associações de Analistas Financeiros. Os papéis da Espanha subiram 4,7% e os da Itália registraram ganho de 20%.
Superávit comercial da China recua 39%
O superávit comercial da China recuou quase 39% em novembro. O saldo positivo ficou em US$ 19,6 bilhões no período, comparado aos US$ 32 bilhões registrados em outubro, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas do país.O resultado de novembro foi bem inferior ao esperado por alguns analistas, de superávit de US$ 27 bilhões a US$ 27,8 bilhões, o que sugere que ainda estão fracos os componentes que devem guiar a virada da economia chinesa.As exportações cresceram 2,9% em novembro, em comparação ao mesmo mês do ano passado, para US$ 179,4 bilhões. As importações permaneceram estáveis em relação ao mesmo mês do ano passado, somando US$ 159,8 bilhões.O economista Ma Xiaoping, do HSBC, afirma que o dado desapontador de exportações confirma que a demanda externa pelos bens chineses segue fraca e que o desempenho relativamente forte dos dois meses anteriores pode ter sido efeito das encomendas voltadas para a temporada de férias e das festas de fim de ano. "Olhando adiante, a China pode ter de confiar mais em investimentos para estimular a economia, se a situação nos EUA piorar", afirmou Ma.Outros dados recentes, porém, indicam que a economia do país volta a ganhar força. A produção industrial e as vendas do varejo de novembro superaram as estimativas. A produção teve um ganho de 10,1% no mês passado, na comparação com novembro de 2011, e as vendas do varejo subiram 14,9%.