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terça-feira, 19 de abril de 2011

Consistente, café sobe na ICE e pode buscar resistência

Consistente, café sobe na ICE e pode buscar resistência

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com boas altas, com a posição maio já se posicionando acima do nível de 290,00 centavos por libra, se aproximando, desse modo, do patamar de 9 de março, que foi a máxima de quase 14 anos. O mercado se mostra muito consistente e nesta terça-feira, sem a pressão de fatores externos, encontrou caminho livre para buscar novos ganhos. Diferentemente da segunda-feira, quando os mercados, quase que de forma generalizada, se mostraram carrancudos, por conta, principalmente, de algumas avaliações ligeiramente preocupantes sobre a economia dos Estados Unidos, nesta terça o cenário foi muito mais calmo.

As commodities subiram, com o índice CRB, por exemplo, tendo um avanço de mais de 0,5%, ao passo que o dólar perdeu a maior parte da gordura acumulada no primeiro dia da semana e recuou mais de 0,5%, o que estimulou, inclusive, os operadores a apostar em mercados de maior risco, como é o caso das commodities. Com isso, após uma abertura fraca e de os preços terem, inclusive, flutuado no lado negativo, rapidamente ordens de compras passaram a ser verificadas e, passo a passo, o mercado foi tomando mais corpo, até o maio conseguir consolidar acima do intervalo psicológico de 290,00 centavos de dólar por libra peso.

No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 675 pontos com 291,20 centavos, sendo a máxima em 291,65 e a mínima em 283,35 centavos por libra, com o julho tendo oscilação positiva de 685 pontos, com a libra a 294,25 centavos, sendo a máxima em 294,65 e a mínima em 286,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 14 dólares, com 2.428 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 27 dólares, com 2.452 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o mercado continua a se mostrar tecnicamente fortalecido. As médias móveis, inclusive de curto prazo, estão conseguindo ser ultrapassadas, o que abre um sinal positivo, indicador de que novas altas podem ser alcançadas. Um dos analistas ressaltou que o objetivo mais direto neste instante é o marco de 298,15 centavos para a posição julho. "Acreditamos que é possível conseguirmos romper esse patamar, o que abriria espaço para testarmos os níveis de maio de 1997. O mercado tem um bom suporte na questão fundamental. Os estoques estão baixos, a oferta é curta e a demanda é crescente. Deveremos ser pressionados apenas se a situação externa se tornar negativa, caso contrário a tendência é de mantermos, no curto e médio prazo, essa cadência para cima, com eventuais correções, evidentemente, mas com um perfil de alta", disse um trader. "Tivemos a influência de uma notícia forte, sobre a avaliação econômica dos Estados Unidos, e isso refletiu fortemente no mercado ontem. Mas hoje é um novo dia e, como tal, as commodities voltam a demonstrar que estão em um momento de alta e o café, diante de uma oferta reduzida e estoques mínimos, também demonstra muita consistência para subir ainda mais", disse um trader.

As exportações de café do Brasil em abril, até o dia 18, somaram 1.154.609 sacas, contra 1.079.340 sacas registradas no mesmo período de março, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram aumento de 3.511 sacas indo para 1.570.848 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 30.341 lotes, com as opções tendo 3.456 calls e 5.348 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 291,65, 292,00, 292,50, 293,00, 293,50, 294,00, 294,50, 294,90-295,00 e 295,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 283,35, 283,00, 282,85, 282,50-282,40, 282,00, 281,50, 281,00, 280,50, 280,20, 280,00, 279,50, 279,00, 278,50, 278,00, 277,50 e 277,00 centavos por libra.

Focado no cenário macroeconômico, café tem queda na ICE

Focado no cenário macroeconômico, café tem queda na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com quedas, em uma dia caracterizado pelas vendas especulativas e de fundos, com influência direta do cenário externo. As commodities, em geral, tiveram perdas, com o índice CRB tendo recuo de quase 1% ao final do dia. As bolsas de valores também tiveram recuo nos Estados Unidos e Europa, já o dólar apresentou valorização considerável em relação a uma cesta de moedas internacionais. Esses ganhos do dólar foram observados ao longo de praticamente todo o dia e abriram espaço para que muitos players aproveitassem para vender em mercados de maior risco, como é o caso das commodities agrícolas, com foco em lucros mais expressivos em outras moedas.

Tecnicamente, o mercado não sofreu nenhuma alteração de rota. As quedas do dia foram observadas por operadores como normais e influenciadas, basicamente, por um cenário externo mais forte. Entretanto, dentro de um quadro fundamental, a tendência de alta de mantém. Após a reversão da ação baixista iniciada em março, o café, pouco a pouco, vem ganhando corpo e muitos players já trabalham com a perspectiva de que as máximas de 9 de março possam ser testadas, num patamar bastante próximo do nível psicológico de 300,00 centavos de dólar por libra peso, o que poderia, inclusive, dar oportunidade para se testar um patamar ainda mais consistente, observado em maio de 1997, no nível de 318,00 centavos por libra.

No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 365 pontos com 284,45 centavos, sendo a máxima em 290,20 e a mínima em 282,80 centavos por libra, com o julho tendo oscilação negativa de 370 pontos, com a libra a 287,40 centavos, sendo a máxima em 293,10 e a mínima em 285,70 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 48 dólares, com 2.414 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 43 dólares, com 2.425 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a notícia de que a Standard & Poor's confirmou o rating dos Estados Unidos, mas efetuou uma revisão sobre a perspectiva sobre a nota de crédito, passando de estável para negativa, devido à falta de acordo entre as forças políticas para o ajuste orçamentário, foi um dos grandes fatores de pressão do mercado. "Esse tipo de notícia, com certeza, amplia o nervosismo dos mercados e, imediatamente, temos uma reação de saída de mercados de grande risco, como o de commodities, em geral", disse Márcio Bernardo, analista de commodities da Newedge Group. ele sustentou que os aspectos fundamentais no mercado de café não apresentaram mudanças e que "o comportamento do dia esteve atrelado a fatores externos e nada especificamente relacionado ao produto", complementou. O café flutuou em um range largo pela manhã e chegou a atingir o nível de 290,00 centavos para a posição maio, no entanto, com as influências externas, os vendedores passaram a ganhar mais força e, no período final de negócios, foi observada apenas a manutenção dos níveis anteriormente construídos.

As exportações de café do Brasil em abril, até o dia 15, somaram 1.075.635 sacas, contra 745.651 sacas registradas no mesmo período de março, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram aumento de 2.034 sacas indo para 1.567.337 sacas.

O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 33.755 lotes, com as opções tendo 2.841 calls e 2.619 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 290,20, 290,50, 291,00, 291,50, 292,00 e 293,50, 294,00, 294,50, 294,90-295,00 e 295,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 282,80, 282,50-282,40, 282,00, 281,50, 281,00, 280,50, 280,20, 280,00, 279,50, 279,00, 278,50, 278,00, 277,50 e 277,00 centavos por libra.